126 resultados para postmodernity
Resumo:
Este trabalho pretende investigar as relações existentes entre o mercado, a globalização, a chamada pós-modernidade e a literatura. Para tanto, inicialmente delineia-se um breve panorama da literatura brasileira contemporânea, com a finalidade de expor uma parte do que ora se produz em termos de crítica e de ficção. Em seguida, trata-se do controverso conceito de pós-modernidade, com atenção especial às divergências terminológicas que vem suscitando, principal tópico objeto das considerações finais. Analisa-se depois o fenômeno da globalização, particularmente no que afeta a formação de novas subjetividades, ponderando-se também seu impacto na conceituação dos valores em geral e dos valores estéticos em particular. Por fim, passa-se ao conceito de resistência, com base em elementos teóricos extraídos de Schiller (o papel do artista), Agambem (a questão do contemporâneo) e Alfredo Bosi (relações entre narrativa e resistência), fechando-se o foco na produção literária, mediante análise sucinta da narrativa Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato
Resumo:
O objetivo central deste estudo é examinar as novas formas de subjetivação e de mal-estar engendradas pelas exigências da sociedade do trabalho no contexto do capitalismo contemporâneo. A emergência de uma nova e perversa forma de sociabilidade e de uma subjetividade ligada a ela está intrinsecamente associada às transformações estruturais da sociedade capitalista e suas atuais condições da acumulação de capital. Considerando o caráter social e histórico da sociedade capitalista, do sujeito e da subjetividade, o foco deste trabalho deve ser o sujeito interpelado pela ideologia, clivado pelo inconsciente e individualizado pelo mercado. Busco, portanto, articular pontos teóricos entre os conceitos de ideologia, fetiche e inconsciente referenciados no materialismo histórico e na psicanálise. Ao apresentar o Capital como droga e o Trabalho como vicio, pretende-se de forma alegórica desvelar os impasses e sintomas de um sistema em crise que, apesar das sucessivas tentativas de recuperação, colapsa historicamente, levando sua dinâmica perversa aos limites do insuportável. Ao subordinar a reprodução da vida ao trabalho assalariado, ao mesmo tempo em que para se reproduzir tem sistematicamente de aboli-lo, o capitalismo engendra, na sua crise estrutural, uma das mais sofisticadas formas de dominação, sujeição e exploração: a utilização dos componentes do psiquismo e da subjetivação em nome dos interesses da ordem mercantil. No mundo globalizado pelo mercado, vem aumentando o uso de drogas lícitas, fruto ou não de prescrição médica, como um recurso para inibir todo tipo de mal-estar e impasse psíquico ou reações indesejáveis que possam comprometer a adequação dos indivíduos aos padrões da produtividade, a permanência no ambiente de trabalho, bem como o enfrentamento de conflitos e frustrações inerentes à condição humana. Essa manipulação química da subjetividade potencializa-se na atualidade, expandindo globalmente a drogadicção, no sentido amplo do termo, privando o sujeito da capacidade de pensar. Ela aponta também para as impossibilidades de o sujeito desenvolver suas faculdades ativas e criativas, assim como o diálogo com o outro, o que nos conduz cada vez mais a atitudes de intolerância e violência ou estados compulsivos e depressivos. Ao contrário do que o capitalismo podia propiciar em seu período de ascensão, os modos de inclusão imaginária engendrados pelo capitalismo pós-moderno estão baseados no consumo conspícuo e no gozo imediato, implicando novos contornos para o sofrimento psíquico, agora marcado por transtornos narcísico-identitários e saídas não-representacionais. A partir dessa reflexão, busco a crítica do conceito de sujeito configurado pelo trabalho e pelo psicologismo, que tem contribuído para práticas legitimadoras de exclusão no interior da própria psicologia. Esta crítica representa um compromisso ético-político pela desalienação do sujeito e pela superação do capitalismo, aqui entendido como um sistema que produz mercadorias e viciados em drogas.
Resumo:
The present book is devoted to "European connections of Richard Rorty's neopragmatism". The theme, chosen carefully and intentionally, is supposed to show the motivation behind the writing of the present work, as well as to show its intended extent. Let us consider briefly the first three parts of the theme, to enlighten a little our intentions. "European" is perhaps the most important description for it was precisely that thread that was most important to me, being the only context seriously taken into account, as I assumed right from the start that I would not be writing about rather more widely unknown to me - and much less fascinating (even to Rorty, the hero of the story) from my own, traditional, Continental philosophical perspective - American analytic philosophy. So accordingly I have almost totally skipped "American" connections (to use the distinction I need here) of Rorty's philosophy, that is to say, firstly, a years-long work within analytic philosophy, secondly struggles with it on its own grounds, and finally attempts to use classical American, mainly Deweyan, pragmatism for his own needs and numerous polemics associated with it - the questions that are far away from my interests and that arise limited interest among reading and writing philosophical audience in Poland, and perhaps also among Continental philosophers. It did not seem possible to me to write a book on Rorty in his American connections for they are insufficiently known to me, demanding knowledge of both post-war American analytic philosophy as well as pragmatism of its father-founders. I could see, setting to work on Richard Rorty, that a book on his American connections (leaving aside the issue that it would not be a philosophical problem but rather, let us say, the one of writing a monograph) written by a Polish philosopher in Poland and then in the USA was not a stimulating intellectual challenge but rather a thankless working task. Besides, having spent much time on Rorty's philosophy, writing extensively about him and translating his works, I already knew that the "Continental" context was extremely important to his neopragmatism, and that thinking about it could be relatively prolific (as opposed to the context potentially given by American philosophy).
Resumo:
Os Estudos sobre o turismo passaram por modelos vários, desde os mais tradicionais, até aos que a posmodernidade questionou. A introdução de elementos novos dentro da investigação, como cultura, património, turismo sustentável, e novos espaços de fruição, obrigaram a modelos inovadores na indústria turística. Contudo, acreditamos que estes novos modelos não poderão levar por diante uma correcta abordagem do turismo, se não incluirem nas suas preocupações uma perspectiva antropológica. Tourism studies have undergone various approaches, from the more traditional ones to those questioned by postmodernity. The introduction of new elements such as culture, heritage, sustaining tourism, and others, into the research inevitably caused the emergence of innovative modes in tourism industry. Thus we believe that these new modes will not be able to take forward a correct approach to tourism if they do not take into account an anthropological perspective.
Resumo:
'To Tremble the Zero: Art in the Age of Algorithmic Reproduction' is a philosophic, political and sensuous journey playing with (and against) Benjamin's 'Art in the Age of Mechanical Reproduction'. In an age inundated by the 'post-': postmodernity, posthuman, post art, postsexual, post-feminist, post-society, post-nation, etc, 'To Tremble the Zero' sets out to re/present the nature of what it means to do or make 'art', as well as what it means to be or have 'human/ity' when the ground is nothing other than the fractal, and algorithmically infinite, combinations of zero and one. The work will address also the unfortunate way in which modern forms of metaphysics continue to creep 'unsuspectingly' into our understanding of contemporary media/electronic arts, despite (or perhaps even because of) the attempts by Latour, Badiou, or Agamben especially when addressing the zero/one as if a contradictory 'binary' rather than as a kind of 'slice' or (to use Deleuze and Guattari) an immanent plane of immanence. This work argues that by retrieving Benjamin, Einstein, Gödel, and Haraway, a rather different story of art can be told.
Resumo:
Muldoon’s poetry frequently explores states of being ‘in-between’ and this can plausibly be related to his Catholic Northern Irish identity. He seems to be aware of the effects comprised in Derrida’s concept of différance, one version of which is the entre (‘between’). Nevertheless, Muldoon is more interested in exploring the experience of postmodernity than in offering a theory, or relating it to one culture. But this exploration has as many similarities with the concerns of existentialism and phenomenology as with deconstruction. Poems from Why Brownlee Left to Moy Sand and Gravel are discussed, and topics addressed include the South American exotic (new sources are suggested) and the troping on yarrow (compare Derrida’s pharmakon) in The Annals of Chile. Formal effects of repetition and difference reflect the themes. The redemption of repetition is studied with the help both of Kierkegaard and of Muldoon’s thoughts on the ‘magic mist’ of Irish romance.
Resumo:
El Jardí del Set Crepuscles –primera novela del escritor y arquitecto catalán Miquel de Palol– nos brinda la oportunidad de reflexionar acerca de la metamorfosis experimentada por la ciudad occidental a principios de los años setenta del siglo pasado. De acuerdo con autores como Henri Lefebvre, David Harvey, Giandomenico Amendola o Edward Soja, el surgimiento de la ciudad posmoderna en el marco de la transición hacia el modo de acumulación postfordista se presenta acompañado por un debilitamiento del tejido social y de la esfera pública y cívica. El objetivo del presente artículo es ilustrar las estrategias narrativas y retóricas con las que el texto de Miquel de Palol representa, y analiza, dicho fenómeno.
Resumo:
Tese de doutoramento, Direito (Ciências Jurídico-Civis), Universidade de Lisboa, Faculdade de Direito, 2014
Resumo:
John R.A. Mayer (de Berncastle) was a professor in the Philosophy Department at Brock University from 1965 to 1997. During his career at Brock he served as Chair of the Philosophy Department and as Associate Dean of Arts and Science. In 1972 he conceived the Master of Philosophy Program, along with G.M.C. Sprung. He was also a special member of the Brock Philosophical Society, a group of Brock alumni, faculty, students and Niagara citizens, which promoted an open and free discussion of ideas.
Resumo:
La réflexion sur l’intégration au travail des nouvelles enseignantes touche de plus en plus la communauté des chercheurs en éducation. Avec la valorisation de la pratique réflexive, l’enseignante se voit plus que par le passé autorisé à exercer une grande liberté d’action dans son travail, ainsi qu’une grande autonomie en ce qui à trait à l’exécution de sa tâche. Cette liberté peut être lourde à porter, surtout lorsqu’on entre dans le métier. Aussi, pour soutenir cette liberté et la diriger, la référence aux valeurs demeure fondamentale. Dans le présent mémoire, nous tentons d’en savoir plus sur les valeurs qui animent ces nouvelles venues, et comment celles-ci les aident à vivre leur intégration et à concevoir leur place dans le métier. La cueillette des données effectuée à partir de leurs réflexions, souvent profondes, sur les valeurs personnelles, les valeurs au travail et le rapport au métier, permet une analyse du discours basée sur le ressenti et l’expérience. C’est en puisant dans les thèses de la modernité et de la postmodernité, toutes deux parlantes quant à l’époque actuelle, que nous tentons de mieux cerner et induire les valeurs propres aux enseignantes ayant participé à notre étude phénoménologique de type exploratoire. Grâce à l’analyse de contenu, nous sommes à même de constater que malgré une ligne de partage présente entre certaines valeurs dites modernes et postmodernes, il n’en demeure pas moins qu’une tendance se dessine : nos nouvelles enseignantes désirent être fidèles d’abord et avant tout à elles-mêmes, même si cela implique l’abandon du métier qu’elles envisagent toutes comme une possibilité, sans exception. Cela en dit long sur leurs priorités et leurs valeurs au travail. Il est clair qu’elles travaillent de manière à se sentir authentiques, toujours avec le souci de savoir s’adapter aux nouvelles situations. Cependant, même si certaines d’entre elles trouvent plus ardu de s’adapter à une demande en matière de flexibilité professionnelle à la hausse, il n’en demeure pas moins que la flexibilité au travail est un élément désormais bien intégré à l’habitus professionnel des enseignantes pratiquant depuis dix ans et moins. Si postmodernes que ça nos nouvelles enseignantes? Oui.
Resumo:
Quel est le récit d’histoire littéraire québécoise que les étudiants retiennent à la fin de leur parcours collégial? Nous nous sommes intéressé à cette question. Par le biais d’un questionnaire, nous avons interrogé plus de 300 étudiants qui étaient à la fin de leurs études collégiales. Les réponses à ce questionnaire nous ont permis de tracer une ébauche du récit d’histoire littéraire québécoise, de mieux comprendre l’enseignement que les étudiants ont reçu et d’analyser ce récit. La première constatation que nous avons faite est que nous étions en présence d’une multitude de récits. En effet, il n’y a pas deux récits pareils et il y a une grande dispersion des résultats. Ensuite, ce qui a retenu le plus notre attention est l’absence de mise en intrigue. Les étudiants utilisent plusieurs éléments pour faire l’histoire de la littérature québécoise. Les plus importants sont : la Nouvelle-France, la littérature orale, le 19e siècle, le terroir, l’anti-terroir, le roman de la ville, les années 1960, la littérature migrante et la postmodernité. Mais il n’y a pas d’articulation entre ces éléments. Ils sont tous traités de façon autonome; nous avons l’impression d’être en présence d’un mur de briques sans mortier. L’absence de certains éléments semble expliquer la forme du récit : les étudiants font une histoire qui utilise seulement les courants, il y a une absence d’événements tant littéraires qu’historiques. Ils ne font pas de liens avec les autres littératures. Bref, les éléments pouvant servir à articuler un récit sont évincés. Il est donc difficile de considérer le récit des étudiants comme une histoire littéraire.
Resumo:
Thèse numérisée par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal.
Resumo:
Thèse numérisée par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal
Resumo:
Le présent mémoire définira ce qu’on entend par modernité et postmodernité, tout en juxtaposant ces concepts philosophiques au cinéma pratiqué par le documentariste Pierre Perrault. Les modernistes influencés par les Lumières ont toujours considéré les progrès scientifiques comme des avancées nécessaires à l’atteinte d’une béatitude universelle. Pour eux, le salut des sociétés nécessite un passage du côté de la science, du rationalisme. Le problème avec une telle démarche est que tout discours qui se dissocie de la rationalité est immédiatement annihilé au profit d’une (sur)dominance du progrès. Il ne s’agit pas de dire que la modernité est à proscrire – loin de là! –, mais il serait temps d’envisager une remise en question de certaines de ses caractéristiques. La postmodernité, réflexion critique popularisée par Jean-François Lyotard, s’évertue à trouver des pistes de solution pour pallier à cette problématique. Elle est une critique de la domination exagérée des sciences dans la compréhension de notre monde. Il existe pourtant d’autres façons de l’appréhender, tels les mythes et les croyances. Ces récits irrationnels cachent souvent en eux des valeurs importantes (qu’elles soient d’ordre moral, écologique ou spirituel). Or, l’œuvre de Perrault regorge de ces petites histoires communautaires. Les deux films choisis pour notre travail – Le goût de la farine (1977) et Le pays de la terre sans arbre ou le Mouchouânipi (1980) – en sont l’exemple prégnant. Chacun d’eux présente des traditions autochtones (celles des Innus) opposées à la dictature du progrès. Et cette même opposition permet au réalisateur de forger un discours critique sur une modernité prête à tout pour effacer les coutumes uniques. Le cinéaste agit ainsi en postmoderniste, offrant une réflexion salutaire sur les pires excès véhiculés par les tenants du progrès.
Resumo:
Avec la sécularisation, la laïcité et la diversité croissantes de la société québécoise, la place de la religion en général et du catholicisme en particulier se sont vues remises en question. Cette situation a d’ailleurs mené à la mise en place de deux commissions : l’une sur la place de la religion à l’école (1999) et l’autre sur les pratiques d’accommodements reliées aux différences culturelles (2008). Ces deux commissions auront fourni énormément d’informations sur les rapports qu’entretiennent encore les Québécois avec le catholicisme. Cette recherche a donc pour but de faire le point sur certains aspects du catholicisme au Québec à partir d’une perspective reposant principalement sur des instruments heuristiques issus des écrits signés « Jacques Derrida ». Pour ce faire, nous nous appuierons sur les travaux du Groupe de travail sur la religion à l’école, de la consultation générale sur la place de la religion à l’école et de la commission de consultation sur les pratiques d’accommodement reliées aux différences culturelles. Nous posons comme hypothèse que de manière générale, les Québécois entretiennent avec le catholicisme, des rapports « archivaux », c’est-à-dire conditionnés par des perceptions de ce dernier informées par son passé, plutôt que par son présent. De plus, ces perceptions du catholicisme, probablement développées dans le sillage de la Révolution tranquille et peut-être même un peu avant, nourriraient l’existence de « spectres » qui viendraient hanter les rapports des Québécois à tout ce qui touche le religieux et la diversité culturelle. En ce sens, il s’agit d’une dimension essentielle de ce que nous appellerions la « postmodernité » religieuse québécoise. Pour illustrer ce propos, nous mènerons une analyse de contenu documentaire. Premièrement, nous procéderons à l’analyse thématique de centaines de documents (rapports de recherche, rapports officiels, mémoires) déposés lors de ces débats. Le logiciel QDA Miner permettra d’effectuer une analyse documentaire en identifiant les passages thématiques reliés à la recherche. Nous procéderons ensuite à une analyse plus fine de ces extraits sélectionnés à partir de perspectives philosophiques provenant principalement du philosophe Jacques Derrida.