47 resultados para DCV
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Pós-graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica - FMB
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As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo e no Brasil. A dislipidemia é um dos principais fatores de risco associados a DCV, o descontrole no perfil lipídico impacta na aterosclerose e na diminuição da sobrevida. A dislipidemia pode ser tratada farmacologicamente ou através de medidas para mudanças do estilo de vida. O farmacêutico, como profissional da saúde especializado em medicamentos, está habilitado para solucionar Resultados Negativos associados a Medicação (RNMs), trabalhar na melhoria da adesão e na educação em saúde. Este estudo tem o objetivo de implementar um projeto piloto de acompanhamento farmacêutico em usuários com dislipidemia diagnosticada. Método: Foram selecionados 20 indivíduos com idade entre 40 e 64 anos, atendidos na unidade básica de saúde Parque São Paulo, do município de Araraquara- SP (Brasil) que eram diagnosticados com dislipidemia há pelo menos 3 meses e eram usuários de pelo menos um medicamento para tratamento da dislipidemia. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo controle, que não receberá intervenção farmacêutica e o grupo intervenção que receberá acompanhamento farmacêutico através do método Dáder, durante o período de 4 meses de estudo. Foram investigadas as variáveis sócio-demográficas, as relacionadas aos hábitos alimentares, as terapêuticas (uso de medicamentos, adesão terapêutica); Escala de auto-relato de adesão desenvolvida por Morisky. Os parâmetros bioquímicos/fisiológicos foram mensurados através do aparelho portátil Accutrend Plus(Roche) de medida do colesterol e triglicérides. Resultados: O presente estudo demonstrou que as intervenções farmacêuticas relacionadas ...
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Diabetes is a chronic disease that currently affects 171 million individuals approximately worldwide, with projection to reach 366 million people in 2030, increasing the prevalence of 2.8% in 2000 to 4.4%. The dyslipidemia is certainly one of the associated metabolic alterations most important, if we consider the main cause of death in Diabetes - the cardiovascular disease (CVD). One of the prevention and help factors in the Diabetes treatment and in the fall of associated complications is the physical exercise, which contributes to a better life quality to the diabetic. The main objective of the work was to evaluate the effect of a mixed physical exercises training program (aerobic/anaerobic with pause-active), including walking exercises, weightlifting and swiss ball, about possible changes in the blood lipid profile of adult individuals type 2 diabetics. The methodology used an experimental model of pre-test and post-test applied to the group. The data were first analyzed in a descriptive way for the normalization and the elaboration of averages and sample diversions. The sample was subdivided in two moments, being one pre and other post then weeks of training. After these procedures, the results of the values of the lipidic profile and glycemia were compared between the pairs pre and post training (test T Student, pair data), non-parametric. With the study, we can conclude that in despite of the low uptake of participants in the search, for reasons already cited, and the great age difference between them, the found results were partially satisfactory, because we achieved significant changes only in the glycemic variables, but we suggest future studies in the molds here proposed.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Este estudo teve por objetivo validar as características definidoras do diagnóstico de enfermagem "Comunicação prejudicada ao paciente submetido à laringectomia total." Para sua realização, optou-se pelo modelo validação de conteúdo diagnóstico (CDV) de FEHRING (1986, 1987). Coletaram-se os dados por meio de uma escala de freqüência do tipo Likert, composta por vinte e seis características definidoras da lista oficial da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e três características definidoras fictícias. Participaram do estudo vinte e seis enfermeiros assistenciais e docentes. Os resultados demonstraram uma CDV total de 0,84 para as características definidoras maiores e CDV total de 0,69 para as características definidoras menores. Reconheceu-se que o estudo validou as características definidoras preconizadas pela NANDA para o diagnóstico de enfermagem comunicação prejudicada.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passíveis de prevenção e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentração elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificáveis mais monitorados na prática clínica, embora não sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenções farmacológicas e nutricionais podem modular parâmetros oxidativos, físicos e estruturais das lipoproteínas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados às DCV, os lipídeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os ácidos graxos insaturados (ômega-3, ômega-6 e ômega-9) têm sido foco de inúmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementação com ômega-3, ômega-6 e ômega-9 sobre os parâmetros cardiometabólicos em indivíduos adultos com múltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prévio. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo clínico, randomizado, duplo-cego, baseado em intervenção nutricional (3,0 g/dia de ácidos graxos) sob a fórmula de cápsulas contendo: ômega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou ômega-6 (65 por cento de ácido linoleico) ou ômega-9 (72 por cento de ácido oleico). A amostra foi composta por indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertensão Arterial Sistêmica. Após aprovação do Comitê de Ética, os indivíduos foram distribuídos nos três grupos de intervenção. No momento basal, os indivíduos foram caracterizados quanto aos aspectos demográficos (sexo, idade e etnia) e clínicos (medicamentos, doenças atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e após 8 semanas de intervenção, amostras de sangue foram coletadas após 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipídico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoproteínas AI e B, ácidos graxos não esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, ácidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuição percentual da LDL (7 subfrações e fenótipo A e não-A) e HDL (10 subfrações). O efeito do tempo, da intervenção e associações entre os ácidos graxos e aspectos qualitativos das lipoproteínas foram testados (SPSS versão 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira análise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da análise de tendência linear ajustada pelo nível de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmático de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se também que o maior tercil plasmático de ácido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associação não foi observado quando foram avaliados os parâmetros dietéticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivíduos tabagistas suplementados com ômega-6 e ômega-3, observou-se que ômega-3 modificou positivamente o perfil lipídico e as subfrações da HDL. Nos modelos de regressão linear ajustados pela idade, sexo e hipertensão, o DHA plasmático apresentou associações negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do ômega-3 em indivíduos tabagistas e não tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmático de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfrações de HDL mais aterogênicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do ômega-3, ômega-6 e ômega-9 sobre os parâmetros cardiometabólicos. O ômega-3 promoveu redução no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e redução de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do ômega-3 foi reforçado pelo aumento na incorporação de EPA e DHA, no qual indivíduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adição, observou-se também que o elevado percentual plasmático de ômega-9 se associou com partículas de LDL menos aterogênicas (fenótipo A). CONCLUSÃO: Ácidos graxos plasmáticos, mas não dietéticos, se correlacionam com parâmetros cardiometabólicos. A suplementação com ômega-3, presente no óleo de peixe, promoveu redução no TG e melhoria nos parâmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefícios do ômega-3 foram particularmente relevantes nos indivíduos tabagistas e naqueles com menor conteúdo basal de EPA e DHA plasmáticos. Observou-se ainda que o ômega-9 plasmático, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfrações da LDL.
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
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The polycystic ovary syndrome (PCOS) is considered the most common endocrine disorder in reproductive age women, with a prevalence ranging from 15 to 20%. In addition to hormonal and reproductive changes, it is common in PCOS the presence of risk factors for developing cardiovascular disease (CVD) and diabetes mellitus, insulin resistance (IR), visceral obesity, chronic low-grade inflammation and dyslipidemia. Due to the high frequency of obesity associated with PCOS, weight loss is considered as the first-line treatment for the syndrome by improving metabolic and normalizes serum androgens, restoring reproductive function of these patients. Objectives: To evaluate the inflammatory markers and IR in women with PCOS and healthy ovulatory with different nutritional status and how these parameters are displayed after weight loss through caloric restriction in with Down syndrome. Methods: Tumor necrosis factor-alpha (TNF-α), interleukin-6 (IL-6) and C-reactive protein (CRP) were assessed in serum samples from 40 women of childbearing age. The volunteers were divided into four groups: Group I (not eutrophic with PCOS, n = 12); Group II (not eutrophic without PCOS, n = 10), Group III (eutrophic with PCOS, n = 08) and Group IV (eutrophic without PCOS, n = 10). The categorization of groups was performed by body mass index (BMI), according to the World Health Organization (WHO) does not eutrophic, overweight and obesity (BMI> 25 kg / m²) and normal weight (BMI <24.9 kg / m²). IR was determined by HOMA-IR index. In the second phase of the study a controlled dietary intervention was performed and inflammatory parameters were evaluated in 21 overweight and obese women with PCOS, before and after weight loss. All patients received a low-calorie diet with reduction of 500 kcal / day of regular consumption with standard concentrations of macronutrients. Results: Phase 1: PCOS patients showed increased levels of CRP (p <0.01) and HOMAIR (p <0.01). When divided by BMI, both not eutrophic group with PCOS (I) as eutrophic with PCOS (III) showed increased levels of CRP (I = 2.35 ± 0,55mg / L and 2.63 ± III = 0,65mg / L; p <0.01) and HOMA-IR (I = 2.16 ± 2.54 and III = 1.07 ± 0.55; p <0.01). There were no differences in TNF-α and IL-6 between groups. Step 2: After the weight loss of 5% of the initial weight was reduced in all of the components of serum assessed inflammatory profile, PCR (154.75 ± 19:33) vs (78.06 ± 8.9) TNF α (10.89 ± 5.09) vs (6:39 ± 1:41) and IL6 (154.75 ± 19:33) vs (78.06 ± 08.09) (p <0:00) in association with improvement some hormonal parameters evaluated. Conclusion: PCOS contributed to the development of chronic inflammation and changes in glucose metabolism by increasing CRP, insulin and HOMA-IR, independent of nutritional status. The weight loss, caloric restriction has improved the inflammatory condition and hormonal status of the evaluated patients.
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Metabolic syndrome (MS) is defined as a set of cardiovascular risk factors including obesity, systemic high blood pressure (SHBP), changes in glucose metabolism and dyslipidemia. The prevalence of MS in renal transplant recipients (RTR) ranges from 15% to 65%, increasing the risk of cardiovascular disease (CVD) and reducing renal allograft survival in the long term. The objectives of this study were to determine the prevalence and frequency of MS in renal transplant patients according to gender and time of transplantation and to evaluate renal function in patients with and without MS. Patients and Methods: Crosssectional study conducted from August 2012 to September 2013 involving 153 renal transplant recipients. MS was defined according to the National Cholesterol Education Program (NCEP) Adult Treatment Panel III (ATP III). The sample was divided into two groups: patients with metabolic syndrome (WMS patients) and patients without metabolic syndrome (WoMS patients) and according to gender. The WMS patients were stratified into quartiles according to the renal transplantation period (RTP), and variables related to MS were analyzed for both sexes. Results: MS was diagnosed in 58.1% of the studied population, specifically in MS was found 58.4% of men and 41.6% of women (P ˂ 0.05). The male and female with MS were 48.8 ± 11.6 years old vs. 47.1 ± 12.7 years old and the time of post transplantation was 76.1 ± 76.5 months vs. 84.7 ± 65.4 months, respectively (P >0,05). When we compared the sexes in the WMS group, systolic blood pressure (SBP) was higher in men (137.0 ± 18.1 vs. 128.9 ± 13.6 mmHg, P= 0.029), while the other components of MS did not exhibit significant differences. With respect to renal function, when we compared the sexes in the WMS group, the serum creatinine (sCr) was higher in men (1.73 ± 0.69 vs. 1.31 ± 0.47 mg/dL, P= 0.0012), while the urinary protein/creatinine ratio was higher in women (0.48 ± 0.69 vs. 0.37 ± 0.48 mg/dL, P=0.0150). We found no significant difference in the estimated glomerular filtration rate (eGFR) between WMS and WoMS patients for women and men (50.6 ± 19.1 vs. 50.1 ± 18.3 mL/min/1.73 m², P=0.909). We found a significant positive association between eGFR and HDL-c levels (r=0.3371; P=0.0145) for WMS men. The MS components showed no significant differences in RTP for different interquartile ranges, except for diastolic blood pressure (DBP) in women, where there was a significant variation among the quartiles evaluated (P=0.0009). Conclusion: the prevalence of MS was similar in the different quartiles in both sexes, in relation to time post TX. There was no significant difference in eGFR in patients WMS and WoMS, in both sexes. Concluding that the MS did not vary in relation to time post transplant.
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El gobierno colombiano ha financiado durante los últimos cinco años el déficit fiscal en gran medida con recursos provenientes del ahorro nacional, a través de emisiones de títulos en condiciones de rentabilidad innecesariamente altas, frenando la tendencia de disminución de tasas de interés internas. Adicionalmente, la estructura institucional gubernamental a través de la cual se realiza la colocación primaria y la negociación secundaria de dichos títulos, genera una competencia desigual que desplaza a los demás agentes económicos, especialmente el sector productivo, como captadores de recursos del mercado de capitales para financiar sus negocios. Lo anterior ha ocurrido en un período caracterizado por crisis del sector financiero y recesión económica.
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As doenças cardiovasculares (DCV), especificamente o enfarte agudo do miocárdio (EAM) são a primeira causa de morte no mundo. Em Portugal, a taxa de mortalidade por EAM tem vindo a diminuir. Contudo, este provoca ainda alterações significativas na qualidade de vida da pessoa, no seu autocuidado, na sua vida familiar, profissional e social, associando-se ainda a elevada morbilidade. É importante perceber como se processa a transição saúde-doença nestas pessoas e como os profissionais de saúde podem promover um adequado regresso a casa. Como questões de investigação deste estudo delinearam-se as seguintes: Que significados atribuem as pessoas com EAM internadas numa Unidade de Cuidados Intensivos Coronários (UCIC) à sua doença e ao seu internamento? Que dificuldades, medos e angústias sentem estas pessoas antes do regresso a casa? Para responder a estas questões desenvolvemos um estudo qualitativo com abordagem fenomenológica, com recurso ao modelo de análise proposto por Giorgi (Giorgi & Sousa, 2010). Participaram oito pessoas submetidas a cateterismo cardíaco pós EAM, selecionadas de forma intencional e entrevistadas no mínimo três meses após o procedimento. O estudo foi aprovado pela comissão de ética do CHUC (autorização n.º 054-13). Da análise das entrevistas resultou uma estrutura essencial de três temas relativos às vivências: a) do EAM, b) da hospitalização, c) do regresso a casa. Como constituintes chave no primeiro tema emergiram os sintomas do EAM, desvalorizados inicialmente mas que culminaram numa dor intensa, e ainda os sentimentos, inicialmente de choque e depois outros como o medo da morte. A hospitalização na UCIC foi vivida com limitações sentidas pela falta de informação, imobilização no leito e pela limitação no número de visitas permitidas. A valorização dos profissionais de saúde também foi muito mencionada, nomeadamente a rapidez de atuação, a competência e a segurança transmitida. A preparação do regresso a casa foi outro dos constituintes emergentes durante a hospitalização em que foi patente que nem todos os participantes tiveram a informação que esperavam. O último tema inclui precisamente as alterações decorrentes do EAM, nomeadamente a modificação dos fatores de risco (stress, alimentação, tabagismo, sedentarismo, adesão à terapêutica medicamentosa), a transição para a nova situação de saúde, caracterizada pela diminuição da capacidade física e pelo medo de recidiva. Por fim, os participantes referiram alterações nas relações pessoais, designadamente maior preocupação por parte dos outros e revalorização do valor da vida e das relações pessoais. Em síntese, verificou-se que o EAM é um acontecimento marcante, com todos os participantes a referirem alterações significativas, nomeadamente na modificação de comportamentos de risco, o que denota um processo de transição. O internamento foi vivido com um período de fragilidade em que os profissionais de saúde e a família desempenharam um papel essencial. A informação transmitida é extremamente relevante, sobretudo aquando da preparação para o regresso a casa, havendo ainda possibilidades de melhoria neste âmbito.
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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O fisioterapeuta é um profissional que presta serviços de saúde a indivíduos e populações com o objetivo de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional máxima ao longo da vida. Os programas de prevenção primária e secundária têm como principal objetivo a promoção da saúde, devendo centrar-se na consolidação da relação entre a saúde e os componentes fisiológicos da aptidão física relacionada com a saúde (ApFRS). O presente estudo teve como principal objetivo estimar a contribuição das caraterísticas individuais, dos componentes da ApFRS e da atividade física (AF) no estado de saúde de adultos jovens. Foram ainda objetivos do estudo avaliar a contribuição das caraterísticas individuais e de cada componente da ApFRS na ApFRS de adultos jovens e estudar as diferenças significativas entre os diferentes grupos género, tabagismo, hipertensão, dislipidémia, glicémia em jejum alterada, obesidade, sedentarismo, colesterol HDL elevado e estratificação do risco de doença cardiovascular (DCV) relativamente às variáveis correspondentes às caraterísticas individuais, estado de saúde e ApFRS. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 146 adultos jovens (idade 20,1 ± 2,4 anos, peso 61,8 ± 10,5 kg, estatura 165,3 ± 7,4 cm). O protocolo de avaliação incluiu o preenchimento de um questionário de caraterização e dos questionários MOS Short Form Health Survey – 36 Item (SF-36) e o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). A bateria de testes para avaliação da ApFRS incluiu a avaliação da composição corporal: rácio cintura/anca (RCA) e percentagem de massa gorda (%MG); aptidão cardiorrespiratória (ACR): teste do degrau (TD); força muscular: força de preensão manual (FPM); resistência muscular: teste de força de braços (TFB) e teste de força abdominal (TFA) e flexibilidade: teste do sentar e alcançar (TSA). RESULTADOS: Embora a AF seja preditora da qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS), só por si não explica muitas das suas dimensões. Os componentes da ApFRS mostram ser melhores preditores do estado de saúde do que o nível de AF. A AF afecta a ApFRS, mas esta é muito mais influenciada pelas caraterísticas individuais e pela inter-relação dos diferentes componentes da ApFRS. O género, dislipidémia, glicémia em jejum alterada sedentarismo, colesterol HDL elevado e estratificação do risco de DCV têm um efeito significativo sobre as caraterísticas individuais, QVRS e ApFRS. CONCLUSÕES: O fisioterapeuta deve individualizar e personalizar cada programa de exercícios em função de cada indivíduo ou população específica, com ou sem patologia associada, uma vez que as caraterísticas individuais, ApFRS e AF interferem no tipo de exercícios indicados para cada indivíduo, e consequentemente nos resultados esperados do plano de exercícios prescrito.