1000 resultados para Razão vermelho
Resumo:
O presente artigo procura analisar a noção de fé em Montaigne, confrontando-a com as idéias de razão e de crença, e também em sua relação com o lugar que é conferido à autoridade pelo autor dos Ensaios. Discute-se principalmente a interpretação bastante estabelecida de que o ceticismo de Montaigne reduziria a fé à esfera das crenças e dos costumes.
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O presente trabalho examina um problema recorrente no pensamento de Friedrich Schiller: o da unidade da razão na autonomia das formas fundamentais da racionalidade. Ele é analisado aqui no contexto da correspondência de Schiller com o Príncipe de Augustenburg em 1793 e do ensaio "Sobre a utilidade moral dos costumes estéticos". O propósito do trabalho é discutir esse problema desde a perspectiva do nexo entre a esfera estética e a razão prática. Segundo Schiller, o gosto seria uma condição necessária da liberdade.
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O Gemüt (ânimo) é aqui apresentado numa dupla perspectiva: de um lado, como faculdade geral de representações (cf. o quadro ao final do texto) e, de outro, como princípio de unificação das faculdades de conhecimento, especialmente de entendimento e sensibilidade, na Crítica da razão pura. Num e noutro caso, a referência ao Gemüt envolve uma relação aberta do conhecimento com as demais faculdades. É por isso que a razão, sendo vista em analogia com um organismo, articula o conhecimento com um todo humano, que remete à quarta pergunta, introduzida na Lógica, "que é o homem?", à qual podem se reduzir todas as demais. Assim homem e Gemüt se equivalem. O ânimo humano, admitido na Crítica da faculdade do juízo como princípio da vida, sobretudo pela vinculação com o corpo, torna propícia a evocação dos versos de Goethe, que contrapõem teoria e a vida enquanto uma árvore, no primeiro Fausto. Mas não se trataria de opor teoria e vida, como o reconheceu mais tarde o poeta, e sim de redescobrir seu estreito e fecundo vínculo, também no nível da produção do conhecimento humano.
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O objetivo do artigo é compreender como Bayle, no seu Dicionário, avalia a força da razão. Primeiro, apresento como seria o bom funcionamento da razão e de que modo esta, apoiando-se tanto nas ideias claras e distintas, como em princípios lógicos, metafísicos e morais, poderia estabelecer algumas verdades em filosofia. Em seguida, passo em revista quais seriam as principais dificuldades levantadas por Bayle para que a razão possa alcançar verdades e que alcance teria, segundo o filósofo, cada uma delas. Na parte final, faço um balanço das análises precedentes e proponho que, para Bayle, a razão não é destruída por essas dificuldades, mas, ainda assim, seria incapaz de estabelecer qualquer verdade em filosofia.
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Este artigo se propõe a identificar e investigar, no interior da filosofia de Pierre Bayle, instrumentos por ele utilizados para atribuir estatuto de conceito filosófico à tolerância. Com este objetivo, encontramos a concepção de razão construída no Avis aux Réfugiés. Após análise dos argumentos e das proposições apresentadas no texto acima citado, terminamos por identificar graus de profundidade na razão, de modo que o tolerar resulte de um empenho racional intenso e profundo.
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O artigo é uma reflexão sobre o modo como, na "Genealogia da Moral", Nietzsche repensa "o problema estético" a partir da oposição entre a concepção kantiana do belo como predicado de um juízo "desinteressado" e a concepção stendhaliana do belo como efeito de uma "cristalização" e uma "promessa de felicidade". A chave do pensamento de Nietzsche neste contexto está no conceito de "embriaguez" (Rausch), por um lado, como termo-chave para designar a "pré-condição fisiológica" da arte, mas, por outro, como um processo de espiritualização dos instintos ou das pulsões que as interioriza e intensifica. Esta espiritualização distingue-se da contemplação desinteressada porque não nos des-afecta e porque é, em grande medida, uma espiritualização da sexualidade, mas não deixa, por isso, de implicar uma reavaliação dos valores e uma ampliação do horizonte do humano. É por isso que a arte pode ser pensada como um "contra-movimento" que afirma a vida e combate o "ideal ascético" e o "niilismo europeu".
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Angico-vermelho (Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan) é uma espécie nativa de grande valor ecológico e econômico, importante para a recomposição de áreas degradadas. O presente trabalho avaliou incidência, transmissão e patogenicidade de fungos associados a sementes de angico-vermelho de distintas procedências do Estado do Rio Grande do Sul. Para isso, utilizaram-se três amostras de sementes, com as quais realizaram-se testes de germinação, sanidade empregando-se o método do papel-filtro (PF) e de plaqueamento em batata-dextrose-ágar (BDA), transmissão e patogenicidade dos fungos. A germinação das sementes de angico-vermelho variou de 63 a 91 %. Os fungos considerados potencialmente patogênicos encontrados associados as sementes de angico-vermelho foram: Alternaria sp.; Botrytis sp.; Fusarium sp.; Cladosporium sp. e Pestalotia sp.; sendo que Fusarium sp. foi detectado em todas as amostras pelo método PF, e foi transmitido via semente causando má formação do sistema radicular e dos cotilédones e tombamento de pré emergência. Sua patogenicidade foi confirmada.
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Neste artigo, procuro avaliar o sentido para o projeto dedutivo da Crítica da Razão Pura da distinção, apresentada no 18 dessa obra, entre unidade objetiva e unidade subjetiva da apercepção. Primeiramente, apresento o objetivo geral e os passos fundamentais da dedução transcendental das categorias do entendimento. Em seguida, identifico o esboço de uma estratégia argumentativa, inaugurada no
18 da Dedução, fundada na compreensão da unidade subjetiva da apercepção como um juízo de percepção acerca de "objetos subjetivos". Finalmente, defendo que uma dedução assim construída não é uma prova consistente da possibilidade do conhecimento objetivo, na medida em que pretende se furtar à tarefa de demonstrar que as categorias do entendimento são condições da possibilidade da nossa percepção pré-judicativa de objetos sensivelmente intuídos.
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A mecanização tem sido, atualmente, um poderoso instrumento para suprimento das necessidades da indústria agroflorestal, estando presente nos processos de produção, colheita e transporte florestal. Esta utilização intensiva de máquinas pode, entretanto, acarretar danos ao solo, principalmente em termos de compactação, podendo refletir negativamente na produtividade. Tendo em vista a escassez de informações sobre a compactação do solo causada pelas máquinas florestais, o objetivo principal deste trabalho foi a avaliação dos níveis de compactação do solo causada pelo tráfego do trator florestal autocarregável (Forwarder). As variáveis físicas do solo analisadas foram a densidade e a resistência à penetração, tendo as amostras de solo sido retiradas em cinco pontos igualmente espaçados ao longo das trilhas, em três níveis de profundidades (0-15 cm, 15-30 cm e 30-50 cm). A análise estatística dos resultados de cada variável foi efetuada por meio da análise de variância para parcelas subdivididas, em que foram testados o efeito da máquina, o efeito da profundidade e o efeito da interação entre a máquina e a profundidade. A análise dos resultados obtidos permitiu constatar que o Forwarder provocou uma pequena compactação no solo, ou seja, incrementos de 0,06 g/cm³ na densidade e 1,00 MPa na resistência à penetração do solo. Os valores máximos da densidade do solo e resistência à penetração, depois da última passada da máquina, foram 1,12 g/cm³ e 2,87 Mpa, respectivamente.
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Uma das limitações para que o desenvolvimento florestal sustentável seja atingido está relacionado com a questão do tráfego durante a realização das operações de colheita e transporte de madeira, pois elas podem causar degradação da estrutura do solo. Visando obter uma solução para este problema, os objetivos deste estudo foram: a) propor um modelo de sustentabilidade da estrutura dos solos cultivados com Eucalyptus spp., na região de Peçanha-MG, em função da pressão de preconsolidação (sigmap) e da umidade (U); e b) determinar, através do uso deste modelo, a influência das operações realizadas com o Feller-Büncher e Skidder (Pneu 30.5L.32), Feller-Büncher e Skidder (Pneu 66.43.00.26) e Harvester e Forwarder na estrutura do solo. Este estudo foi conduzido em um Latossolo Vermelho-Amarelo (LV), sob Eucalyptus, utilizando amostras indeformadas, coletadas antes e após as operações da colheita, na profundidade de 0,10 a 0,125 m. As amostras indeformadas foram utilizadas nos ensaios de compressão uniaxial. Foram determinadas também a textura e a densidade de partículas do solo. O modelo de sustentabilidade da estrutura do Latossolo Vermelho-Amarelo obtido para os projetos deste estudo é expresso pela seguinte equação: sigmap = 10(2,72-1,29 U). O uso dos modelos de sustentabilidade da estrutura e da pressão de preconsolidação, determinada após o tráfego, permitiu quantificar os efeitos causados pelo Feller-Büncher e Skidder (Pneu 30.5L.32), Feller-Büncher e Skidder (Pneu 66.43.00.26) e Harvester e Forwarder na estrutura do Latossolo Vermelho-Amarelo. Nos projetos Buriti e São Leonardo, as operações realizadas com o Harvester e Forwarder foram as que mais degradaram a estrutura do solo, enquanto no projeto Dourado foram as realizadas com o Feller-Büncher e Skidder (Pneu 30.5L.32) e Feller-Büncher e Skidder (Pneu 66.43.00.26).
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O preparo do solo para o plantio de espécies florestais visa disponibilizar água e nutrientes para o rápido estabelecimento das mudas. Apesar de recentemente técnicas menos intensivas de preparo serem preconizadas, há situações em que o preparo mais intensivo é necessário. Neste trabalho avaliou-se o efeito de quatro métodos de preparo nas propriedades físicas e químicas do solo, na produção de biomassa e na composição mineral de plantação reformada de Eucalyptus grandis. Os tratamentos T1) queima dos resíduos da floresta anterior, destoca e subsolagem; T2) queima e destoca; T3) somente queima; e T4) cultivo mínimo (coveamento manual) foram aplicados em área anteriormente usada com plantação de eucalipto manejado por talhadia, em terceira rotação, e situada em Latossolo Vermelho distrófico no município de Santa Bárbara-MG. Aos 38 meses após o plantio, a maior produção de biomassa (81,6 t/ha) foi verificada no tratamento com maior intensidade de preparo do solo, com decréscimo significativo à medida que o preparo era menos intenso. A menor produtividade (50,4 t/ha) foi obtida com o cultivo mínimo. Entretanto, o solo deste tratamento, na época de avaliação, apresentou melhores características químicas e maior acúmulo de manta orgânica. Portanto, o coveamento foi o método de preparo que levaria à maior sustentabilidade da produção florestal, em razão da menor exportação de nutrientes.
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Objetivou-se avaliar o manejo do solo na entrelinha da seringueira de forma mecânica com grade e roçadora e com cultura de cobertura sobre as propriedades físicas do solo. Para isto, implantou-se a seringueira (PB 235 e RRIM 701) em Latossolo Vermelho em Jaboticabal-SP, em 1992, de forma que a área da entrelinha da cultura foi manejada com gradagem, roçadora e cultura de cobertura kudzu-tropical (Pueraria phaseoloides). Após 8 anos de cultivo, foram analisados alguns atributos físicos do solo (densidade, macro, micro e porosidade total, granulometria e argila dispersa em água), na entrelinha da cultura. O manejo mecânico e o de culturas de cobertura na entrelinha da seringueira afetaram as propriedades físicas do solo, especialmente a porosidade e a densidade, entretanto não influenciaram significativamente a granulometria do solo. As maiores alterações físicas em função do manejo da entrelinha da seringueira manifestaram-se especialmente na camada superficial do solo (0-20 cm). O manejo com roçadora reduziu significativamente a porosidade do solo (0,08-0,04 m³/m³) e aumentou a sua densidade (1,4-1,5 kg/dm³), ao passo que o manejo com grade não degradou as propriedades físicas do solo, comparado com roçadora e a cultura de cobertura com kudzu tropical.
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Este experimento foi realizado com o objetivo de estudar os efeitos de diferentes doses de fósforo no crescimento de mudas de angico-vermelho (Parapiptadenia rigida). Como substrato foi utilizado Argissolo Vermelho-Amarelo, coletado na camada superficial (0-20 cm), e como adubação complementar foram adicionados 10 mg/kg de N e 12,5 kg de K, cujas fontes foram (NH4)2SO4 e KCl, respectivamente. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com oito tratamentos e oito repetições, totalizando 64 parcelas, de uma planta cada. Os tratamentos foram constituídos por testemunha (solo sem adição de fósforo) e 90, 180, 270, 360, 450, 540 e 630 mg/kg de P (utilizando CaHPO4 como sal). Os recipientes utilizados foram vasos de polipropileno com capacidade de 2 dm³. A umidade dos vasos foi mantida em 80% da capacidade de campo. Após 130 dias foram avaliados os parâmetros altura da parte aérea, diâmetro do colo, biomassa acima do solo, biomassa radicular e biomassa total. A dose de 450 mg/kg de P resultou no maior crescimento das plantas de Parapiptadenia rigida.
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Objetivou-se comparar prognoses da distribuição diamétrica de uma floresta estacional semidecidual secundária obtidas pelos métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição. Foram utilizados dados obtidos em dez anos de monitoramento do ensaio de produção sustentável em floresta secundária, implantado em 1986 pela companhia Vale do Rio Doce, em Rio Vermelho e Serra Azul de Minas, Minas Gerais. Foram considerados apenas os dados referentes à área sem intervenção, e as árvores foram agrupadas por classe de diâmetro de 5 cm. As análises da taxa de crescimento foram realizadas a partir dos períodos de monitoramento de 1986 a 1996, com intervalos de dois em dois anos. As prognoses da estrutura diamétrica para 1994 e 1996 foram realizadas por meio dos métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição e comparadas com a estrutura real. A consistência da prognose obtida por cada método foi realizada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov (P = 0,05). Quanto ao número médio de árvores, as prognoses obtidas pelos três métodos foram similares a estrutura real, tanto para 1994 como para 1996. No entanto, quanto à distribuição diamétrica, os métodos não foram eficientes quando comparados com a estrutura real. Pode-se concluir que os métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição foram eficientes na prognose do número médio de árvores/ha da floresta estudada, porém não o foram na prognose da distribuição diamétrica da mesma floresta.