899 resultados para Baixada Fluminense (RJ) Condições sociais


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No presente trabalho, buscou-se identificar os conflitos de interesses existentes nos trs nveis do poder executivo que dificultam a gesto integrada de polticas pblicas voltadas para a recuperao ambiental dos rios urbanos, considerando-se, como rea de estudo, o Municpio de So Gonalo (RJ). A pesquisa exploratria consistiu em reviso bibliogrfica e trabalho emprico. No referencial terico de anlise, abordou-se a formao do Estado brasileiro, as polticas pblicas e as relaes de poder entre os agentes na tomada de deciso e na administrao da coisa pblica. Atravs de reviso na literatura, levantou--se o contexto histrico da ocupao e da degradao dos rios de So Gonalo e da Baixada Fluminense, os planos e projetos para o setor de saneamento da regio, bem como se empreendeu a compilao das normas legais pertinentes gesto do territrio, aos recursos hdricos e ao saneamento. O trabalho de campo consistiu em levantamento de dados sobre a degradao das bacias hidrogrficas no Municpio de So Gonalo e das inter-relaes existentes nas polticas pblicas referentes Regio Hidrogrfica da Bacia da Baa de Guanabara, onde o municpio em comento se insere. O estudo do caso evidenciou que a degradao dos rios urbanos resultante, entre outros fatores, da falta de articulao das trs esferas de governo, da descontinuidade das aes pblicas, de interesses polticos e financeiros desarticulados das demandas socioambientais, da falta de infraestrutura tcnica e financeira dos municpios, da pouca participao social no planejamento e tomada de decises face s relaes desiguais de poder, alm da inconsistncia e desarticulao dos planos e projetos governamentais, a exemplo dos planos diretores de uso ocupao do solo. Conclui-se ser fundamental o fortalecimento dos comits de bacia e das instituies que os integram, possibilitando a articulao entre as polticas pblicas municipais e as do governo estadual e federal, em relao s condicionantes ambientais, bem como ao uso do solo e ao saneamento. A soluo dos problemas relativos aos rios urbanos s ser possvel atravs da gesto integrada e participativa, envolvendo efetivamente os diferentes setores usurios da bacia hidrogrfica. O controle social das aes imprescindvel para manter a coerncia, a efetividade, a eficcia e a continuidade dos planos, projetos e polticas do Estado. Assim, poder ser contido o processo contnuo de degradao ambiental, em particular, dos recursos hdricos em bacias urbanas como acontece no Municpio de So Gonalo e em diversos outros municpios brasileiros. Espera-se que esse estudo contribua para o aprimoramento do conhecimento e de solues no que concerne morte iminente dos rios urbanos do pas.

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O presente trabalho tem como objeto de estudo homens e mulheres negros que estavam inseridos nos estratos mdio e alto da sociedade fluminense. O interesse que fundamenta a pesquisa compreender a trajetria social destas pessoas. Entender os caminhos que possibilitaram que elas estivessem presentes em nveis sociais pouco acessveis para a populao brasileira em geral, e para a populao preta e parda, em especial, um dos elementos centrais na perspectiva de mapear esta populao e os mecanismos sociais que possibilitaram romper com a histrica sobreposio entre cor e estrato social, caracterstica duradoura que as transformaes sociais e econmicas no foram capazes de alterar plenamente. Focado na compreenso das trajetrias neste grupo, compreendendo a origem de sua famlia e o percurso feito para a insero em uma posio de classe privilegiada ou reproduo desta posio herdada, o presente trabalho reconstri, atravs de entrevistas, a trajetria dessas pessoas, d acesso tambm ao conjunto das limitaes que, eventualmente, possam ter se colocado frente a eles. Ou, quando possvel, destaca os elementos importantes de uma configurao social que possibilitou esta insero privilegiada.

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Este estudo, que constitui minha Dissertao de Mestrado em Educao, descreve e analisa a histria, as concepes e as prticas poltico-pedaggicas dos Cursos Pr-Vestibulares Populares, tomando como base os dados colhidos atravs de anlise de documentos, observao e depoimentos das principais lideranas do Movimento Pr-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), movimento criado em 1993 na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O texto parte da discusso sobre a educao no atual contexto scio-poltico, identifica questes a serem aprofundadas sobre a relao entre movimentos sociais, educao e projeto poltico-pedaggico, examina as idias de democracia e cidadania, incorporando os conceitos de autonomia, identidade e interculturalismo, descreve a histria dos Cursos Pr-Vestibulares Populares no Estado do Rio de Janeiro, os princpios e as prticas presentes no Pr-Vestibular para Negros e Carentes. O objetivo principal do estudo foi analisar a relao entre Movimentos Sociais, Cidadania e Educao, investigando a prtica poltico-pedaggica dos cursos Pr-Vestibulares Populares, especificamente do Pr-Vestibular para Negros e Carentes. Alm disso, e estudo tenta verificar as possibilidades dos Cursos Pr-Vestibulares Populares como movimento de construo de relaes educacionais democrticas.

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A presente pesquisa tem como enfoque a ao educativa do movimento negro no Brasil constitudo na base catlica. Os marcos temporais e espaciais se localizam entre 1988 e 2000 na Diocese de Duque de Caxias e sua parquia em So Joo de Meriti, ambas situadas na Baixada Fluminense, regio metropolitana do Rio de Janeiro. A escolha do ano de 1988 se deve ao papel protagonista que os atores coletivos tiveram na Campanha da Fraternidade da CNBB (Confederao Nacional dos Bispos do Brasil) no ano de 1988, centenrio da abolio da escravatura no Brasil. A principal fonte pesquisada o peridico diocesano Pilar, publicado em Duque de Caxias desde 1990 apontou que, ao longo da dcada em estudo, o movimento negro de base catlica operou prticas formativas que buscavam alcanar a conscincia da negritude no mundo leigo e eclesial. Os movimentos sociais unem a intencionalidade poltico-formativa ao projeto de transformao de realidades e, neste sentido, a construo do conhecimento atua para a emancipao dos atores. A luta anti-racista, que ainda afeta patrimnios sociais e culturais, empreendeu uma ao contra-hegemnica interior e exterior Igreja Catlica, aqui analisada luz do jornal Pilar.

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O aleitamento uma prtica humana reconhecida como um direito social, e como tal um direito de todos que deve ser garantido pelo Estado. Apesar desse entendimento presente no arcabouo jurdico, como na Constituio Federal e no Estatuto da Criana e do Adolescente ainda h muitas mulheres e crianas privadas desse direito devido s estruturas organizacionais presentes nos equipamentos sociais, pblicos e privados, que deveriam contemplar a condio feminina e proteger o livre exerccio do aleitamento materno e no o fazem. O presente estudo buscou compreender a prtica da amamentao de mulheres residentes na Regio Metropolitana I (Baixada Fluminense), estado do Rio de Janeiro, em seu contexto social, poltico e econmico. O estudo se apoiou no conceito de privao (excluso e incluso injusta) da teoria de justia de Amartya Sen. Utilizou-se a pesquisa qualitativa, o grupo focal como tcnica de coleta de dados e a hermenutica-dialtica como mtodo de anlise. A etapa de campo foi realizada em trs municpios da regio estudada e ao todo foram realizados cinco grupos focais. Os sujeitos do estudo foram 29 mulheres com idade entre 17 e 49 anos, residentes na regio e que vivenciaram a amamentao em condições de algum tipo de privao de direitos. Como resultado do estudo foram construdas duas categorias: 1. Instituies e desigualdades: a experincia da mulher que amamenta, e 2. Posicionalidade e condio de agente: amamentao como uma prtica feminina. A primeira categoria se ocupou de descrever o direito como se apresenta na realidade concreta das mulheres que amamentam; a segunda categoria traz uma reflexo sobre o lugar que a mulher ocupa afetando sua condio de agente. A escolha de Amartya Sen como terico para compreender a prtica da amamentao de mulheres que vivenciam privaes encontra identificao neste estudo, por se tratar de uma teoria de justia que parte das injustias impactantes e no de teorizaes acerca da economia e dos sistemas polticos. Sendo as pessoas o foco da ateno, o autor est interessado na eliminao ou minimizao dos efeitos das injustias sentidas por estas e que tanto afetam seu desenvolvimento. No h como chegar justia sem falar em instituies justas, uma vez que o alargamento das liberdades como fundamento da justia requer de igual forma a ampliao das oportunidades e nessa questo as polticas pblicas tm importante contribuio a dar efetivao dos direitos e reduo das desigualdades. Cabe, portanto, aos diferentes atores sociais o enfrentamento das iniquidades por meio de maior participao poltica e social numa perspectiva de agncia em que se busca transformao no coletivo e para o coletivo e no apenas na perspectiva de bem-estar, paciente das benesses dos programas sociais.

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Em 1989, aps expressiva mobilizao social organizada e liderada por ambientalistas e moradores da regio, com o apoio de universidades como a UFRRJ e a UFRJ, alm de entidades da sociedade civil da Baixada Fluminense, o governo Jos Sarney, atravs de um decreto federal datado de 23 de maio de 1989, transformou o Tingu em Reserva Biolgica, cujo objetivo a proteo de amostra representativa da Mata Atlntica e demais recursos naturais nela contidos, com especial ateno para os recursos hdricos, alm de proporcionar o desenvolvimento de pesquisas cientficas e educao ambiental. At aquela data, tais florestas eram consideradas como Florestas Protetoras de Mananciais em razo do potencial hdrico ali existente. As questes postas pelos atores, e que teriam motivado a associao, segundo o relato de moradores participantes do movimento, giram em torno prioritariamente, da proteo da diversidade biolgica, a represso s aes lesivas preservao, a punio de crimes ambientais, mas acima de tudo partem em principal da ausncia do poder pblico na regio para prover servios bsicos de abastecimento de gua e saneamento. Nota-se ainda na fala dos moradores do Tingu a queixa da precariedade dos recursos financeiros, materiais e humanos para implementar aes para a gesto e a atividade de moradores com prticas agrcolas cuja percepo da floresta protegida parece ser a de restrio do uso. Este trabalho pretende compreender a relao entre histria socioambiental e conflito a partir da participao dos moradores do Tingu no processo de debates e de mobilizao que contribuiu para institucionalizao da Reserva Biolgica do Tingu, buscando desvelar as motivaes para a participao por meio da anlise das matrias publicadas em dois jornais locais de Nova Iguau: O Correio da Lavoura e o Jornal de Hoje, sendo o primeiro um semanrio e o outro dirio em circulao na Baixada. Alm disso, utiliza-se como fonte o relato do vivido, os testemunhos elaborados por moradores locais selecionados, avaliados por meio da metodologia de Histria Oral, como via importante para a compreenso da leitura elaborada por esses atores sociais marginalizados

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Falar hoje da Baixada Fluminense falar de misria e violncia, duas representaes arraigadamente presentes no dia a dia dos sujeitos moradores da regio. A Baixada miservel e violenta porque assim o seriam seus moradores. Estas imagens, que se foram colando realidade, dando-lhe afeio de verdadeira e absoluta, conformam o imaginrio que a historiografia oficial utiliza para apresentar o quadro da regio. E neste cenrio que uma face oculta revela-se, mostrando outras imagens, experincias e aes, especialmente a partir dos anos 70. Tambm na Praa da Bandeira, localizada em So Joo de Meriti, um dos municpios da Baixada Fluminense, surge no cenrio pblico, atravs de prticas sociais e polticas, sujeitos coletivos com idias, opinies, vontades e propostas de solues para os seus diversos problemas. Prticas moleculares, agora transformadas em prticas coletivas maiores, dando origem a outro imaginrio sobre sua realidade e sua hist6ria. Ao longo das duas ltimas dcadas foram sendo desenvolvidas experincias exemplares, como a organizao dos Clubes de Mes, a luta pelo transporte e saneamento bsico e a implantao de um jardim de infncia. Passo a passo o movimento organizado foi alterando-se, multiplicando-se e transformando seus protagonistas em sujeitos coletivos, construtores de um novo campo da poltica, de um novo "fazer-se" enquanto sujeito de uma classe social. Ao se forjarem como sujeitos coletivos, os moradores vivenciaram prticas de solidariedade e resistncias, sedimentadas em espaos mltiplos, configurados pela sua continua e permanente organizao.

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Reconhecendo, a partir da constatao emprica, a multiplicidade de escolhas de crenas no Mundo e em particular na periferia urbana paulistana, reconhecemos, tambm, a emergncia criativa de novas possibilidades de crer e no crer. Tal amplitude no apenas aponta para o crer (segundo as ofertas de um sem nmero de religies) e o no crer (ateu e agnstico), mas para uma escolha que poderia vir a ser silenciada e esquecida, neste binmio arcaico e obsoleto, quando algum se d liberdade crer sem ter religio. Reconhecer interessadamente os sem-religio nas periferias urbanas paulistanas dar-se conta das violncias a que estes indivduos esto submetidos: violncia econmica, violncia da cidadania (vulnerabilidade) e proveniente da armas (grupos x Estado). Tanto quanto a violncia do esquecimento e silenciamento. A concomitncia espao-temporal dos sem-religio nas periferias, levou-nos buscar referncias em teorias de secularizao e de laicidade, e, a partir destas, traar uma histria do poder violento, cuja pretenso a inelutabilidade, enquanto suas fissuras so abertas em espaos de resistncias. A histria da legitimao do poder que se quer nico, soberano, de carter universal, enquanto fragmenta a sociedade em indivduos atomizados, fragilizando vnculos horizontais, e a dos surgimentos de resistncias no violentas questionadoras da totalidade trgica, ao reconhecer a liberdade de ser com autonomia, enquanto se volta para a produo de partilha de bens comuns. Propomos reconhecer a igual liberdade de ser (expressa na crena da filiao divina) e de partilhar o bem comum em reconhecimentos mtuos (expressa pela ao social), uma expresso de resistncia no violenta ao poder que requer a igual abdicao da liberdade pela via da fragmentao individualizante e submisso inquestionvel ordem totalizante. Os sem-religio nas periferias urbanas, nossos contemporneos, partilhariam uma tal resistncia, ao longo da histria, com as melissas gregas, os profetas messinicos hebreus, os hereges cristos e os ateus modernos, cuja pretenso no o poder, mas a partilha igual da liberdade e dos bens comuns. Estes laicos, de fato, seriam agentes de resistncias de reconhecimento mtuos, em espaos de multiplicidade crescente, ao poder violento real na histria.

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A variabilidade espacial de atributos fsicos, qumicos, biolgicos ou pedogenticos citada como responsvel por padres encontrados na distribuio do C e nutrientes do solo. Numa toposseqncia tpica da Baixada Fluminense (Planossolo Hplico - PL, Argissolo Amarelo - AA e Argissolos Vermelho-Amarelos - AV1 e AV2), buscou-se avaliar a influncia da paisagem na distribuio de atributos qumicos e no uso da gua e o crescimento do Eucalyptus urophylla. Amostras de solo foram coletadas ao acaso em trs locais da toposseqncia, para caracterizao da sua fertilidade, enquanto outras foram retiradas de trincheiras nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, para avaliao do estoque de C. A circunferncia altura do peito (CAP) e a altura (ALT) e anlise isotpica do ?13C de tecido foliar de plantas em cada tero da paisagem foram tambm avaliadas como parmetros de crescimento e de eficincia do uso da gua. Embora a fertilidade do solo tenha se relacionado com o material parental local, o crescimento do eucalipto parece estar mais relacionado com a dinmica de gua na paisagem que com a maioria dos atributos qumicos do solo, pois os maiores valores de CAP e ALT foram encontrados nos teros mdio e inferior da toposseqncia, menos frteis. Os valores de ?13C de amostras foliares de eucaliptos dos teros superior e inferior fortalecem essa hiptese. Os estoques de C dos solos (4,75 kg m-2 para o PL, 4,63 kg m-2 para o AA, 2,93 kg m-2 para o AV2 e 2,60 kg m-2 para o AV1) se relacionaram com as diferenas na densidade do solo, conseqncia da prpria mineralogia. Dessa forma, conclui-se que o relevo tem forte influncia sobre os atributos qumicos do solo, embora haja evidncias de o crescimento do eucalipto se relacionar com a disponibilidade de gua no solo.

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A Ateno Primria Sade - APS reconhecida como o nvel fundamental e porta de entrada do sistema de ateno sade, sendo o lugar adequado onde pode ser atendida e resolvida a maior parte dos problemas de sade. considerada pela OMS como a principal proposta de modelo assistencial. Essa importncia da APS leva a necessidade de pesquisas avaliativas dos seus resultados para adequao e melhoria de polticas e planos de ao delineados em relao mesma. Pesquisas internacionais e nacionais so realizadas, nas quais indicadores relativos s atividades hospitalares esto sendo empregados com o objetivo de medir resultados como efetividade e acesso da APS. Um desses indicadores, desenvolvido por John Billings da Universidade de Nova York, na dcada de 90, consiste nas condições pelas quais as internaes hospitalares por Condições Sensveis Ateno Ambulatorial (CSAA) deveriam ser evitadas caso os servios da APS fossem efetivos e acessveis. Utilizando-se o SIH-AIH/2008 e a lista brasileira de Internaes por Condições Sensveis a Ateno Primria, publicada em 2008, a proposta do presente trabalho a de estudar os cuidados primrios sade baseando-se nas ICSAA, na rea urbana da cidade de Juiz de Fora-MG. Buscou-se responder sobre os efeitos que ocorrem nessas internaes a partir das caractersticas individuais dos pacientes, das caractersticas das Unidades Bsicas de Sade-UBS (infraestrutura, produo e modelos assistenciais) e das condições scio-econmicas/ambientais das reas cobertas por UAPS e descobertas (sem UAPS), com a utilizao de modelos multinveis logsticos com intercepto aleatrio. Buscou-se conhecer, tambm, a distribuio espacial das taxas padronizadas por idade das ICSAA nessas reas e suas associaes com as variveis contextuais, utilizando-se ferramentas da anlise espacial. Os resultados do presente trabalho mostraram que a porcentagem de internaes por CSAA, foi de 4,1%. Os modelos assistenciais ESF e o Modelo Tradicional, base da organizao da ateno primria no Brasil, no apresentaram no municpio, impacto significativo nas ICSAA, somente na forma de reas descobertas tendo como referncia as reas cobertas. Tambm no foram significativas as variveis de infraestrutura e produo das UAPS. Os efeitos individuais (idade e sexo) nas ICSAA foram significativos, apresentando probabilidades de significncia menores que 1%, o mesmo acontecendo com o ndice de Desenvolvimento Social-IDS, que contempla as condições sociais, econmicas e ambientais das reas analisadas. A distribuio espacial das taxas padronizadas por idade apresentou padro aleatrio e os testes dos Multiplicadores de Lagrange no foram significativos indicando o modelo de regresso clssico (MQO) como adequado para explicar as taxas em funo das variveis contextuais. Para a anlise conjunta das reas cobertas e descobertas foram fatores de risco: a varivel econmica (% dos domiclios com renda at 2 SM), reas descobertas tendo como referncia as reas cobertas e a regio nordeste do municpio. Para as reas cobertas as variveis de produo das UAPS, econmica e a regio nordeste apresentaram como fator de risco para as taxas de internao por CSAA.

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O estudo epidemiolgico transversal randomizado objetivou avaliar condições de sade bucal nos competidores dos XV Jogos Pan-Americanos (JPA) e III Jogos Parapan-Americanos (JPPA), 2007. Foram enviados convites para 5.662 atletas (JPA) e 1.300 (JPPA). Radiografias panormicas digitais (RPD) foram utilizadas para o exame de triagem nos 2 eventos, e nos JPPA, os atletas tambm foram submetidos avaliao do sangramento gengival interdental (SI) atravs de uma verso modificada do ndice de Sangramento Interdental de Eastman (EIBI). Foram obtidas RPDs de 410 atletas dos JPA, mdia de idade 24,38 (dp5,35), 55% homens; e de 118 dos atletas dos JPPA, mdia de idade de 32,3 (dp9,53), 77,97% homens. 121 competidores (JPPA) foram avaliados para SI: 78,51% homens, mdia de idade 32,6(dp9,6), e foram separados em grupos (G), conforme sua deficincia fsica: GI c/ deficincia visual (DV), com 2 subgrupos: GI-a: DV tardia e GI-c-: DV congnita/precoce; GII- deficincia de membro superior; com 1 subgrupo: GII-t: deficincia/ausncia bilateral; GIII- deficincia de membro inferior (grupo controle). As RPDs foram examinadas por 1 examinador com o Kodak Dental Imaging(v6.7). A frequncia e a distribuio do SI foram calculadas, e os grupos foram comparados. Resultados da triagem com RPDs, representados por nmero de observaes(mdia por atleta) JPA//nmero de observaes(mdia por atleta JPPA: Dentes erupcionados/ hgidos: 9097(22,19)//2451(20,77); Ausentes: 803(1,96 //405(3,43); No erupcionados ou impactados: 330(0,80)//52(0,44); Parcialmente erupcionados e/ou hgidos: 109(0,27)//20(0,17); Crie extensa: 261(0,64)//62(0,53); Crie extensa e leso periapical: 96(0,23)//50(0,42); Tratamento endodntico e leso periapical: 24(0,06)//13(0,11); Restaurados: 2298(5,60)//670(5,68); Imagens radiolcidas patolgicas circunscritas: 23(0,06)//0; Razes-residuais: 27(0,07)//22(0,19); Implantes:6(0,01)//5(0,04); Dentes anteriores fraturados: 13 (0,03)//3(0,03); Molares bandados: 26(0,06)//11(0,09); Dentes anmalos: 7(0,02)//12(0,10). Resultados para SI: G-I>G-III (p=0.0002);GI-c>GI-a (p=0,042). Homens exibiram > freqncia de SI (3,6%+1,7) que mulheres (0,8%+0,5), p<0,01. Concluses: Os dados das 2 populaes de atletas mostraram que h uma grande variao na sade bucal entre os indivduos avaliados. Diversas condições com potencial de influenciar o desempenho esportivo dos atletas foram detectadas atravs de radiografias panormicas digitais, sugerindo que um programa de sade bucal deve ser includo como parte da preparao destes indivduos.A avaliao da frequncia e distribuio de sangramento gengival interdental em uma populao de atletas que competiu nos III Jogos Parapan-Americanos, revelou que o tipo de deficincia ou limitao fsica dos competidores um fator que influencia na sade gengival desses indivduos. O planejamento de um programa de sade bucal para esta populao deve ser adaptado s diferentes limitaes de cada atleta.

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Esta dissertao tem como objeto a incorporao do tema Diversidade tnico-Racial e Cultural na formao docente para a Educao Infantil na Periferia. A partir da problematizao do cotidiano enfocou-se questes como Racismo e Preconceito e a forma como so abordadas junto Infncia Pequena. Nesta pesquisa buscou-se analisar o desenvolvimento do Programa Nova Baixada de Educao Infantil e refletir sobre o lugar que ocupa nas polticas educacionais, tendo como campo de investigao a Baixada Fluminense. Orienta pelo propsito de compreender de que forma as discusses tnico-raciais e a diversidade cultural esto ou no inseridas nos espaos de formao adotou-se, metodologicamente, uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva. As tcnicas privilegiadas foram: anlise documental, entrevistas estruturadas e semi-estruturadas. Os sujeitos da investigao foram docentes e gestores de instituies nas quais se implementaram o PNB, a saber: Creche Margarida da Silva Duarte e Vereador Nilo Dias Teixeira, ambas no bairro da Chatuba, em Mesquita, municpio emancipado da cidade de Nova Iguau em 1999. Fez-se levantar e analisar as contribuies da formao docente no processo de pensar o fazer educativo. O referencial terico se fundamenta nos estudos de Trindade, Silva, Kramer, Faria, Lino e Hasenbalg que abordam o tema relaes tnico-racial na educao infantil. Atravs de nossa pesquisa observou-se que h escassez de trabalhos que discutem essa questo, como tambm, nas matrizes curriculares dos cursos de formao de professores, onde a Educao Infantil ocupa um espao de penumbra como objeto de reflexo. Por fim, conclui-se que o meio acadmico se volta, predominantemente, para os aspectos desenvolvimentistas da formao infantil, relegando ao segundo plano, a discusso sobre a diversidade cultural, tnica e racial. No tocante s polticas pblicas indicamos a pertinncia da reviso, pelo Poder Pblico, dos critrios que orientam a definio de prioridades e que na prtica se traduzem de modo muito limitado frente s conquistas mais recentes dos direitos de todas as crianas de 0 a 6 anos, entre eles, os de freqentar creches e pr-escolas, lugar seu conquistado.

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O estudo tem como objetivo compreender as alteraes socioambientais e econmicas que exercem grande presso no ecossistema e que atuam diretamente na vida, trabalho e sade dos pescadores artesanais e dessa forma promover a discusso sobre a possibilidade do fim dessa atividade artesanal na Baa de Guanabara em um contexto de vulnerabilidade e injustia ambiental. A atividade pesqueira artesanal desenvolvida durante dcadas est ameaada de acabar principalmente por conta da degradao do ambiente e consequentemente da diminuio progressiva da pesca. Essa situao tem conseqncias sociais, econmicas e ambientais, pois so diferentes comunidades instaladas no entorno da baa que ainda sobrevivem da atividade pesqueira. O estudo tem carter exploratrio e descritivo com metodologia quanti-qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas em diferentes comunidades pesqueiras da Baa de Guanabara. Foram selecionados trs municpios (So Gonalo, Itabora e Mag) entrevistando 100 pescadores e catadores de caranguejo que responderam a questes sobre o trabalho, a vida e a sade. Como resultados foi possvel construir indicadores socioambientais que apontam para a extrema vulnerabilidade das comunidades pesqueiras da regio. necessrio que espaos de discusso sejam fortalecidos com a mobilizao e atuao das comunidades pesqueiras, para busca da revitalizao da baa e uma melhor qualidade de vida da populao

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Investiga-se, neste trabalho, a partir de uma anlise de gnero, os discursos dos movimentos esprita e anarquista acerca das mulheres, no perodo de 1889 a 1922, no Rio de Janeiro, especificamente no que se refere a uma possvel relao entre eles. No perodo de anlise, ambos os movimentos encontravam-se em constituio no Brasil, lutando por legitimao e reconhecimento social, sendo seus seguidores perseguidos, presos e patologizados por seus discursos questionadores da ordem vigente. Entretanto, mais que seu sucesso ou no na transformao social, o que aqui se prope uma investigao acerca das formas pelas quais esses movimentos podem ter se relacionado e seus discursos, especialmente no caso da mulher, podem t-los aproximado. Ou seja, questionar a oposio religio e poltica, e inserir uma anlise de gnero em campos nos quais essa ferramenta , ainda, raramente utilizada. Investigar como se apresentavam as questes de gnero nas prticas desses movimentos, tentando resgatar os fios que compem a trama histrica dos mesmos, procurando entender a legitimao do espiritismo brasileiro no circuito religioso e a desqualificao do anarquismo no circuito dos movimentos polticos. As razes que justificam a escolha do espiritismo e do anarquismo para este trabalho devem-se, sobretudo, a uma singularidade: ambos apresentavam discursos sobre a mulher destoantes dos hegemnicos. Em seus pressupostos, encontra-se uma postura diferenciada em relao mulher, na qual a ideia da igualdade entre os sexos assume um papel relevante, no seguindo a tendncia de atribuir s mulheres um lugar de submisso e silncio. Espritas e anarquistas se posicionaram contrrios aos discursos que tentavam manter a legitimidade da submisso da mulher ao homem. Contudo, verifica-se que, no Brasil, tanto o espiritismo quanto o anarquismo construram discursos prprios ao contexto brasileiro, indo ao encontro dos pressupostos hegemnicos naquele perodo, sobretudo, acerca da mulher e das relaes de gnero. Atravs de uma anlise da histria dos movimentos esprita e anarquista, notadamente, de sua chegada e difuso no campo social brasileiro, constata-se que a historiografia produziu um discurso que legitimou a excluso das mulheres desses movimentos naquele momento, produzindo uma trama ainda bastante marcada pelo silenciamento das prticas femininas. A perspectiva terico-metodolgica deste trabalho se insere no campo da historiografia, mais especificamente da nova histria: histria cultural, histria das mulheres e das relaes de gnero, com ateno s produes da historiografia contempornea sobre o perodo e as implicaes de suas anlises para as concluses difundidas sobre a ausncia feminina nesses movimentos.

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Esta tese objetiva estudar o encontro dos jovens com o mundo do trabalho a partir de sua passagem por um programa de aprendizes em uma grande empresa privada brasileira com sede no Rio de Janeiro. Fazem parte do programa de aprendizes dessa empresa jovens entre 15 e 21 anos de ambos os sexos que moram em regies diferentes do Estado, em geral na Baixada Fluminense ou em favelas cariocas pertencentes a famlias de baixa renda. Busca-se refletir sobre as questes que emergem no encontro dos jovens com o universo organizacional assim como compreender os significados concedidos por eles ao trabalho no que se refere s suas expectativas de futuro e aos seus projetos de vida. Parte-se da compreenso de que vivenciamos um momento de crise no qual toda a sociedade vem sofrendo profundas transformaes com impactos diversos para os sujeitos contemporneos e para a produo de subjetividades. A juventude, em especial, vem sendo atingida diretamente por esse cenrio fazendo com que a passagem para a vida adulta seja um desafio. Nesse sentido, o governo brasileiro vem desenvolvendo polticas pblicas voltadas para a juventude, dentre as quais a Lei de Aprendizagem faz parte. Esta foi criada pelo Ministrio do Trabalho e do Emprego visando apoiar o jovem em sua insero no mercado de trabalho e estabelece que organizaes tanto pblicas quanto privadas devem contratar obrigatoriamente um percentual de moas e rapazes entre 14 e 24 anos em regime especial de aprendizagem para conceder-lhes formao tcnico-profissional. Para alcance dos objetivos da tese, foi realizada ampla pesquisa qualitativa de campo ao longo dos anos de 2010 e 2011 na qual foram utilizados instrumentos diversos para a coleta de dados: entrevistas individuais, focus group, observaes e intervenes de campo que se concentraram na seleo dos aprendizes, em algumas aes de treinamento pelo qual passaram e no seu dia a dia de aprendizado na empresa. Os dados mais significativos coletados em campo foram analisados a partir de referncias terico-bibliogrficas da Psicologia e de outras reas de saber das Cincias Humanas e Sociais que dessem suporte sua compreenso. Como alguns dos principais resultados obtidos na pesquisa, pode-se destacar que a ocupao profissional para a qual os jovens so preparados durante sua formao no programa de aprendizado no est necessariamente vinculada aos desejos de carreira que possuem para seu futuro. Os projetos de vida que denotam a busca por estabilidade so pautados em carreiras que requerem a realizao do ensino superior. O encontro dos jovens com o universo da empresa no simples, requer a aprendizagem de formas de falar e de se portar que so bem-vindas ou no. So essas formas de saber assim como o sentido de responsabilidade que ganham ao terem tarefas a realizar os principais aprendizados que os jovens carregam da experincia vivida. Por outro lado, a empresa ainda possui dificuldades para lidar com esses jovens percebendo-os a partir de esteretipos ligados s suas origens socioeconmicas que acabam por gerar mecanismos de desenvolvimento com teor civilizatrio.