918 resultados para Língua portuguesa Composição e exercícios


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Esta tese de doutoramento um estudo de caso que tem por objeto o Museu da Língua Portuguesa a partir de agora MLP , instituio inaugurada em 20 de maro de 2006, e sediada no centro da capital paulistana, no prdio da centenria Estao da Luz. O museu, patrocinado pelo governo do estado de So Paulo e a Fundao Roberto Marinho em parceria com outras empresas pblicas e privadas, utiliza uma iconografia diversificada, ancorada em novas tecnologias da comunicao. Nossa abordagem tem como ponto de partida as noes de língua, patrimnio e museu que, embora pertencentes a distintas cartografias tericas, so fenmenos sociais que pem em questo a representao de identidades sociais, a memria e o esquecimento, as estratgias de poder. Tendo como bases tericas as categorias de dialogismo bakhtiniano, de memria social (HALBWACHS) e as relaes entre memria, discurso e poder (FOUCAULT), nosso objetivo descrever e analisar a trama discursiva do Museu da Língua Portuguesa, levando em conta seus narradores oficiais e oficiosos, seu discurso expositivo em mltiplos formatos e, sobretudo, as rplicas de seus visitantes. As questes de pesquisa que formulamos dizem respeito aos sentidos de língua e de literatura musealizados no MLP, aos sentidos de patrimnio a encenados, e aos sentidos da prpria designao de museu. A leitura e interpretao do MLP que fizemos, com o aporte das rplicas de seus visitantes, nos levaram a destacar o que o MLP lembra as formaes discursivas que atravessam sua proposta expositiva e o que o MLP esquece

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Este trabalho tem como objetivo analisar, como proposta de ensino, o humor em crnicas, tomando como corpus especificamente as de Luis Fernando Verissimo. Pretende-se demonstrar que o gnero textual crnica humorstica relevante no ensino enquanto aproximao com a língua e serve tambm para o entendimento de fenmenos lingusticos, semnticos e pragmticos como a polissemia, a ambiguidade, a ironia, a metfora, a metonmia. Partimos da relevncia de se trabalhar a leitura literria na escola, defendida pelos PCN, com o propsito de promover o letramento em todas as suas etapas. Acreditamos que esse trabalho s possvel com o texto, e, portanto, este deve ser explorado em sala de aula em todas suas variedades. Os estudos sobre discurso e interao, sobre o uso dos gneros textuais na escola, especialmente das crnicas e dos processos de leitura e interpretao das mesmas, corroboram para a nossa pesquisa. Em um segundo momento, abordamos as teorias filosfica, de Bergson; psicanaltica, de Freud; discursiva, de Possenti e cognitiva, de Salomo, como explicao da construo e do entendimento do humor e seus mecanismos de significao.

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Esta tese estuda o registro do lxico brasileiro em dicionrios de língua portuguesa do sculo XIX, numa perspectiva lingustica e metalexicogrfica. Foram analisados todos os ttulos que integram o cnone da dicionarstica portuguesa, de carter geral e monolngue, no perodo em questo, quanto proposta lexicogrfica explcita e quanto microestrutura de uma seo da nominata (todos os brasileirismos iniciados pela letra c). A partir da anlise comparativa dos dicionrios, foi possvel estabelecer, em termos quantitativos e qualitativos, quais edies so relevantes para o registro de termos brasileiros no sculo XIX: quatro edies do dicionrio de Morais e a edio de Caldas Aulete. Embora amplamente utilizada, a marcao diatpica no alvo de discusso nas obras lexicogrficas estudadas. Depreende-se, pelo emprego da marca termo do Brasil, equivalente a brasileirismo, que se trata de um conceito geogrfico que, s vezes, coincide com o de origem. Trs dicionrios de vocbulos brasileiros publicados entre 1852 e 1889 foram identificados como fontes de consulta dos dicionrios gerais. Os itens lexicais brasileiros foram observados segundo parmetros lingusticos e lexicogrficos: etimologia, tipo de brasileirismo (lexical ou semntico), regionalismos brasileiros, campos semnticos e tipos de definio. Esses parmetros permitiram identificar continuidades e rupturas na tradio dicionarstica do sculo XIX e apontar para modos de observar a manuteno dessa tradio no sculo XX

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Na trajetria de desenvolvimento do portugus, observa-se a forte presena do movimento cristo contribuindo diretamente no seu processo de transformao. Desde o fim do Imprio Romano at a legitimao da língua no sculo XVI, o portugus experimentou uma forte interferncia do Cristianismo, seja na criao de um vocabulrio prprio ou na significao de usos vocabulares que no pertencem diretamente ao movimento cristo. A partir da seleo vocabular presente nos Sermes de Padre Antnio Vieira, possvel identificar na língua portuguesa do sculo XVII a presena de um lxico cristo estabelecido desde a formao da língua no sculo XIII. Com as transformaes sociais ocorridas a partir do surgimento de inmeras vertentes do Cristianismo, outras influncias foram percebidas, demonstrando que a deriva em um idioma algo constante e dinmico. O acompanhamento das mudanas lexicais a partir do latim cristo at o portugus do sculo XVII demonstra a riqueza na transformao da língua ainda nos dias atuais

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A aquisio de Língua Portuguesa pelo aluno surdo na proposta educacional bilngue se constitui como objeto desta dissertao. Na presente pesquisa pretendemos mergulhar no universo educacional bilngue: Língua de Sinais como primeira língua (L1) e Língua Portuguesa como segunda língua (L2) e observar como se d o ensino de Língua Portuguesa para o aluno surdo com idade de cinco anos e 11 meses a oito anos, filhos de pais ouvintes, matriculados em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, em trs ambientes educacionais no municpio do Rio de janeiro. As visitas aconteceram numa escola especial, em duas escolas pblicas inclusivas e numa escola particular inclusiva. O universo da pesquisa abrangeu seis profissionais: duas professoras de turma comum, dois professores de atendimento educacional especializado (AEE), um instrutor surdo e uma professora de classe especial. Tambm participaram 12 crianas com as caractersticas supra citadas, sendo que 10 delas fazem uso de aparelho auditivo: quatro com uso de implante coclear (IC), seis usam aparelho de amplificao sonora individual (Aasi), e dois no usam nenhum aparelho auditivo. Destes 12 alunos, dez so acompanhados por atendimento fonoaudiolgico na prpria escola, e dois no fazem nenhum tipo de atendimento. Em relao s aulas na sala de recursos multifuncional (SRM), oito deles participam das aulas na prpria unidade escolar; um deles frequenta aulas na SRM de uma escola prxima a sua residncia, e trs no frequentam sala de recursos por serem de classe especial. Para responder pergunta principal do estudo: Como se d o ensino da Língua Portuguesa para a criana surda na proposta educacional bilngue? foi necessrio conhecer os professores e demais profissionais envolvidos no processo educacional da criana surda afim de verificar as suas necessidades, potencialidades, interesses e limitaes. Outro elemento fundamental na proposta do estudo foi priorizar os momentos de ensino de Língua Portuguesa, o que exigiu planejamento prvio da pesquisadora e dos profissionais envolvidos. A pesquisa foi desenvolvida em espaos educacionais observados e filmados durante uma hora, sem interveno, no perodo de junho de 2013 a dezembro de 2014. Foi utilizada anlise qualitativa dos resultados com a categorizao das atividades. Durante o desenvolvimento do estudo foram realizadas filmagens das atividades pedaggicas para ensino de Língua Portuguesa e anotaes de campo, bem como as entrevistas com os profissionais, e orientaes aos familiares com informaes sobre a importncia da participao no estudo. Com base nas entrevistas, filmagens, observaes e anotaes de campo foram levantadas as principais atividades realizadas e categorias foram formuladas a respeito da comunicao destes alunos e do tipo de atividades para o ensino da Língua Portuguesa. Os resultados demonstraram que a participao no estudo levou os profissionais envolvidos a refletirem sobre o tema, reverem as suas atuaes e as suas crenas. O estudo conclui que a educao bilngue um caminho promissor para as crianas com surdez desenvolverem plenamente suas habilidades e potencialidades, e cresam independentes e conscientes dos seus direitos e deveres. Sujeitos participantes e ativos na sociedade a qual pertencem

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O papel da língua portuguesa (LP) em contexto migratrio no tem ocupado as agendas investigativas; os estudos existentes no focam a natureza da LP dentro das prprias Associaes nem a forma como elas colidem ou so consistentes com as representaes dos membros das comunidades e com as representaes dos professores e lusodescendentes que circulam dentro das prprias Associaes. Neste estudo, colocamos o enfoque no ensino-aprendizagem da LP em contexto associativo em Frana (regio parisiense) - mais concretamente, na transmisso de uma histria e de uma língua ao longo de trs geraes de lusodescendentes, tendo como referncia um territrio de origem real ou imaginrio. Visamos, em particular, mais em concreto, mostrar como a LP, em contacto com outra língua, evolui de forma mais ou menos (des)equilibrada, criando um sistema lingustico hbrido que o ensino-aprendizagem, em contexto alargado, procura preencher. As relaes entre prticas langagires e processos de identificao dos jovens da regio parisiense foram analisadas na dialctica do Mesmo e do Outro com o principal intuito de problematizar a forma como os lusodescendentes vivem as representaes lingusticas de (des)valorizao que o Outro concebe e lhes reenvia. Os dois plos de referncia identitria o pas de origem da famlia e a Frana parecem atrair-se e repelir-se. Para alm disso, da anlise das referidas prticas langagires, sobressai um bricolage identitrio e lingustico permanente, que se acomoda a uma vivncia por vezes difcil de assumir. Procedemos identificao dos diferentes factores: o estatuto da LP em contexto associativo e as suas dimenses ideolgicas; os objectivos do ensino-aprendizagem; o perfil lingustico do lusodescendente e a construo do conhecimento profissional dos professores que a leccionam, que informa e fundamenta as suas prticas, o que vem configurar um processo de elevada complexidade. No mbito desta investigao mista (qualitativa e quantitativa), levada a cabo, desde 2003, , assim, nossa inteno, evidenciar a produtividade da investigao sobre esta temtica, no sentido de problematizar a consciencializao do ensino-aprendizagem da LP. Como concluses principais salientamos o papel inquestionavelmente relevante das Associaes no desenvolvimento das competncias de compreenso e comunicao em LP, mas que carecem de reconhecimento e de apoio oramental. Estas so objecto de diversas polmicas, acusadas de serem a causa do encerramento de turmas de portugus no sistema educativo oficial francs e catalogadas de excluso e isolamento. Este ensino-aprendizagem quer valorizar a partilha de um contexto sociocultural que permite aos lusodescendentes a interaco e a comunicao como tambm uma certa valorizao da identidade cultural portuguesa extra muros. As Associaes trabalham a motivao dos lusodescendentes para que estes no abandonem nem a língua nem a cultura. Terminamos procurando, de algum modo, dar um contributo, quanto ao ensino da LP, na valorizao e promoo do seu ensino nas Comunidades.

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Numa Sociedade do Conhecimento como a nossa, a leitura de importncia capital para o exerccio efetivo da cidadania e a Escola um dos espaos privilegiados para a formao de leitores competentes. Conhecido o deficiente domnio da compreenso leitora evidenciado pela populao portuguesa em geral e pelos estudantes em particular, necessrio repensar as prticas pedaggico-didticas associadas ao ensino e aprendizagem da compreenso na leitura e convert-las em instrumentos de motivao para a leitura e de aquisio e desenvolvimento de competncias neste domnio e no reduzi-la a uma mera aprendizagem escolar. Enquadrado pela evoluo da epistemologia cientfica e pelo seu impacto no desenho atual da Didtica de Línguas, este estudo visa contribuir para a implementao de um ensino/aprendizagem da língua portuguesa efetivamente direcionado para o desenvolvimento de competncias transversais em compreenso na leitura. Para o fundamentar teoricamente e para melhor podermos analisar e problematizar os dados a recolher, procurmos compreender as caractersticas da sociedade atual e os desafios que lana Escola, bem como as linhas de base da atual conceo de Educao e sua relao com os atuais contextos sociais. Refletimos tambm sobre o estatuto e papel da língua portuguesa no contexto do sistema de ensino portugus, a importncia da compreenso na leitura numa abordagem transversal do ensino e da aprendizagem da língua portuguesa e o papel do manual escolar na motivao para a leitura e na aquisio e desenvolvimento de competncias neste domnio. Atravs da anlise de manuais de Língua Portuguesa para os trs ciclos do Ensino Bsico, procurmos determinar em que medida estes vo ao encontro das diretrizes que definem um ensino/aprendizagem da língua portuguesa orientado para o desenvolvimento de competncias transversais em compreenso na leitura e definir princpios que possam contribuir para a sua transformao, tornando-os mais adequados consecuo desses objetivos. Os mesmos princpios podero promover e fundamentar uma seleo mais criteriosa dos manuais a adotar. Do ponto de vista metodolgico, estamos perante um estudo de natureza qualitativa. Recorremos anlise documental, como tcnica de recolha de dados, e, para a levar a cabo, construmos uma grelha, tendo em conta os princpios definidos pela literatura da especialidade e as diretrizes propostas pela poltica educativa portuguesa para o desenvolvimento de competncias transversais em compreenso na leitura. Para o tratamento dos dados, recorremos anlise de contedo. Os resultados obtidos demonstram que, de um modo geral, os projetos editoriais analisados promovem um paradigma de ensino da compreenso na leitura que condiciona a conscincia, o sentido crtico e a criatividade dos sujeitos-leitores e que no d resposta s expectativas sociais. Para que os manuais de Língua Portuguesa contribuam efetivamente para o desenvolvimento de competncias transversais em compreenso na leitura, o seu ensino explcito no deve centrar-se s nos textos literrios, nem na transmisso de interpretaes consagradas destes, que os alunos tm de memorizar. Devero antes apostar mais em estratgias didticas concretizadas atravs de atividades que envolvam os alunos em situaes de leitura mais prximas da vida quotidiana, em que estes possam desempenhar um papel mais ativo, assumir maior responsabilidade no seu prprio processo de aprendizagem e interagir com diversos tipos de textos, para assim adquirirem estratgias de leitura adequadas e saberem mobiliz-las e utilizlas de acordo com as circunstncias concretas em questo.

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Apesar da língua portuguesa ser utilizada por mais de 240 milhes de pessoas em todo o mundo, a sua presena no domnio das cincias biomdicas mais fraca do que o expectvel [1, 2]. A comunicao da cincia faz-se atravs da publicao em revistas cientficas principalmente das que so indexadas em fontes secundrias (bases de dados cientficas), pois esta ser a forma destes peridicos ganharem visibilidade. As fontes secundrias tm um processo de seleco de revistas muito rigoroso e existem diversos vises resultantes desse processo, nomeadamente geogrficos e idiomticos. De acordo com os critrios de seleo de revistas para indexao em bases de dados internacionais, um dos requisitos para a indexao de uma revista o seu elevado nmero de citaes. Estudos anteriores permitem perceber que revistas em portugus no tm grande visibilidade (no so indexadas), porque raramente so citadas, mas revistas em portugus raramente so citadas, porque no so visveis (no so indexadas) [3-8]. Com este trabalho pretende-se compreender qual o padro de citao atual de revistas biomdicas de língua portuguesa, tendo-se identificado alguns peridicos biomdicos, de origem brasileira e portuguesa, nas reas da cirurgia, medicina clnica, enfermagem, ginecologia e obstetrcia e sade pblica. Assim apresentam-se j alguns resultados preliminares do estudo efetuado.

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Dissertao de Mestrado em Cincia Poltica e Relaes Internacionais.

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pp. 345-352

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Tese a apresentar para o cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Lingustica Especialidade de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia

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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Relaes Internacionais, Especialidade de Estudos Polticos de rea

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Este trabalho pretende refletir sobre o ensino da escrita e apresentar estratgias que visem a sua promoo e melhoria. composto por dois captulos; no primeiro fala-se da pertinncia do ensino da escrita no contexto atual, faz-se uma viagem pelas metodologias de ensino das línguas e pelos programas de ensino da língua portuguesa e da língua espanhola. Apresentam-se tambm algumas das dificuldades sentidas pelos alunos na expresso escrita e fala-se do papel dos pais, da escola, dos professores e dos prprios alunos para as colmatar. No segundo captulo, d-se a conhecer a Escola Bsica D. Fernando II, local onde foi realizado o trabalho de campo, faz-se a caracterizao da turma que acolheu a prtica de ensino supervisionada, apresentam-se as atividades realizadas com os alunos e faz-se uma reflexo sobre os resultados obtidos.

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O presente relatrio o resultado de um estgio curricular no Secretariado Executivo da Comunidade de Pases de Língua Portuguesa. Este teve como propsito complementar o mestrado em Cincias Polticas e Relaes Internacionais, sob a forma de componente no letiva, em conjunto com o presente relatrio. No relatrio encontra-se uma descrio da Comunidade dos Pases de Língua Portuguesa, sua poltica de segurana alimentar e a sua campanha pela erradicao da fome e insegurana alimentar e nutricional, Juntos Contra a Fome, de forma a introduzir o contexto em que foi desenvolvido o estgio. Posteriormente feita uma contextualizao do prprio estgio e uma descrio do mesmo, incluindo como se desenvolveram as atividades dentro do mesmo. avanada uma inicial avaliao de Juntos Contra a Fome atravs de uma limitada reviso bibliogrfica e de dados recolhidos atravs da distribuio de um questionrio dentro do Secretariado Executivo. Atravs da anlise dos dados recolhidos possvel explorar possveis relaes entre seis variveis estabelecidas para o propsito deste relatrio.

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Este estudo pretende analisar o processo da reintroduo da Língua Portuguesa no Sistema Educativo timorense e a forma como, em articulao com as diversas línguas nacionais, tem contribudo para a consolidao da identidade lingustica e sociocultural do povo de Timor-Leste, atravs de um melhor conhecimento das suas línguas, culturas e tradies. Neste sentido, nosso objetivo identificar a trajetria da língua portuguesa no Sistema Educativo de Timor-Leste desde a sua chegada ilha, nos meados do sculo XVI e tendo sido inicialmente língua de Evangelizao, depois como língua de administrao e de instruo. No seu convvio com as línguas timorenses, ao contrrio do que se tem passado com outras línguas, a língua portuguesa coexistiu com estas línguas no decorrer de cerca de quinhentos anos. Do seu convvio no paraso lingustico, como lhe chama Soares (2014), deu-se a transmisso de valores lingustico-culturais atravs do emprstimo de novos termos sobretudo na rea da religio, da administrao, sade, educao, entre outras. Este enriquecimento lingustico foi um fator importante que deixou marcas profundas, tendo contribudo para estabelecer a diferena sobretudo no perodo conturbado da ocupao indonsia. O ttum que era utilizado como língua veicular at chegada dos missionrios foi a que mais beneficiou com este contacto e enriquecimento, sendo ambas reconhecidas pela Constituio do pas com o estatuto de línguas oficiais. O processo da sua reintroduo no Sistema Educativo timorense passou por uma fase no menos difcil em virtude da longa interrupo no perodo da ocupao indonsia, em que foi totalmente banida do sistema educativo, tendo sido substitudo pela língua indonsia. Hoje est a ser retomada como língua de escolarizao e reconhecida pelo artigo 13 da Constituio do pas como língua oficial a par do ttum, pois a convivialidade desta língua com as línguas nacionais timorenses e o reconhecimento pela Constituio do pas tambm alargou os seus horizontes para alm das fronteiras como membro da CPLP, usufruindo de todos os benefcios atribudos a esta comunidade. A publicao da Lei de Bases da Educao assegurou o estatuto destas línguas, tendo assim adquirido maior visibilidade. A língua portuguesa assume a funo de língua escrita, assumindo o ttum a funo da oralidade assim como as demais línguas nacionais, uma vez que a cultura timorense essencialmente oral. Estas funes podero ser assumidas com o apoio de uma formao eficiente e adequada dos docentes, pois o domnio lingustico deficiente por parte do professor ter tambm impacto menos positivo nos alunos. Na LBE tambm dado um especial enfoque formao de professores do Ensino Bsico, sobretudo na rea da língua portuguesa, uma vez que se pretende atingir os ODMs a mdio prazo, em 2015 e a longo prazo, em 2030. A formao contnua dos professores, assegurada pelo INFORDEPE, que no seno a prossecuo da formao inicial, pode ser vista como forma de criar condies para a sua constante atualizao cientfica, pedaggica e didtica, de forma a responder s exigncias impostas pela LBE e pelo Regime de Carreira Docente. Alm disso, os docentes tambm tero oportunidade de se atualizar e adquirir as competncias necessrias para o desempenho das suas funes na preparao da nova gerao, exposta a novos desafios e novos obstculos que nem sempre sero fceis de ser ultrapassados. A introduo das línguas maternas no incio da escolaridade bsica proposta pelo Projeto Educao Multilingue baseada no Ensino da Língua Materna que est em funcionamento em trs distritos do pas tem por objetivo criar as condies mnimas de forma a apoiar aprendizagem das crianas, facilitando a sua assimilao nos nveis mais avanados, uma vez que nem todas as crianas chegam escola com domnio da(s) língua(s) de escolarizao. Apesar destas vantagens, porm, necessrio pensar melhor e ter em conta outros fatores, entre eles, a falta de professores com formao nestas línguas. Sabemos que, de facto, o projeto pode trazer benefcios porque constitui no s a forma de evitar o desaparecimento das referidas línguas por serem ainda maioritariamente grafas, mas tambm cria uma aproximao entre a escola e as crianas e as prprias famlias, mas necessita de ser melhor pensado. Isto porque a carncia de professores especializados nas diferentes línguas que necessitam de formao e capacitao pode ainda constituir um elevado custo para o Estado.