997 resultados para Medicação psiquiátrica
Resumo:
O presente estudo teve por objetivos: 1) verificar a incidência de ocorrências adversas (OAs) com medicação relacionadas ao tempo de infusão das soluções hidroeletrolíticas e ao número de doses de antibióticos prescritos e administrados aos pacientes; 2) caracterizar a natureza dessas ocorrências. A investigação foi realizada em duas UTIs de um hospital geral do Município de São Paulo. Fizeram parte do estudo os dados contidos nos prontuários de 51 pacientes que estiveram internados naquelas Unidades no mês de Agosto de 1996. Quanto à caracterização dos pacientes, 60% tinham idade acima de 60 anos, 58,8% eram mulheres, 49,1% permaneceram na UTI entre 1 e 5 dias e, ao saírem dela, 41,2 % foram para a Unidade de Cuidados Semi-Intensivos. Referente à incidência de 0As relacionadas ao tempo de administração das soluções hidroeletrolíticas e ao número de doses de antibióticos, constatou-se o não cumprimento das prescrições médicas dos pacientes, em 76,3% e 38,6%, respectivamente. A maior freqüência de irregularidades quanto aos soros (60,2%) foi referente a administração em tempo menor que o prescrito (adiantamentos) e, no caso dos antibióticos, a redução do número de doses (85%). Considerando-se tais irregularidades como ocorrências indesejáveis na prática da enfermagem na UTI, há que se investir na busca de medidas preventivas dessas ocorrências.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo identificar as mudanças incorporadas no ensino de graduação em enfermagem psiquiátrica. O estudo identifica a preocupação com a atualização do ensino na área, em que a transformação do docente, a participação e a construção de uma nova concepção sobre o saber e as práticas psiquiátricas, possibilitam novas formas de aprender a aprender a reforma psiquiátrica brasileira.
Resumo:
Ocorrências iatrogênicas com medicação na UTI são eventos indesejáveis que exigem pronta intervenção do enfermeiro. Opresente estudo foi realizado com os seguintes objetivos:- verificar a conduta dos enfermeiros diante de uma ocorrência commedicação, identificar os sentimentos vividos nessas situações e caracterizar os fatores relacionados a esses eventos. Pormeio de um questionário respondido por 148 enfermeiros de UTI (76,7%) de 7 hospitais do Município de São Paulo, nosanos de 1997 e 1998, os dados foram obtidos e analisados segundo freqüência absoluta e percentual. Os resultados permitiramconcluir que as condutas mais citadas incluíram: comunicar o fato ao médico (31,7%), intensificar os controles (26,5%) ecomunicar a chefia de enfermagem (13,5%). Ansiedade, impotência e culpa foram sentimentos mais apontados com38,1%, 14,6% e 12,3%, respectivamente. O fator relacionado às ocorrências mais freqüente foi a displicência do funcionário(23,1%). Quanto à vivência desse tipo de ocorrência, a maior porcentagem (43,2%) referiu ter vivido situação semelhanteraras vezes.
Resumo:
Estudo realizado no setor feminino de uma clínica psiquiátrica na cidade de Mossoró-RN. Nosso objetivo foi investigarmos as ocorrências psiquiátricas, articuladas às formas de vida e de trabalho dos sujeitos entrevistados - perfil epidemiológico da clínica. Aplicamos entrevistas semi-estruturadas a 10% do número de mulheres internadas, paralelamente, consultamos os prontuários médicos e abordamos a equipe de enfermagem a respeito das pacientes entrevistadas. O material coletado enfatizou um elevado grau de insatisfação das mulheres internadas, tanto no âmbito privado quanto na esfera laboral de suas vidas. Após a primeira internação, essas mulheres ingressaram na "carreira psiquiátrica", impulsionada pela assistência psiquiátrica tradicional.
Resumo:
O objetivo do estudo foi analisar os sistemas de medicação, em hospitais, a partir da opinião de 107 profissionais. Em relação às prescrições médicas nas instituições, 74,8% eram manuais e 50,4% dos sistemas de distribuição de medicamentos eram doses individualizadas. Quanto às causas dos erros na medicação, 91% estavam associadas ao profissional. Para 61,7%, o sistema estava adequado, mas apresentando falhas. Poucos profissionais sugeriram modificações que favoreceriam seu trabalho. Conclui-se que ainda persiste a cultura de responsabilizar o profissional pelo erro e, também, a prática de punição, sem modificação substancial da causa que levou ao erro.
Resumo:
Relatamos uma investigação para apreender temas que explicam o trabalho de enfermagem, no Hospital-Dia, na perspectiva da reforma psiquiátrica em João Pessoa-PB. Utilizamos o referencial do materialismo histórico e dialético e o trabalho como categoria analítica. O material empírico foi analisado pela técnica de análise do discurso. O estudo revelou um tema coincidente, mudar o modelo de assistência psiquiátrica tradicional, e, nesse sentido, o trabalho de enfermagem incorpora além da qualidade formal, técnica-especializada, uma qualidade política indicando um novo significado ao processo de trabalho de enfermagem.
Resumo:
Este estudo apresenta um panorama sobre a inserção da temática do relacionamento terapêutico e da comunicação terapêutica no ensino de graduação em enfermagem, mais particularmente nas universidades públicas do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritivo-analítica. O instrumento de coleta de dados foi um questionário aplicado a professores da área de enfermagem psiquiátrica e saúde mental das nove escolas do Estado, sendo que oito devolveram o questionário preenchido. Os dados foram agrupados levando-se em consideração a instituição, as disciplinas, os conteúdos abordados, os objetivos das atividades práticas e campos práticos. Verificamos que a maioria das escolas aborda o relacionamento terapêutico em suas propostas de ensino, configurando-se como uma possibilidade de se resgatar a enfermagem enquanto profissão que se preocupa com o ser humano em sua complexidade, em que o saber-fazer preconizado é direcionado ao respeito das limitações, potencialidades, necessidades e relações interpessoais dos pacientes.
Resumo:
Após quase 30 anos de criação da Área de Concentração Enfermagem Psiquiátrica, no Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da USP, é importante olhar a produção científica gerada para que fundamentem reflexões sobre este ensino. Este estudo é descritivo-exploratório, usou como fonte os registros do Serviço de Pós-Graduação, resumos de dissertações e teses; memorandos e ofícios; os dados coletados foram analisados à luz das transformações ocorridas na estrutura que titulou 60 alunos, dos quais 50 cursaram mestrado e 10 doutorado e que vem reestruturando suas disciplinas, linhas de pesquisa e projetos com o objetivo de atender as avaliações internas e externas e às diretrizes das agências de fomento do País. A produção científica, atualmente, evidência alinhamento com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica e tendência de produzir conhecimentos a partir das práticas concretas dos trabalhadores nos campos da assistência, a gestão e ensino de Saúde Mental.
Resumo:
A preocupação com programas para capacitar o enfermeiro, para atuar em enfermagem psiquiátrica, levou-nos a este estudo, o primeiro da linha de pesquisa "Desenvolvimento do pessoal de enfermagem na área da psiquiatria e saúde mental". O objetivo deste foi fazer uma reflexão sobre os conceitos de educação continuada, em serviço e permanente existentes na literatura mais recente sobre o assunto. Para o levantamento bibliográfico dos conceitos em pauta, utilizamos as bases de dados MEDLINE e LILACS, dissertações e teses da área da enfermagem e alguns títulos clássicos sobre o assunto. Após análise dos conceitos e discussão com peritos, concluímos que a denominação educação contínua em serviço é a que guarda mais consonância com os autores e peritos consultados e a que mais atende às demandas de conhecimento existentes na área de assistência de enfermagem psiquiátrica rumo à qualidade da assistência.
Resumo:
O estudo objetivou caracterizar erros de medicação e avaliar conseqüências na gravidade dos pacientes e carga de trabalho de enfermagem em duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e duas Semi-Intensiva (USI) de duas instituições hospitalares do município de São Paulo. A amostra foi constituída por 50 pacientes e os dados obtidos por meio do registro de ocorrências e prontuários, retrospectivamente. A gravidade e carga de trabalho de enfermagem foram avaliadas antes e após o erro. Do total de 52 erros, 12 (23,08%) ocorreram por omissão de dose, 11 (21,15%) e 9 (17,31%) por medicamento e dose erradas, respectivamente. Não houve mudança na gravidade dos pacientes (p=0,316), porém houve aumento na carga de trabalho de enfermagem (p=0,009). Quanto ao grupo de medicamentos envolvidos, potencialmente perigosos e não potencialmente perigosos, não houve diferenças estatisticamente significantes na gravidade (p=0,456) e na carga de trabalho de enfermagem (p=0,264), após o erro de medicação.
Resumo:
Este estudo analisou, em quatro hospitais brasileiros, tipos, causas, providências administrativas tomadas e sugestões, em relação aos erros na medicação, na perspectiva dos profissionais envol-vidos no sistema de medicação. Trata-se de um estudo multicêntrico, do tipo survey exploratório. A amostra constou de profissionais de clínica médica e farmácia, dos referidos hospitais. Para coleta de dados, utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada. Os resultados evidenciaram que os tipos de erros mais citados pelos profissionais foram aqueles relacionados à prescrição/transcrição dos medicamentos. A falta de atenção, falhas individuais e problemas na administração dos serviços constituíram importantes atributos das causas dos erros. Relatórios foram as prin-cipais providências tomadas ante os erros e mudanças nas atitudes individuais as mais citadas como forma de prevení-los.
Resumo:
A escassez de publicações a respeito de dimensionamento de pessoal na enfermagem psiquiátrica motivou o desenvolvimento de um Instrumento para Classificar o Nível de Dependência na Enfermagem Psiquiátrica, etapa inicial para o estabelecimento da quantidade necessária de profissionais na Equipe de Enfermagem da especialidade. Os objetivos deste estudo buscaram a validação clínica, por meio de testes de confiabilidade e validade do constructo, além da verificação de sua aplicabilidade na prática gerencial do enfermeiro. Foram utilizadas duas amostras, sendo n=40 pares de instrumentos preenchidos na Fase 1 da coleta de dados e n=100 instrumentos preenchidos na Fase 3 do estudo, tendo sido aplicados diferentes critérios estatísticos, entre eles, o coeficiente Kappa e a correlação de Spearman. O Instrumento para Classificar o Nível de Dependência na Enfermagem Psiquiátrica foi considerado confiável com índices satisfatórios de concordância e o constructo foi validado, determinando o grau de dependência do paciente portador de transtornos mentais.
Resumo:
A não adesão ao tratamento medicamentoso é um fenômeno complexo e universal que se desenvolve gradualmente no curso dos tratamentos psiquiátricos e está relacionado ao agravamento das doenças. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil de utilização de um psicofármaco na clientela de um serviço de saúde mental comunitário e suas características. Realizamos um estudo retrospectivo, nos prontuários de pacientes que fizeram uso de Decanoato de Haloperidol, num período de 1 ano e 8 meses. Analisamos 167 prontuários. O uso irregular da medicação esteve presente em 60% dos pacientes e reflete um grande risco para ocorrência de recaídas e reinternações. Este perfil configura uma baixa adesão ao tratamento medicamentoso prescrito, o que remete a reflexão sobre quais fatores estão influenciando este comportamento e quais medidas podem ser implementadas na manutenção do tratamento extra-hospitalar destas pessoas.