1000 resultados para Práticas parentais
Resumo:
Muitos são os investigadores e estudiosos que, em todas as partes do mundo, se têm debruçado sobre a relação Escola–Família–Comunidade, tentando perceber os preditores que justificam, por exemplo, a indisciplina ou o (in)sucesso na sala de aula. Movidos pela curiosidade de 25 anos a trabalhar no sistema educativo, quisemos perceber o papel da mulher no que à educação formal dos filhos diz respeito. Empiricamente sabíamos que normalmente à mãe cabe mais esta tarefa de ser a Encarregada de Educação dos seus descendentes e quisemos perceber porquê. Que características concorrem para que a ela seja entregue esta “missão”? Igualmente quisemos saber se esta “missão” era solitária ou se o seu cônjuge coopera e de que forma. De uma parte teórica baseada na literatura existente através da qual procurámos perceber o(s) papel(éis) da mulher anterior e posteriormente ao 25 de abril de 1974 e da lenta integração legal dos Encarregados de Educação nas escolas, partimos para um trabalho de investigação assente nos alunos do AENelas e respetivos Encarregados de Educação. Colaboraram connosco 44 Encarregados de Educação de alunos do 9.º ano que, através das suas respostas, permitiram perceber que os novos tempos são, teoricamente, de partilha, porém, na prática, é ao elemento feminino da família que compete a assunção do cargo de Encarregado de Educação. Os respondentes inclinam-se (nas suas respostas) para a disponibilidade de tempo, contudo, coincidência ou não, a maioria trabalha e a minoria, quer de Encarregados quer de Encarregadas de Educação, tem habilitações literárias inferiores ao seu cônjuge ou companheira(o). Há aspetos incontornáveis que não deixam dúvidas: a função de EE é “vitalícia” e marcadamente “feminina”.
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O apoio prestado às famílias que vivenciam a parentalidade deve basear-se numa relação de confiança entre enfermeiros e pais. A satisfação dos clientes e dos enfermeiros durante a prestação de cuidados assume grande relevância e pode ser considerada um ganho em saúde. Objetivo: Compreender a experiência e o significado atribuído pelos pais de crianças entre os 11 e os 24 meses e dos enfermeiros que participaram na implementação da metodologia Touchpoints (TP), uma intervenção de enfermagem inovadora. Desenho do Estudo e Métodos: Estudo qualitativo de cariz fenomenológico. A recolha de dados foi efetuada através de (i) diários de itinerância dos enfermeiros que participaram na implementação da metodologia TP e da (ii) técnica de grupos focais realizada junto de 10 pais de crianças do grupo de intervenção. Resultados: os pais consideraram que as sessões TP, implementadas pelos enfermeiros, contribuíram para: Aquisição de conhecimentos e competências; Validação de práticas parentais; Melhoria do comportamento da criança; Confiança parental; Relacionamento interpessoal; Competências profissionais; Competências específicas; Satisfação. Os enfermeiros que participaram no estudo consideraram que a metodologia TP contribuiu para: Mobilização e aplicação dos princípios TP; Processo de aprendizagem; Interesse dos pais; Sentimentos/emoções; Satisfação. Implicações Clínicas: Os enfermeiros que cuidam de famílias devem implementar metodologias inovadoras que facilitem a adaptação à parentalidade, como os Touchpoints. A implementação da metodologia TP contribuiu para a satisfação dos pais e enfermeiros.
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O experimento da parentalidade vai ser sempre único, seja o primeiro filho ou não, a experiência vai reger-se pela individualidade de cada criança e também pelas experiências vividas pelos pais. Deste modo, muitas vezes os pais não se sentem preparados, ou encontram dificuldades e inseguranças nesta tarefa. De acordo com Santos e Morais (s/data) a falta de preparação e as inseguranças que os levam a cometer erros na parentalidade podem advir de falta de experiência própria, ou então das falhas nos métodos e técnicas. Contudo, o papel dos pais é fundamental para o desenvolvimento da criança, tal como a família. A parentalidade pode ser encarada pelo adulto como sendo um desafio, e como sendo o mais exigente, sendo assim, também o que lhe irá proporcionar mais satisfação. Este desafio vai carecer que o adulto se aplique psicologicamente, fisicamente e intelectualmente. Ao viver a parentalidade, cada pai/mãe, vai experienciar o seu papel de diversas formas e deste modo, os pais vão avaliar o seu próprio desempenho, permitindo que estes se sintam mais ou menos competentes. Ao avaliar as suas competências e falhas como pais, permite que haja um bom ajuste ao papel parental e permite uma abertura a práticas parentais positivas. Os recentes problemas económicos que atravessam o país, têm vindo a constituir-se como um fator de mudanças na família. Neste contexto, diversas instituições de apoio comunitário, propõem-se a um acompanhamento e intervenção a nível parental e familiar. Deste modo, o presente estudo debruçou-se em compreender as necessidades das famílias acompanhadas em contexto social e comunitário numa IPSS, de forma a possibilitar um planeamento de uma intervenção mais adequada e eficaz, que lhes permita uma melhoria da qualidade da vida familiar. Pretende-se assim, dar resposta a determinadas questões como: Qual o estilo parental mais evidente nos agregados familiares; Quais os principais problemas familiares; quais as maiores dúvidas dos pais/tutores; Qual o modelo de intervenção em Educação parental mais apropriado; qual o nível de intervenção e finalmente que tipo de intervenção será a mais adequada.
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O presente estudo teve como objetivo construir e validar uma escala de crenças parentais e práticas de cuidado na primeira infância para o contexto brasileiro. Após a construção teórica dos itens, a versão final da escala foi aplicada em dois estudos com populações distintas (estudo preliminar - 250 mães; estudo final - 600 mães), visando avaliar a frequência de comportamento e o grau de importância atribuído às práticas. Para as análises psicométricas, foram realizadas: análise fatorial e o cálculo da consistência interna. Em ambos os estudos a análise fatorial resultou em dois fatores, sendo o primeiro denominado "cuidados primários" e o segundo "estimulação". Os alfas de Cronbach apresentaram-se satisfatórios, variando de 0,68 a 0,83. Os resultados do estudo demonstraram a validade e precisão da escala, a qual poderá ser utilizada em futuras pesquisas, bem como em práticas de intervenção familiar, principalmente durante os primeiros anos de vida das crianças.
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O objetivo geral deste estudo foi comparar adolescentes infratores e não infratores quanto a variáveis familiares que podem estar relacionadas ao desenvolvimento do comportamento infrator. Além disso, pretendeu-se investigar as variáveis preditoras da conduta infratora. Os sujeitos foram 311 adolescentes divididos em dois grupos. O primeiro grupo foi composto por 148 adolescentes do sexo masculino autores de atos infracionais, que estavam cumprindo medida sócio-educativa privativa de liberdade na Fase-RS. O segundo grupo foi constituído por 163 adolescentes que não cometeram atos infracionais, estudantes do Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas de Porto Alegre. Os instrumentos utilizados foram uma entrevista estruturada, a Escala de Estilos Parentais e um protocolo para a análise dos prontuários dos adolescentes infratores. Os resultados indicaram a presença de diferenças significativas entre os grupos nas seguintes variáveis: configuração familiar; comportamento anti-social na família; número de irmãos; existência de conflitos na família; responsividade, exigência e intrusividade parental; práticas educativas parentais; e consumo de drogas pelos adolescentes. As análises descritivas permitiram a caracterização do comportamento infrator apresentado pelos jovens, incluindo aspectos como idade de cometimento do primeiro delito, motivações e tipo de delitos efetuados. Para investigar o valor preditivo das variáveis familiares e individuais sobre o comportamento infrator foi realizada a Análise de Regressão. Os resultados mostraram que as variáveis independentes (responsividade e exigência parentais; comportamento anti-social na família; número de irmãos; uso de drogas pelo adolescente; existência de conflitos na família e práticas educativas parentais) contribuíram para explicar 53% da variância do comportamento infrator. Examina-se o papel da família, em especial das práticas educativas, no desenvolvimento da conduta infratora, as limitações metodológicas para a investigação em adolescentes com as características dos que compõem a amostra e as implicações dos resultados encontrados para a implementação de políticas de prevenção e de tratamento destinados a essas famílias.
Uma análise comportamentalista de relatos verbais e práticas educativas parentais: alcance e limites
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O presente artigo discute a relevância de algumas estratégias metodológicas da Análise Aplicada do Comportamento para examinar práticas educativas parentais. Um instrumento e um conceito relacionados à coleta e análise de dados são discutidos sob a ótica teórica e aplicada: relatos verbais e análise funcional comportamental descritiva. Conclui-se que, consideradas as limitações dos relatos, as informações obtidas com essa estratégia e com a análise funcional comportamental descritiva permitem inferir algumas hipóteses sobre os comportamentos de pais e de filhos que podem ser utilizadas em ações que procuram investigar e intervir sobre os comportamentos problema e as habilidades sociais.
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Comportamentos de pais e de filhos influenciam-se mutuamente. Crianças com alterações de linguagem relacionadas ou não à perda auditiva, podem apresentar dificuldades de relacionamento com os irmãos e seus pares. Assim, a investigação das práticas educativas parentais e do repertório comportamental infantil é fundamental para a busca de intervenções efetivas para essas crianças. O estudo tem como objetivos: (a) comparar o repertório positivo e negativo de mães e crianças com deficiência auditiva (DA) e distúrbio de linguagem (DL); (b) comparar cada uma das deficiências com grupo não clinico; (c) correlacionar comportamentos para cada uma das deficiências. Participaram deste estudo 72 mães, cujos filhos apresentavam da (n = 27), DL (n = 19) ou compunha uma população não clínica (n = 26). O instrumento utilizado foi o Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais, que avalia a ocorrência de habilidades sociais aplicáveis às práticas educativas. Os resultados evidenciaram a associação entre práticas positivas e habilidades sociais, bem como entre práticas negativas e problemas de comportamento. O grupo de DL não apresentou mais problemas que as crianças não clínicas, sugerindo a participação de intervenções de caráter preventivo, facilitando a inclusão social. Por outro lado as crianças com da apresentaram menos habilidades sociais, bem como suas mães, menos habilidades sociais educativas. Este estudo evidencia a importância da metodologia empregada na reabilitação de crianças com distúrbios da comunicação, sobretudo para aquelas com da visando o beneficio de programas educativos de promoção do repertório parental positivo integrados aos objetivos da fonoterapia.
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Identifying parental practices contingent to the behavior of children is important to support interventions. This study compares parental disciplinary practices with the behavior of children in a clinical group with behavioral problems (n = 27) and of a group of children without behavioral problems (n = 26). The criterion to assign children in the clinical and non-clinical groups was obtained from the Child Behavior Checklist (CBCL). Information concerning parents-children interaction was obtained through the application of the Parental Educative Social Skills Interview Script (RE-HSE-P), which evaluates positive and negative educational practices, context, behavioral problems and children's social skills. Qualitative and quantitative analyses (Mann Whitney's test) were used in the groups' comparison. The results indicate that behaviors that differentiate between the clinical and non-clinical groups are mainly those related to positive educational practices and children's social skills.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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As birras das crianças são uma característica do desenvolvimento normal das crianças e surgem por volta dos 15-18 meses que, normalmente, são desencadeadas devido ao desejo de independência e à incapacidade de escolher por parte das crianças. Para que as birras não se tornem um grave problema de comportamento das crianças, os pais devem adoptar práticas educativas adequadas para promover comportamentos desejáveis. O presente estudo analisou se os diferentes tipos de práticas educativas parentais se relacionam com a existência ou não de birras. Participaram 106 pais de crianças com idade compreendida entre os 2 e os 6 anos que responderam a três questionários: (a) Questionário Sociodemográfico; (b) Questionário da Caracterização dos Filhos; (c) Inventário de Práticas Educativas (I.P.E). Concluiu-se que as práticas educativas parentais mais utilizadas são as práticas educativas adequadas porém, aquando as birras das crianças, os pais recorrem à punição física e às práticas educativas inadequadas. Verificou-se, também, que o género e o estado civil dos pais não influenciam as práticas educativas utilizadas nos filhos. Quanto à influência da idade dos filhos nas práticas educativas parentais, concluímos que quanto mais velhos os filhos, menos os pais recorrem à punição física. / The tantrums are a feature of normal development of children, which appear at around 15-18 months. The tantrums in children are usually triggered due to the desire for independence and the inability of choice. To condition the tantrums in children in become a serious behavior problem, parents should adopt appropriate education to promote desirable behaviors. The present study examined whether different types of parenting practices relate to the presence or absence of tantrums. Participants 106 parents of children aged 2 to 6 years old, who responded to three questionnaires: (a) Socio-Demographic Questionnaire, (b) Characterization of the Children's Questionnaire, (c) Educational Practices Inventory (PSI). Conclusions demonstrated that parenting practices are the most commonly used adequate educational practices, however when children does tantrums, parents resort to physical punishment and inadequate educational practices. We also verified that gender and marital status of parents do not influence the educational practices used in children. Regarding the influence of age of children in parenting practices, we conclude that the older children, unless parents resort to physical punishment.
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O presente estudo visou caraterizar as representações que técnicos de intervenção precoce têm sobre famílias que vivem em meio rural e em meio urbano que recebem apoio das equipas. Foram realizadas entrevistas semi-diretivas, os participantes e entrevistados foram dez docentes com intervenção educativa nas equipas, cinco em apoio direto a famílias de meio rural e cinco a realizar intervenções com famílias de meio urbano. Deste estudo resultaram vários dados qualitativos que depois de analisados e discutidos, levaram a diversas conclusões que vem dar respostas às questões e problemática iniciais. As famílias inseridas nestes contextos têm características que as diferenciam; habilitações, recursos, necessidades e comportamentos em comunidade. Tem aspetos culturais que influenciam as suas atitudes, participação e autonomia e são ou não decisivas no desenvolvimento da criança. Em contexto rural as famílias apresentam um maior número de necessidades comparativamente às famílias de meio urbano. As maiores necessidades das famílias em contexto rural situam-se nas questões financeiras, de formação e apoio técnico e especializado. As maiores necessidades das famílias de contexto urbano situam-se ao nível do fraco apoio familiar e das redes sociais. As necessidades comuns situam-se nas necessidades de informação e promoção da autonomia e competências parentais. As visitas e intervenções domiciliares podem permitir melhorar a identificação das necessidades e recursos das famílias e compreender melhor os critérios de referência de algumas crianças. As oportunidades de aprendizagem são maiores nestes encontros em domicílio, estão presentes em muitos casos, elementos da família alargada, que muitas vezes tem um papel fundamental na educação e estimulação destas crianças. Os docentes de IP em intervenção em contexto urbano, comparativamente com os docentes inseridos em contexto rural, apoiam famílias que na generalidade abrangem áreas profissionais mais vantajosas financeiramente. Estas famílias terão á partida melhores condições para aceder a mais recursos e apoios. Nos dois contextos existe uma necessidade comum, falta de informação e alguma autonomia e competências parentais em relação ao crescimento das crianças. A realização de iii encontros de pais ou criação de grupos de pais que tenham por base a partilha de experiencias e informação, estão planeadas mas não são uma realidade nestas equipas. Nas práticas de qualidade, o profissional deve atuar nos contextos naturais como, a família, ou a comunidade, mas pode incluir também rotinas, brincadeiras, festas etc. cenários que facilitem o dia-a-dia. As famílias têm contextos e rotinas próprias que os profissionais devem identificar, os dados que recolhemos indicam essa necessidade de proceder a avaliação mais atenta das necessidades das famílias. As práticas recomendadas e o enquadramento legislativo são tidos em conta pelos docentes e profissionais das equipas, os recursos documentais são na sua maioria comuns, a todas as equipas participantes, seguindo as orientações e documentos/minutas facultadas pela comissão coordenadora do SNIPI (Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância) Apesar das recomendações teóricas para práticas de qualidade centradas na família, verificamos que estas fazem parte das preocupações destes docentes, mas nem sempre são implementadas. A problemática da criança parece ser ainda o ponto mais importante dos programas e planos de intervenção e mesmo o critério decisivo para delinear a duração e frequência das intervenções, seja em contexto urbano ou rural. - ABSTRACT This study aimed to characterize the families of rural and urban areas that receive support from Early Intervention Teams. It has been proposed yet whether professionals IP suit their practices to the characteristics of these families and communities integrated in different cultural contexts. Interviews were conducted semidirective, participants were ten respondents and teachers with educational intervention teams, five in direct support to families in rural areas and five interventions with families in urban areas. This study resulted in a number of qualitative data that then analyzed and discussed, led to several conclusions that comes to answer the questions and problems early. The families included in these contexts have characteristics that differentiate them; qualifications, resources, needs and behaviors in the community. Has cultural aspects that influence their attitudes, participation and autonomy and are not decisive in the development of the child. In the rural households have a greater number of needs compared to urban families. The greatest needs of families in rural settings are located in financial matters, training and technical support and expertise. The greatest needs of the urban households are located at the level of weak family support and social networks. Common needs lie in information needs and promoting autonomy and parenting skills. The home visits and interventions may allow improved identification of needs and resources of families and understand the benchmarks of some children. Learning opportunities are greater in these meetings at home, are present in many cases, elements of the extended family, which often plays a key role in education and stimulation of these children. Teachers IP intervention in the urban compared with rural teachers placed in context, support families in general include professional areas more financially advantageous. These families will have better starting conditions for access to more resources and support. In both contexts there is a common need, lack of information and some autonomy and parenting skills in relation to the growth of children. The meetings of parents or creating parent groups that are based on the sharing of information and experiences are planned but are not a reality in these teams. In quality practices, the professional must act in natural contexts like the family or the community, but may also include routines, jokes, and parties’ etc. scenarios that v facilitate the day-to-day. Families have their own contexts and routines that professionals should identify, collect the data indicate that the need for more careful assessment of the needs of families. Best practices and legislative environment are taken into account by teachers and professional teams, the documentary resources are mostly common to all participating teams, following the guidelines and documents / drafts provided by the coordinating committee SNIPI (National Intervention Early Childhood) Despite the theoretical recommendations for quality practices family-centered, we see that these are part of the concerns of teachers, but are not always implemented. The issue of child seems to be still the most important programs and plans and even the decisive criterion for delineating the duration and frequency of interventions whether in urban or rural.
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Dissertação de Mestrado apresentada ao ISPA - Instituto Universitário
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O objectivo desta investigação foi estudar a relação entre a segurança de vinculação das crianças e a representação da vinculação, as práticas educativas e estilos parentais, com a finalidade de compreender a ligação entre estas variáveis e o ajustamento emocional das crianças. Este estudo foi constituído por 36 díades Pais-Filhos, com crianças entre os 7 e os 12 anos de idade. Os instrumentos utilizados para os pais foram: Escala de Vinculação no Adulto - EVA, para avaliar a representação da vinculação nos adultos, a Escala de memórias na Infância para pais - EMBU-P, que avalia as práticas educativas do pais e, o Questionário de Dimensões e Estilos Parentais - QDEP, que avalia os estilos educativos dos pais segundo a tipologia de Baumrind. Os instrumentos utilizados para as crianças foram: Kerns Security Scale - KSS, que avalia a segurança de vinculação ao pai e à mãe e, as memórias na Infânica para Crianças - EMBU-C , que avalia as práticas educativas parentais percebidas pelas crianças. Nesta investigação, a relação entre a representação da vinculação aos pais não foi conclusiva, não se tendo verificado a nível estatístico. No entanto, pode-se concluir a influência das práticas educativas no ajustamento emocional dos filhos.
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Este estudo investigou a influência dos estilos parentais sobre a indecisão profissional, ansiedade e depressão de 467 estudantes de ambos os sexos, do último ano do Ensino Médio de escolas públicas e privadas, com idades entre 15 e 20 anos. Foram observadas correlações positivas entre indecisão, ansiedade e depressão. Meninas apresentaram índices maiores de ansiedade e alunos da rede pública apresentaram maiores índices de ansiedade e depressão. Os estilos autoritativo e negligente predominaram, mas meninos caracterizaram as mães como mais negligentes e menos autoritativas. Sexo e estilo parental tiveram efeitos independentes sobre ansiedade e depressão. Filhos de pais autoritários e negligentes apresentaram escores mais altos de depressão e ansiedade. Filhos de pais negligentes obtiveram os piores escores nas três medidas. Os achados confirmam a influência dos estilos parentais sobre o bem-estar psicológico dos adolescentes e apontam a importância da saúde emocional e da interação familiar nos processos de Orientação Profissional.
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O estudo teve por objetivos, a partir dos relatos de 20 mães de crianças com problemas de comportamento (Grupo clínico) e de 20 mães de crianças sem problemas de comportamento (Grupo não clínico): a) comparar as freqüências das habilidades sociais e dos problemas de comportamento das crianças; b) descrever as situações em que as crianças apresentavam os comportamentos problema e socialmente habilidosos; c) descrever os comportamentos das mães diante dos comportamentos dos filhos; d) descrever os comportamentos dos filhos diante dos comportamentos maternos. Pré-escolares foram selecionados por professoras que responderam a uma escala e os dados foram coletados através de entrevista e de escala com as mães. Os resultados indicaram que as crianças do Grupo não clínico apresentaram mais habilidades sociais e menos problemas de comportamento externalizantes que as crianças do Grupo clínico. As mães do Grupo não clínico relataram mais Habilidades Sociais Educativas Parentais de expressão de sentimentos e enfrentamento, e Comunicação e menos práticas negativas, que as mães do Grupo clínico.