997 resultados para Mulheres Condições sociais


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OBJETIVO: Analisar determinantes sociais da iniciao sexual precoce de jovens pertencentes a uma coorte de nascimentos. MTODOS: Foram entrevistados em 2004-5 os indivduos da coorte de nascimentos de Pelotas (RS), em 1982 (N=4.297). A iniciao sexual precoce (<13 anos) foi o desfecho. Anlises descritivas e estratificadas foram realizadas segundo o sexo. As variveis analisadas foram renda familiar em 1982, cor da pele, escolaridade do jovem e mudana de renda (1982-2004-5). Usaram-se dados etnogrficos para complementar a anlise dos resultados. RESULTADOS: A prevalncia de iniciao sexual precoce foi maior para homens com cor da pele preta/parda, baixa escolaridade, renda familiar baixa em 1982 e em 2004-5. As exigncias para que os papis sexuais masculinos mais tradicionais (virilidade, iniciativa sexual) mostraram ter maior repercusso e adeso desde cedo no grupo dos homens. Jovens mulheres de famlia com maior renda e de maior escolaridade tenderam a postergar a iniciao sexual. Os reflexos da imposio de valores culturais tradicionais mostraram-se importantes para a iniciao sexual precoce em homens e mulheres, ambos com menor escolaridade e renda. CONCLUSES: Os resultados encontrados recolocam o fator econmico como determinante dos comportamentos ou dos usos da sexualidade para ambos os sexos. Concentrar esforos polticos que incentivem a populao menos privilegiada economicamente a ter chances e perspectivas futuras igualitrias uma estratgia importante para desfechos em sade.

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Trabalho apresentado em XIII Congreso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagoxa, rea 8 Interculturalidad, inclusin social y educacin. Universidad da Corua, 3 de Setembro de 2015.

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Dissertao de Mestrado, Cincias Sociais, 18 de Maro de 2016, Universidade dos Aores.

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A aquacultura desempenha, actualmente, um papel fundamental no abastecimento de protena animal de elevada qualidade. Nesta dissertao foi elaborado um projecto de uma unidade de piscicultura semi-intensiva de enguia, robalo, dourada e linguado e em regime extensivo a ostra. A unidade est localizada na Ria de Aveiro, na propriedade Ilha do Poo, com uma rea total de 54,3 hectares. A execuo de um projecto de aquacultura um trabalho multidisciplinar que necessita a mobilizao de diferentes recursos e conhecimentos. Os projectos de aquicultura esto directamente relacionados com o local de instalao da unidade e podem ser negativamente afectados pela poluio, por factores econmicos locais ou por factores sociais que coloquem em risco o sucesso desta actividade econmica. O principal objectivo desta dissertao foi o estudo de crescimento das espcies, taxa de alimentao, qualidade da gua entrada e sada da aquicultura, o consumo de oxignio pelas espcies e o oxignio necessrio para oxidar a amnia em nitrato, o estudo de arejamento pelo vento, a necessidade de arejamento mecnico nos tanques de engorda e por fim a anlise de investimento do projecto. Os valores obtidos para o tempo de crescimento das espcies at atingir o peso comercial foram, para a enguia 2,25anos, para a dourada 1,5 anos, para o robalo 2 anos, para o linguado 2,25 anos e para a ostra 1ano. Os ndices de converso alimentar (ICA) obtidos para as espcies foram os seguintes: 1 para a enguia, 1,24 para o robalo, 1,2 para a dourada e 1,58 para o linguado. Relativamente concentrao de amnia nos tanques de engorda, a espcie robalo apresenta o maior valor (0,3mg/L) por tanque. O arejamento natural dos tanques apenas conseguido se o vento tiver uma velocidade de 20m/s. Por essa razo, e para garantir o arejamento requerido, sero necessrios pelo menos 46 arejadores mecnicos com potncia de 6kW a funcionar 24/24 horas. Para a taxa ponderada obteve-se um valor de 11,80%. O valor obtido para o VAL foi de 2.036.862 e para a TIR, de 27,95%. O tempo necessrio para que o investidor efectue o reembolso do capital investido no projecto de 5,5 anos. O ndice de rentabilidade tem um valor de 1,83 o que significa que o projecto rentvel.

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Relatrio apresentado Escola Superior de Educao de Lisboa para obteno de grau de mestre em Ensino do 1 e do 2 Ciclos do Ensino Bsico

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OBJETIVO: Analisar fatores associados jornada de trabalho profissional e jornada de trabalho total (profissional + domstica) em profissionais de enfermagem. MTODOS: Estudo transversal realizado em hospital universitrio no municpio de So Paulo, SP, entre 2004 e 2005. Participaram 696 trabalhadores (enfermeiros, tcnicos e auxiliares de enfermagem), predominantemente mulheres (87,8%), que trabalhavam em turnos diurnos e/ou noturnos. Foi aplicado questionrio autopreenchvel sobre dados sociodemogrficos, condições de trabalho e de vida; e verses traduzidas e adaptadas para o portugus das escalas de demanda-controle-apoio social no trabalho, de desequilbrio esforo-recompensa, do Questionrio Genrico de Avaliao de Qualidade de Vida e do ndice de Capacidade para o Trabalho. Foram utilizados modelos de regresso logstica para a anlise dos dados. RESULTADOS: Ser o nico responsvel pela renda familiar, o trabalho noturno e o desequilbrio esforo-recompensa foram as nicas variveis associadas tanto jornada profissional (OR = 3,38; OR = 10,43; OR = 2,07, respectivamente) quanto jornada total (OR = 1,57; OR = 3,37; OR = 2,75, respectivamente). Nenhuma das variveis ligadas s jornadas de trabalho se associou significativamente ao baixo ndice de Capacidade para o Trabalho. O tempo insuficiente para o repouso se mostrou estatisticamente associado s jornadas profissional (OR = 2,47) e total (OR = 1,48). O tempo insuficiente para o lazer se mostrou significativamente associado jornada profissional (OR = 1,58) e valor limtrofe para a jornada total (OR = 1,43). CONCLUSES: A responsabilidade financeira, o trabalho noturno e o desequilbrio esforo-recompensa so variveis que merecem ser contempladas em estudos sobre as jornadas de trabalho em equipes de enfermagem. Sugere-se que estudos sobre o tema abordem a renda individual do trabalhador, detalhando melhor a relao entre os esforos e recompensas, e principalmente discusses que considerem as relaes de gnero.

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OBJETIVO: Descrever a tendncia de hospitalizaes por condições sensveis ateno primria entre 1998 e 2009 no Brasil. MTODOS: Estudo ecolgico de sries temporais com dados secundrios referentes s internaes hospitalares por condições sensveis ateno primria no Sistema nico de Sade. Os dados foram obtidos do Sistema de Informaes Hospitalares. As taxas de internaes por 10.000 habitantes foram padronizadas por faixa etria e sexo, considerando a populao brasileira masculina recenseada em 2000 como padro. A anlise de tendncia da srie histrica foi realizada por regresso linear generalizada pelo mtodo de Prais-Winsten. RESULTADOS: Houve reduo mdia anual de internaes por condições sensveis ateno primria de 3,7% entre homens (IC95% -2,3;-5,1) e mulheres (IC95% -2,5;-5,6) entre 1998 e 2009. A tendncia variou em cada unidade federativa, porm em nenhuma houve aumento das internaes. No sexo masculino e feminino as maiores redues foram observadas nas internaes por lceras gastrintestinais (-11,7% ao ano e -12,1%, respectivamente), condições evitveis (-8,8% e -8,9%) e doenas das vias areas inferiores (-8,0% e -8,1%). Angina (homens), infeco no rim e trato urinrio (homens e mulheres) e condições relacionadas ao pr-natal e parto (mulheres) apresentaram aumento nas internaes. Os trs grupos de doenas que mais ocasionaram internaes foram gastrenterites infecciosas e complicaes, internaes por insuficincia cardaca e asma. CONCLUSES: Houve reduo substancial nas internaes por condições sensveis ateno primria no Brasil entre 1998 e 2009, porm algumas doenas apresentaram estabilidade ou acrscimo, exigindo ateno do setor sade.

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OBJETIVO: Analisar benefcios trabalhistas e fatores associados manuteno dos ndices de amamentao entre mes trabalhadoras. MTODOS: A amostra foi constituda por 200 mulheres trabalhadoras formais que retornaram ao trabalho antes de a criana completar seis meses de vida, no municpio de Piracicaba, SP. Dentre as participantes, 100 dades me-lactente receberam orientaes e apoio para a prtica do aleitamento em um programa de preveno em sade bucal e as demais 100 dades foram abordadas em uma campanha de vacinao infantil. Foi realizada anlise de regresso logstica mltipla para identificar variveis relacionadas ao desmame ao quarto ms de vida. RESULTADOS: A maior parte das participantes era primpara, passou por cesariana, iniciou a amamentao em menos de quatro horas aps o parto e permaneceu com seu filho em alojamento conjunto. Tiveram mais chance de parar a amamentao: mes no participantes do programa de incentivo (OR = 3,04 [IC95% 1,35;6,85]), mes que no tinham intervalo de 30 minutos durante a jornada de trabalho (OR = 4,10 [IC95% 1,81;9,26]) e mes cujos filhos utilizavam chupeta (OR = 2,68 [IC95% 1,23;5,83]) ou mamadeira (OR =14,47 [IC95% 1,85;113,24]. CONCLUSES: As mes que participaram do grupo de incentivo amamentao, no ofereceram chupeta e mamadeira aos filhos e tinham intervalo durante o trabalho pararam a amamentao aps o quarto ms. Apoio, informaes sobre o manejo da lactao e sobre seus direitos garantidos por lei, em conjunto com a ampliao do tempo de licena maternidade, podero ter um importante papel na manuteno da prtica do aleitamento materno.

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Analisar mudanas nos diferenciais por renda nas condições de sade e no uso de servios de sade por idosos brasileiros. MTODOS: Foram analisadas amostras representativas da populao brasileira com 60 anos ou mais em 1998 e 2008 (n = 27.872 e 41.198, respectivamente), oriundas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios. As variveis consideradas foram renda mensal domiciliar per capita, autoavaliao da sade, capacidade funcional, consultas mdicas e hospitalizaes nos 12 meses precedentes e uso exclusivo do Sistema nico de Sade. A anlise dos dados foi baseada em estimativas de prevalncia e em razes de prevalncia obtidas por meio da regresso de Poisson. RESULTADOS: Em 1998 e 2008, as prevalncias ajustadas por idade e sexo da autoavaliao da sade como ruim, do comprometimento da mobilidade e da incapacidade para realizar atividades da vida diria apresentaram fortes gradientes com o quintil da renda domiciliar per capita, com pior performance entre aqueles com renda mais baixa. As razes de prevalncia ajustadas por idade e sexo entre o quintil inferior (mais pobres) e o superior (mais ricos) de renda permaneceram estveis para pior autoavaliao da sade (RP = 3,12 &#91;IC95% 2,79;3,51&#93; em 1998 e 2,98 &#91;IC95% 2,69;3,29&#93; em 2008), comprometimento da mobilidade (RP = 1,54 &#91;IC95% 1,44;1,65 e 1,69&#91;IC95% 1,60;1,78&#93;, respectivamente) e incapacidade para realizar atividades da vida diria (RP = 1,79 &#91;IC95% 1,52;2,11&#93; e 2,02 &#91;IC95% 1,78;2,29&#93;, respectivamente). Observou-se reduo das disparidades por renda na realizao de trs ou mais consultas mdicas e no uso exclusivo do Sistema nico de Sade. No foram observadas desigualdades entre os extremos de renda na ocorrncia de hospitalizaes no mesmo perodo. CONCLUSES: Apesar da reduo das desigualdades por renda de indicadores do uso de servios de sade, a magnitude das disparidades nas condições de sade no diminuiu. So necessrios estudos longitudinais para um melhor entendimento da persistncia dessas desigualdades entre idosos brasileiros.

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A presena da Desnutrio Protico-Calrica tem sido expressiva no pas, retratando diferenas sociais e econmicas das distintas regies. Como parte da Pesquisa Diagnstico em Sade Polonoroeste/1985, realizou-se um estudo antropomtrico de peso e altura, em uma amostra de 405 crianas, menores de 6 anos de idade, em Cceres/MT. Segundo os critrios de GOMEZ, a prevalncia da desnutrio foi de 33%, 40% de desnutridos moderados e no sendo registrada a forma grave. A Classificao de WATERLOW indicou a desnutrio pregressa (36%) como a de maior prevalncia, sendo os dficits de estatura mais acentuados nas faixas etrias menores de 2 anos, indicando que os programas de sade criana, nesta rea, devam priorizar os aspectos nutricionais deste grupo etrio.

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RESUMO Este trabalho de investigao constitui uma aproximao sociolgica no mbito da sade internacional e no contexto da sociologia da sade, em particular da sade dos imigrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. O objecto de investigao centra-se na anlise das questes sobre a sade e a doena dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociolgica. O estudo teve como principal objectivo compreender - atravs de relatos pessoais - a forma como os indivduos entendem a sade e a doena no campo das representaes sociais de sade e analisar os seus comportamentos em termos das suas prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanas e/ou divergncias das representaes e das prticas de sade e de doena dos entrevistados. A nossa inteno era verificar se elas se deviam a factores socioeconmicos, a factores culturais e de identidade tnica, ou combinao de ambos. No plano terico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em vrias reas das Cincias Sociais, (sociologia da sade, sociologia das migraes e antropologia da sade). A hiptese geral centrava-se na ideia de que as representaes e as prticas de sade e de doena destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferncias do carcter cultural e da pertena tnica. Estas dimenses podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconmicos. A hiptese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere autoavaliao e percepo do estado de sade, s representaes, crenas e atitudes face sade e doena, s experincias e comportamentos, aos estilos de vida e s prticas de sade e percursos de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivduos cabo-verdianos da primeira gerao em Portugal, mais precisamente os que residem na regio de Lisboa, a qual para efeitos de anlise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), gerao (mais jovens e mais velhos) e gnero (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optmos por uma metodologia qualitativa atravs da realizao de entrevistas semiestruturadas para recolha da informao. O tratamento dos dados consistiu na anlise de contedo temtica das entrevistas e na identificao de diferenas e semelhanas entre e intra cada um dos subgrupos. A anlise dos resultados comprova a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes e prticas de sade e de doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma viso mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma viso existencial, mais ligada s condições materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivduos mais velhos do grupo popular encaravam a sade e a doena de forma semelhante ao modelo biomdico, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do modelo bio-psico-social. As representaes de sade e de doena traduziram-se em definies que foram desde o orgnico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a sade a aspectos fisiolgicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a sade e a doena enquanto fenmenos mais globais e externos aos indivduos. Tambm se evidenciou, quando da anlise dos dados, ao nvel dos subgrupos de gnero e gerao no seio do mesmo grupo social, que as diferenas eram menos evidentes entre eles do que as que encontrmos quando comparmos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconmicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranas culturais. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidados e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de sade s transformaes multiculturais, que neste momento so vividas a rpidos ritmos de mudana.

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RESUMO: A tese de doutoramento visa demonstrar duas proposies: a comorbilidade de 4 situaes de doena prevalentes, hipertenso arterial (HTA), diabetes (DM), doena cardaca isqumica (DCI) e asma um assunto importante em Medicina Geral e Familiar e o seu estudo tem diversas implicaes na forma como os cuidados de sade so prestados, na sua organizao e no ensino-aprendizagem da disciplina. O documento encontra-se dividido em 4 partes: 1) justificao do interesse do tema e finalidades da dissertao; 2) reviso sistemtica de literatura publicada entre 1992 e 2002; 3) apresentao de dois trabalhos de investigao, descritivos e exploratrios que se debruam sobre a mesma populao de estudo, o primeiro intitulado Comorbilidade de quatro doenas crnicas e sua relao com factores scio demogrficos e o segundo, Diferenas entre doentes, por mdico e por sub-regio, na comorbilidade de 4 doenas crnicas; 4) concluses e implicaes dos resultados dos estudos na gesto da prtica clnica, nos servios, no ensino da disciplina da MGF e no desenvolvimento posterior de uma linha de investigao nesta rea. O primeiro estudo tem como objectivos: descrever a prevalncia da comorbilidade entre as 4 doenas-ndice; verificar se existe relao entre o tempo da primeira doena e o tempo decorrido at ao aparecimento da 2 e da 3 doena, nas 4 doenas; determinar a comorbilidade associada s 4 doenas; identificar eventuais agrupamentos de doenas e verificar se existe relao entre comorbilidade e factores sociais e demogrficos. O segundo estudo pretende verificar se existem diferenas na comorbilidade a nvel local, por mdico, e por Sub-Regio de Sade. O trabalho emprico descritivo e exploratrio. A populao constituda pelos doentes, com pelo menos uma das 4 doenas crnicas ndice, das listas de utentes de 12 Mdicos de Famlia a trabalharem em Centros de Sade urbanos, suburbanos e rurais dos distritos de Lisboa e Beja. Os dados foram colhidos durante um ano atravs dos registos mdicos. As variveis scio demogrficas estudadas so: sexo, idade, etnia/raa, escolaridade, situao profissional, estado civil, tipo de famlia, funcionalidade familiar, condições de habitao. A comorbilidade definida pela presena de duas ou mais doenas e estudada pelo nmero de doenas coexistentes. O tempo de durao da doena definido como o nmero de anos decorridos entre o ano de diagnstico e 2003. Os problemas de sade crnicos so classificados pela ICPC2. Nas comparaes efectuadas aplicaram-se os testes de Mann-Whitney e de Friedman, de homogeneidade e de anlise de resduos. A Anlise Classificatria Hierrquica foi utilizada para determinar o agrupamento de doenas e a Anlise de Regresso Categrica e Anlise de Correspondncias na relao entre as caractersticas scio demogrficas e a comorbilidade. Identificaram-se 3998 doentes. A idade mdia de 64,3 anos (DP=15,70). H uma correlao positiva significativa (r =0,350 r=0) entre anos com a primeira doenae idade dos doentes em todos os indivduos (homens r=0,129 mulheres r=0,231). A comorbilidade entre as quatro doenas crnicas ndice est presente em 1/3 da populao. As associaes mais prevalentes so HTA+DM (14,3%) e HTA+DCI (6,25%). Existe correlao positiva, expressiva, entre a durao da primeira doena, quando esta a HTA ou a DM, e o intervalo de tempo at ao aparecimento da 2 e da 3 doenas. Identificaram-se 18 655 problemas crnicos de sade que se traduziram em 244 cdigos da ICPC2. O nmero mdio de problemas foi de 5,94 (DP=3,04). A idade, a actividade profissional, a funcionalidade familiar e a escolaridade foram as variveis que mais contriburam para diferenciar os indivduos quanto comorbilidade. Foram encontradas diferenas significativas entre mdicos(c2=1165,368 r=0) e entre os agrupamentos de doentes por Sub-Regio de Sade (c2= 157,108 r=0) no respeitante comorbilidade. Na partio por Lisboa o nmero mdio de problemas de 6,45 e em Beja de 5,35. Deste trabalho ressaltam vrias consequncias para os profissionais, para os servios, para o ensino e para a procura de mais saber nesta rea. Os mdicos, numa gesto eficiente de cuidados so chamados a desempenhar um papel de gestores da complexidade e de coordenadores assim como a trabalhar num modelo organizativo apoiado numa colaborao em equipa. Por sua vez os servios de sade tm que desenvolver medidas de avaliao de cuidados que integrem a comorbilidade como medida de risco. O contexto social da cronicidade e da comorbilidade dever ser includo como rea de ensino. A concluir analisa-se o impacto do estudo nos colaboradores e o possvel desenvolvimento da investigao nesta rea.----------------------------------------ABSTRACT: The PhD Thesis has two propositions, co-morbidity of four chronic conditions (hypertension, asthma, diabetes, cardiac ischaemic disease) is a prevalent and complex issue and its study has several implications in the way care is provided and organised as well as in the learning and teaching of the discipline of General Practice. In the first part of the document arguments of different nature are given in order to sustain the dissertation aims; the second part describes a systematic study of literature review from 1992 to 2002; the third presents two research studies "Comorbidity of four chronic diseases and its relation with socio demographic factors and Differences between patients among GPs at local and regional level; implications of study results for practice management, teaching and research are presented in the last part. The prevalence of the four chronic diseases co-morbidity, the relation of the first disease duration with the time of diagnose of the next index condition, the burden of co-morbidity in the four chronic diseases, the clustering of those diseases, the relation between demographic and social characteristics and co-morbidity, are the objectives of the first study. The second intends to verify differences in comorbidity between patients at local and regional level of practice. Research studies were descriptive and exploratory. The population under study were patients enlisted in 12 GPs working in urban and rural health centres, in Lisbon and Beja districts, with at least one of the four mentioned diseases. Data were collected through medical records during one year (2003) and 3998 patients were identified. The social demographic variables were: sex, age, ethnicity/race, education, profession, marriage status, family status, family functionality, home living conditions. Co-morbidity is defined by the presence of two or more diseases, and studied by the number of co-existing diseases. The time duration of the disease is defined by the number of years between the diagnostic year and 2003. The chronic disease problems are classified in accord with ICPC2. The characterization of population is descriptive. The effected comparisons applied the Mann-Whitney, Friedman, homogeneity and analysis of residuals tests. The Classificatory Hierarchy Analysis was utilized to determine the grouping of diseases and the Regression Categorization and Correspondences Analysis was used to study the relation of socio-demographic and co-morbidity. The median age of the population under study is 64,3 (SD= 15,70). There is a significant positive correlation (r =0,350 r=0)between years with the first disease and patient age for all individuals (men r=0,129 women r=0,231). Co-morbidity of the four index diseases is present in 1/3 of the studied population. The most prevalent associations for the four diseases are HTA+DM (14,03%) and HTA+IHD (6,25%). Expressive positive correlation between the duration of the first disease and the second and the third index disease interval is found. For the 3988 patients, 18 655 chronic health problems, translated in 244 ICPC2 codes, were identified. The mean number of problems is 5,94 (SD=3,04). Age, professional activity, family functionality and education level are the socio demographic characteristics that most contribute to differentiate individuals concerning the overall co-morbidity. Significant differences in co-morbidity between GP patients at local (c2=1165,368 r=0) and regional level (c2= 157,108 r=0) are found. This study has several consequences for professionals, for services, for the teaching and learning of General Practice and for the pursuit of knowledge in this area. New competences and performances have to be implemented. General Practitioners, assuming a role of co-ordination, have to perform the role of complexity managers in patient's care, working in practices supported by a strong team in collaboration with other specialists. In order to assess provided care, services have to develop tools where co-morbidity is included as a risk measure. The social context of comorbidity and chronicity has to be included in the curricula of General Practice learning and teaching areas. The dissertation ends describing the added value to participant's performance for their participation in the research and an agenda for further research, in this area, based on a community of practice.--------RSUM:Cette thse de doctorat prtend dmontrer deux postulats : le premier, que la comorbidit de quatre maladies frquentes, hypertension artrielle (HTA), diabte (DM), maladie cardiaque ischmique (DCI) et asthme, est un thme important en Mdecine Gnrale et Familiale et que son tude a plusieurs implications au niveau de l'approche pour dispenser les soins, de leur organisation et de l'enseignement/apprentissage de la discipline. Le document comprend quatre parties distinctes : 1) justification de l'intrt du sujet et objectifs de la dissertation ; 2) tude systmatique de publications dites entre 1992 et 2002 ; 3) prsentation de deux travaux de recherche, descriptifs et exploratoires, un premier intitule Comorbidit de quatre maladies chroniques et leur relation avec des facteurs sociodmographiques et un deuxime Diffrences entre malades, selon le mdecin et la sous rgion, dans la comorbilit de quatre maladies chroniques ; 4) conclusions et consquences des rsultats des tudes dans la gestion de la pratique clinique, dans les services, dans l'enseignement de la discipline de MGF et dans le dveloppement postrieur de la recherche dans ce domaine. Les objectifs de la premire tude sont les suivants : dcrire la prvalence de la comorbidit entre les quatre maladies chroniques, vrifier s'il existe une relation entre temps de dure de la premire maladie et l'espace de temps jusqu' le diagnostic de la 2me ou 3me maladie; dterminer la comorbidit entre les 4 maladies ; identifier d'ventuelles groupements de maladies et vrifier s'il existe une relation entre comorbidit et facteurs sociodmographiques. La deuxime tude prtend vrifier s'il existe des diffrences de comorbidit entre mdecins et par groupement rgional. Le travail empirique est descriptif et exploratoire. La population est compose des malades ayant au moins une des quatre maladies chroniques parmi les listes de malades de douze Mdecins de Famille qui travaillent dans des Centres de Sant urbains, suburbains et ruraux (Districts de Lisbonne et Beja). Les donnes ont t extraites pendant l'anne 2003 des registres des mdecins. Les variables sociodmographiques tudies sont : le sexe, l'ge, l'ethnie/race, la scolarit, la situation professionnelle, l'tat civil, le type de famille, sa fonctionnalit, les conditions de logement. La comorbidit est dfinie lorsqu'il existe deux ou plusieurs maladies et est tudie d'aprs le nombre de maladies coexistantes. La dure de la maladie est tablie en comptant le nombre d'annes coules entre le diagnostique et 2003. Les problmes de sant chroniques sont classs par l'ICPC 2. Pour les comparaisons les tests de Mann-Whitney et Friedman, de homognit et analyse de rsidues ont t appliqus. L'Analyse de Classification Hirarchique a t utilise pour procder au regroupement des maladies et l'Analyse de Rgression Catgorique et l'Analyse de Correspondances pour tudier la relation entre les caractristiques sociodmographiques et la comorbilit. Les principaux rsultats sont les suivants : les 3998 malades identifis ont 64,3 ans d'ge moyen (DP=15,70). Il existe une corrlation positive significative (r =0,350 r=0) entre les annes avec la premire maladie et l'ge des malades , chez tous les individus (hommes r=0,129 femmes r=0,231). La comorbidit entre les quatre maladies chroniques est une ralit chez 1/3 des patients. Les associations les plus frquentes sont HTA+DM (14%) et HTA+DCI (6,25%). Il existe une corrlation positive significative entre la dure de la premire maladie, HTA ou DM, et l'cart jusqu' l'apparition de la deuxime et de la troisime maladie. Chez les malades, 18.655 problmes chroniques de sant ont t identifis et traduits en 244 codes de l'ICPC2. La moyenne des problmes a t de 5,94 (DP=3,04). L'ge, l'activit professionnelle, la fonctionnalit familiale et la scolarit sont les variables qui ont le plus contribu diffrencier les individus face la comorbilit. Des diffrences notoires ont t trouves entre mdecins (c2=1165,368 r=0) et entre les groupements rgionaux (c2=157,108 r=0) en ce qui concerne la comorbidit. Dans le groupe de patients de Lisbonne, le chiffre moyen de problmes est de 6,45 et Beja il est de 5,35. Cette tude met en vidence plusieurs consquences pour les professionnels, les services, l'enseignement et l'largissement du savoir dans ce domaine. Les mdecins, soucieux de grer efficacement les soins sont appels jouer un rle de gestionnaires de la complexit et de coordinateurs, de mme qu' travailler dans un modle d'organisation soutenus par un travail d'quipe. D'autre part, les services de sant doivent eux aussi dvelopper des mesures d'valuation des soins qui intgrent la comorbidit comme mesure de risque. Le contexte social de la chronicit et de la comorbidit devra tre inclus comme domaines tudier. La fin de cette thse dcrit l'impact de cette tude sur les collaborateurs et le dveloppement futur de la recherche dans ce domaine.

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RESUMO: Devido s mudanas polticas e sociais que ocorreram no passado, a proporo de mulheres activas no mercado de trabalho tem vindo a aumentar, e neste sentido, cada vez mais mulheres tm vindo a entrar na reforma. As recentes evolues demogrficas mostram um crescente envelhecimento populacional caracterizado por um aumento da proporo de pessoas idosas e pela sua maior longevidade. As mulheres so em nmero superior, no entanto, a realidade da mulher portuguesa reformada tem sido pouco avaliada sob o ponto de vista em que decorre esta transio. A passagem reforma um momento fulcral para conhecer como se adaptam os indivduos a uma nova etapa da sua vida que actualmente vivida por mais tempo, e que representa tambm a passagem para outra categoria social, a categoria de reformado. Condicionantes sociais, culturais e individuais, contribuem para modelar esta transio e o ajustamento mesma. A reforma para as mulheres dever corresponder a uma etapa com caractersticas nicas, devido s particularidades em termos profissionais e sociais que as distinguem dos homens. Pretende-se neste trabalho dar voz s mulheres portuguesas que tiveram uma carreira profissional e conhecer as suas experincias de transio para a reforma e a forma como vivem esta condio. Foram realizadas entrevistas em profundidade com mulheres portuguesas profissionais reformadas, cujos contedos foram analisados em torno das seguintes categorias: sentimentos vividos; planeamento e motivaes para a passagem reforma; relao com o trabalho; noo de si prpria; gesto de tempo e organizao quotidiana e interaces familiares e sociais.-------- ABSTRACT: Due to past political and social changes the number of women working actively in the labor market is growing. This implies that, more women are also entering in the retirement period. Recent demographic trends show an increasing ageing population, characterized by a higher proportion of elderly people, and a higher longevity. Womens proportion outnumbers older men, yet the reality of Portuguese retired women has been poorly evaluated in regard to this transition process. Retirement transition is a crucial period to understand how individuals adapt to a new stage in their life, that is actually being enjoyed for a longer period and that also represents the transition to retirees social role. Social, cultural and individual conditions help to shape this transition and adjustment to it. Retirement for women should be an event with unique features, mostly because of the peculiarities in professional and social relationships, distinct from men. Through in-depth interviews, we explored how Portuguese women, who had a professional career, experience the retirement transition and how they live this new condition. The womens narratives were analyzed within the following categories: experienced feelings, planning and motivation for retirement; notion of self; time management and daily organization; family and social interactions.

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Relatrio de Estgio apresentado para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Estudos sobre a Mulher As Mulheres na Sociedade e na Cultura