999 resultados para Educação no século XIX


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O Patrimônio Cultural da Saúde consiste nos bens materiais e imateriais que expressam o processo da saúde individual e coletiva nas suas dimensões científica, histórica e cultural. Com a inserção do Brasil, através da COC-Fiocruz e do Ministério da Saúde, na Rede Latino-americana de Patrimônio Cultural da Saúde, iniciou-se o incentivo ao estudo da história da medicina e da arquitetura hospitalar, buscando também a proteção e a salvaguarda da memória das edificações hospitalares históricas. O século XIX foi marcado pela construção de várias edificações voltadas para o controle e reclusão dos pobres, essas instituições eram: a Casa de Correção, a Santa Casa da Misericórdia, o Hospício de Pedro II, o Asilo da Mendicidade e as Instituições de acolhimento de Menores. Dessas edificações destacam-se a Santa Casa da Misericórdia, o Hospício de Pedro II e o Asilo da Mendicidade que formam o Patrimônio Arquitetônico da Saúde tombado em nível federal. O Hospital da Santa Casa da Misericórdia foi construído em 1840-1852 sob os modernos preceitos da medicina do século XIX. A edificação até hoje mantém o uso hospitalar e apresenta um estado de conservação bom em seu exterior. Porém as condições internas foram consideradas ruins devido à falta de salubridade e higiene nos ambientes. O Hospital da Santa Casa é um Hospital de Referência, realiza atendimentos ambulatoriais, cirúrgicos e de internação. O Hospício de Pedro II foi criado para atender exclusivamente os alienados do Império. O estilo neoclássico e a monumentalidade da edificação o fizeram ser reconhecido como Palácio dos Loucos. O hospício funcionou até 1944 e quatro anos depois a edificação foi cedida à Universidade do Brasil, que adaptou sua arquitetura ao uso educacional. A edificação apresenta estado de conservação regular, com exceção da área central composta pela Capela que está ruim, devido ao incêndio de 2011. O Palácio dos Loucos tornou-se Palácio Universitário, modificando sua identidade através das mudanças que foram feitas em sua arquitetura. O Asilo da Mendicidade foi criado em 1876 para fechar o pentágono asilar. A edificação panóptica buscava a efetiva observação e controle dos internos. A edificação funcionou como Asilo para mendigos até 1920, quando transformou-se em Hospital de São Francisco de Assis. Posteriormente o hospital seria transferido para a Universidade do Brasil, que funcionou como hospital escola até 1978. O Hospital foi desativado e ficou sem uso por dez anos, quando enfim voltou a funcionar como um estabelecimento destinado aos mais pobres. O conjunto da edificação é o que apresenta o pior estado de conservação, considerado de ruim a péssimo. Comprovou-se com essa pesquisa que o mais importante para a preservação das características arquitetônicas e artísticas do bem é a manutenção do uso, seja ele qual for. Os novos usos devem ser adequados também às características e à capacidade da arquitetura em questão. Através de reformas e planos adequados, os hospitais oitocentistas, que hoje se apresentam como Patrimônio Arquitetônico da Saúde, podem manter um uso similar para o qual foi construído, como uma edificação voltada à promoção da saúde da população.

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Nos registros policiais e nas notícias de jornais baianos oitocentistas encontram-se referências à prisão de travestis (a maioria homens que se "vestiam de mulher"). Utilizando-se de relatos de cronistas e viajantes para situar os modos de vestir e trajar na cidade de Salvador, o autor analisa os casos de travestismo abordando alguns temas correlatos, como o da homossexualidade e aspectos da vida baiana oitocentista. O argumento é que o percurso do travestismo no Brasil oitocentista dependeu das interelações entre as diferenciações dos trajes e a normatização dos papéis sexuais.

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Tomando a etnografia de Theodor Koch-Grünberg como realização ideal do projeto científico da Völkerkunde (antropologia) alemã desde a sua invenção por Waitz e, principalmente, Adolf Bastian, até a sua auto-eliminação nos primórdios do Terceiro Reich, analisamos inicialmente as raízes desse projeto na filosofia alemã, desde Herder até a ruptura neokantiana entre as ciências naturais e sociais (ou culturais) na metade do século XIX. Em seguida mostramos que, transformados em programa etnográfico, os pressupostos epistêmicos da Völkerkunde eram, desde o início, condenados ao fracasso, não obstante os heróicos esforços como este de Koch-Grünberg.

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O artigo tem por objetivo apresentar os principais fatores desencadeadores e as formas de mobilização dos agentes envolvidos na “coligação de resistência” organizada, no final do século XIX, por chefes de Angoche, Sangage, Sancul, Quitangonha e dos grupos macua-imbamela e namarrais, às interferências da política colonialista portuguesa no norte de Moçambique, dando destaque para as dimensões das relações entre os diversos agentes históricos na região.

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Trabalho de Dissertação de natureza científica para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil na Área de Especialização em Estruturas

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Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil na Área de Especialização em Edificações

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Este artigo analisa brevemente a imagem de África nos escritores portugueses de oitocentos, particularmente em Eça de Queirós e João de Deus.

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As freguesias de Lisboa sofreram profundas alterações ao longo dos séculos XIX e XX. Não só foram alteradas em número, mas também na sua dimensão geográfica. A última grande reforma, datada de 1959, modificou de tal forma os contornos das freguesias lisboetas que inviabiliza a utilização dos contornos actuais para a realização de estudos no passado. Procurando dar resposta a esta problemática e com base em cartografia histórica, foram desenhadas as freguesias em três períodos (1826, 1852 e 1909) sendo incluídas num sistema de informação geográfica, o que possibilita não só a análise da evolução administrativa da capital, mas também o estudo de muitas variáveis históricas, de base paroquial, para todo o século XIX e início do século XX.

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Os dados do Censo de 1801 referentes à população que faltou à desobriga, ou seja, aqueles paroquianos que não cumpriram o preceito obrigatório da confissão por altura da Páscoa, proporcionam uma visão geral da quase totalidade do país, possibilitando o estudo das mentalidades religiosas, mas também do fenómeno migratório em Portugal, nos finais do Antigo Regime. No início do século XIX a quase totalidade da população portuguesa cumpria a sua obrigação pascal. Contudo, neste verdadeiro inquérito social que eram os róis de confessados havia uma pequena franja de homens e mulheres que, por motivos diversos, escapava à malha do enquadramento social, moral e religioso exercido pela Igreja. O Censo revela ainda a importância de uma mobilidade que levava um razoável número de pessoas a percorrer, na maioria, curtas distâncias, motivadas, em grande medida, por razões de subsistência e profissionais. Fosse para trabalhos agrícolas ou para exercer os mais diversos ofícios, passando inclusive pelas actividades comerciais, a mobilidade da população portuguesa, no início do século XIX, era um facto.