95 resultados para Incubadoras


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Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Contabilidade e Administração do Porto para a obtenção do grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalização, sob orientação da Professora Doutora Maria Clara Ribeiro

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RESUMO: A economia solidária é aqui apresentada como um movimento social emancipatório e como uma das formas de resistências das trabalhadoras e trabalhadores ao modelo de desenvolvimento capitalista. O movimento contemporâneo de economia solidária abrange o processo de produção, comercialização e finanças. A economia solidária é caracterizada pela posse coletiva dos meios de produção e pelo controle dos trabalhadores dos empreendimentos através de autogestão, cooperação e solidariedade. Os empreendimentos econômicos solidários se organizam sob a forma de cooperativas, associações e grupos informais. Um dos maiores desafios da economia solidária está no campo educativo, porque impõe a desconstrução dos princípios individualistas e privatistas preponderantes na maioria das relações econômicas, e exige a construção de outra cultura pautada na solidariedade. Nesse sentido, a pesquisa realizada, tem como objeto de estudo as metodologias de incubação fomentadas pelas universidades nas ações de economia solidária. Para isso, analisamos as experiências da Incubadora de Economia Solidária da Universidade Federal da Paraíba - Brasil e da Incubadora na Universidade de Kassel- Alemanha – Verein für Solidarische Ökonomie e.V. A pesquisa buscou conhecer e analisar as práticas de incubagem das universidades na economia solidária, como processos de mudança social. A coleta de informações foi realizada, tendo por base, uma revisão bibliográfica, relatórios das Incubadoras, registros fotográficos, observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados da análise indicam que as metodologias de incubação na economia solidaria, por terem um caráter aberto e participativo, por considerarem os condicionamentos históricos e as diferentes culturas, fazem-nas portadoras de mudanças sociais. Esta metodologia pode ser utilizada por diferentes atores, em lugares e situações distintas. A pesquisa indica ainda, a centralidade da questão ecológica como elemento que poderá unificar o movimento internacional de economia solidária.

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Resumen de la autora. Este art??culo pertenece al monogr??fico 'John Elliott: su pensamiento y su influencia'

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As incubadoras de empresas são um tipo especial e diferenciado de organização que tem crescido em número e representatividade no Brasil. Criadas como uma forma de fomentar e consolidar o surgimento de novas empresas, as incubadoras são consideradas um importante mecanismo para o desenvolvimento econômico e tecnológico de países que o utilizam. A despeito da importância econômica que as incubadoras de empresas possam desempenhar, pouco se sabe ou se pesquisa a respeito das experiências vivenciadas pelos empresários que têm seus negócios incubados. Por meio de uma pesquisa exploratória descritiva, este trabalho coletou histórias vividas por empresários que tiveram um empreendimento incubado com o objetivo de compreender quais são as contribuições da incubação e do plano de negócios ao processo de planejamento desses empreendimentos. Os resultados da pesquisa deixam claro que há um distanciamento entre a teoria e a prática do planejamento com as necessidades das organizações que estiveram incubadas. Sugere-se, nas conclusões deste trabalho, que a teoria e a prática do planejamento podem avançar em profundidade e refinamento com a inclusão do conflito e do poder e com o discernimento da formalidade e informalidade do processo dentro do seu conteúdo.

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Este estudo avalia a influência do desenvolvimento tecnológico sobre o social, a partir das atividades produtivas desenvolvidas na unidade agroindustrial Recanto lI, no município de Catolé do Rocha, com o apoio da Incubadora Tecnológica de Campina Grande - ITCG, e o Programa de Estudos e Ações no Semi-Árido Paraibano da Universidade Federal de Campina Grande - PEASAlUFCG. Os problemas sociais no semi-árido surgiram por condições ambientais adversas e se intensificaram pela falta de políticas públicas adequadas à educação e ao desenvolvimento da região. O problema é expresso pela seguinte indagação: Qual a influência entre o desenvolvimento tecnológico e o desenvolvimento social gerados a partir da atividade produtiva da Incubadora de Campina Grande, em Campina Grande, Paraíba? A relevância deste trabalho vem da pretensão em colaborar para o estudo da relação entre desenvolvimento tecnológico e social, numa tentativa de tornar inteligível a necessidade de educação e inovação tecnológica para o desenvolvimento social, principalmente em países não desenvolvidos. Vem também da utilidade para a formulação de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento tecnológico, identificando ações e medidas de desempenho, voltadas ao diagnóstico da contribuição das incubadoras tecnológicas para o bem-estar da sociedade. O referencial teórico foi composto pela análise da função das racionalidades dos diversos agentes sociais e de sua contribuição para as interações sociais, além da análise das realidades culturais da sociedade empresariada, do Estado e das incubadoras tecnológicas. A metodologia se utilizou da pesquisa descritiva e explicativa, de campo, documental, bibliográfica e estudo de caso. O universo foram as pessoas que compõem a ITCG e a amostra foram o diretor da Incubadora, o cientista da UFCG e o líder comunitário de Recanto lI. Os sujeitos da pesquisa confundem-se com a amostra. A coleta de dados se deu por meio da literatura sobre a temática e de inserções no campo de estudo. O tratamento de dados se utilizou da análise qualitativa do fenômeno. As principais limitações do método consistiram na coleta, no tratamento dos dados, e na utilização do estudo de caso, com possibilidade de compreensão tendenciosa do fenômeno estudado. O referencial prático apresenta o resultados da pesquisa, avaliando-os por meio da comparação com o referencial teórico estudado. Tem-se como resultados que a ITCG agiu articulando os grupos e traduzindo as realidades culturais de cada agente em prol do desenvolvimento de comunidades agroindustriais em situação de risco social, devido à problemática da seca. A ITCG atuou como alfabetizadora social ensinando aos agentes sociais os códigos culturais dos demais grupos. As desigualdades que existiam entre o cientista e o sertanejo, aprofundadas pelo vexatório histórico de escravidão do homem do campo no nordeste brasileiro, foram minimizadas pela educação dada pelo próprio cientista. A Universidade contribuiu para a redução do analfabetismo ambiental, onde o meio ambiente era tido como o principal rival do homem do sertão. O Estado, quando atua em parceria com os demais agentes sociais consegue, manter-se como o principal instrumento dos cidadãos para controlar a globalização em função de seus valores e interesses. Na ITCG o ambiente de incubação é educacional, onde os novos empreendedores são postos em contato com a realidade cultural do empresariado, do Estado e de outras comunidades da sociedade, seguindo modelos meramente educacionais. Como conclusão tem-se que a trajetória dos cidadãos de Recanto II - de escravos a exportadores - foi baseada em dois grandes tesouros, a família e areligião. O mérito da ITCG foi compreender, respeitar e preservar a realidade cultural de Recanto 11 e incentivar a interação social com outras realidades culturais capazes de gerar desenvolvimento naquela região. A saúde, o desenvolvimento infantil, a segurança, a habitação foram conquistas de Recanto 11. Como sugestão tem-se que as políticas públicas deveriam reproduzir este ambiente de desenvolvimento para todos os cidadãos brasileiros em situação de risco social, utilizando-se da família como base para interações sociais fluidas e harmônicas entre os diversos agentes sociais.

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The present paper studies the case of cooperatives incubated at Technology Incubator of Popular Cooperatives that belongs to the Alberto Luiz Coimbra Engineering Graduate and Research Institute (COPPE) in the scope of Federal University of Rio de Janeiro. Is analyzes if occurs the dialogic process in its management endorsed by Habermas's Critic Theory and the Paraecomomic Model of Guerreiro Ramos. For that, the study is based on conceptual frameworks enclosing Critic Theory as well as Solidary Economy, Cooperativism and Incubators. Its historical roots and the movement in Brazil. The paper presented finals conclusions closes with a set of recommendations to extend the research field as well as its applicability.

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This study aims at understanding the entrepreneurial process and the capacity of the incubators of promoting the technical training of the entrepreneurs as well as developing projects, turning them into prosperous companies. The bibliography about this topic is recent and it is based on actual cases and experiences. The development of the sector is quite big and has been happening with a certain speed, creating a demand for studies and scientific production. Due to the fact that it is an exploratory research, the chosen method was the case study, from which we aim at obtaining current information, representative of the reality. The universe of this research will be the incubators of companies that have a technological basis, the sample of which being the companies that are in the ¿Gênesis Institute¿, the incubator of companies of PUC-RIO. From the results, it will be possible to see entrepreneurial processes, training of businessmen, technological development and generation of prosperous companies. The theoretical reference presents the concepts of entrepreneurialship and IEBTs.

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Empresas de base tecnológica (EBT) requerem a existência ou desenvolvimento de capacidades empresariais que determinarão a sustentabilidade do negócio. As incubadoras de empresas têm sido consideradas como um dos meios possíveis para que as EBTs atinjam um nível de desenvolvimento dessas capacidades que podem assegurar, após a incubação, sua permanência e progresso no mercado. Entretanto, é importante determinar se os objetivos para os quais as incubadoras foram criadas estão sendo atingidos e em que grau. O estudo apresenta pesquisa que buscou avaliar impacto do processo de incubação de empresas, medindo o desenvolvimento de capacidades em três dimensões: inovação, solidez financeira e capacidade gerencial. Estas dimensões, foram mensuradas em dezesseis EBTs do setor de informática do Estado do Rio Grande do Sul em dois grupos de empresas com características similares: o grupo de empresas pós-incubadas e o grupo de empresas não-incubadas. O método utilizado é o estudo de múltiplos casos em um desenho quase-experimental. Para a coleta de dados, o principal sócio de cada empresa respondeu a uma entrevista semi-estruturada e a um questionário fechado. A análise dos dados revelou que as empresas pós-incubadas demonstraram ser mais inovadoras e têm gestores melhor capacitados na área gerencial mas, no entanto, possuem menor solidez financeira. Por outro lado, as empresas não-incubadas são menos inovadoras e seus gestores têm menor capacitação gerencial, mas apresentam maior solidez financeira, indicada pela relação favorável entre receita e despesa e uma receita mensal regular. Os resultados deste estudo, com suas limitações de tamanho da amostra, evidenciam que o processo de incubação tem o impacto esperado no desenvolvimento de EBTs.

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Nosso objetivo nesta tese foi investigar a expenencia universitária norte-americana - graduação em Administração e MBA - na formação de empreendedores. As Escolas de Negócios da Universidade Norte-americana incorporaram conceitos e pressupostos sobre o empreendedor e o processo de empreender originados da literatura econômica e das ciências sociais e do management, bem como estabeleceram diretrizes em termos pedagógicos para configurar as disciplinas de empreendedorismo nos cursos de graduação em Administração e Master in Business Administrarion - MBAs • foi definida como hipótese central do nosso trabalho. Algumas linhas de implicação decorrentes desta hipótese norteadora foram estabelecidas e se referiram à organização didático-pedagógica das disciplinas, às recomendações para a atuação dos docentes, à constituição de estrutura universitária de apoio ao empreendedórismo e às estratégias utilizadas pelos gestores universitários para ampliação da rede de relações entre a universidade e a comunidade. Vários elementos nos motivaram a investigar a experiência norte-americana na formação de empreendedores, tais como o aumento nas publicações tanto da mídia popular quanto publicações de cunho mais acadêmico enaltecendo a carreira empreendedora, ressaltando a importância das pequenas empresas e dos novos negócios na geração de emprego e no desenvolvimento econômico e salientando a exigência de formação de um perfil profissional cujas características de inovação e criatividade se sobressaíssem. Essas mesmas publicações, no entanto, sublinhavam o alto índice de mortalidade das novas empresas. Paralelamente, nossa experiência na coordenação de curso de graduação em administração da PUC Minas e a constatação do aumento no interesse dos alunos por realizarem trabalho de fim de curso relacionado à elaboração de um projeto de negócios, bem como a redução na oferta de empregos por parte das grandes corporações serviram de estímulo definitivo para que buscássemos compreender a estrutura e as estratégias para formação empreendedora desenvolvidas nos cursos de graduação e MBAs das universidades norte-americanas. Nossa pesquisa foi realizada em compêndios que disponibilizam planos de ensino de disciplinas de empreendedorismo e em três universidades: Universidade de Saint Louis, localizada no Estado de Missouri; Universidade de Indiana - campus de Bloomington e Babson College, instituição localizada no Estado de Massachussets e considerada referência em ensino e pesquisa em empreendedorismo. Concluímos que, a despeito das diferenças em termos de investimento universitário e densidade curricular, é possível visualizar um modelo padrão de formação empreendedora que se sustenta, principalmente, nas ações desenvolvidas pelo Centro de Empreendedorismo com objetivos de estreitar relações com a comunidade empresarial e na atuação docente, que, da mesma forma, busca desenvolver e fortalecer relações extramuros de forma a enriquecer sua atuação didático-pedagógica. Dentre outras constatações, concluímos ainda que as Escolas de Negócios não acompanham a trajetória dos egressos das disciplinas de empreendedorismo e não dispõem de incubadoras de empresas em suas instalações. Adicionalmente, constatamos que a implantação de disciplinas de empreendedorismo na grade curricular facilita, de maneira significativa, a adoção de estratégias para captação de recursos para financiar projetos da Universidade

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Trata-se do estudo sobre como as pequenas e médias empresas de base tecnológica implementam o marketing enquanto desenvolvem sua estrutura organizacional e mercadológica. Aborda a teoria relativa à implementação de marketing e a pequena empresa - suas características e dificuldades. Aponta oportunidades de desenvolvimento e melhorias envolvendo o desenvolvimento empresarial e a competitividade de mercado das pequenas empresas de base tecnológica

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O objetivo deste trabalho é contribuir para o entendimento do processo de inovação tecnológica nas empresas brasileiras de biotecnologia. Para isso, procurou-se: identificar os fatores mais críticos ao processo de inovação das empresas do setor; analisar a dinâmica do setor e a contribuição das universidades e incubadoras para o processo de inovação e; avaliar como esses elementos afetam o processo de gestão da inovação tecnológica dentro e fora da organização. Este estudo exploratório de natureza qualitativa baseou-se na metodologia de estudo de casos múltiplos e para interpretação dos resultados foi utilizada a técnica da análise de conteúdo, bem como com a análise de dados secundários. O estudo indicou que entre os muitos obstáculos à inovação, o acesso ao financiamento é o mais crítico. As parcerias, apontadas como uma alternativa para esse e outros problemas por proporcionar a redução do investimento e do risco e o acesso à mão-de-obra qualificada, equipamentos e laboratórios sofisticados, têm sido prejudicadas em função de uma série de fatores institucionais e regulatórios – a começar pela falta de leis e de regras claras relativas à propriedade intelectual. Somando-se a isso uma incipiente cultura colaborativa entre empresas. Os resultados do estudo indicam que as empresas de biotecnologia brasileiras buscam compensar essas barreiras conferindo agilidade aos seus processos internos, criando estruturas organizacionais flexíveis e um ambiente organizacional favorável à inovação, que é internalizada, como prática, de maneira tácita. O processo de gestão da inovação ocorre de maneira informal e pouco sistematizada. Por fim, os resultados mostram que o processo de inovação nas empresas brasileiras de biotecnologia beneficia-se de uma postura pró-ativa adotada por elas de gerenciar e aprender com as adversidades.

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Esta tese visa analisar a influência do suporte de marketing da incubadora e da orientação empreendedora das empresas no processo de desenvolvimento de novos produtos de empresas de base tecnológica incubadas. A fim de se analisar tal processo, elaborou-se um modelo de desenvolvimento de produtos de empresas de base tecnológica a partir de um modelo base, que foi melhorado quanto à definição e mensuração de alguns construtos e ao qual foram acrescentadas as influências dos dois fatores acima mencionados. O modelo elaborado foi operacionalizado por intermédio de um modelo de equações estruturais. A metodologia de pesquisa é um survey em que se utilizou de escalas pré-testadas a fim de se mensurar os construtos. A população-alvo é composta por empresas de base tecnológica desenvolvidas em incubadoras do tipo tecnológica situadas no Brasil, a taxa de resposta foi de 63% e os respondentes representam incubadoras em todas as regiões do Brasil e 22 setores de alta tecnologia. Esta pesquisa apresenta contribuições acadêmicas e gerenciais. Dentre as contribuições acadêmicas, encontrou-se evidências empíricas da relação entre o suporte de marketing da incubadora e a sinergia de marketing das empresas, no entanto, tal suporte não se altera em função da incerteza do ambiente de negócios da empresa, o que deveria ocorrer pois os empreendedores necessitam de maior suporte para tomar decisões em ambientes com alta incerteza. Outra contribuição acadêmica foi a evidência empírica de que a forma como os empreendedores orientam seu negócio em função da turbulência do ambiente contradiz alguns estudos anteriores, especificamente em relação ao grau de inovação do produto e a sinergia de marketing. A respeito do grau de inovação do produto, os resultados indicam que em um ambiente de baixa incerteza há uma maior correlação entre a orientação empreendedora e o grau de inovação do produto, segundo estudos anteriores tal fato deveria ocorrer em ambiente de alta incerteza em que os clientes não conseguem especificar precisamente os requisitos do produto, assim, haveria maior oportunidade para as empresas desenvolverem produtos inovadores. A respeito da sinergia de marketing, os resultados indicam que em um ambiente de alta incerteza há uma maior correlação entre a orientação empreendedora e a sinergia de marketing, segundo estudos anteriores tal fato deveria ocorrer em ambiente de baixa incerteza em que os clientes conseguem definir claramente os requisitos de produto, que em geral são inovações incrementais. Dentre as contribuições gerenciais, a pesquisa fornece um panorama do número de empresas de base tecnológica por estado e por setor, o que favorece a identificação de setores de alta tecnologia onde não existem muitas empresas, e portanto, tais setores podem se constituir em boas oportunidades para desenvolver novas empresas. Além disso, a pesquisa possibilita aos empreendedores avaliar seu posicionamento em relação a outras empresas do mesmo setor em função do tempo de desenvolvimento de produtos e da taxa de crescimento de vendas. A pesquisa também fornecerá aos gerentes de incubadoras uma avaliação do seu suporte de marketing em relação ao de outras incubadoras no Brasil

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A presença crescente de pessoas jurídicas sob o regime de direito privado exercendo funções e atividades desempenhadas por pessoas jurídicas sob o regime de direito público tem apresentado desafios importantes para o estudo do Direito. A atuação das Fundações de Apoio no auxílio às Universidades Públicas Federais brasileiras são um exemplo disso. De um fenômeno espontâneo, timidamente regulado pela Lei n.º 8.958/1994, transformaram-se em um universo diversificado, em que se questiona a sua atuação junto à Instituições Federais de Ensino Superior. Ao desempenhar funções e atividades de auxílio à Universidades Federais, executam recursos públicos orçamentários e de Agências de Fomento. O questionamento da obrigatoriedade destas entidades realizarem prévio procedimento licitatório para contratação de terceiros quando estiverem auxiliando às Universidades Federais, a necessidade de cumprimento das regras de recolhimento de recursos público à Conta Única do Tesouro Nacional e a possibilidade de contratação de pessoal sem concurso público para trabalhar nas atividades de auxílio fazem parte das controvérsias enfrentadas no trabalho. Este trabalho procurou refletir sobre este fenômeno a partir de três frentes, uma proposta de análise do fenômeno fundacional, em que fundações de apoio são compreendidas como organizações de intermediação entre universidade e empresa, um levantamento das principais questões de compatibilização entre o regime de direito público e a atuação das fundações no contexto de auxílio ao desenvolvimento tecnológico das Universidades Públicas Federais e, por fim, o estudo de um caso em que há a compatibilização entre um modelo de fundação de apoio e o regime de direito público, o caso da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Propomos um recorte específico para o estudo do auxílio realizado pelas fundações de apoio, caracterizando-as como organizações de intermediação da cooperação entre universidade e empresa, pois acreditamos que dado o conjunto significativo de transformações no papel desempenhado por universidades de pesquisa no âmbito da produção industrial, uma nova forma de leitura da intermediação é necessária para a compreensão do papel e da missão das Universidades de Pesquisa no desenvolvimento econômico do país. As universidades, além de formadoras da mão de obra especializada e da geração de conhecimento, passam a ser centros de geração de tecnologia, se aproximando da indústria, pois substituiria em parte os antigos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de indústrias nacionais, ao mesmo tempo que também desempenharia o papel de fomentadora da geração de empresas de inovação, criando incubadoras de empresas e facilitando o intercâmbio entre seus professores e técnicos e profissionais da matriz industrial dos países. No Brasil, esta transformação se depara com um hiato importante. O país, por meio de suas Universidades Públicas é produtor de conhecimento, com um número significativo de publicações internacionais, contudo, não tem conseguido converter este conhecimento em aplicação industrial, em inovação tecnológica, medida pelo registro de patentes e pela transferência de tecnologia para a indústria. Em segundo lugar, a Lei de Inovação Tecnológica (Lei n.º 10.973/2004) como a primeira tentativa de estabelecer formas de reduzir este hiato, criou instrumentos jurídicos para permitir a cooperação entre Universidades Públicas Federais e Empresas Nacionais, posicionando as fundações de apoio como intermediadoras da relação entre Universidade e Empresa, ao lado dos Núcleos de Inovação. A Lei, por um lado, foi capaz de criar os instrumentos jurídicos para que a cooperação entre Universidade Pública e Empresa Nacional seja lícita, contudo, não enfrentou questões jurídicas importantes, além das questões sobre incidência do regime de direito público na intermediação realizada pelas fundações, também não definiu a função das fundações de apoio na captação e gestão de projetos de tecnologia, ou na gestão da propriedade intelectual e sua relação com os Núcleos de Inovação, ou a participação das fundações na formação de empresas de inovação por meio do processo de incubação de empresas nas Universidades Federais. Foi o Tribunal de Contas da União, como órgão de controle do emprego dos recursos públicos, o principal local de debate sobre as controvérsias jurídicas envolvendo a relação entre Fundações de Apoio e Universidades Federais. Em nosso entendimento, o Tribunal na Decisão n.º 655/2002, iniciou um processo de compatibilização entre a atuação das fundações de apoio e o regime de direito público, ao definir as fundações de apoio ligadas à projetos de desenvolvimento e transferência de tecnologia das Universidades Federais como organizações de intermediação, contudo, retrocedeu no Acórdão n.º 2.731/2008, ao definir de forma ampla o conceito de recurso público e recomendar aos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia que proibissem os repasses diretos de recursos de Agências de Fomento à Fundações de Apoio no âmbito federal. O caso da FAI é paradigmático, pois não apenas é um caso que reforça a nossa avaliação de que é possível haver compatibilidade entre o regime de direito público e a atuação das fundações apoio, como sinaliza para soluções de desenho institucional relevantes para a reflexão sobre a regulação das fundações de apoio no âmbito federal. A FAI como uma fundação voltada para a Universidade Federal de São Carlos é capaz de cumprir com as potencialidades de uma fundação almeja contribuir para o desenvolvimento tecnológico de Universidades Públicas Federais, uma vez que funciona como um “outro eu” da UFSCAR, um duplo positivo, executando atividades que se fossem feitas pela Universidade não teriam a mesma agilidade ou até não seriam realizadas.

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Promover a atividade empreendedora é hoje mais do que nunca uma prioridade para as economias em desenvolvimento. Em diferentes partes do mundo, empreendedores têm sido reconhecidos como verdadeiros agentes de transformação, e as novas empresas que eles criam tornam-se condutoras de inovação, que ao final pode ser difundida ao resto da economia. Teorias de economia urbana, que analisam a dinâmica da relação entre aglomeração urbana e atividade econômica, enfatizam a importância da concentração espacial das indústrias num mesmo setor industrial. Entender os incentivos que dão início à atividade empreendedora é algo novo e o foco desses estudos tem sido principalmente em alguns poucos casos de economias industrializadas. Não obstante, o sucesso de um punhado de clusters de alta tecnologia, como o Vale do Silício, por exemplo, na Califórnia, Estados Unidos, não pode ser replicado, e as condições locais devem ser consideradas a fim de entender a surgimento desses ecossistemas. Este estudo pretende investigar os critérios em que os empreendedores fundamentam suas decisões quando selecionam as localizações do seu negócio. Especificamente, a pesquisa explora o recente movimento dos ecossistemas de empreendedores na Cidade do México e em São Paulo, as duas maiores áreas metropolitanas da América Latina, à luz das teorias de economia urbana. A fim de chegar aos resultados, a pesquisa segue o método baseado sobre uma análise comparativa de estudo de casos em dois bairros: Vila Leopoldina em São Paulo e a Colônia Roma Norte na Cidade do México. Os resultados consolidados baseados em entrevistas qualitativas realizadas nos dois bairros revelam que o lugar/sitio urbano, definido em termos de laços locais assim como da atmosfera geral do ambiente, continua sendo importante para os atores apesar das comunicações de alta velocidade que produzem mais interações entre as regiões do mundo. Além disso, a relação entre o empreendedor e o seu entorno é altamente dependente do estágio de desenvolvimento e da natureza da atividade da empresa; redes informais revelam-se essenciais para identificar as oportunidades de negócio antes de serem progressivamente substituídas por relações instituídas com fundos de capital de risco ou incubadoras. Estes dois ecossistemas nascentes geram suas próprias características, o que já pode sugerir suas futuras evoluções.