918 resultados para Psicologia Social - História


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo objetivou construir uma história do Curso de Psicologia da Faculdade Salesiana de Filosofia, Cincia e Letras de Lorena, com a perspectiva de compreender as relaes sociais, culturais, as prticas cotidianas e os modos de fazer que caracterizaram a constituio do curso, tendo como recorte histrico o perodo de 1952 a 1974. A meta final foi contribuir para a historiografia da Psicologia no Brasil. Apresentamos, inicialmente, de forma concisa, a história dos salesianos, desde sua criao e de sua insero no Brasil. Detemo-nos mais em sua chegada Lorena, com a fundao do Colgio So Joaquim e, muito mais especialmente, do Laboratrio de Psicologia Experimental. Exploramos seu significado para os salesianos e sua misso educativa, bem como para a emergncia do curso de Psicologia. Foram utilizados, como fontes documentais, documentos escritos e iconogrficos, alm disso, foram realizadas Entrevistas Narrativas, que nos possibilitaram apontar algumas caractersticas do comeo do curso, como, por exemplo, as questes de gnero. Assinalamos como a abordagem experimental, dominante no primeiro momento do curso, em que os principais professores eram oriundos da USP e da PUC-SP, muda aos poucos para a abordagem humanista, ruptura causada pela presena de um professor, Franz Victor Rudio. Conclumos que o curso de Psicologia de Lorena emergiu no por um documento ou por uma ao intencional e isolada de um sujeito individual, mas por ao de muitos personagens que, durante um longo perodo, construram prticas ligadas Psicologia que levaram constituio do curso. No entanto, pode-se afirmar que estas prticas foram fundamentadas na misso salesiana de formar educadores qualificados para o exerccio do magistrio, apoiada no trip razo, religio e amorevolezza.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Esta dissertao produto de meu percurso no Mestrado em Psicologia Social e apresenta as diferentes modulaes do trajeto desenvolvido durante dois anos. Descreve de que modo um projeto que buscava conhecer a experincia dos usurios de Sade Mental se modificou, passando a questionar as relaes entre a Universidade, a Reforma Psiquitrica e o cuidado na pesquisa com pessoas. A partir da metodologia da História Oral, foram realizadas entrevistas com diversos atores pesquisadores, professores, militantes, estudantes, residentes e coordenadores de residncias que se somaram, na qualidade de trabalho de campo, participao em eventos promovidos por grupos de usurios e ao estgio docente na disciplina Polticas e Planejamento em Sade Mental, do curso de graduao em Psicologia. Tambm se recorreu pesquisa bibliogrfica e utilizao do dirio de campo. A partir desta ltima ferramenta, primordialmente, foi possvel realizar a anlise de implicaes que permeia todo o trabalho, na perspectiva da Anlise Institucional. Esta dissertao descreve e reflete, em especial, sobre os dilemas com os quais me defrontei, desde o incio da pesquisa, quando quis entrevistar participantes dos coletivos de usurios de sade mental. Meu interesse era conhecer como tinha sido a experincia desses usurios dentro da chamada Reforma Psiquitrica; porm, em face da insistncia, por parte dos coordenadores dos grupos, de que solicitasse a autorizao do Comit de tica e obtivesse o respectivo consentimento informado, comecei a me interessar pela origem dessa demanda e sua atual funo. Tomei como analisador o dispositivo Consentimento Informado ou Esclarecido tal como requisitado hoje, ou seja, algo cada dia mais exigido no campo da pesquisa com seres humanos, em cincias sociais. Apresentando-se como um discurso de proteo de direitos, ele permite colocar em discusso a questo do cuidado e da tica na pesquisa: certos aspectos priorizados pelos Comits de tica, tais como riscos, benefcios e desfecho primrio, supem a antecipao dos resultados de um processo que, ao contrrio, est em construo. Extrapolam-se modelos do campo biomdico, obstaculizando pesquisas que contemplem as subjetividades dos participantes (pesquisadores e pesquisados). Nesse sentido, a presente dissertao questiona a que cuidado (e ao cuidado de quem) tais dispositivos efetivamente respondem. Tambm se coloca um outro analisador em pauta, o dispositivo apresentao de doentes, a fim de refletir sobre a manicomialidade presente, ainda hoje, no ensino universitrio de psicologia. Tanto pela experincia no campo como mediante a bibliografia consultada, percebe-se uma ciso entre Universidade e Reforma. Certos espaos acadmicos e disciplinas ligadas prtica clnica permanecem intactos frente ao processo da Reforma, mesmo depois de uma recente mudana no currculo. Novos espaos e disciplinas emergem sem conseguir dialogar com os antigos, que transmitem ao jovem psi uma prtica atemporal, cientfica, objetiva, fundada nos manuais psiquitricos (DSM, CID) e em discursos psicanalticos descontextualizados. Percebe-se, assim, que temas fundamentais, como as condies de cuidado em sade mental, so escassamente, discutidos no curso psicologia hoje.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A presente dissertao de mestrado versa sobre o significado de Repblica no militar do Exrcito Brasileiro. Tal significado buscado nas manifestaes publicadas, no interior da corporao, nos dias 15 de novembro dos cem anos deste regime vigente no pas. Delimita-se qual o objeto da Psicologia Social, e, para fundamentao da escolha do quadro de referncia terico, apresenta-se uma crtica aos modelos fundados no Positivismo e no Materialismo Histrico, para ento se optar pela História das Mentalidades e pela Teoria das Representaes Sociais. Utiliza-se as "Ordens do Dia" como material. Importa ressaltar que apresentam-se tais documentos num capitulo e no em anexos, para enfatizar que eles so a base desta dissertao. So considerados, no coadjuvantes, mas figuras centrais neste cenrio. Faz-se uma anlise destas "Ordens do Dia", privilegiando-se as ideias de ordem, progresso, segurana e desenvolvimento. Posteriormente feita uma sobreposio das ideologias dentro do Exrcito que dominaram as conjunturas na estrutura republicana, com a representao social de Repblica no Exrcito Brasileiro. Tal sobreposio corrobora o papel ativo da Representao Social.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A pesar del cuadro crtico de la pobreza y desigualdad social en que vivimos en el pas, las perspectivas actuales apuntan para el fin del Estado Interventor y para la reduccin del gasto pblico destinado a las polticas sociales. Con el enjugamiento del estado, el Tercer sector est encargado de pacificar la cuestin social, reducindola al mbito del deber moral. Convocado al compromiso social, el psiclogo tambin empieza a trabajar en la frontera de la exclusin, sin cuestionar la finalidad y las implicaciones polticas del nuevo escenario. El objetivo de este trabajo es investigar la prctica social del psiclogo, en el mbito del tercer sector , buscando el anlisis que hace del nuevo campo de trabajo, as como las estrategias utilizadas en el enfrentamiento de la pobreza. Para la investigacin, fueron realizadas 20 (veinte) encuestas semiestructuradas con psiclogos que actan en instituciones del tercer sector . Las encuestas fueron analizadas cualitativamente, a la luz de la perspectiva gramsciana de sociedad civil y emancipacin humana, bien como de los preceptos de la Psicologa Comunitaria y Intervencin Psicosocial. Utilizamos como base de anlisis, todava, el Mtodo Comparativo Constante. Los resultados fueron agrupados en tres ejes: quien son los nuevos quijotes de la Psicologa, las demandas del Tercer Sector y las estrategias utilizadas por el psiclogo en el Tercer Sector . La perspectiva defendida en este trabajo es la de que en el campo de las intervenciones sociales, y ms acentuadamente en el Tercer Sector , los psiclogos seran nuevos quijotes , actuando con buena voluntad, con grandes sueos de transformacin, pero realizando acciones que no parten de una lectura crtica y adecuada de la realidad, no percibiendo sus posibilidades reales y sus lmites de actuacin. Finalmente, defendemos que se debe buscar, con la insercin profesional; mejorar la calidad de vida y el bienestar, a travs de una intervencin proactiva, buscando el desarrollo, la organizacin y la emancipacin de las personas, grupos y comunidades

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo tem como objetivos descrever as representaes sociais de adolescentes sobre alcoolismo e analisar as implicaes do alcoolismo na história de vida dos adolescentes. Trata-se de uma pesquisa qualitativo-descritiva, que utilizou o mtodo de história de vida para coleta de dados com 40 adolescentes, concomitantemente tcnica de observao livre. A anlise de contedo temtica levou a duas categorias: 'O bom e o ruim das bebidas alcolicas' e 'Alcoolismo e suas consequncias'. As representaes sociais dos adolescentes sobre o lcool o atrelaram a dois significados simblicos: a associao da bebida alcolica com o prazer e a diverso, e a negatividade do seu uso, relacionada violncia e perda dos sentidos. Conclui-se que o convvio com o alcoolismo na famlia influencia o modo como os adolescentes percebem o lcool no decorrer de sua vida.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Ps-graduao em Psicologia - FCLAS

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A lgica instantnea da sociedade informacional no permite que a maioria dos meios de comunicao abra espao para a história de vida das fontes jornalsticas, muito menos das annimas. A instantaneidade com que os fatos tm de chegar ao receptor no compatvel com o exerccio jornalstico que busca a densidade, o aprofundamento das relaes sociais. Aluga-se meu apego: a história de vida dos anunciantes de Classificados busca apontar uma alternativa para o jornalismo oficial e superficial. Trata-se de um livro-reportagem de perfil que tenta mapear traos e mudanas da identidade dos annimos, apontando-os como agentes sociais de suas prprias vidas e das vidas alheias. A partir dos preceitos da psicologia social e da antropologia, busca-se definir a identidade como um processo socialmente construdo e sujeito a constantes mutaes. Embudo dessa premissa, o Jornalismo Literrio aparece como opo que permite o aprofundamento na cobertura dos fatos e a contextualizao dos fenmenos decorrentes dele. O contedo do livro-reportagem possui dez perfis que contam fragmentos da vida, dos anseios e das angstias de anunciantes dos Classificados do Jornal da Cidade de Bauru (SP) que coabitam o municpio com as fontes oficiais utilizadas pelos jornais mas que, porm, no tm a mesma visibilidade nem so encarados como fundamentais para nossa realidade

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo prope uma leitura histrico-cultural das interpretaes de Gerd Bornheim (1929-2002), destacando a temtica da linguagem, sobretudo das linguagens artsticas. A partir dessas expresses, as colocaes crticas de Bornheim a respeito da esttica e filosofia da arte apresentam um panorama dos questionamentos. Nesse sentido, so notveis em seus trabalhos as reflexes sobre o teatro e a msica. A linguagem teatral permite o acesso s outras atividades artsticas (poesia, msica, artes plsticas, cinema) de forma livre e aberta. A linguagem musical, em consonncia com a teatral, corrobora a pesquisa de Bornheim, que observou o processo criativo, a comunicao, o papel da interpretao (advento da crtica) e as rupturas nas poticas contemporneas. Tal itinerrio sublinha a pesquisa que Bornheim realizou na Frana nas dcadas de 1950 e 1960-70. O estmulo dessa atmosfera, marcada pelo dilogo entre filosofia, cincias sociais, psicologia, psicanlise, história, antropologia, lingustica, comunicao, teatro e msica foi decisivo para ele. Esses pontos so importantes para a apreenso do tema da linguagem e sua ambincia histrica, na qual Bornheim revela outras perspectivas de pesquisa. O pano de fundo a crise da metafsica e os novos parmetros para se pensar a dialtica, a teoria e a prtica. O diagnstico de tal crise estende-se tambm esttica. Por conseguinte, o entendimento das ideias de Bornheim conduz aos temas da diferena e alteridade na contemporaneidade. Com isso, persegue-se um percurso temtico que aborda: a linguagem e o problema da comunicao a partir da ligao das interpretaes de Bornheim com as de Sartre e Merleau-Ponty. Alm disso, o surgimento da crtica e os questionamentos da normatividade tica e esttica levam discusso das motivaes coincidentes entre artes e cincias. Por fim, a linguagem musical enfatiza ainda o processo de transformao da subjetividade, que propicia uma percepo mais ampla das expresses artsticas e culturais.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

O autoritarismo, complexo fenmeno social largamente estudado pela Cincia Poltica e pela Psicologia Social, aqui pesquisado em suas articulaes com o sistema penal. Na medida em que o autoritarismo deriva do poder e em que o sistema penal deriva do direito, so estudados os conceitos de poder e de direito, em suas peculiaridades e inter-relaes. Em seguida, examinam-se a história da construo do conceito de autoridade e os contextos polticos e psicolgico-sociais em que o termo autoritarismo tem sido empregado, para, em seguida, analisar, abstrata e conceitualmente, suas inter-relaes com o sistema penal. Observa-se que o autoritarismo caracterstica estrutural de todo e qualquer sistema penal, manifestando-se nas mais variadas agncias desse sistema, e em todos os planos: na criminalizao primria (ou seja, na edio de leis penais), na criminalizao secundria (i.e., na aplicao concreta de poder punitivo a autores concretos), no poder positivo configurador da vida social, no discurso-jurdico penal (nas teorias dos juristas) e nos sistemas penais paralelo e subterrneo. Como hipteses de trabalho, so examinados o sistema penal alemo nazista e o sistema penal brasileiro contemporneo, buscando verificar, ainda, se e em que medida h coincidncias em propostas poltico-criminais e em prticas concretas de poder punitivo.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo aborda a temtica das relaes existentes entre a formao universitria e a imagem social de mulheres negras universitrias da rea da sade e suas possveis transformaes pessoais e sociais. Considerando que a formao universitria produz uma valorizao social e os seus desdobramentos influenciam nos papis sociais vividos por este grupo. Buscamos assim, descrever a imagem social de mulheres negras na perspectiva de mulheres negras universitrias e sua autoimagem social; e analisar a influencia da formao universitria na autoimagem social das mesmas. Metodologia: Pesquisa descritivo-exploratria com abordagem qualitativa, realizada com roteiro de entrevista semi estruturada com dez entrevistadas que se autodeclararam pretas ou pardas matriculadas em Programa de Ps-graduao (Mestrado) de uma universidade pblica estadual no municpio do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados produzidos foram analisados e interpretados luz da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram trs categorias. A primeira categoria A imagem social da mulher negra na perspectiva de mulheres negras universitrias descreve a condio desigual da mulher negra na sociedade a partir da desvalorizao do gnero feminino e da raa (sexismo e o racismo) e o corpo da mulher negra como objeto de sensualidade. A segunda categoria - A formao universitria na vida de mulheres negras desdobrou-se em duas categorias intermedirias: Situaes positivas vivenciadas durante a formao (formao universitria como veculo para as transformaes sociais e pessoais a partir da ampliao do conhecimento cientfico e a melhora na insero social); Situaes negativas (desigualdades de classes, sentimentos de indeciso, frustrao frente escolha do curso e limitaes na aprendizagem e adaptao). A terceira categoria A autoimagem social de mulheres universitrias negras desenvolve a percepo das entrevistadas acerca da sua autoimagem a partir do processo de formao universitria, e desdobra-se em vises positivas e negativas sobre sua autoimagem. A viso positiva destaca o empoderamento diante da sua condio tnica caracterizado por atitudes perseverantes e demonstrao de competncia no cotidiano, favorecendo o fortalecimento de posies sociais; algumas inclusive no identificam vivenciar diferenas sociais pela etnia. A viso negativa foi descrita a partir dos sentimentos de baixa estima, insegurana no posicionamento nos espaos sociais e a dificuldade de falar sobre a sua autoimagem. Para as depoentes a autoimagem se traduz no no esteretipo, mas, nas conquistas sociais que elas alcanam decorrente da formao universitria. A formao universitria se torna condio fundamental para transpor os estigmas sociais que interferem na imagem social deste grupo populacional na sociedade.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi fundada h trinta e quatro anos e tem forte influncia social e poltica. Sua capilaridade religiosa se expressa atravs da sua insero em diversas mdias, como TV, rdio, jornal etc. e da participao poltica evidenciada pelas "bancadas evanglicas" nos diferentes parlamentos, onde predominam autoridades da IURD. Tambm se faz presente atravs dos milhares de templos construdos e espalhados por mais de 180 pases. Sua estratgia de proselitismo religioso baseada na converso de adeptos de outras religies. Sua hierarquia: obreiros, pastores e bispos, define a igreja como o maior "pronto-socorro" espiritual do Brasil. Caracterizada pelo oferecimento de soluo de problemas imediatos e de natureza espiritual. Aps algum tempo, conversos da IURD migram para outras igrejas evanglicas. O objetivo desta pesquisa foi identificar as Representaes Sociais da IURD segundo evanglicos dela egressos. Para tanto, foram entrevistados vinte indivduos adultos, na Cidade do Rio de Janeiro, egressos da IURD. Como instrumento, utilizamos um questionrio para entrevista semi-estruturada, composto por questes acerca da IURD e dados pessoais do entrevistado. O material resultante foi analisado a partir da anlise de contedo. As entrevistas foram gravadas, com a autorizao dos entrevistados e o comprometimento na manuteno do anonimato dos participantes. Dentre os resultados da pesquisa, confirmando o que dito por seus lderes, encontramos a IURD como um pronto socorro, no s espiritual, como emocional e de sade fsica. A migrao da IURD para outras denominaes crists est associada a trs grandes categorias: a) o sujeito no tem mais necessidade do pronto-socorro; b) crtica s cobranas sistemticas por bens espirituais; c) a necessidade de aprofundamento religioso. Neste aspecto, a IURD caracteriza-se por ser uma Igreja de transio, de incio de vida espiritual crist e de proselitismo voltado quase que exclusivamente para a converso.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho visa descrever a experincia de uma pesquisa em psicologia social desde seus momentos iniciais onde o problema de pesquisa ainda se delineava, passando por todas as suas desconstrues a partir do encontro com o campo de pesquisa: a prtica do parkour. As ferramentas metodolgicas que foram utilizadas vo igualmente recebendo sua forma de acordo com as demandas dos encontros: seguir os atores, acompanh-los em suas controvrsias, aprender com eles, levar a srio suas recalcitrncias, compartilhar um campo de afetos, compartilhar uma experincia de cidade e explicitar os processos de traduo da pesquisa. Questes da materialidade, da alteridade, do corpo, da cidade emergem nesse processo, no entanto, busca-se efetivamente descrever um processo de pesquisa medida que se coloca a questo de pesquisar como uma poltica ontolgica capaz de inventar e re-inventar o pesquisador e as questes que levanta na prpria relao com aquilo que o leva a pesquisa.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

A proposta deste estudo foi construir uma cartografia dos modos de fazer psicologia em centros de treinamento (CTs) de categorias de base, bem como das relaes da psicologia do esporte com outros saberes/poderes e de seus possveis efeitos na formao do jogador de futebol, tendo por campo emprico o cotidiano de alguns clubes de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro. Em aliana com os pensamentos de Flix Guattari e Gilles Deleuze, apropriamo-nos dos escritos destes e de outros pesquisadores da Anlise Institucional como interlocutores nesta cartografia; igualmente, das contribuies de Michel Foucault sobre sociedade disciplinar e biopoder. Estudos antropolgicos e scio-histricos tambm nos ajudaram a compreender como se constri a noo/prtica de formao no futebol brasileiro contemporneo. Colaboraram ainda nessa composio os debates metodolgico-epistemolgicos sobre História Oral, procedimento que funcionou como um dispositivo tico-poltico durante todo o processo de investigao. Neste sentido, mediante entrevistas de história oral temtica, buscou-se conhecer o trabalho de quatro psiclogos do esporte atuantes em categorias de base na atualidade. Complementarmente, observaes em centros de treinamento foram realizadas. Nesse percurso, apreendemos nuances da instrumentalizao do corpo-atleta que remetem ao processo histrico de construo dos atuais modos de formao do jogador de futebol no Brasil. Pistas sobre os primeiros trabalhos de Psicologia do Esporte de que se tem notcia integram tal processo, e apontam a uma psicologia que tambm se instrumentalizava, tendo os testes psicomtricos como principal recurso. Em uma trajetria na qual foras mais, e menos flexveis produzem efeitos polticos, v-se o aspirante a jogador de futebol transformar-se em um atleta que funciona como jogador-pea, jogador-produto, ou mesmo jogador-empresa, a fim de realizar o almejado e muitas vezes inquestionvel sonho de ser mundialmente conhecido e aclamado. No espao dos CTs, disciplina e biopoder se articulam em dispositivos em prol da manuteno de uma produo em moldes capitalsticos. Das modulaes das prticas neoliberais surge ainda a figura do empresrio para gerenciar a vida dos jogadores e garantir que sejam produtos valorizados no mercado global de boleiros. Embora ainda hoje os testes e os perfis psicolgicos sejam instrumentos hegemnicos na psicologia esportiva, as prticas desta ltima so to diversas quanto os modos de subjetivao existentes e implicam efeitos s vezes mais, s vezes menos adaptados promoo do rendimento esportivo e constituio do atleta empreendedor-de-si mesmo.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Mediante narrativas de casos de apario de fantasmas em um complexo de guas termais localizado no Barreiro de Arax, em Minas Gerais, que mudou sua imagem de lugar de cura e sade para ambiente de lazer e beleza, este trabalho buscou seguir pistas sobre: a ascenso, queda e renascimento do termalismo no Brasil; o problema da contaminao das guas minerais do Barreiro; as incongruncias nas aes das Polticas Pblicas. Tais aspectos produziram efeitos mltiplos nos trabalhadores das Termas e na populao local, tais como: fantasmas, medos, silncios, disputas e adoecimentos. A pesquisa toma como inspirao metodolgica os trabalhos de Alessandro Portelli com a História Oral, para obter e acompanhar as narrativas; a genealogia de Michel Foucault, para apresentar as mudanas no conceito de sade e de teraputica no tempo; a Teoria do ator-rede de Bruno Latour, para seguir os actantes, humanos e no-humanos. Chama ateno para o cuidado de si como forma tica de estar no mundo, tendente a tornar a vida potente, criativa, abrindo uma possibilidade de algum se tornar mdico de si mesmo. Entende, nesse sentido, que podem ser viveis, desde que em ruptura com meras prticas de renovado controle da vida das populaes, as novas teraputicas implantadas no SUS ? Terapias Alternativas e Complementares, dentre elas, em particular, o Termalismo Social.