38 resultados para cholangiography
Resumo:
A infecção das vias biliares é uma doença freqüente com alta morbidade e mortalidade, que pode variar de 10 a 60% dependendo de sua gravidade. A causa mais comum desta infecção é a presença de cálculos na via biliar principal que propicia o surgimento de bacteriobilia. O profundo conhecimento das características microbiológicas da bile nos casos de coledocolitíase e infecção das vias biliares são fundamentais para o melhor diagnóstico desta infecção e escolha da antibioticoterapia a ser instituída. Assim, o objetivo deste estudo foi de caracterizar os principais aspectos microbiológicos da bile dos pacientes com e sem coledocolitíase e avaliar sua importância na escolha dos antimicrobianos para o tratamento da infecção das vias biliares. Foram analisados 33 pacientes que foram divididos em um grupo de 10 pacientes sem coledocolitíase (grupo controle) no momento da Colangiografia Endoscópica (CPER) e em outro grupo de 23 pacientes com coledocolitíase. A bile de todos os pacientes foi coletada no início do procedimento endoscópico, através de catater introduzido na via biliar. O exame de microscopia direta com coloração de Gram e as culturas da bile foram negativas nos 10 pacientes que não apresentaram coledocolitíase durante a CPER. Dos 23 pacientes com cálculos na via biliar principal, 19 (83%) apresentaram culturas positivas. Desses 19 pacientes com culturas de bile positivas, 18 (94,7%) apresentaram microorganismos detectáveis à microscopia direta com coloração de Gram. Apenas um paciente apresentou crescimento de germe anaeróbio (Bacteroides fragilis). O cultivo de 28 bactérias teve predominância de microorganismos Gram negativos (18 bactérias- 64,3%). Os germes isolados foram E. coli (9, 32,1%), Klebsiella pneumoniae (5, 17,9%), Enterococcus faecalis (5, 17,9%), Streptococcus alfa-haemoliticus (3, 10,7%), Streptococcus viridans (2, 7,1%), Enterobacter cloacae (2, 7,1%), Panteona aglomerans (1, 3,6%) e Pseudomonas aeruginosa (1, 3,6%). Todos os pacientes com microorganismos detectados pela microscopia direta com coloração de Gram tiveram crescimento bacteriano em suas culturas, por outro lado nenhum paciente com cultura negativa apresentou microoorganismos à microsopia direta ( p= 0,0005). Nesses casos, a microsopia direta apresentou uma especificidade de 100% e sensibilidade de 80%. A análise quantitativa das culturas da bile mostrou que das 19 culturas positivas, 12 (63,2%) tiveram pelo menos um germe com contagem superior a 105 ufc/ml. Todas as bactérias Gram positivas isoladas foram sensíveis à ampicilina, da mesma forma que todas as Gram negativas foram sensíveis aos aminoglicosídeos. Os achados deste estudo demonstram uma boa correlação entre a microscopia direta da bile com coloração de Gram e os achados bacteriológicos das culturas da bile coletada por colangiografia endoscópica retrógrada. O esquema terapêutico antimicrobiano tradicionalmente empregado em nosso hospital, que inclui a combinação de ampicilina e gentamicina, parece ser adequado, pois apresenta eficácia terapêutica contra os principais microorganismos responsáveis pela infecção das vias biliares.
Resumo:
OBJETIVO: A infecção hospitalar é uma importante causa de morbidade e mortalidade na população idosa. O estudo realizado teve como objetivo avaliar a ocorrência e os fatores de risco da infecção hospitalar. MÉTODOS: Realizou-se estudo prospectivo em uma amostra de 322 idosos com 60 anos e mais, internados em um hospital universitário, entre setembro de 1999 e fevereiro de 2000. O cálculo da amostra foi feito pela fórmula de Fisher e Belle, com intervalo de confiança de 0,95%, de um total de 760 idosos internados, proporcionalmente ao número de pacientes em cada unidade de internação, no ano de 1997. Os critérios para definição da infecção hospitalar foram os do Center for Diseases and Prevention Control. Para a análise estatística dos dados foram utilizados o odds ratio e regressão logística. RESULTADOS: A taxa de infecção hospitalar encontrada foi de 23,6%. As topografias prevalentes de infecção hospitalar foram infecção respiratória (27,6%), do trato urinário (26,4%) e do sítio cirúrgico (23,6%). O tempo de internação dos pacientes sem infecção hospitalar foi de 6,9 dias e dos com infecção hospitalar foi de 15,9 (p<0,05). A taxa de mortalidade dos pacientes internados foi de 9,6% e a de letalidade dos pacientes com infecção hospitalar de 22,9% (p<0,05). Os fatores de risco encontrados para infecção hospitalar foram colangiografia (odds ratio (OR)=46,4, intervalo de confiança 95% (IC 95%)=4,4-485); diabetes melito (OR=9,9, IC 95%=4,4-22,3); doença pulmonar obstrutiva crônica (OR=8,3, IC 95%=2,9-23,7); cateterismo urinário (OR=5, IC 95%=2,7-11,8); internação com infecção comunitária (OR=3,9, IC 95%=1,7-8,9) e ventilação mecânica (OR=3,8, IC 95%=1,9-6,3). CONCLUSÕES: A infecção hospitalar apresentou incidência e letalidade elevadas e aumentou o tempo de internação dos idosos estudados.
Resumo:
Background/purpose: Gallstones and cholelithiasis are being increasingly diagnosed in children owing to the widespread use of ultrasonography. The treatment of choice is cholecystectomy, and routine intraoperative cholangiography is recommended to explore the common bile duct. The objectives of this study were to describe our experience with the management of gallstone disease in childhood over the last 18 years and to propose an algorithm to guide the approach to cholelithiasis in children based on clinical and ultrasonographic findings. Methods: The data for this study were obtained by reviewing the records of all patients with gallstone disease treated between January 1994 and October 2011. The patients were divided into the following 5 groups based on their symptoms: group 1, asymptomatic; group 2, nonbiliary obstructive symptoms; group 3, acute cholecystitis symptoms; group 4, a history of biliary obstructive symptoms that were completely resolved by the time of surgery; and group 5, ongoing biliary obstructive symptoms. Patients were treated according to an algorithm based on their clinical, ultrasonographic, and endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP) findings. Results: A total of 223 patients were diagnosed with cholelithiasis, and comorbidities were present in 177 patients (79.3%). The most common comorbidities were hemolytic disorders in 139 patients (62.3%) and previous bariatric surgery in 16 (7.1%). Although symptoms were present in 134 patients (60.0%), cholecystectomy was performed for all patients with cholelithiasis, even if they were asymptomatic; the surgery was laparoscopic in 204 patients and open in 19. Fifty-six patients (25.1%) presented with complications as the first sign of cholelithiasis (eg, pancreatitis, choledocolithiasis, or acute calculous cholecystitis). Intraoperative cholangiography was indicated in 15 children, and it was positive in only 1 (0.4%) for whom ERCP was necessary to extract the stone after a laparoscopic cholecystectomy (LC). Preoperative ERCP was performed in 11 patients to extract the stones, and a hepaticojejunostomy was indicated in 2 patients. There were no injuries to the hepatic artery or common bile duct in our series. Conclusions: Based on our experience, we can propose an algorithm to guide the approach to cholelithiasis in the pediatric population. The final conclusion is that LC results in limited postoperative complications in children with gallstones. When a diagnosis of choledocolithiasis or dilation of the choledocus is made, ERCP is necessary if obstructive symptoms persist either before or after an LC. Intraoperative cholangiography and laparoscopic common bile duct exploration are not mandatory. Published by Elsevier Inc.
Resumo:
CONTEXT: About 9% of the Brazilian population has gallstones and the incidence increases significantly with aging. The choledocholithiasis is found around 15% of these patients, and a third to half of these cases presented as asymptomatic. Once the lithiasis in the common bile duct is characterized through intraoperative cholangiography, the laparoscopic surgical exploration can be done through the transcystic way or directly through choledochotomy. OBJECTIVE: To evaluate the results and outcomes of the laparoscopic treatment of common bile duct lithiasis. METHODS: Seventy consecutive patients were evaluated. They prospectively underwent the treatment of the lithiasis in the common bile duct and the exploration ways were compared according to the following parameters: criteria on their indication, success in the clearance, surgical complications. It was verified that about ½ of the choledocholithiasis carriers did not show any expression of predictive factors (clinical antecedents of jaundice and/or acute pancreatitis, compatible sonographic data and the pertaining lab tests). The laparoscopic exploration through the transcystic way is favored when there are no criteria for the practice of primary choledochotomy, which are: lithiasis in the proximal bile duct, large (over 8 mm) or numerous calculi (multiple calculosis). RESULTS: The transcystic way was employed in about 50% of the casuistic and the choledochotomy in about 30%. A high success rate (around 80%) was achieved in the clearance of the common bile duct stones through laparoscopic exploration. The transcystic way, performed without fluoroscopy or choledochoscopy, attained a low rate of success (around 45%), being 10% of those by transpapilar pushing of calculi less than 3 mm. The exploration through choledochotomy, either primary or secondary, if the latter was performed after the transcystic route failure, showed high success rate (around 95%). When the indication to choledochotomy was primary, the necessity for choledochoscopy through choledochotomy to help in the removal of the calculi was 55%. However, when choledochotomy was performed secondarily, in situations where the common bile duct diameter was larger than 6 mm, the use of choledochoscopy with the same purpose involved about 20% of the cases. There was no mortality in this series. CONCLUSION: The laparoscopic exploration of the common bile duct was related to a low rate of morbidity. Therefore, the use of laparoscopy for the treatment of the lithiasis in the common bile duct depends on the criteria for the choice of the best access, making it a safe procedure with very good results.
Resumo:
Inspissated bile syndrome in a 6Â week old boy was unresponsive to oral ursodesoxycholic acid. Intraoperative cholangiography revealed complete obstruction of the common bile duct. Therefore, the gallbladder fundus was pulled out through a laparoscopy port site and sutured to the fascia. A catheter was positioned into the infundibulum for irrigation with ursodesoxycholic acid. At day 8 complete resolution of the plug and free passage of contrast medium into the duodenum was documented radiologically. The catheter was removed, skin closed spontaneously without a second surgery for closure of the gall bladder.
Resumo:
Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
Resumo:
Introducción: Las guías de Tokyo de 2013 lograron un consenso respecto al manejo antibiótico de la infección biliar. Sus recomendaciones están sustentadas en estudios internacionales de la epidemiología bacteriana, pero también recalcan la importancia de conocer la microbiología local para ajustar las guías de manejo. Materiales y métodos: Se diseñó un estudio descriptivo tipo serie de casos de pacientes tratados por colecistitis aguda moderada y severa en Méderi Hospital Universitario Mayor (HUM), describiendo los aislamientos microbiológicos y perfiles de resistencia de los cultivos de bilis tomados durante la cirugía. Resultados: Se analizaron 131 pacientes con una edad promedio de 63 años, la mayoría sin comorbilidades médicas. Se encontró un 48% de positividad en los cultivos, predominantemente enterobacterias siendo la más frecuente Escherichia coli, seguida de especies de Klebsiella y de Enterococcus. Los perfiles de resistencia evidenciaron un 93% de multisensibilidad antibiótica y se aislaron 4 microorganismos multirresistentes. No se encontraron diferencias en comorbilidades, alteraciones paraclínicas, presencia de síndrome biliar obstrutivo, pancreatitis o instrumentación previa de la vía biliar entre los pacientes con cultivo positivo y negativo. Conclusiones: Los resultados concuerdan con los reportes internacionales en cuanto a la flora bacteriana aislada, pero los perfiles de resistencia evidenciados en esta serie son diferentes a los que sustentan las guías de manejo de Tokio revisadas en 2013. Este hallazgo obliga a ajustar las guías de manejo institucionales con base en la epidemiología local.