445 resultados para Kare, Antero
Resumo:
O presente trabalho teve por finalidade avaliar as alterações produzidas nos arcos dentárias superiores de pacientes submetidos à expansão rápida da maxila por meio de disjunção da sutura palatina mediana assistida cirurgicamente ERM-AC. A amostra utilizada para a realização deste estudo foi composta de 34 pares de modelos de gesso de 17 pacientes, sendo 6 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Para cada paciente foram preparados 2 pares de modelos obtidos em diferentes fases: inicial ,antes do procedimento operatório (T1) e três meses após o travamento do parafuso expansor (T2). O dispositivo expansor utilizado nesta amostra foi o disjuntor tipo Hyrax. O procedimento cirúrgico adotado foi a osteotomia nas paredes laterais da maxila sem o envolvimento da lâmina pterigóide, osteotomia da espinha nasal à linha média dental (incisivos centrais anteriores), separação da sutura palatina mediana por meio de cinzel e separação do septo nasal. O início da ativação ocorreu no 3o dia pós operatório sendo ¼ pela manhã e ¼ à noite, as ativações seguiram critérios clínicos para o controle da expansão. As medidas foram realizadas por meio da máquina de medição tridimensional (SAC) baseado nas alterações nos três planos vertical, sagital e transversal que ocorreram nos modelos de gesso. Os resultados mostraram que houve uma expansão estatisticamente significante na região dos caninos, primeiros prémolares, primeiros molares e segundos molares, respectivamente 6,03mm, 9,82mm, 8,66mm, 9,72mm e 5,67mm. As distâncias obtidas entre os incisivos centrais e laterais não se mostraram estatisticamente significantes, os valores obtidos foram respectivamente: 0,40mm e 4,12mm. As inclinações das coroas dentais para vestibular mostraram um comportamento assimétrico, pois nos primeiros molares os valores encontrados foram 6,890 (lado direito) e 9,560 (lado esquerdo) e para os primeiros prémolares os valores obtidos foram 3,260 para o lado direito (estatisticamente não significante) e 4,740 para o lado esquerdo. Avaliando a variável comprimento do arco maxilar, foi observada uma diminuição média entre os intervalos analisados T1 28,20 mm e T2 26,56 mm variando 1,64mm. Podemos concluir que a ERM-AC produziu uma expansão maxilar com inclinação vestibular da coroas dos dentes posteriores e diminuição no comprimento do arco maxilar, as outras variáveis analisadas não mostraram alterações estatisticamente significantes nos intervalos medidos.
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O objetivo desta pesquisa consistiu em comparar as alterações dentárias, esqueléticas e tegumentares promovidas pelo aparelho de Fränkel-2 com um grupo controle, além de observar a estabilidade desses efeitos promovidos pelo tratamento, num período médio de 7,11 anos pós-tratamento. A amostra compreendeu um total de 90 telerradiografias em norma lateral, sendo 54 telerradiografias provenientes de 18 pacientes tratados com o RF-2 avaliados em três fases (T1:início de tratamento;T2: final de tratamento e T3: pós-tratamento) e 36 telerradiografias de 18 pacientes-controle, observados em dois tempos. Para comparação entre os grupos tratado e controle foi utilizado o teste t de Student não pareado. Já para a análise dos valores do grupo tratado nos três tempos (T1, T2 e T3) foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) a um critério e o teste de Tukey (p<0,05). As principais alterações proporcionadas pelo aparelho RF-2 observadas a partir da comparação do grupo tratado com o controle envolveram efeitos mandibulares, principalmente a protrusão e aumento do comprimento mandibular associado com uma rotação horária, que resultou em uma maior altura facial total (N-Me) e ântero-inferior (AFAI), além de suave rotação anti-horária do plano palatino (SN.PP). Os incisivos superiores retruíram e o inferior vestibularizou. Houve uma distalização relativa dos molares superiores juntamente com a diminuição do overjet , desta forma a convexidade do perfil facial tegumentar melhorou. No período pós-tratamento (T3) observou-se uma estabilidade sagital de maxila (SNA) e mandíbula (SNB), das variáveis do padrão facial, da inclinação do incisivo superior, do ângulo nasolabial e do overjet . A mandíbula e a maxila continuaram a crescer no sentido antero-posterior, juntamente com as alturas faciais Houve também a extrusão de incisivos e molares. Já o plano oclusal e o ângulo goníaco diminuíram na fase pós-tratamento.(AU)
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O presente estudo investigou as alterações no trespasse vertical e na altura facial ântero-inferior em pacientes com má-oclusão de Classe I e diferentes tipos faciais com apinhamento submetidos a extração de quatro pré-molares, no pré e pós-tratamento ortodôntico. Foram selecionadas telerradiografias em norma lateral de 36 indivíduos na faixa etária de 12 anos e 2 meses a 16 anos e 5 meses, que realizaram o tratamento ortodôntico com o emprego de aparelho pré-ajustado Straight Wire..Para a análise as medidas utilizadas foram AFA, AFAI, AFP, FMA, SN.GoGn, além de medidas lineares descritas por Hans et al. As alterações nas alturas faciais anterior, antero-inferior e posterior foram similares nos três grupos estudados, apresentando aumento ao final do tratamento ortodôntico, porém sem significância estatística nas alturas faciais anteriores no grupo dos braquifaciais. Em FMA, foram estatisticamente significantes apenas para os braquifaciais e de SN.GoGn para braqui e dolicofaciais. Quanto às medidas lineares de Hans verificou-se que o grupo dos braquifaciais apresentou aumento estatisticamente significante em TLI e MNSK, no grupo dos mesofaciais, o mesmo ocorreu em BUI e MNSK e nos dolicofaciais todas as medidas exceto TUI apresentaram aumento significativo. Em todos os grupos foi observada uma diminuição da sobremordida.(AU)
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Purpose. To assess the effect of ageing on in vivo human ciliary muscle morphology and contractility during accommodation. Methods. Seventy-nine subjects, aged 19–70 years were recruited. High-resolution images were acquired of nasal and temporal ciliary muscle in the relaxed state, and at stimulus vergence levels of -4 and -8 D, using anterior segment optical coherence tomography (AS-OCT). Objective refractions and axial lengths were also recorded. Linear regression analysis was performed to determine the effect of age on nasal and temporal ciliary muscle morphologic characteristics. Results. Ciliary muscle anterior length decreased significantly with age both nasally (R = 0.461, P = 0.001) and temporally (R = 0.619, P < 0.001) in emmetropic eyes. In a subset of 37 participants, ciliary muscle maximum width increased significantly with age, by 2.8 µm/year nasally (R = 0.54, P < 0.001) and 3.0 µm/year temporally (R = 0.44, P = 0.007), while the distance from the inner apex of the ciliary muscle to the scleral spur decreased significantly with age on both the nasal and temporal aspects (R = 0.47; P = 0.004 and R = 0.43; P = 0.009, respectively). During accommodation, changes to ciliary muscle thickness and length remained constant throughout life. Conclusions. The human ciliary muscle undergoes age-dependent changes in morphology that suggest an antero-inwards displacement of muscle mass, particularly in emmetropic eyes. However, the morphologic changes observed appear not to affect the ability of the muscle to contract during accommodation, even in established presbyopes, thus supporting a lenticular model of presbyopia development.
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This study demonstrates a novel approach to characterizing hydrated bone's viscoelastic behavior at lamellar length scales using dynamic indentation techniques. We studied the submicron-level viscoelastic response of bone tissue from two different inbred mouse strains, A/J and B6, with known differences in whole bone and tissue-level mechanical properties. Our results show that bone having a higher collagen content or a lower mineral-to-matrix ratio demonstrates a trend towards a larger viscoelastic response. When normalized for anatomical location relative to biological growth patterns in the antero-medial (AM) cortex, bone tissue from B6 femora, known to have a lower mineral-to-matrix ratio, is shown to exhibit a significantly higher viscoelastic response compared to A/J tissue. Newer bone regions with a higher collagen content (closer to the endosteal edge of the AM cortex) showed a trend towards a larger viscoelastic response. Our study demonstrates the feasibility of this technique for analyzing local composition-property relationships in bone. Further, this technique of viscoelastic nanoindentation mapping of the bone surface at these submicron length scales is shown to be highly advantageous in studying subsurface features, such as porosity, of wet hydrated biological specimens, which are difficult to identify using other methods. © 2010 Elsevier Ltd.
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The primary aim of this thesis was to investigate the in vivo ocular morphological and contractile changes occurring within the accommodative apparatus prior to the onset of presbyopia, with particular reference to ciliary muscle changes with age and the origin of a myopic shift in refraction during incipient presbyopia. Commissioned semi-automated software proved capable of extracting accurate and repeatable measurements from crystalline lens and ciliary muscle Anterior Segment Optical Coherence Tomography (AS-OCT) images and reduced the subjectivity of AS-OCT image analysis. AS-OCT was utilised to document longitudinal changes in ciliary muscle morphology within an incipient presbyopic population (n=51). A significant antero-inwards shift of ciliary muscle mass was observed after 2.5 years. Furthermore, in a subgroup study (n=20), an accommodative antero-inwards movement of ciliary muscle mass was evident. After 2.5 years, the centripetal response of the ciliary muscle significantly attenuated during accommodation, whereas the antero-posterior mobility of the ciliary muscle remained invariant. Additionally, longitudinal measurement of ocular biometry revealed a significant increase in crystalline lens thickness and a corresponding decrease in anterior chamber depth after 2.5 years (n=51). Lenticular changes appear to be determinant of changes in refraction during incipient presbyopia. During accommodation, a significant increase in crystalline lens thickness and axial length was observed, whereas anterior chamber depth decreased (n=20). The change in ocular biometry per dioptre of accommodation exerted remained invariant after 2.5 years. Cross-sectional ocular biometric data were collected to quantify accommodative axial length changes from early adulthood to advanced presbyopia (n=72). Accommodative axial length elongation significantly attenuated during presbyopia, which was consistent with a significant increase in ocular rigidity during presbyopia. The studies presented in this thesis support the Helmholtz theory of accommodation and despite the reduction in centripetal ciliary muscle contractile response with age, primarily implicate lenticular changes in the development of presbyopia.
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Per investigare i carichi sopportati dal corpo nella vita di tutti i giorni, è neccesario un metodo semplice per la stima delle forze di reazione piede-suolo (GRFs) . In questo studio viene presentato un modello per stimare l’andamento delle GRFs durante la corsa, a partire dalle accelerazioni misurate tramite sensori inerziali. I due soggetti che hanno partecipato all’esperimento hanno corso a 4 diverse velocità predefinite e indossato cinque sensori: uno su pelvi, due su tibia (destra e sinistra) e due su piede (destro e sinitro). A partire dai dati ottenuti è stato elaborato un modello che stima l’andamento delle GRFs (verticali e anteroposteriori) e i tempi di contatto e volo del passo tramite l’accelerazione assiale tibiale. Per la stima delle forze di reazione viene utilizzato un modello di stima basato sui tempi di contatto e volo, unito ad un modello che prevede la presenza o meno e il modulo degli impact peak sfruttando due picchi negativi individuati nelle accelerazioni assiali tibiali. Sono state utilizzate due pedane di carico come gold standard per valutare la qualità delle stime ottenute. Il modello prevede correttamente la presenza dell'impact peak nell'85% dei casi, con un errore sul modulo compreso fra il 6% e il 9%. Le GRFs verticali massime vengono approssimate con un errore fra l'1% e 5%, mentre le GRFs antero-posteriori con un errore fra l'8% e il 14% del range massimo-minimo del segnale.
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Ocean acidification is predicted to have significant effects on benthic calcifying invertebrates, in particular on their early developmental stages. Echinoderm larvae could be particularly vulnerable to decreased pH, with major consequences for adult populations. The objective of this study was to understand how ocean acidification would affect the initial life stages of the sea urchin Paracentrotus lividus, a common species that is widely distributed in the Mediterranean Sea and the NE Atlantic. The effects of decreased pH (elevated PCO2) were investigated through physiological and molecular analyses on both embryonic and larval stages. Eggs and larvae were reared in Mediterranean seawater at six pH levels, i.e. pHT 8.1, 7.9, 7.7, 7.5, 7.25 and 7.0. Fertilization success, survival, growth and calcification rates were monitored over a 3 day period. The expression of genes coding for key proteins involved in development and biomineralization was also monitored. Paracentrotus lividus appears to be extremely resistant to low pH, with no effect on fertilization success or larval survival. Larval growth was slowed when exposed to low pH but with no direct impact on relative larval morphology or calcification down to pHT 7.25. Consequently, at a given time, larvae exposed to low pH were present at a normal but delayed larval stage. More surprisingly, candidate genes involved in development and biomineralization were upregulated by factors of up to 26 at low pH. Our results revealed plasticity at the gene expression level that allows a normal, but delayed, development under low pH conditions.
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The aim of this study was to present a new methodology for evaluating the pelvic floor muscle (PFM) passive properties. The properties were assessed in 13 continent women using an intra-vaginal dynamometric speculum and EMG (to ensure the subjects were relaxed) in four different conditions: (1) forces recorded at minimal aperture (initial passive resistance); (2) passive resistance at maximal aperture; (3) forces and passive elastic stiffness (PES) evaluated during five lengthening and shortening cycles; and (4) percentage loss of resistance after 1 min of sustained stretch. The PFMs and surrounding tissues were stretched, at constant speed, by increasing the vaginal antero-posterior diameter; different apertures were considered. Hysteresis was also calculated. The procedure was deemed acceptable by all participants. The median passive forces recorded ranged from 0.54 N (interquartile range 1.52) for minimal aperture to 8.45 N (interquartile range 7.10) for maximal aperture while the corresponding median PES values were 0.17 N/mm (interquartile range 0.28) and 0.67 N/mm (interquartile range 0.60). Median hysteresis was 17.24 N∗mm (interquartile range 35.60) and the median percentage of force losses was 11.17% (interquartile range 13.33). This original approach to evaluating the PFM passive properties is very promising for providing better insight into the patho-physiology of stress urinary incontinence and pinpointing conservative treatment mechanisms.
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The aim of this study was to present a new methodology for evaluating the pelvic floor muscle (PFM) passive properties. The properties were assessed in 13 continent women using an intra-vaginal dynamometric speculum and EMG (to ensure the subjects were relaxed) in four different conditions: (1) forces recorded at minimal aperture (initial passive resistance); (2) passive resistance at maximal aperture; (3) forces and passive elastic stiffness (PES) evaluated during five lengthening and shortening cycles; and (4) percentage loss of resistance after 1 min of sustained stretch. The PFMs and surrounding tissues were stretched, at constant speed, by increasing the vaginal antero-posterior diameter; different apertures were considered. Hysteresis was also calculated. The procedure was deemed acceptable by all participants. The median passive forces recorded ranged from 0.54 N (interquartile range 1.52) for minimal aperture to 8.45 N (interquartile range 7.10) for maximal aperture while the corresponding median PES values were 0.17 N/mm (interquartile range 0.28) and 0.67 N/mm (interquartile range 0.60). Median hysteresis was 17.24 N∗mm (interquartile range 35.60) and the median percentage of force losses was 11.17% (interquartile range 13.33). This original approach to evaluating the PFM passive properties is very promising for providing better insight into the patho-physiology of stress urinary incontinence and pinpointing conservative treatment mechanisms.
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Assessing the habitability of deep-sea sediments undergoing compaction, compression, and subduction at convergent margins adds to our understanding of the limits of the terrestrial biosphere. In this work, we report exploratory biomarker data on sediments obtained at Ocean Drilling Program (ODP) Sites 1253, 1254, and 1255 during drilling at the Costa Rica subduction trench and forearc sedimentary wedge. The samples selected for postcruise biomarker analyses were located within intervals of potentially enhanced fluid flow within the décollement and sedimentary wedge fault zones (Sites 1254 and 1255) and within basal carbonates at the reference site (Site 1253). The passage of fluids that are geochemically distinct from ambient interstitial water provides a disequilibrium setting that may enhance habitability. Biomarker data show low levels of microbial biomass in subseafloor sediments sampled at the Costa Rica convergent margin as deep as ~370 meters below seafloor.
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Introdução: A entorse da tibiotársica pode causar insuficiências no complexo articular do tornozelo, contudo o impacto de uma entorse prévia na estabilidade postural ainda é controverso. Objetivo: Comparar a estabilidade postural entre jogadores de futsal com e sem história de entorse da tibiotársica. Métodos: Foram recrutadas aleatoriamente 7 equipas seniores, amadoras, de futsal da região centro, Portugal, que participavam no campeonato distrital de Aveiro ou Coimbra na época 2013/14. Dos 83 jogadores que aceitaram participar no estudo, 12 tinham critérios para serem incluídos no grupo com entorse (GCE). Dos restantes, foram selecionados aleatoriamente 12 atletas para o grupo sem história de entorse (GSE). A estabilidade postural foi avaliada com os participantes em apoio unipodal, durante 30s, com os olhos abertos, usando uma plataforma de forças. Resultados: Não se observaram diferenças entre os grupos na idade (GSE, 25,8 ± 3,1 vs. GCE, 27,1 ± 4,3 anos, p>0,05), peso e altura. Relativamente à estabilidade postural apenas se observaram diferenças significavas entre grupos no deslocamento antero-posterior, sendo que o GCE apresentou um deslocamento superior ao GSE (4,72 ± 1,41 vs. 3,54 ± 0,23 cm, p<0,05). Não se registaram diferenças significativas no deslocamento medio-lateral, comprimento total, velocidade do deslocamento e área do centro de pressão. Conclusão: Neste estudo, os jogadores de futsal com história de entorse da tibiotársica apresentaram menor estabilidade postural, que se manifestou num maior deslocamento antero-posterior do centro de pressão.
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Trabalho Final de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Mecânica com Especialização em Energia, Climatização e Refrigeração
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Dissertação de Mestrado em Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança
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INTRODUÇÃO: Tem vindo a aumentar a evidência que suporta a relação direta entre a prática de atividade física e a ausência de doença, nomeadamente no que concerne à prática de “caminhadas” (ACSM's, 2009). No entanto, existem alguns fatores que podem pôr em causa essa relação direta tornando, por exemplo, uma marcha em declive, numa potencial origem de lesões músculo-esqueléticas (Bohne & Abendroth-Smith, 2007; Schwameder, et al., 1999). Aos poucos, e apesar da pouca evidência existente, a utilização de bastões de caminhada começa a ser vista como uma estratégia para minimizar a sobrecarga articular subjacente, podendo ser vista como um novo instrumento de reabilitação e de melhoria da função/participação dos utilizadores, com o objetivo de alcançar vantagens biomecânicas e fisiológicas (Breyer, et al., 2010; Figard- Fabre, et al., 2010; Fritz, B., et al., 2011; Hartvigsen, et al., 2010; Kukkonen-Harjula, et al., 2007; Mannerkorpi, et al., 2010; Morso, et al., 2006; Oakley, et al., 2008; Sprod, et al., 2005; Wendlova, 2008). OBJETIVO: O presente estudo tem como principal objetivo analisar o comportamento motor de sujeitos do sexo masculino com experiência na utilização de bastões de caminhada relativamente a aspetos cinemáticos, cinéticos e de atividade mioelétrica desenvolvidos durante a marcha em declive com e sem bastões, e desta forma poder perceber se existem benefícios na utilização deste auxiliar e identificá-los. METODOLOGIA: foram selecionados treze sujeitos do sexo masculino (idade: 37±8anos; peso: 75±12Kg; altura: 177±8cm) que utilizam bastões de caminhada, com alguma regularidade (frequência de prática média: 18±24horas/mês), há pelo menos um ano. Foi realizada a análise cinemática (membro inferior e tronco), cinética (componente vertical e antero-posterior) e eletromiográfica (dos músculos vasto lateral, gastrocnémio medial e lateral, tibial anterior, eretores da espinha e tricípite braquial lateral) da marcha em descida, com e sem bastões de caminhada, num plano inclinado com 15° de declive. Para isso foi construída uma rampa em madeira com 1,07m de altura, 1,22m de largura e 4,17m de comprimento. RESULTADOS: a utilização dos bastões de caminhada levou à diminuição da flexão plantar do tornozelo aquando do apoio final e da pré-oscilação; ao aumento da flexão do joelho na resposta à carga, no apoio final, na pré-oscilação e à diminuição da flexão do mesmo no apoio médio; ao aumento da flexão da anca no contato inicial e na resposta à carga. Da leitura dos resultados cinéticos, podemos observar que a utilização dos bastões de caminhada levou ao aumento médio do Tempo de Apoio, do Máximo Ativo, do Tempo de Desaceleração e do Impulso, e a uma diminuição média estatisticamente significativa do Máximo Passivo do Mínimo Passivo. É também possível verificar que a utilização dos bastões levou à diminuição da ativação mioelétrica do gastrocnémio lateral, do vasto lateral e do tibial anterior e ao aumento da ativação do tricípite braquial durante o período de pré-ativação de 120ms, à diminuição da ativação mioelétrica do gastrocnémio lateral e do tibial anterior e ao aumento da ativação do tricípite braquial durante a fase de apoio e durante o período de acomodação mioelétrica de 60ms, assim como à diminuição da ativação mioelétrica do gastrocnémio lateral e do tibial anterior e ao aumento da ativação do tricípite braquial e do eretor da espinha direito durante o tempo de travagem. CONCLUSÕES: os bastões de caminhada podem ser vistos como mais uma das ferramentas à disposição do fisioterapeuta em situações em que a redução de cargas articulares seja necessária, por exemplo em casos de OA do joelho e/ou anca, ou mesmo em situações de pós-lesão ou pós-operatório ligamentar, como sendo um método preventivo, uma vez que apesar dos bastões de caminhada trazerem um aumento do dispêndio energético por parte de cada utilizador, são de todo benéficos na redução da fadiga muscular dos membros inferiores durante uma descida, aumentando por isso a proteção das estruturas passivas. Estes benefícios dever-se-ão também às alterações posturais que se conseguem obter pela utilização dos bastões e às vantagens mecânicas por elas criadas.