974 resultados para Relações de poder - Power relationships
Resumo:
OBJETIVOS: Analisar a reincidência de violência infantil no Município de Curitiba - Paraná e compreender o fenômeno com base na perspectiva de gênero. MÉTODOS: Estudo de abordagem quantitativa do tipo descritivo exploratório. Dentre as 338 notificações de violência contra crianças de zero a 9 anos de idade junto à Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente dessa cidade com última notificação em 2009 foram analisados 300 casos por serem reincidentes. RESULTADOS: A totalidade dos casos foi de violência intrafamiliar e a reincidência mais frequente foi a negligência, tendo com principal agressora a mãe. A violência sexual apareceu mais entre as meninas, com casos reincidentes no mesmo tipo ou com a negligência antecedendo. A manifestação da violência reincidente contra crianças apresentou-se sobreposta, recorrente, com tendência a agravar-se com a evolução dos casos. CONCLUSÃO: A violência contra as crianças é determinada por relações de poder determinadas pelas categorias gênero e geração, que produzem iniquidades potencializadoras da vulnerabilidade familiar em relação à violência. O olhar crítico sobre essa questão pode indicar medidas de superação no tocante à assistência e à prevenção de sua ocorrência e reincidência tanto do setor saúde como de outros setores.
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A intensidade das mudanças sociais em curso colocou em xeque o legado da modernidade. As verdades elaboradas pela ciência moderna têm sofrido fortes abalos. Até mesmo o modo de produzir conhecimentos é questionado nos tempos atuais. Dentre as alternativas emergentes, encontra-se a bricolagem. Os bricoleurs apelam para uma variedade de métodos, instrumentos e referenciais teóricos que lhes possibilitem acessar e tecer as interpretações de diferentes origens. Impulsionados pelos Estudos Culturais, denunciam as relações de poder que influenciam os discursos científicos postos em circulação. O presente artigo discute os pressupostos e procedimentos metodológicos e oferece um exemplo de uma pesquisa educacional inspirada na bricolagem.
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This research seeks to provide an explanation for variations of “politics” of preference formation in international trade negotiations. Building on the ‘policy determines politics’ argument, I hypothesize the existence of a causal relationship between issue-characteristics and their variations with politics dynamics and their variations. More specifically, this study seeks to integrate into a single analytical framework two dimensions along which variations in the “politics of preference formation” can be organized: configurations of power relationships among the relevant actors in the structures within which they interact as well as the logic and the motivations of the actors involved in the policy making process. To do so, I first construct a four-cell typology of ‘politics of preference formation’ and, then, I proceed by specifying that the type of state-society configurations as well as the type of actors’ motivations in the “politics of preference formation” depend, respectively, on the degree to which a policy issue is perceived as politically salient and on the extent to which the distributional implications of such an issue can be calculated by the relevant stakeholders in the policy making process. The empirical yardstick against which the validity of the theoretical argument proposed is tested is drawn from evidence concerning the European Union’s negotiating strategy in four negotiating areas in the context of the so-called WTO’s Doha Development Round of multilateral trade negotiations: agriculture, competition, environment and technical assistance and capacity building.
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Changes in resource use over time can provide insight into technological choice and the extent of long-term stability in cultural practices. In this paper we re-evaluate the evidence for a marked demographic shift at the inception of the Early Iron Age at Troy by applying a robust macroscale analysis of changing ceramic resource use over the Late Bronze and Iron Age. We use a combination of new and legacy analytical datasets (NAA and XRF), from excavated ceramics, to evaluate the potential compositional range of local resources (based on comparisons with sediments from within a 10 km site radius). Results show a clear distinction between sediment-defined local and non-local ceramic compositional groups. Two discrete local ceramic resources have been previously identified and we confirm a third local resource for a major class of EIA handmade wares and cooking pots. This third source appears to derive from a residual resource on the Troy peninsula (rather than adjacent alluvial valleys). The presence of a group of large and heavy pithoi among the non-local groups raises questions about their regional or maritime origin. (C) 2012 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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Rooted in critical scholarship this dissertation is an interdisciplinary study, which contends that having a history is a basic human right. Advocating a newly conceived and termed, Solidarity-inspired History framework/practice perspective, the dissertation argues for and then delivers a restorative voice to working-class historical actors during the 1916 Minnesota Iron Ore Strike. Utilizing an interdisciplinary methodological framework the dissertation combines research methods from the Humanities and the Social Sciences to form a working-class history that is a corrective to standardized studies of labor in the late 19th and early 20th centuries. Oftentimes class interests and power relationships determine the dominant perspectives or voices established in history and disregard people and organizations that run counter to, or in the face of, customary or traditional American themes of patriotism, the Protestant work ethic, adherence to capitalist dogma, or United States exceptionalism. This dissertation counteracts these traditional narratives with a unique, perhaps even revolutionary, examination of the 1916 Minnesota Iron Ore Strike. The intention of this dissertation's critical perspective is to poke, prod, and prompt academics, historians, and the general public to rethink, and then think again, about the place of those who have been dislocated from or altogether forgotten, misplaced, or underrepresented in the historical record. Thus, the purpose of the dissertation is to give voice to historical actors in the dismembered past. Historical actors who have run counter to traditional American narratives often have their body of "evidence" disjointed or completely dislocated from the story of our nation. This type of disremembering creates an artificial recollection of our collective past, which de-articulates past struggles from contemporary groups seeking solidarity and social justice in the present. Class-conscious actors, immigrants, women, the GLBTQ community, and people of color have the right to be remembered on their own terms using primary sources and resources they produced. Therefore, similar to the Wobblies industrial union and its rank-and-file, this dissertation seeks to fan the flames of discontented historical memory by offering a working-class perspective of the 1916 Strike that seeks to interpret the actions, events, people, and places of the strike anew, thus restoring the voices of these marginalized historical actors.
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In rural Ethiopia, livelihood diversification is essential for households to be able to sustain themselves. Declining agricultural profits and a land shortage have accelerated this diversification. While the past literature has ignored young women's economic contributions in its discussions about livelihood diversification, this research indicates that the current rapid educational expansion for girls has changed their economic role in their households. This has resulted in changes in the conventional life courses of women in rural Ethiopia as they have more choices in terms of education, marriage, and the types and location of their economic activities, due to the increasing importance of young women's economic contributions to their households and their improved educational opportunities. The aim of this paper is to elucidate how the economic environment and government educational policy have affected young women's lives in terms of education, marriage, economic activities, and intra-household power relationships, especially with their parents.
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A presente pesquisa, de natureza qualitativa de cunho etnográfico, está direcionada às políticas educacionais voltadas para a descentralização, que tem seu campo de atuação no universo micro da escola. Nesse contexto, é evidenciado o papel dos colegiados escolares, entre eles o Conselho de Classe e Série, pois esse vem se concretizando como um dos espaços que mais favorecem a participação dos diferentes segmentos da escola, tornando-se determinante para a qualidade da democratização da gestão escolar e do ensino-aprendizagem. A pesquisa desenvolveu-se em três momentos: 1) análise da documentação escolar; 2) observações em uma instituição escolar estadual da rede pública de São Bernardo do Campo e 3) entrevistas abertas e semi-estruturadas com pais, alunos, professores e gestores que serviram de suporte para tecer as considerações sobre as práticas realizadas durante os Conselhos de Classe e Série. Os objetivos da pesquisa foram: verificar como vem se estruturando a participação, seus acertos e desacertos na construção da gestão democrática da escola; desvelar o processo de implantação; entender como se dão as relações entre avaliação e aprendizagem em sala de aula. Mesmo tratando-se de um estudo de caso referente ao Conselho de Classe e Série, pode-se concluir que a participação é mediada por relações de poder, que se revelam a partir da interpretação das falas, e que estas se apresentam como determinantes para a ampliação da democracia dentro do ambiente escolar.(AU)
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A presente pesquisa, de natureza qualitativa de cunho etnográfico, está direcionada às políticas educacionais voltadas para a descentralização, que tem seu campo de atuação no universo micro da escola. Nesse contexto, é evidenciado o papel dos colegiados escolares, entre eles o Conselho de Classe e Série, pois esse vem se concretizando como um dos espaços que mais favorecem a participação dos diferentes segmentos da escola, tornando-se determinante para a qualidade da democratização da gestão escolar e do ensino-aprendizagem. A pesquisa desenvolveu-se em três momentos: 1) análise da documentação escolar; 2) observações em uma instituição escolar estadual da rede pública de São Bernardo do Campo e 3) entrevistas abertas e semi-estruturadas com pais, alunos, professores e gestores que serviram de suporte para tecer as considerações sobre as práticas realizadas durante os Conselhos de Classe e Série. Os objetivos da pesquisa foram: verificar como vem se estruturando a participação, seus acertos e desacertos na construção da gestão democrática da escola; desvelar o processo de implantação; entender como se dão as relações entre avaliação e aprendizagem em sala de aula. Mesmo tratando-se de um estudo de caso referente ao Conselho de Classe e Série, pode-se concluir que a participação é mediada por relações de poder, que se revelam a partir da interpretação das falas, e que estas se apresentam como determinantes para a ampliação da democracia dentro do ambiente escolar.(AU)
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O estudo visa identificar as iniciativas de Divulgação Científica empreendidas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com vistas à atualização e ao aperfeiçoamento da comunicação institucional, maior interação com interlocutores e fortalecimento da imagem do estado como produtor de CT&I. Foram empreendidas pesquisas bibliográficas e documentais, áreas prioritárias de fomento e difusão científica; entrevistas; auditoria de imagem na mídia estadual; diagnóstico dos principais produtos de jornalismo científico desenvolvidos pela UFMT e Unemat, assim como iniciativas conjuntas (revista Fapemat Ciência e Rede de Divulgação Científica). O método investigativo adotado pode ser caracterizado como Pesquisa Participante, concebido em estreita associação com resolução de problemas, tomada de consciência ou produção de novos conhecimentos (THIOLLENT, 1996, 1997). Tal estratégia agrega distintas técnicas de pesquisa social, definidas em função de cada fase do processo de investigação. A partir da análise dos conteúdos científicos publicados nos jornais estaduais, foi possível verificar que essas IES públicas ainda não ocupam lugar relevante em tais veículos, o que pode ser justificado pela inadequação de linguagem ou canais de relacionamento, assim como, pela necessidade de uma política de divulgação mais eficiente. O mapeamento dos portais e canais de mídias sociais institucionais evidenciou que a utilização desses veículos ainda pode ser mais bem dinamizada. Por fim, as conclusões apontam que diferenças culturais e institucionais entre as duas IES inviabilizam a adoção de uma Política de Comunicação Científica integrada, comum entre UFMT e Unemat. O que pode ser considerado, é o desenvolvimento de ações para a dinamização de divulgação dessas instituições, no âmbito do Sistema Estadual de CT&I.
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Esta pesquisa tem como tema os discursos que circulam e estruturam o ambiente de trabalho nas empresas. De forma geral, busca-se compreender a lógica administrativa que, no limite, exerce uma condução da subjetividade dos trabalhadores. Temos por objetivos: 1) identificar como nas escolas do pensamento administrativo do século XX o engajamento do trabalho é requerido dos trabalhadores; 2) pretendemos discutir uma possível caracterização do discurso e dos usos da administração, como campo de conhecimento sobre o trabalho, dentro das organizações. Para tanto, estabelecemos como panorama teórico-metodológico nas ideias centrais de Michel Foucault em suas análises sobre a funcionalidade do poder e seus dispositivos. Propusemos uma perspectiva arqueogenealógica para a estudar o tema trabalho por meio da lógica da administração e do engajamento. Para estruturar esta análise, selecionamos disciplinas oferecidas e examinamos ementas e referências de leituras nos cursos de graduação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e do curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Diante do contato com a discursividade administrativa pudemos formular algumas reflexões. A Administração de Empresas é a ciência da demonstração, pautada na dominação da realidade por uma dita eficiência. É o que se faz produtivo da realidade ou o que se produz nela que se torna científico. Não há discussão, nos registros aqui investigados, de um questionamento sobre o discurso de eficiência, de melhores práticas e da localização das organizações como construções historicamente produzidas, apenas como produtoras de determinações. Não parece haver a possibilidade de desnaturalizar a empresa. A administração parece estar pautada em uma duplicação da dominação como a profissão que é moldada ao moldar o trabalho. Partimos também da análise do que se nomeia engajamento para compreender o que é requerido do trabalhador para além do contrato de trabalho e de sua produtividade material. Neste sentido, o trabalho torna-se uma experiência de educação em contínua e ininterrupta vigilância pedagógica. O efeito moral das técnicas e das provas nas correntes de pensamento da administração permite uma condução técnica e do modo de viver dos trabalhadores. Nesse sentido, a administração, propõe o aperfeiçoamento do cuidado de si no trabalho e para o trabalho. As disciplinas então se duplicam: pelo exterior, por meio da regra pautada na estrutura formal da autoridade da fábrica/empresa com o governo dos corpos; e pelo interior por meio de uma sujeição por identidade, pela estilização da vida
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A teoria dos sistemas sociais autorreferenciais é uma teoria sociológica inovadora. Na verdade, trata-se de uma superteoria baseada em premissas construtivistas que se pretende universal, ou seja, capaz de descrever qualquer fenômeno social, incluindo as teorias rivais. O criador da teoria, o sociólogo alemão Niklas Luhmann, escreveu obras sobre uma grande variedade de temas: desde do Direito até a Arte; de uma teoria geral dos sistemas sociais até uma teoria abrangente da sociedade. Como uma teoria de base construtivista, a teoria dos sistemas sociais autorreferenciais observa observações, mais especificamente, observa comunicações. A teoria adota, assim, um fundamento teórico singular que exige novas descrições dos fenômenos sociais, ainda que já tenham sido exaustivamente estudados. Esse é o caso de sanções legais. Luhmann, contudo, não fornece uma descrição sistêmica das sanções legais. Ao invés disso, usa o termo de maneiras diferentes em seus estudos. As sanções a que ele se refere em seus estudos sobre o sistema político parecem estar mais relacionadas à violência física do que aquelas que ele mencionou ao descrever o sistema jurídico. Esta indefinição é, provavelmente, fruto do que chamei \"noção comum de sanção\". A noção comum, menos do que um conceito de sanção, é o acumulado de séculos de esforços para definir medidas de controle social. Portanto, além de vaga, a noção comum de sanção é baseada em premissas que são estranhas à teoria dos sistemas sociais. Assim, é necessária uma nova descrição dos fenômenos sociais associados à noção comum de sanção, a fim de expandir as possibilidades da teoria dos sistemas sociais. A observação desses fenômenos do ponto de vista da teoria dos sistemas sociais autorreferenciais resultou na descrição de não apenas uma, mas de quatro estruturas sociais diferentes. A primeira foi identificada como sanção simbiótica e pode ser tanto negativa - se associada ao uso da violência - como positiva - se associado à satisfação das necessidades. A segunda é o programa do sistema jurídico que cumpre a função de memória no sistema, mantendo assim as expectativas normativas. A terceira estrutura é uma variação da segunda; são programas oriundos dos processos legais que também cumprem função de memória. Estes programas diferem das sanções simbióticas na distância do uso da violência física. Enquanto a sanção simbiótica demonstra claramente a sua conexão com a violência frente à desobediência, os programas apontam para outros programas sancionatórios antes de se referirem à violência física. De um modo muito diferente, o quarto tipo de estrutura social, os programas sancionatórios de exclusão, identificados com as penas privativas de liberdade, estão intimamente ligados à violência física. Estes programas, embora realizem também a função de memória, cumprem outra função: a gestão de exclusão na sociedade moderna.
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O Cientista na Ficção Científica: a construção de imagens sociais na linguagem do cinema norte-americano nas décadas de 70, 80 e 90 é uma pesquisa sobre a composição da imagem social do cientista, a fim de analisar a caracterização desse personagem no cinema, identificando modalidades de estereótipos que compõem sua imagem social, profissional e comportamental, bem como suas relações com o imaginário e inconsciente coletivos. A análise de conteúdo é ferramenta metodológica utilizada para observação dos filmes e categorização de unidades de análise que permeiam o roteiro, a caracterização física e de atitudes do personagem cientista. A partir dos dados coletados e organizados, a análise dessa categorização do conteúdo manifesto e sua relação com a função social da comunicação seguiu princípios como: coerência; transparência; fidedignidade e validação dos dados observados, apropriados à análise de conteúdo, também fundamentada nas teorias crítica da comunicação e realista do cinema. Pode-se concluir que o cinema norte-americano tem normalizado imagens do cientista de forma estereotipada, seja pelo uso do roteiro, da relação com o objeto da pesquisa na ficção ou mesmo pelas relações de poder que se estabelecem em meio às atividades científicas. O cientista na ficção é representado principalmente pelos estereótipos de maluco, inconseqüente e que tem suas descobertas envolvidas com criaturas ou máquinas nem sempre benéficas à sociedade.(AU)
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A presente pesquisa, de natureza qualitativa de cunho etnográfico, está direcionada às políticas educacionais voltadas para a descentralização, que tem seu campo de atuação no universo micro da escola. Nesse contexto, é evidenciado o papel dos colegiados escolares, entre eles o Conselho de Classe e Série, pois esse vem se concretizando como um dos espaços que mais favorecem a participação dos diferentes segmentos da escola, tornando-se determinante para a qualidade da democratização da gestão escolar e do ensino-aprendizagem. A pesquisa desenvolveu-se em três momentos: 1) análise da documentação escolar; 2) observações em uma instituição escolar estadual da rede pública de São Bernardo do Campo e 3) entrevistas abertas e semi-estruturadas com pais, alunos, professores e gestores que serviram de suporte para tecer as considerações sobre as práticas realizadas durante os Conselhos de Classe e Série. Os objetivos da pesquisa foram: verificar como vem se estruturando a participação, seus acertos e desacertos na construção da gestão democrática da escola; desvelar o processo de implantação; entender como se dão as relações entre avaliação e aprendizagem em sala de aula. Mesmo tratando-se de um estudo de caso referente ao Conselho de Classe e Série, pode-se concluir que a participação é mediada por relações de poder, que se revelam a partir da interpretação das falas, e que estas se apresentam como determinantes para a ampliação da democracia dentro do ambiente escolar.(AU)
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This paper looks at how a strategic plan is constructed through a communicative process. Drawing on Ricoeur’s concepts of decontextualization and recontextualization, we conceptualize strategic planning activities as being constituted through the iterative and recursive relationship of talk and text. Based on an in-depth case study, our findings show how multiple actors engage in a formal strategic planning process which is manifested in a written strategy document. This document is thus central in the iterative talk to text cycles. As individuals express their interpretations of the current strategic plan in talk, they are able to make amendments to the text that then shape future textual versions of the plan. This iterative cycle is repeated until a final plan is agreed. We develop our findings into a model of the communication process that explains how texts become more authoritative over time and, in doing so, how they inscribe power relationships and social order within organizations. These findings contribute to the literature on the purposes of largely institutionalized processes of strategic planning and to the literature on organization as a communications process.
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This paper examines the construction of a strategic plan as a communicative process. Drawing on Ricoeur’s concepts of decontextualization and recontextualization, we conceptualize strategic planning activities as being constituted through the iterative and recursive relationship of talk and text. Based on an in-depth case study, our findings show how multiple actors engage in a formal strategic planning process which is manifested in a written strategy document. This document is thus central in the iterative talk to text cycles. As individuals express their interpretations of the current strategic plan in talk, they are able to make amendments to the text, which then shape future textual versions of the plan. This cycle is repeated in a recursive process, in which the meanings attributed to talk and text increasingly converge within a final agreed plan. We develop our findings into a process model of the communication process that explains how texts become more authoritative over time and, in doing so, how they inscribe power relationships and social order within organizations. These findings contribute to the literature on strategic planning and on organization as a communication process.