999 resultados para Família matrimonializada
Resumo:
O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de implantao das Equipes de Sade Bucal, dos 92 municpios do estado do Rio de Janeiro, com as taxas dos procedimentos odontolgicos de primeira consulta, procedimentos preventivos e procedimentos bsicos dos mesmos municpios, verificando o perodo de 1998 a 2010. Os resultados, obtidos atravs de dados secundrios fornecidos pelas fontes de dados do Ministrio da Sade, mostraram que o crescimento nas taxas dos procedimentos odontolgicos foi muito mais modesto do que o crescimento verificado nas taxas de cobertura das Equipes de Sade Bucal no perodo estudado e que, aps a implantao dessas equipes, tambm no se observou impacto do aumento dessa implantao nas taxas de procedimentos odontolgicos. Os nicos procedimentos que parecem ter alguma relao com a implantao dessas equipes so os procedimentos preventivos. Concluiu-se que, pelo menos no estado do Rio de Janeiro, no se pode afirmar que as Equipes de Sade Bucal tenham melhorado significativamente o acesso aos servios odontolgicos da populao em anos recentes e que isso serve de alerta para que, antes de mais investimentos no aumento do nmero de Equipes de Sade Bucal, haja esforos no sentido de avaliar por que esse programa no tem proporcionado o aumento no acesso esperado.
Resumo:
Este trabalho analisa o Programa Bolsa Família (PBF), tratando de sua evoluo ao longo do governo Lula, tanto no que diz respeito ao seu escopo quanto a seu desenho institucional e as alteraes que foi sofrendo em seus objetivos. Tendo em vista a natureza federativa do Estado brasileiro, o objetivo do trabalho mostrar os desafios enfrentados pelo poder central para garantir a implementao homognea de um programa nacional de transferncia condicionada de renda a ser gerido pelos municpios. Para tanto, so analisados, de um lado, os recursos institucionais e as estratgias de que dispunha o governo federal para alcanar os seus objetivos para o PBF, e de outro, os resultados e a dinmica da gesto municipal do programa em dois grandes centros urbanos, So Paulo e Salvador. So analisadas informaes relativas ao desempenho nacional do programa e tambm referentes implementao municipal do PBF nos casos escolhidos, por meio de dados de surveys realizados com a populao de baixa renda e de entrevistas semi-estruturadas com gestores municipais do programa nessas duas cidades. A tese identifica os mecanismos que asseguram o crescente poder de coordenao do governo federal no sentido de fazer com que suas principais diretrizes para o programa sejam de fato implementadas no plano municipal. Mostra tambm que o processo de implementao do PBF afetado no s por seu desenho institucional, definido no plano federal, mas tambm pelas diferentes capacidades institucionais disponveis no plano local recursos humanos, capacidade de gesto e articulao entre diversos servios e polticas, infra-estrutura disponvel, entre outros aspectos e pelos diferentes interesses polticos na maior ou menor coordenao dos programas locais de transferncia com o programa nacional. Finalmente, o trabalho examina ainda os limites e possibilidades para a articulao do PBF com uma poltica mais ampla de assistncia social.
Resumo:
Inserida no contexto portugus da segunda metade do sculo XVIII, cenrio de importantes mudanas culturais e marcado pela presena centralizadora do marqus de Pombal, a Academia Fluviense Mdica, Cirrgica, Botnica e Farmacutica, estabelecida no Rio de Janeiro em 1772 sob a proteo do vice-rei, marqus do Lavradio, e direo da família Paiva, constituiu-se ao mesmo tempo como um espao para a discusso e prtica das cincias, produzindo conhecimento de carter utilitrio no mbito da Histria Natural com vistas ao revigoramento e diversificao da agricultura colonial; como tambm um meio para o exerccio da poltica das relaes pessoais do Antigo Regime. Analisando as obras do presidente da Academia, Jos Henriques Ferreira e as de seu irmo, Manoel Joaquim Henriques de Paiva, foi possvel compreender algumas implicaes scio-econmicas e, sobretudo, polticas, associadas forma como se operavam concepes tais como natureza e cincia, que eram fundamentais no setecentos.
Resumo:
A Estratgia Sade da Família na Cidade do Rio de Janeiro no pode ser pensada como um instrumento isolado no contexto de sade local. A sua interao com a rede de sade da cidade precisa ser considerada para que ocorra um fluxo de pacientes entre os nveis de ateno. O Rio de Janeiro dividido em dez reas Programticas com coordenaes de sade prprias. O tamanho e a diversidade das regies da cidade do Rio de Janeiro faz com que estas reas tenham necessidades particulares e, consequentemente exijam respostas diferenciadas para as questes de sade. A rea em foco neste estudo a 3.1 onde se localiza o Complexo do Alemo. O Complexo marcado pela pobreza, violncia e excluso social. No ano 2000 tinha o ndice Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,474, um dos piores entre os bairros do Rio de Janeiro. O cenrio de vulnerabilidade foi determinante para que o Complexo fosse uma das primeiras reas a ter intervenes do Programa de Agentes Comunitrios de Sade e do Programa Sade da Família na cidade do Rio de Janeiro. Este estudo procura relacionar as caractersticas da Estratgia Sade da Família na Cidade do Rio de Janeiro com as caractersticas do modelo implantado no Complexo do Alemo, a partir de dados dos sistemas de informao e de busca bibliogrfica sobre a regio. H caractersticas que so comuns ao Rio de Janeiro e ao Complexo do Alemo, como por exemplo, a falta de uma programao de referncia e contra-referncia para atender a demanda dos pacientes da Estratgia Sade da Família nos nveis secundrio e tercirio de cuidados. Existem tambm caractersticas que so prprias do Complexo do Alemo, como por exemplo, a quantidade de equipes compatvel com a populao segundo as diretrizes do Ministrio da Sade, o que contrasta com a cidade como um todo que tem uma quantidade de equipes ainda pequena em relao populao.
Resumo:
Família e direito so instituies culturais em pleno descompasso. Direito e poder obrigam a formao da família pelos mecanismos convencionais, ainda que a sexualidade e o afeto das pessoas se manifeste de forma plural. No mbito constitucional consagra-se como princpio jurdico a dignidade humana e, como conseqncia, a liberdade, que garante a possibilidade de escolha do indivduo para decidir como formar a sua família. Impe-se uma clusula de no-direito, em que o legislador se autolimita, reconhecendo que a família no matria de interesse pblico, mas sim privado de cada adulto que constitui família. A tutela dessa autonomia privada, que realizada na esfera infraconstitucional, deve corresponder infungibilidade dos modelos de família, ausncia de deveres pr-concebidos para moldar a conduta sexual e afetiva, despatrimonializao da família, para que afeto e unio patrimonial sejam escolhas desvinculadas e, finalmente, prpria ausncia de modelos de família previstos pela lei que condicionem sugestivamente a escolha das pessoas.
Resumo:
A garantia de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN) remete necessidade de aes intersetoriais que articulem as dimenses alimentar e nutricional, alm da questo contempornea da sustentabilidade e da perspectiva do direito humano alimentao adequada. O setor sade tem funes especficas e importantes que contribuem para o conjunto das polticas de governo voltadas para a garantia da SAN a populao. Desta forma, aes promotoras de SAN devem ser desenvolvidas em todos os nveis de ateno do Sistema nico de Sade, sendo a Ateno Bsica Sade, por meio da Estratgia Sade da Família (ESF), um campo privilegiado de implementao dessas aes, uma vez que est configurada como a porta preferencial de entrada dos usurios no sistema de sade e como o centro norteador da rede de assistncia. Este um estudo exploratrio e descritivo de abordagem qualitativa que teve como objetivo conhecer o que profissionais de equipes de sade da Família, gestores dos mbitos federal e municipal ligados ESF, alm de representantes de organizaes da sociedade civil atuantes no campo da SAN entendem sobre SAN e sobre prticas promotoras de SAN na ESF. A construo das informaes ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas e grupos focais. Os profissionais referiram-se a SAN como a garantia de uma alimentao que atenda s necessidades nutricionais e que seja segura para o consumo, enquanto que entre os representantes da sociedade civil organizada e gestores predominou uma compreenso mais ampla da SAN. Os diferentes atores identificaram a ESF com um espao promotor de SAN a partir do levantamento de aes j desenvolvidas ou que possam vir a ser desenvolvidas, porm as aes citadas encontram-se majoritariamente ligadas dimenso nutricional da SAN. Os atores referiram um conjunto de problemas estruturais que desencadeiam dificuldades no cotidiano da organizao dos servios e das prticas dos profissionais e consequentemente na execuo de aes promotoras de SAN nessa estratgia. Este trabalho levantou a necessidade de difundir a interdependncia entre sade e SAN entre gestores e profissionais ligados ESF para que estes possam identificar melhor nas aes dos servios de sade elementos promotores da SAN, e desta forma compreender seu papel de agentes promotores de sade e SAN.
Resumo:
Este estudo tem como objeto de pesquisa as aes de cuidar da enfermeira na Estratgia de Sade da Família (ESF) diante da vulnerabilidade feminina para o Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) considerando o contexto familiar. Discutir a vulnerabilidade para o HIV, ainda constitui um desafio social, principalmente considerando a mesma, a partir das relaes de gnero existente em nossa sociedade no que diz respeito ao papel social e sexual de homens e mulheres no interior de suas famílias. Esta pesquisa tem como objetivos: descrever a percepo sobre o HIV no contexto familiar para a enfermeira da ESF; compreender a percepo da enfermeira da ESF sobre a vulnerabilidade feminina para o HIV no contexto familiar e analisar as aes de cuidar da enfermeira da ESF acerca da vulnerabilidade feminina. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, a qual teve como sujeitos da pesquisa onze enfermeiras que foram selecionadas e atuavam na ESF no ano 2012, na rea Programtica 2.2 do municpio do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) Percepes das enfermeiras em relao ao HIV e o contexto de familiar; b) Percepes das enfermeiras em relao vulnerabilidade feminina para o HIV; c) Aes de cuidar das enfermeiras relacionadas vulnerabilidade feminina para o HIV considerando o contexto familiar. Constatamos que o HIV para as enfermeiras, o determinante de uma doena grave, de difcil acompanhamento, que no tem cura, de carter complexo e tambm como um agravo que impe limites em relao a sobrevida. As enfermeiras pouco valorizam as questes de gnero e o contexto social sobre a condio de vulnerabilidade das mulheres, responsabilizando-as por sua contaminao. A preveno do HIV realizada em grande parte nas atividades de educao em sade desenvolvidas pelas enfermeiras da ESF, entretanto ela no abordada considerando especificamente cada contexto familiar e social da mulher. Os valores pessoais ainda interferem nas aes das enfermeiras, e o HIV apontado como um agravo possuidor de estigmas tanto sociais quanto culturais. Considerando a ESF uma ao governamental que tem por objetivo a autonomia do sujeito, as mudanas de paradigmas em relao sade dos indivduos, e importante aliada na minimizao dos problemas de sade pblica como a vulnerabilidade para o HIV necessrio que as enfermeiras estejam mais sensibilizadas e capacitadas (educao permanente), nas questes sociais (gnero) especificas da populao feminina, para que suas aes possam minimizar a vulnerabilidade ao HIV nessa populao.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo analisar o itinerrio da paternidade como uma construo social, a partir das relaes estabelecidas entre os pais com os membros da instituio de sade e as redes sociais em que se inserem. Tal construo se configurou na busca, pelo pai, de reconhecimento do exerccio da paternidade, bem como suas repercusses na integralidade do cuidado ao recm-nascido de risco e sua família. Utilizamos como pressupostos conceituais para definio do itinerrio da paternidade as teorias da integralidade (desenvolvidas pelo grupo LAPPIS), a teoria do reconhecimento (de Axel Honneth) e de redes sociais (de Paulo Henrique Martins). O cenrio da pesquisa foi o Hospital Sofia Feldman, instituio filantrpica de direito privado localizada na periferia de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Participaram do estudo trs pais que tiveram filhos internados na UTIN e seus familiares, alm de profissionais, voluntrios e gestores que atuam na instituio. A partir da abordagem da fenomenologia sociolgica, realizaram-se entrevistas, observao dos espaos institucionais e dois grupos focais com familiares, adotando-se a Metodologia de Anlise de Redes no Cotidiano (MARES) como tcnica de coleta de dados. A anlise dos itinerrios da paternidade nos permitiu discutir as repercusses da trajetria desses pais nas dimenses da integralidade (polticas e organizao dos servios e saberes e prticas dos profissionais). Verificamos que a alta da companheira e internao do filho na neonatologia constituem uma inflexo no percurso dos pais no que concerne questo do reconhecimento como usurio no servio e a integralidade do cuidado família. Alm disso, identificamos que as relaes estabelecidas no acolhimento desses pais pelos profissionais envolveram a negociao de saberes entre os profissionais, e destes com os usurios, que repercutiram na construo e reconstruo das prticas de cuidado na UTIN. Tais repercusses significaram, na prtica, formas de incluso do pai, que passa de uma situao de observador privilegiado do cuidado com o filho para um mediador colaborador na efetivao da integralidade da assistncia do filho na UTIN. Vislumbramos o itinerrio da paternidade como uma ferramenta de prtica avaliativa na perspectiva do usurio amistosa integralidade, que possibilita a revalorizao da experincia e das relaes entre os sujeitos, e que tem no agir em sade o catalisador para as transformaes do cuidado como exerccio de cidadania.
Resumo:
Esta dissertao tem como objeto de estudo a poltica de combate pobreza brasileira o Programa Bolsa Família e adota como estratgia para discusso do tema uma postura qualitativa. O PBF uma poltica de transferncia condicionada de renda que se insere no cenrio internacional, em um momento de expanso da utilizao da renda mnima, e no contexto nacional, no movimento de reformulao nas polticas de combate pobreza brasileiras. Como principais caractersticas desta poltica se destacam a unificao de programas anteriores, a focalizao como princpio, a abrangncia nacional, e a contrapartida como via de acesso a direitos sociais bsicos. O objetivo do estudo reside em discutir criticamente o Programa Bolsa Família do Governo Federal, buscando identificar algumas das possibilidades e contradies nele existentes, a partir das percepes de seus beneficirios freqentadores de unidades de sade do municpio do Rio de Janeiro, sobre o PBF e suas condicionalidades de sade. Para tal, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com estes beneficirios, alm de observao participante nas unidades de sade onde foi realizada a construo do material da pesquisa. Os dois principais eixos de anlise giraram em torno das representaes sociais dos entrevistados sobre o programa em si e suas condicionalidades de sade. Levantamos como principais categorias tericas/analticas para trabalhar o material da pesquisa: a contradio, o consenso e as representaes sociais. J a partir da anlise do material, elencamos como categorias de contedo a ajuda enquanto dimenso do benefcio, a organizao dos servios de sade e a relao construda com as condicionalidades. Foi percebido diante de vrios elementos do programa que um dos pontos frgeis desta poltica reside na concretizao da dimenso estruturante prevista por ela. Identifica-se que preciso reestruturar modelos de construo das propostas se a proviso de polticas de cunho estruturante um objetivo mais amplo desta poltica de transferncia de renda.
Resumo:
O Programa de Sade da Família (PSF) incorpora e reafirma os princpios do SUS e est estruturado a partir da Unidade de Sade da Família, que se prope a organizar suas aes sob os princpios da integralidade e hierarquizao, territorialidade e cadastramento da clientela, a partir de uma equipe multiprofissional. O objetivo do estudo foi avaliar atravs de grficos de tendncias, se a expanso do PSF foi acompanhada por melhoras na sade infantil nos municpios do estado do Rio de Janeiro, entre 1998 e 2010. A anlise foi feita relacionando graficamente a utilizao de servios hospitalares como internaes por pneumonias e desidratao na infncia, procedimentos peditricos, como taxas de aleitamento materno, utilizao da terapia de reidratao oral e consultas de puericultura, com a taxa de cobertura do programa. A expanso do PSF pareceu estar relativamente pouco associada com aumento no nmero de consultas de puericultura, nas taxas de aleitamento materno e na utilizao da terapia de reidratao oral e com diminuio nas internaes por pneumonia e desidratao. Essas associaes aparentemente fracas sugerem que o PSF pode no estar gerando os resultados desejveis. Evidentemente, estudos adicionais so necessrios a fim de analisar essas associaes.
Resumo:
Afirmar a sociedade brasileira nos quadros da modernidade foi o anseio de intelectuais de campos variados no contexto das dcadas iniciais do sculo XX. Neste cenrio, a educao era considerada uma via possvel para promover mudanas de hbitos, conformando a populao a partir dos referenciais modernos. Se a escola assumiu papel de destaque por ser um espao a partir do qual seria possvel educar a infncia, a importncia de outras instncias educativas tambm era considerada, dentre as quais, destacamos a família, pensada como espao fundamental de socializao. A educao ministrada no espao privado deveria, no entanto, ser consoante com os ideais preconizados poca, para isso fazia-se necessrio intervir sobre ele, educando os agentes do seu interior. Neste estudo, analisamos as aes encaminhadas pelo Servio de Ortofrenia e Higiene Mental (SOHM), que funcionou no Rio de Janeiro, ento Distrito Federal, no perodo de 1934 a 1939. Este Servio, chefiado por Arthur Ramos, visava prevenir e corrigir os problemas dos escolares, considerando as relaes culturais e sociais importantes para uma compreenso global destes indivduos. Como as relaes familiares e o espao domstico eram aspectos a serem conhecidos e modificados quando necessrio e, como os pais eram chamados a colaborar com as aes do Servio de formas diversas, buscamos analisar estratgias variadas destinadas a intervir no espao domstico, focalizando as prescries voltadas a este e alguns aspectos da dinmica estabelecida nas relaes entre as famílias e a escola, atravs do SOHM.
Resumo:
Este estudo teve por objetivo analisar as caractersticas do financiamento da ateno bsica e do Programa de Sade da Família (PSF), na 10 RS do Estado do Paran, e sua relao como indutor do modelo assistencial sade. Identifica o comportamento das receitas para o PSF na 10 RS do Paran, o comportamento das despesas com ateno bsica em relao despesa total com sade da regional e o papel dos incentivos financeiros do PSF como indutores de manuteno e expanso do PSF na assistncia sade dos municpios selecionados. O financiamento estvel e suficiente imprescindvel para que o acesso s aes e servios de sade a todos os cidados brasileiros possa efetivamente acontecer. A implementao do SUS traz consigo um desafio na mudana do modelo assistencial: de um acesso restrito aos beneficirios do INPS ao acesso universal, o SUS garante a sade como um direito de todos e dever do Estado, mediante polticas pblicas que so os pilares bsicos da transio de um modelo curativo para um modelo preventivo com aes pautadas na integralidade. Os desafios na mudana do modelo assistencial esto intimamente ligados aos desafios pelo financiamento. O embate constante por financiamento e as tentativas de vinculao de receita para garantir a suficincia e estabilidade de recursos para o SUS constituem imperativos para que o sistema possa dar conta de atender a todos os cidados. A 10 Regional de Sade do Estado do Paran, sediada na cidade de Cascavel, possui 25 municpios e apenas um no tem implantada a Estratgia Sade da Família. Para a anlise das caractersticas do financiamento da ateno bsica e do PSF para o caso analisado, foram utilizados dados provenientes de sistemas de informao oficiais de carter pblico, sendo eles: Sistema de Informao sobre Oramentos Pblicos em Sade (SIOPS), Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Sade (CNES), Departamento Nacional de Ateno Bsica (DAB) e Fundo Nacional de Sade (FNS). A partir da anlise dos dados, foi possvel identificar o papel indutor dos recursos do PAB varivel ao PSF nos municpios, pois a maioria possui menos de 20 mil habitantes e sua organizao dos servios no nvel municipal tem a ateno bsica como nico nvel de assistncia. As transferncias intergovernamentais, entre elas os incentivos financeiros, tm alto peso no total de recursos dos municpios, mas a capacidade de gesto e a possibilidade de implantao das equipes com atuao nos moldes que se propem a adotar a ESF precisam ser repensadas e discutidas no nvel municipal, para que a implantao da estratgia no seja apenas a maneira atravs da qual os municpios buscam recursos. Desta forma, o Governo Federal continua sendo o agente definidor da poltica de sade no territrio nacional. Num pas onde os municpios so caracterizados por enorme heterogeneidade de tamanho e renda, os repasses federais cumprem e devero continuar cumprindo papel fundamental no gasto do PSF, o que se confirma nos municpios analisados.
Resumo:
A vegetao da Ilha Grande faz parte do Bioma Floresta Atlntica, que possui altos ndices de biodiversidade e cobre amplas regies de zonas climticas e formaes vegetacionais tropicais a subtropicais. No Brasil, estende-se numa estreita faixa ao longo de quase toda a costa atlntica e interioriza-se atingindo parte da Argentina e do Paraguai. Asteraceae a terceira maior família em nmero de espcies na Floresta Atlntica. Assim, buscou-se conhecer a representatividade dessa família na Ilha Grande, objetivando contribuir com a poltica de preservao e manuteno de seus ecossistemas. Nesse contexto, promoveu-se um levantamento bibliogrfico, consultas a herbrios e excurses peridicas de coleta em campo. O material coletado foi depositado no herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Registrou-se na rea de estudo 67 espcies subordinadas a 37 gneros. Os gneros so a seguir denominados: Achyrocline (3 spp.), Adenostemma (1sp.), Ageratum (1 sp.), Austrocritonia (1 sp.), Astroeupatorium (1 sp.), Baccharis (8 spp.), Bidens (1 sp.), Blainvillea (1 sp.), Centratherum (1 sp.), Chaptalia (1 sp.), Chromolaena (3 spp.), Conyza (1 sp.), Cosmos (1 sp.), Eclipta (1 sp.), Elephantopus (2 spp.), Emilia (1 sp.), Erechtites (1 sp.), Galinsoga (1 sp.), Gamochaeta (1 sp.), Grazielia (1 sp.), Heterocondylus (2 spp.), Mikania (13 spp.), Piptocarpha (2 spp.), Pluchea (1 sp.), Praxelis (1 sp.), Pseudogynoxys (1 sp.), Pterocaulon (1 sp.), Sphagneticola (1 sp.), Sonchus (1 sp.), Steymarkina (1 sp.), Struchium (1 sp.), Synedrella (1 sp.), Tilesia (1 sp.), Tithonia (1 sp.), Trixis (1 sp.), Verbesina (1 sp.) e Vernonia (5 spp.). Estes gneros esto abrigados sob nove tribos. So citadas pela primeira vez para o Estado do Rio de Janeiro as espcies Mikania campanulata e Struchium sparganophorum.
Resumo:
Os programas de transferncia de renda condicionada tornaram-se uma poltica social constante nas agendas dos mais variados pases da Amrica Latina; entre eles, o Brasil. Inicialmente classificados como um modelo de poltica de tempos neoliberais, programas como o brasileiro Bolsa Família apresentam, porm, caractersticas que os aproximam, cada vez mais, de polticas social-democratas, agora desenhadas para um contexto de maior escassez de recursos e de globalizao da produo. Alguns trabalhos, tais como de Esping-Andersen (2002), identificam determinados programas de transferncia como uma alternativa de poltica social para a promoo do bem-estar. Fortalecido e oficialmente lanado em 2003, o Programa Bolsa Família, de transferncia de renda condicionada, configurou-se como uma das principais e mais abrangentes polticas sociais do governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores, durante a presidncia de Luiz Incio Lula da Silva. No contributiva, fortalece o processo de transformao no padro de proteo social predominante no pas at os dias de hoje. Alm disso, segundo apontam estudos, uma das principais responsveis pela queda da desigualdade e aumento da renda. Esses fatores, bem como aspectos que dizem respeito a sua sustentao poltica na esfera eleitoral, evidenciam a existncia de uma agenda de poltica social prpria da centro-esquerda, a qual perdura, a despeito de uma suposta homogeneizao nas preferncias diante das limitaes fiscais.
Resumo:
Esta pesquisa provm da dissertao de mestrado do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ) e apresenta como objeto de estudo as prticas dos enfermeiros na Estratgia de Sade da Família (ESF) sob a tica do Agente Comunitrio de Sade (ACS). Este estudo est vinculado s pesquisas Prticas de cuidado no SUS: o papel do enfermeiro na Ateno Bsica e Abordagem interdisciplinar das novas relaes e processos de trabalho em sade: o caso dos agentes comunitrios de sade. O interesse em estudar tais prticas decorreu da vivncia como enfermeira de família, atuando com a assistncia aos usurios e como chefe de equipe, surgindo reflexes e inquietaes em torno das prticas de sade realizadas pelo enfermeiro e como estas so vistas pelo agente de sade. Sendo assim, surge o questionamento: Qual a viso dos agentes comunitrios de sade em relao s praticas de sade desenvolvidas por enfermeiros na Estratgia de Sade da Família? A fim de responder esta questo, definiu-se como objetivo geral: analisar as prticas dos enfermeiros da Estratgia Sade-Família do municpio do Rio de Janeiro, sob a tica dos Agentes Comunitrios de Sade e objetivos especficos: identificar as prticas de sade desenvolvidas por enfermeiros na perspectiva do Agente Comunitrio de sade e conhecer os fatores determinantes destas prticas e sua correlao com o trabalho na Estratgia de Sade da Família. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, tendo sido realizado no municpio do Rio de Janeiro, de 2008 a 2010. A fonte dados foi um conjunto de narrativas de ACS do estudo Abordagem Interdisciplinar dos Novos Processos e Condies de Trabalho em Sade: o Caso dos Agentes Comunitrios de Sade do Rio de Janeiro. A seleo dos sujeitos foi realizada a partir de uma varredura do banco de narrativas, selecionando aquelas nas quais os ACS discorrem sobre as prticas dos enfermeiros. De um total de 60 ACS, foram selecionados 7 agentes. As narrativas analisadas formaram tres categorias: cuidados do enfermeiro na ESF; prticas do enfermeiro na ESF; fatores que influenciam a prtica do enfermeiro na ESF. Com a anlise foi possvel identificar que o ACS enxerga o enfermeiro como cuidador, atravs do acolhimento, resoluo de problemas e consultas de enfermagem. A prtica do enfermeiro vista pelo agente de sade atravs da superviso, como educador em sade e atravs das visitas domiciliares. Entretanto, tais prticas so determinadas por fatores que as facilitam ou a dificultam. As facilidades de atuao do enfermeiro esto em gostar da profisso, a criao do vnculo entre o profissional e o usurio e a presena de uma equipe completa na ESF. J as dificuldades so encontradas quando o enfermeiro no tem a equipe completa, falta de infraestrutura e recursos materiais no servio. Ao olhar as prticas de sade dos enfermeiros na ESF foi possvel identificar como elas so desenvolvidas na viso de outros membros da equipe, neste caso os ACS, contribuindo na compreenso de como obter uma melhoria do cuidado família, de forma qualitativa e humanizada.