Religiosidade e mobilidade da população portuguesa no início do século XIX: as faltas à desobriga pascal em 1801


Autoria(s): Alves, Daniel
Data(s)

21/01/2011

21/01/2011

2003

Resumo

Os dados do Censo de 1801 referentes à população que faltou à desobriga, ou seja, aqueles paroquianos que não cumpriram o preceito obrigatório da confissão por altura da Páscoa, proporcionam uma visão geral da quase totalidade do país, possibilitando o estudo das mentalidades religiosas, mas também do fenómeno migratório em Portugal, nos finais do Antigo Regime. No início do século XIX a quase totalidade da população portuguesa cumpria a sua obrigação pascal. Contudo, neste verdadeiro inquérito social que eram os róis de confessados havia uma pequena franja de homens e mulheres que, por motivos diversos, escapava à malha do enquadramento social, moral e religioso exercido pela Igreja. O Censo revela ainda a importância de uma mobilidade que levava um razoável número de pessoas a percorrer, na maioria, curtas distâncias, motivadas, em grande medida, por razões de subsistência e profissionais. Fosse para trabalhos agrícolas ou para exercer os mais diversos ofícios, passando inclusive pelas actividades comerciais, a mobilidade da população portuguesa, no início do século XIX, era um facto.

Identificador

Alves, Daniel, “Religiosidade e mobilidade da população portuguesa no início do século XIX: as faltas à desobriga pascal em 1801” em Penélope, Revista de História e Ciências Sociais, n.º 28, 2003, pp. 31-55

0871-7486

http://hdl.handle.net/10362/4931

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openAccess

Palavras-Chave #História #Portugal #Século XIX #Religiosidade #Migrações #Censo populacional
Tipo

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