1000 resultados para Enfermagem obstétrica. Humanização da assistência. Parto humanizado
Resumo:
O presente estudo tem como objeto o acolhimento realizado em uma unidade de saúde do município de Belo Horizonte, Minas Gerais. O objetivo deste estudo foi analisar e discutir o acolhimento enquanto ferramenta para a humanização do atendimento aos usuários e como prática inclusiva de saúde correlacionando com a prática nesta unidade enfatizando a importância de uma equipe multiprofissional na realização do mesmo, da capacitação permanente dos profissionais envolvidos, além de enfocar o papel da equipe de enfermagem neste processo. Para elaboração desta pesquisa foi realizado levantamento bibliográfico acerca do assunto nas bases de dados LILACS, Medline e Scielo, utilizando-se os seguintes descritores válidos nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS/BIREME): acolhimento, programa saúde da família, equipe de enfermagem, comunicação e humanização. Utilizou-se a literatura publicada entre os anos de 1996 a 2009. Verificou-se, a partir desta pesquisa, a relevância da reorganização do processo de trabalho nesta unidade a partir da implementação do acolhimento, a necessidade de reflexão da Equipe Saúde da Família sobre o seu papel neste processo e da importância desta buscar estratégias que favoreçam o estabelecimento de uma assistência contínua e humanizada, com qualidade e responsabilidade, garantindo a todos os usuários acesso aos serviços de saúde e uma visão integral no atendimento.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo, elaborar um plano de intervenção para melhorar a qualidade da atenção ao pré-natal na ESF Jardim América no Município Campo Belo-MG. Durante a gravidez, muitas mudanças acontecem no corpo da mulher, fazendo com que esse período exija cuidados especiais. O Ministério da Saúde lançou a Política de Humanização do Pré-Natal e Nascimento, em que se busca garantir o acesso e a qualidade do acompanhamento pré-natal, com humanização. Todas as Unidades Básicas de Saúde do SUS devem oferecer atendimento adequado com uma assistência médica frequente. As complicações da gestação, parto e puerpério (período que sucede o parto) constituem a décima causa de mortes em mulheres. Com um acompanhamento pré-natal e atenção ao parto adequado, consegue-se evitar a maior parte dessas mortes
Resumo:
Levando em conta os vários estudos e reflexões a respeito do novo modelo de assistência ao parto e nascimento (assistência humanizada), e trabalhando como enfermeira obstétrica em um Centro de Parto Normal, surgiu o questionamento a respeito desse conceito, devido às diversas conotações dadas a esse termo. Este artigo foi produzido com a finalidade de divulgar nossa proposta de substituição da expressão "assistência humanizada ao parto", por "assistência obstétrica centrada nas necessidades da parturiente", e de discorrer como essa assistência é prestada no Centro de Parto Normal do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (SP), que segue um protocolo de condutas obstétricas e normas preconizadas pelo Ministério da Saúde.
Resumo:
O tema da nossa investigação cinge-se à “Assistência Humanizada de Enfermagem no Trabalho de Parto”, entendida como uma premissa importante, útil e actual que determina uma maior confiança para com os serviços, maior procura para um parto institucional e a possibilidade de intervenção atempada, com consequente redução da morbilidade e mortalidade materna e neonatal. A introdução, trata do tema em estudo, objecto e objectivos encadeados com a pergunta de partida, e o problema que serviu de base de reflexão para o estudo, enquanto o segundo capítulo apresenta uma revisão da literatura, com abordagem dos conceitos mais importantes da concepção ao nascimento, da fecundação ao trabalho de parto e parto, salientando o conceito da humanização de cuidados de enfermagem no trabalho de parto e o papel do enfermeiro neste processo. O terceiro capítulo aborda questões de natureza metodológica, com definição do tipo de estudo realizado, as técnicas de pesquisa, métodos de recolha de dados, princípios éticos e também o meio em que o estudo foi desenvolvido assim como a selecção das participantes, ficando o capítulo quatro para referência à análise, interpretação e discussão dos dados. O quinto capítulo é dedicado às considerações finais e sugestões de proposta de melhoria da assistência humanizada de enfermagem no HBS. A problemática básica foi o facto de constatarmos que os cuidados humanizados tendem a ser remetidos para segundo plano, situação que levanta problemas éticos e de saúde a níveis vários relacionados com os cuidados a prestar à mulher nesse período tão importante do ciclo vital. Para se dar resposta à pergunta de investigação, definiu-se como objectivo geral a sistematização do conhecimento sobre a humanização na assistência ao parto normal e conhecimento do significado que este tem para as parturientes do HBS, nosso universo investigativo, dada a sua localização no Mindelo, Ilha de S. Vicente, Cabo Verde.
Resumo:
OBJETIVE: To evaluate the perception of Medical and Nursing students of Medicine and Nursing graduation courses at the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN), on obstetrics teaching and labor assistance in the context of the maternal care provided by the Maternity Hospital Januário Cicco (MEJC) and contribute to curricular updating planning of teaching obstetrics, in accordance with the principles of humanization. METHODS: It was conducted a study of cross-cutting approach and qualitative and quantitative descriptive method, with students in medicine and nursing of UFRN, who were attending or had been attended the midwifery disciplines medicine; and women's health in nursing. The data were collected through a questionnaire with objective and subjective questions, and stored in a database, spreadsheet software Excel / Office 2010 with all the variables. RESULTS: We interviewed 169 students, 118 of medical school and 51 from the nursing program, of which 46.75% were male and 53.25% female. The largest number of medical respondents is the 11th period (40.67%), and nursing, on 10, (43.15%). These students witnessed 1,073 births, and (61.8%) vaginal deliveries. The obstetricians were the most performed vaginal deliveries (40%). Nurses performed only (8.13%). The assistance provided to women during the process of labor and delivery, was configured as suitable for 87.58% of respondents and these glimpsed humane conduct. Students who performed deliveries, 76.27% were medical and 11.76% were nursing. All had guidance while doing them. A total of 19.50% medical students reported that there is a prejudice against vaginal delivery, particularly for the humanized birth, unlike all nursing students (100%) who reported that there is this prejudice. Most students (73%) showed preference for vaginal delivery, especially nursing students. On the knowledge of myths in relation to vaginal delivery, 60.35% answered that they know some. CONCLUSION: This study presents itself as a highly relevant, since the results may contribute to curricular changing and updating related to obstetrics teaching, but also serve as a resource for analysis of humanization practices that should be developed in educational institutions and which are recommended by the Ministry of Health.
Resumo:
O estudo buscou conhecer o que as adolescentes entendem como assistência adequada ao parto. Dados coletados através de entrevista individual com as adolescentes que tiveram seu parto em um Hospital Universitário do sul do Brasil, entre julho de 2008 e outubro de 2009Foi efetuada uma análise temática, que se baseou nas preconizações do Ministério da Saúde sobre o parto humanizado. Despontaram núcleos temáticos relacionados à necessidade de atenção, de orientação e de respeito. A atenção apareceu como elemento significativo e primordial, caracterizada pela compreensão, diálogo e participação ativa no processo de parir, assinalada pelo pronto atendimento às solicitações, compreensão pelo fato de desconhecerem as rotinas e procedimentos, interação com a equipe, sem serem simplesmente visualizadas como sujeitos passivos.
Resumo:
Neste estudo investigamos a assistência ao trabalho de parto no município de Londrina-PR, sob o recorte da decisão dos profissionais em prescrever jejum, enema e tricotomia. Os dados foram colhidos em cinco instituições, por meio de entrevistas com dez médicos obstetras, oito enfermeiras e uma obstetriz, em 2000. As entrevistas foram interpretadas por meio da análise do discurso, extraindo-se frases temáticas. O referencial teórico utilizado foi o materialismo histórico e dialético. A análise das frases identificou o processo de trabalho dessa assistência com seus elementos constituintes. O médico é o principal agente e único com poder de decisão. Tal poder é reforçado pelos instrumentos identificados - a prescrição médica, o trabalho das enfermeiras e o local de prática: o hospital. O saber que embasa essa prática é o modelo clínico, representado pelas intervenções não individualizadas que atendem antes às necessidades dos agentes do que às do seu objeto (a parturiente).
Resumo:
Este estudo teve como objetivo o processo de construção do significado de desmedicalização para enfermeiras obstétricas. Trata-se de pesquisa qualitativa baseada nos princípios da Grounded Theory. Os dados foram obtidos e analisados entre fevereiro e abril de 2006. Foram entrevistadas oito enfermeiras obstétricas atuantes no ensino, pesquisa e/ou assistência ao parto, que adotam a proposta desmedicalizadora como orientação da sua prática. A análise dos dados levou à construção de quatro categorias: refletindo sobre sua prática, caracterizando a prática obstétrica hospitalar como medicalizada, incomodando-se com a assistência medicalizada e identificando os princípios da desmedicalização, cuja integração permitiu identificar o processo construindo o significado de desmedicalização. O respeito à Fisiologia, bem como não usar desnecessariamente práticas intervencionistas como rotina constituíram princípios da desmedicalização. A reflexão sobre sua vida e a caracterização da prática obstétrica hospitalar, como medicalizada, fizeram parte do processo mental das enfermeiras na desconstrução das habilidades adquiridas no modelo biomédico.
Resumo:
Trata-se de reflexão acerca da tecnologia e da humanização do cuidado ao recém-nascido, tendo como preceito teórico o processo saúde-doença. São estabelecidos alguns paralelos entre as concepções de saúde e de doença, e suas influências em nosso modelo de agir e pensar nos espaços da assistência, como sujeitos do cuidado neonatal. O método mãe-canguru é apresentado como tecnologia relacional, que propõe o acolhimento da unidade família-bebê na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, valorizando as vivências e necessidades primordiais de afetividade e compreensão.
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde do Brasil recomendam o uso do partograma para acompanhamento do trabalho de parto. O objetivo do estudo foi analisar o uso de intervenções obstétricas, tipo de parto e resultados perinatais, segundo as zonas I, II e III do partograma. Estudo transversal realizado com 233 parturientes de baixo risco entre dezembro de 2004 e março de 2005 em uma maternidade pública de Itapecerica da Serra-SP. Foram utilizados os testes Qui-quadrado e Exato de Fischer para análise comparativa, adotando-se o valor de p=0,05. As práticas utilizadas nas diferentes zonas do partograma com significância estatística (p=0,05) foram: banho, movimento e deambulação (zona-III); rotura artificial de membrana (zona-II); ocitocina (zona-I). A cesariana ocorreu em 24,0% das parturientes na zona-III. As intervenções ocorreram em momento oportuno, apontando que partograma pode ser um instrumento norteador para adoção de intervenções no trabalho de parto.
Resumo:
O modelo de assistência ao parto e nascimento no Brasil tem sido tema de muitas discussões e estudos sobre a incorporação de práticas obstétricas que considerem a autonomia da mulher no processo de parturição. O modelo proposto pelas Casas de Parto configura-se como um cenário para esses cuidados. Este estudo voltou-se para a compreensão da vivência da mulher parturiente no contexto de uma Casa de Parto situada em São Paulo. Os dados foram coletados no período de março a outubro de 2007 e analisados à luz do referencial da Fenomenologia Social de Alfred Schütz. Sete mulheres participaram da pesquisa. Os resultados evidenciaram que a mulher que escolhe a Casa de Parto para dar à luz busca pelo cuidado humanizado e que nesse contexto ela passa por experiências positivas e negativas. Faz-se necessário discutir as políticas públicas de assistência ao parto, sua implementação e seu impacto sobre os indicadores de saúde perinatal.
Resumo:
Este estudo busca entender as justificativas dos trabalhadores de um Centro Obstétrico do Sul do Brasil para a utilização de práticas do parto normal consideradas prejudiciais pela Organização Mundial da Saúde. A pesquisa é do tipo exploratória, desenvolvida em julho de 2009, por meio de entrevista com 23 trabalhadores. Na análise, houve a conformação de três núcleos temáticos: Ações e condutas na dependência do trabalhador de saúde; Práticas rotineiras como facilitadoras do trabalho e Restrição da participação da parturiente no processo decisório. Algumas justificativas para o emprego das práticas: perpetuação de modelos inadequados, facilitação para a assistência no momento do parto e autoritarismo que alguns trabalhadores exercem sobre a parturiente por acreditarem serem detentores do conhecimento.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo identificar do ponto de vista teórico, as características do cuidado humanizado na assistência de enfermagem direcionada ao paciente oncológico. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online). Também foram utilizados livros e documentos voltados para humanização na assistência de enfermagem oncológica obtidos na Biblioteca “Jorge José Alves da Silva”, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. A seleção e análise dos artigos ocorreram no período compreendido entre os meses de março a outubro de 2012. Foram identificados um total de 21 artigos que atendiam aos critérios de seleção. A análise das informações foi realizada por meio da leitura exploratória dos artigos selecionados. A síntese dos dados foi realizada de forma descritiva. Foram identificadas três categorias temáticas que permitem concluir o seguinte: O câncer gera mudanças que interferem na vida da pessoa, não apenas físicas, mas sociais, espirituais e principalmente emocionais. É uma doença, ainda, percebida como um castigo e sinônimo de morte. O enfermeiro torna-se elemento fundamental no tratamento do paciente com câncer, e precisa de habilidades tanto técnico-científicas como de relações interpessoais. O cuidado ao paciente com câncer deverá considerar a humanização como premissa que sustenta o fazer na enfermagem. O cuidado humanizado na abordagem integral implica o envolvimento do “ser enfermeiro” que transcende o cuidado na relação com o paciente com câncer e sua família.
Parto natural, normal e humanizado : a polissemia dos termos e seus efeitos sobre a atenção ao parto
Resumo:
A presente dissertação foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Discute e analisa as concepções de parto natural, normal e humanizado, tomando como referência o Programa de Humanização do Parto e do Nascimento preconizado pelo Ministério da Saúde e os conteúdos das falas de profissionais da medicina e da enfermagem que atuam em um hospital-escola no interior do Rio Grande do Sul. O objetivo da investigação foi delimitar as convergências e conflitos de maior relevância que permeiam essas concepções dos diferentes tipos de parto para discutir alguns dos possíveis efeitos dessas formas de compreensão sobre a organização e a implementação da atenção ao parto humanizado nesse local. É um estudo qualitativo do tipo estudo de caso e inscreve-se na intersecção dos campos dos estudos culturais e de gênero com um recorte em saúde reprodutiva. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Os procedimentos de investigação envolveram análise de conteúdo de documentos federais (Programa de Humanização do Parto e do Nascimento) e de entrevistas semi-estruturadas com o conjunto de médicos/as e enfermeiras que atuavam no centro obstétrico no período de realização do trabalho de campo. A análise realizada evidencia convergências, ambigüidades, sobreposições e conflitos entre os três termos e no interior de cada um deles, indicando que essa polissemia tem efeitos diretos sobre a forma como o parto é implementado na instituição, assim limitando as possibilidades de mudanças objetivadas com a Política de Humanização.
Resumo:
A presente tese objetivou descrever como se articulam os saberes sobre a 'humanização' para compor políticas relacionadas à educação para o parto como uma das estratégias de educação da vida; de que modo são colocados em operação os poderes que 'humanizam' as políticas de educação para o parto, sua contingência e historicidade e a maneira como o parto 'humanizado' torna-se modo de ordenamento da vida. Conceitos construídos por Michel Foucault, entre os quais dispositivo pedagógico, humanização, sociedade disciplinar, disciplina, corpo, biopolítica, governamentalidade, poder e resistência foram utilizados como ferramentas para a composição do estudo. Os documentos analisados fazem parte da política de humanização do parto e nascimento editados pelo Ministério da Saúde do Brasil. A análise procurou evidenciar rupturas e continuidades nas práticas de parto e os modos pelos quais as sociedades, disciplinar e de controle, produzem formas de educação para fazer viver e deixar morrer. Para isso, buscouse, em momentos históricos diversos, descrições relacionadas às práticas de parto que ordenaram, de diferentes maneiras, os modos pelos quais o parto e o nascimento tornaramse dispositivos de disciplina, controle e gerência da população na atualidade.