Pela criança, para a família: a intervenção científica no espaço privado através do Serviço de Ortofrenia e Higiene mental (1934-1939)


Autoria(s): Juliana Vital Abreu David
Contribuinte(s)

Alessandra Frota Martinez de Schueler

Luiz Otávio Ferreira

Ana Maria Bandeira de Mello Magaldi

Data(s)

31/08/2012

Resumo

Afirmar a sociedade brasileira nos quadros da modernidade foi o anseio de intelectuais de campos variados no contexto das décadas iniciais do século XX. Neste cenário, a educação era considerada uma via possível para promover mudanças de hábitos, conformando a população a partir dos referenciais modernos. Se a escola assumiu papel de destaque por ser um espaço a partir do qual seria possível educar a infância, a importância de outras instâncias educativas também era considerada, dentre as quais, destacamos a família, pensada como espaço fundamental de socialização. A educação ministrada no espaço privado deveria, no entanto, ser consoante com os ideais preconizados à época, para isso fazia-se necessário intervir sobre ele, educando os agentes do seu interior. Neste estudo, analisamos as ações encaminhadas pelo Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental (SOHM), que funcionou no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no período de 1934 a 1939. Este Serviço, chefiado por Arthur Ramos, visava prevenir e corrigir os problemas dos escolares, considerando as relações culturais e sociais importantes para uma compreensão global destes indivíduos. Como as relações familiares e o espaço doméstico eram aspectos a serem conhecidos e modificados quando necessário e, como os pais eram chamados a colaborar com as ações do Serviço de formas diversas, buscamos analisar estratégias variadas destinadas a intervir no espaço doméstico, focalizando as prescrições voltadas a este e alguns aspectos da dinâmica estabelecida nas relações entre as famílias e a escola, através do SOHM.

Affirm the Brazilian society in the tables of modernity was the desire of intellectuals from various fields in the context of the early decades of the twentieth century. In this scenario, education was considered a possible way to promote changes in habits, shaping the population from modern references. If the school has taken a prominent role to be a place from which you could educate the children, the importance of other educational institutions were also considered, among which we highlight the family, thought of as fundamental space for socializing. The education given in private should, however, be consonant with the ideals advocated at the time, for that it was necessary to intervene in it, educating agents inside. In this study, we analyzed the actions directed by the Office of Ortofrenia and Mental Hygiene (SOHM), who worked in Rio de Janeiro, then the Federal District, in the period 1934-1939. This service, led by Arthur Ramos, aimed at preventing and correcting the problems of school, considering the cultural and social relations are important for a global understanding of these individuals. As family relationships and domestic space were aspects to be known and modified as needed and as parents were asked to help with the actions of service in various forms, we analyze various strategies designed to intervene in the domestic space, focusing on the requirements aimed at this and some practical aspects of the relationship established between families and school through the SOHM.

Formato

PDF

Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5509

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

Liberar o conteúdo dos arquivos para acesso público

Palavras-Chave #EDUCACAO #Educação #Higiene Mental #Família #Escola #Education #Mental Hygiene #Family #School
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica