990 resultados para Sistema immune
Resumo:
Introdução. Apesar das evidências dos efeitos imunomodulatórios da morfina, não há na literatura estudos que tenham comparado a interação entre citocinas, imunidade celular (linfócitos T, B e NK) e a administração prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crônica neuropática não relacionada ao câncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnóstico de dor lombar crônica e com presença de radiculopatia (dor neuropática) previamente operados para tratar hérnia discal lombar (Síndrome Dolorosa Pós- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infusão de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantável no compartimento subaracnóideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com fármacos mas sem opióides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentração das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no líquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfócitos T, B e células NK e avaliados os Índice de Escalonamento de Opióide (em percentagem de opióide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), duração do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o número de linfócitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os não usuários de morfina. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD4 e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação negativa entre as concentrações de células NK (CD56+) e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação positiva entre o número de células NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD8 e a duração do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentrações de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentrações de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos não usuários de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentrações de plasmáticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que não a utilizavam. A concentração de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentração de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentrações plasmáticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos não a utilizavam. A concentração de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentração plasmática das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a duração do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Conclusões: Os resultados sugerem associações entre citocinas e imunidade celular (células T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreensão da imunomodulação da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuropática crônica não oncológica . São necessários mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunológico
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Candida albicans is the most frequent etiologic agent that causes opportunistic fungal infections called candidiasis, a disease whose systemic manifestation could prove fatal and whose incidence is increasing as a result of an expanding immunocompromised population. Here we review the role of interferon-gamma (IFN-γ) in host protection against invasive candidiasis. This cytokine plays an essential role in both the innate and adaptive arms of the immune response to candidiasis. We focus on recent progress on host-pathogen interactions leading to the production of IFN-γ by host cells. IFN-γ is produced by CD4 Th1, CD8, γδ T, and natural killer (NK) cells, essentially in response to both IL-12 and/or IL-18; more recently, a subset of C. albicans-specific Th17 cells have been described to produce both IL-17 and IFN-γ. IFN-γ plays an important role in the regulation of the immune system as well as in the control of the infectious process, as it is required for optimal activation of phagocytes, collaborates in the generation of protective antibody response, and favors the development of a Th1 protective response.
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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During the last decades, it has been established that there is a relationship between major depression and activation of immune system. Nociceptin/orphanin FQ (N/OFQ) is the natural ligand of a Gi-protein coupled receptor named NOP, both compose the peptidergic system wich is involved in the regulation of mood states and inflammatory responses. Considering these actions, the present thesis aimed to investigate the consequences of blocking NOP signaling in lipopolysaccharide (LPS)-induced sickness and depressive-like behaviors in mice. Systemic administration of LPS doses, that do not cause sepsis in mice, induce changes in their behaviors related with activity of pro-inflammatory cytokines tumor necrosis factor-α (TNF-α) and interleukins 6 (IL-6) and 1β (IL-1 β). At the time points of 2 to 6 h and 24 h after intraperitoneal injection, mice treated with LPS displayed, respectively, sickness and depressive-like behaviors. In the present work the administration of LPS 0.8 mg/kg (ip) significantly induced sickness signs in Swiss and CD-1 mice, such as weight loss, transient reduction in rectal temperature and decrease of food and water intake. Moreover at 24 h after LPS injection these same mice strains displayed significantly increased immobility time on the tail suspension test (TST) when compared with control mice, this alteration was not related with possible locomotion impairments as verified on the open field test. Treatment with Nortriptyline 30 mg/kg (ip, 60 min prior the TST) reduced the immobility time of control and LPS-treated mice and was used as standard antidepressant. The NOP receptor antagonist SB-612111 (10 mg/kg, ip), 30 min prior LPS, did not modify LPS-induced sickness signs and depressive-like behavior. However, when injected 24 h after LPS treatment, SB-612111 (ip, 30 min prior the TST) as well as the peptidergic NOP receptor antagonist UFP-101 (10 nmol/2μL, icv, 5 min prior the TST) significantly reversed the toxin effects. The protocol of LPS-induced depressive-like states was also tested in NOP receptor knockout mice (NOP(-/-)) and their respective wild types (NOP(+/+)). LPS evoked transient rectal temperature reduction in NOP(-/-) mice and loss of body weight, food and water intake reduction in both NOP(+/+) and NOP(-/-) mice. The consumption of water was significantly different due to the genotype. LPS injection induced transient changes in pro-inflammatory cytokines. At 6 h after LPS injection, serum levels of TNF-α were significantly increased in NOP(+/+) and NOP(-/-) mice, as the IL-6 levels were significantly increased just in NOP(+/+) serum. At 24 h after LPS treatment the pro-inflammatory cytokines had returned to the baseline levels in both genotypes. LPS treatment elicited depressive-like effects in NOP(+/+) but not in NOP(-/-) mice. The data obtained during the execution of this doctoral thesis reveal that pharmacological and genetic blockade of NOP signaling does not affect LPS evoked sickness signs while reversing depressive-like behavior. In conclusion, these results highlight the involvement of the peptidergic system N/OFQ - NOP receptor in the modulation of behaviors related to mood and activation of the immune system.
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O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento terapêutico importante em casos relacionados à pacientes com leucemia ou linfoma. Em decorrência desse processo, uma reação conhecida como doença enxerto-versus-hospedeiro (GVHD) pode ocorrer em pacientes susceptíveis como conseqüência da presença de células imunocompetentes do doador. Entretanto, não existe um modelo para descrever completamente as ações relacionadas ao mecanismo imunológico da GVHD desde a fase que inicializa a doença até a fase efetora. O Objetivo geral deste estudo é a investigação da resposta imunológica considerando-se o sistema HLA (antígenos leucocitários humano) em pacientes que desenvolveram a GVHD em decorrência do TMO. O National Cancer Institute (NCI) – Pathway interaction Database e Reactome foram usados como bases de dados com o objetivo de se estudar a expressão de genes e vias relacionados às Classes I e II do sistema HLA (antígenos leucocitários humano). O estudo considerou a mudança de expressão de genes relacionados às 17 vias do sistema imunológico com potencialidade para se expressar em pacientes que desenvolveram a GVHD associada à TMO. Dados referentes aos transcriptomas foram obtidos utilizando-se a plataforma GPL570 Affymetrix Genoma Humano U133 Plus. A atividade relativa foi usada para determinar as alterações das vias em amostras de GVHD em relação ao controle. As análises foram realizadas utilizando-se o software Via Complex e Bioconductor. Observou-se aumento significativo da expressão de genes ralacionados às vias do sistema imune adaptativo, antígenos associados às Classe I e II do HLA, fosforilação de CD3 e CD247, sinalização dos receptores de células T em CD4+ nativas e ativação de NF-kapa β nas células B. Também observou-se alterações significativas na mudança de expressão dos genes associados às vias relacionadas à super família de moléculas B7:CD28\CTLA-4 quando comparadas ao controle. Isso pode indicar a necessidade de geração de um segundo sinal co-estimulador em GVHD, acionado pelas moléculas dessa super família. O aumento da expressão do gene CD69 nas amostras experimentais caracteriza a ativação celular e, portanto, a sinalização de estímulos em GVHD. Os achados obtidos neste estudo contribuem para melhor elucidar o mecanismo imunopatogênico associado à GVHD. P
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Immune-mediated necrotizing myopathies (IMNM) are recognized as a subgroup of idiopathic inflammatory myopathies (IIM). IMNM are defined based on a combination of clinical presentation and laboratory studies, requiring a specific myopathological pattern on muscle biopsy for diagnosis. The authors describe a case of a patient with necrotizing myopathy, thought to be immune mediated, highlighting the challenge of its differential diagnosis. As clinical assessment and diagnostic tools sometimes fail to determine whether a necrotizing myopathy is immune mediated, leading to misdiagnosis and a compromise of the optimal therapeutic approach, distinguishing between IMNM and other myopathies is crucial.
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O desenvolvimento de organismos transgênicos para o hormônio do crescimento (GH) tem sido considerado uma importante alternativa para o aumento nas taxas de crescimento animal. Entretanto, os efeitos do excesso do GH não se limitam aos processos do crescimento. Sistemas fisiológicos como o sistema imunológico, já demonstraram ser prejudicados pelo desbalanço dos níveis do GH. Tendo em vista a importância da geração de organismos transgênicos para o GH no âmbito da aquicultura, esforços se fazem necessários na elaboração de estratégias com o intuito de reduzir ou compensar os efeitos adicionais do excesso de GH. Nos hipotetizamos que a geração de peixes duplo transgênicos os quais superexpressem GH e GHR apenas no músculo esquelético, poderia ser uma possível alternativa para compensar os efeitos prejudiciais ocasionados pelo excesso de GH sobre os sistemas fisiológicos mantendo, ao mesmo tempo, as altas taxas de crescimento. Afim de testar esta hipótese, nós avaliamos a morfometria de órgãos imunes, como o timo, o rim cefálico e o baço; os conteúdos de células T CD3+ e CD4+ no timo e no rim anterior e a expressão de genes relacionados à imunidade. Contrariando as expectativas iniciais, os resultados revelaram que a superexpressão do GHR no músculo esquelético não é capaz de diminuir os efeitos danosos causados pelo GH no tamanho do timo e rim anterior e no conteúdo de células T CD3+ e CD4+ nestes órgãos. Inesperadamente, zebrafish transgênicos somente para o GHR revelaram prejuízos nos aspectos imunes similares aos observados aos transgênicos para GH. De forma geral, estes resultados indicam que a dupla transgenia para o GH/GHR não é capaz de atenuar os efeitos negativos causados pelo excess de GH sobre o sistema imunológico de zebrafish transgênicos. Além disso, a transgenia para genes componentes do eixo somatotrófico pode ainda reforçar os danos as funções imunes em transgênicos, não recuperando os danos causados pelo excesso de GH.
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Tese de Doutoramento em Ciências Veterinárias na especialidade de Sanidade Animal
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While it is uncontested that the medical profession makes a valuable contribution to society, doctors should not always be beyond the reach of the criminal law and they should not automatically be treated as God. Doctors should act reasonably and be conscious of their position of trust. In this sense, the notion of “doctors” is construed broadly to include a range of health care professionals such as podiatrists, radiographers, surgeons and general practitioners. This paper will explore contemporary Australian examples where doctors have acted inappropriately and been convicted of non-fatal offences against the person. The physical invasiveness involved in these scenarios varies significantly. In one example, a doctor penetrates a patient’s private body part with a probe for their own sexual gratification, and in another, a doctor covertly visually records a naked patient. The examples will be connected to the theories underpinning criminalisation, particularly social welfare and individual autonomy, with a view to framing guidelines on when doctors should not be immune from non-fatal offences against a person, and thus where the criminal law should respond.
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Aim/hypothesis Immune mechanisms have been proposed to play a role in the development of diabetic neuropathy. We employed in vivo corneal confocal microscopy (CCM) to quantify the presence and density of Langerhans cells (LCs) in relation to the extent of corneal nerve damage in Bowman's layer of the cornea in diabetic patients. Methods 128 diabetic patients aged 58±1 yrs with a differing severity of neuropathy based on Neuropathy Deficit Score (NDS—4.7±0.28) and 26 control subjects aged 53±3 yrs were examined. Subjects underwent a full neurological evaluation, evaluation of corneal sensation with non-contact corneal aesthesiometry (NCCA) and corneal nerve morphology using corneal confocal microscopy (CCM). Results The proportion of individuals with LCs was significantly increased in diabetic patients (73.8%) compared to control subjects (46.1%), P=0.001. Furthermore, LC density (no/mm2) was significantly increased in diabetic patients (17.73±1.45) compared to control subjects (6.94±1.58), P=0.001 and there was a significant correlation with age (r=0.162, P=0.047) and severity of neuropathy (r=−0.202, P=0.02). There was a progressive decrease in corneal sensation with increasing severity of neuropathy assessed using NDS in the diabetic patients (r=0.414, P=0.000). Corneal nerve fibre density (P<0.001), branch density (P<0.001) and length (P<0.001) were significantly decreased whilst tortuosity (P<0.01) was increased in diabetic patients with increasing severity of diabetic neuropathy. Conclusion Utilising in vivo corneal confocal microscopy we have demonstrated increased LCs in diabetic patients particularly in the earlier phases of corneal nerve damage suggestive of an immune mediated contribution to corneal nerve damage in diabetes.
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Problem: Innate immune activation of human cells, for some intracellular pathogens, is advantageous for vacuole morphology and pathogenic viability. It is unknown whether innate immune activation is advantageous to Chlamydia trachomatis viability. ----- ----- Method of study: Innate immune activation of HEp-2 cells during Chlamydia infection was conducted using lipopolysaccharide (LPS), polyI:C, and wedelolactone (innate immune inhibitor) to investigate the impact of these conditions on viability of Chlamydia. ----- ----- Results: The addition of LPS and polyI:C to stimulate activation of the two distinct innate immune pathways (nuclear factor kappa beta and interferon regulatory factor) had no impact on the viability of Chlamydia. However, when compounds targeting either pathway were added in combination with the specific innate immune inhibitor (wedelolactone) a major impact on Chlamydia viability was observed. This impact was found to be due to the induction of apoptosis of the HEp-2 cells under these conditions. ----- ----- Conclusion: This is the first time that induction of apoptosis has been reported in C. trachomatis-infected cells when treated with a combination of innate immune activators and wedelolactone.
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Chlamydia trachomatis is an obligate intracellular bacterial pathogen that infects the genital and ocular mucosa of humans, causing infections that can lead to pelvic inflammatory disease, infertility, and blinding trachoma. C. pneumoniae is a respiratory pathogen that is the cause of 12–15% of community-acquired pneumonia. Both chlamydial species were believed to be restricted to the epithelia of the genital, ocular, and respiratory mucosa; however, increasing evidence suggests that both these pathogens can be isolated from peripheral blood of both healthy individuals and patients with inflammatory conditions such as coronary artery disease and asthma. Chlamydia can also be isolated from brain tissues of patients with degenerative neurological disorders such as Alzheimer’s disease and multiple sclerosis, and also from certain lymphomas. An increasing number of in vitro studies suggest that some chlamydial species can infect immune cells, at least at low levels. These infections may alter immune cell function in a way that promotes chlamydial persistence in the host and contributes to the progression of several chronic inflammatory diseases. In this paper, we review the evidence for the growth of Chlamydia in immune cells, particularly monocytes/macrophages and dendritic cells, and describe how infection may affect the function of these cells.