980 resultados para Ensino religioso Rio de Janeiro (Estado)
Resumo:
o trabalho dos psiclogos escolares da Secretaria Municipal de Educao e Cultura do Rio de Janeiro ~ pretensamente orientado por uma viso institucional, apoiada nas idias de J. Bleger. O que este trabalho procura mostrar que esta pretenso no resiste a uma anlise dos fatos. Inicialmente, apresentamos uma viso critica da instituio escolar, considerada como Aparelho Ideolgico Estado e procuramos mostrar as consequncias prticas de tal postura terica no decorrer de todo este trabalho. Em seguida, faz-se um sumrio, o mais detalhado possvel, das atividades realizadas pelos psiclogos escolares no municpio do Rio de Janeiro e esta prtica comparada com alguns aspectos da teoria de J. Bleger. Embora as evidncias disponveis em documentos ofi ciais, e as palavras dos elementos que dirigem e coordenam o trabalho dos psiclogos escolares no citado municpio, apontem no sentido de adequao deste trabalho com a teoria institucional, tal realmente no ocorre. So analisados e discutidos os possveis motivos de tal discrepncia entre o que dito e o que efetivamente feito, ou seja, o que dificulta, limita e mesmo impede em termos prticos uma atuao a nvel institucional. A concluso de que no momento, o melhor trabalho que se pode fazer dentro da escola , sem dvida, dentro de uma perspectiva institucional entretanto, importante que se tenha conscincia de suas dificuldades e limites e principalmente que se saiba o papel e a funo do Aparelho Ide~ lgico Escolar.
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A partir da afirmativa de que os licenciandos nao tinham padres de interesses compatveis com a carreira do magistrio, iniciamos a busca das razes daquela escolha ocupacional. Na reviso bibliogrfica feita encontramos dois fatores: primeiro, os de ordem psicologica que so reas relativas a interesses, personalidade e inteligncia; segundo, os fatores soCio-econmicos. Os fatores socio-econmicos foram objeto deste estudo, sendo campostos por dados pessoais e dados familiares que foram pesquisados atravs de um questionrio elaborado e aplicado por ns a clientela do Curso de Formao pedaggica da Faculdade de Educao da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Encontramos dados que nos levaram as afirmaes de que: o magistrio est se tornando uma profisso feminina; os futuros professores so oriundos da escola pblica, possuem experincias ligadas a educao e esto scio-economicamente situados entre as classes mdia e mdia inferior.
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A presente dissertao procura identificar a maneira pela qual a problemtica da mulher afeta o magistrio, majoritariamente feminino, analisando a partir dai, as dificuldades que se apresentam para uma real transformao da escola pblica. No movimento das contradies que povoam a Escola em nosso Estado, a questo feminina se faz presente como uma das determinantes, para a super! o ou no, do conservadorismo que to bem caracteriza ainda esta Escola Pblica proveniente do Brasil Republicano. O histrico da condio feminina atravs dos sculos denota toda uma luta pelo seu direito esfera pblica, principalmente pelo trabalho. Isto demonstra que o "aprisionamento" feminino, na esfera privada,nada tem a ver com caracteres biolgicos, mas sim com mltiplas determinaes polticas, sociais e econmicas de cada sociedade, em dado momento histrico. E tal "aprisionamento" ser uma das dificuldades da mulher-professora em se constituir como profissional consciente, atuando, de forma critica, para a me lnoria de nossa Escola. Nas ltimas dcadas (de 60 para c), percebemos todo um movimento de rebeldia que originar lideranas femininas, lutando, no apenas pela libertao das mulheres, mas tambm por transformaes profundas em nossa Escola e na sociedade como um todo. A presena petrificada da MULHER na histria oficial brasileira, como mucama, sinh-moa, escrava ou professorinha, j aponta, hoje, possibilidades de mudana no horizonte de construo de uma NOVA MULHER, sujeito de sua prpria histria, profissional competente e militante poltica. Esta NOVA PROFESSORA, no mais ser a "tia ou a "professorinha" e sim, finalmente, CIDAD ... TORNANDO-SE MULHER (Beauvoir).
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Este um estudo sobre meninos e meninas que vivem e morrem nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com aproximadamente setenta crianas e adolescentes, compondo dois grupos separados, e teve como objetivo primordial a busca de um conhecimento compreensivel sobre a vida e a viso de mundo que este segmento marginalizado da populao constri, tendo como referencial scio-cultural condies de misria, adversidade e excludncia. Para compor e dar sentido a essa viso, foram discutidas as diversas teorias sobre marginalidade. O quadro legalista e as solues clssicas que so repetidamente apresentadas por setores da sociedade (internamentos em instituies totais: sub-escolarizao e subemprego). Diante do testemunho do fracasso dessas solues, fica a pergunta: por que se insiste na adoo dessas medidas? Concluimos pela existncia de uma violncia multifacetada praticada pela sociedade e pelo Estado contra o segmento infantil que se convencionou rotular de meninos e meninas de rua: a violncia fsica, policialesca e paramilitar: a violncia econmica, manifesta pela impossibilidade de acesso aos bens materiais e culturais conquistados pelo conjunto da sociedade brasileira: e a violncia imposta por uma ideologia autoritria, discriminatria e segregacionista, que exclui igualmente essas crianas do acesso aos mais elementares direitos da pessoa humana. Com esse estudo, pretendemos contribuir para a consolidao de uma viso terica comprometida com a transformao dessa realidade, na busca de justia social e da construo de uma sociedade plural, na qual possam se expressar de forma livre e criativa, os segmentos da populao no-pertencentes s classes econmico e culturalmente hegemnicas do pas.
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O Instituto de Fsica da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi criado pela resoluo n 21 de 1964 do Conselho Universitrio da Universidade do Brasil, e mantido pelo Decreto n 60.455-A de 13.03.67 que aprovou o plano de reestruturao da Universidade Federal do Rio de Janeiro - ex-Universidade do Brasil. O Instituto uma unidade desta Universidade , subordinado ao Centro de Cincias Matemticas e da Natureza. Este est dividido em departamentos que so a menor frao da estrutura acadmica da Universidade. A responsabiliade deste de planejar, executar e controlar a pesquisa e o ensino na sua rea de conhecimento. Assim, as atividades desenvolvidas no Instituto sa de pesquisa e ensino e devem envolver todo o corpo docente. Mas, verifica-se que h no Instituto um profundo desinteresse pelo ensino. A educao cientfica uma atividade de rotina, burocratizada, baseada na repetio de textos de manuais, severamente criticados pelo seu carter simplificador dos conceitos e da prpria viso de cincia. Essa prtica, assim conduzida, vem se repetindo, ao longo dos anos, formando professores reprodutores e pesquisadores de cincia normal. Para repensar a prtica pedaggica cientfica necessrio analisar, em profundidade, a cincia e a pedagogia, cientfica, suportes tericos das prticas realizadas no Instituto. Isso significa explicitar a concepo de cincia que fundamenta as formas de ensinar e pesquisar. Para tanto, o trabalho, aqui desenvolvido. pautou-se em estudo da realidade acadmica do Instituto, bem como, em concepes de filosofia da cincia, relevantes na atualidade, como as de Bachelard e Kuhn. Estes subsdios assim construidos, indicam caminhos para a elaborao de uma nova pedagogia que se contrape vigente.
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O tema desta dissertao, expectativas dos mestres e mestrandos em medicina foi analisado atravs do estudo da ps-graduao da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Situando o problema procedeu-se a uma reviso bi biogrfica centrada em dois pontos: a ps-graduao e a prtica medica. Para orientar o estudo da ps-graduao realizou-se uma resenha da educao de nvel superior no Brasil, do desenvolvimento de aes em prol da cincia e tenologia no campo de investigao e da pesquisa. Frentes que se abrem, paralelamente, palmilhando caminhos separados e que paulatinamente se vo reunir no ambiente universitrio, no momento da instalao dos cursos de ps-graduao, com nfase voltada para a formao do docente-pesquisados. A ps-graduao da UFRJ, na rea da Medicina, foi discutida de forma mais detida por motivos de interesse do trabalho.
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Apesar das mltiplas reformas do ensino e das modificaes ocorridas na carreira do magistrio superior, o processo de seleo de professores para a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro ainda se assemelha ao adotado em 1856, dois anos aps a primeira reformulao dos Estatutos da Faculdade, criada em 1832. Desde ento, a escolha dos docentes tem-se baseado no desempenho em provas pblicas que, desde 1854, so: prova escrita, prova prtica, prova didtica e de defesa de tese. Mais de um sculo decorrido, a sistemtica de organizao, realizao e julgamento de tais provas permanece quase inalterada, a despeito das mudanas na educao mdica e da expanso do conhecimento e do instrumental de medida do comportamento. Alm disso, as provas vm-se realizando sem a definio prvia dos perfis profissionais, dos objetivos especficos de cada uma delas e dos critrios de julgamento. Cabe ressaltar que, em 1911, a Reforma Rivadvia substituiu o concurso de provas pelo exame dos ttulos e trabalhos dos candidatos. Com a reforma Francisco Campos, em 1931, passaram a vigorar o concurso de ttulos e o de provas. Ainda que o Regimento da Faculdade de Medicina estabelea que os ttulos se verificam "mediante sistema objetivo de avaliao", no raro cada membro da Comisso Julgadora confere grau diferente ao conjunto dos ttulos e trabalhos de um mesmo postulante. Alm desse inconveniente, as categorias de ttulos estabelecidas no contemplam adequadamente todas as aes necessrias ao trabalho universitrio. Privilegia-se a pesquisa, relega-se a atividade de prestao de servios assistenciais, inerente a funo social da universidade. O concurso forma exclusiva de seleo dos professores. Tanto os que trabalham h longo tempo na instituio quanto os a ela estranhos se submetem s mesmas provas e apreciao dos ttulos, os quais se distinguem pela preferncia dada aos obtidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Num e noutro caso, o processo desvantajoso. Os atuais professores parecem, entretanto, concordar com o modelo vigente. Uma proposta de modificao desse mecanismo secular, j rotulado de anacrnico por Clementino Fraga (52), concursado em 1910, exigir trabalho coletivo, interdisciplinar, com a assessoria obrigatria de especialistas no campo da medida educacional.
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Os mega-eventos internacionais diferem muito nos seus propsitos, que podem ser econmicos, polticos, de meio ambiente, culturais, tursticos, esportivos etc. Independente dos seus propsitos, a essncia de todos, sedi-los com sucesso, proporcionando segurana s pessoas que deles participam. Esses eventos representam uma grande oportunidade para a cidade e para o pas que os hospeda, pois permitem divulgar ao mundo inteiro seu potencial cultural e turstico, mas, por outro lado, a responsabilidade um grande desafio para as autoridades envolvidas na organizao. Este trabalho aborda a questo da segurana pblica no Estado do Rio de Janeiro, perante a realizao dos prximos eventos internacionais, como o Mundial de Futebol de 2014 e as Olimpadas de 2016. O objetivo principal que norteou esta investigao foi identificar os fatores necessrios para a construo de uma agenda coletiva que oriente o trabalho matricial de segurana no planejamento destes eventos. Para esse efeito, realizamos uma ampla pesquisa bibliogrfica, entrevistas e observao para coletar as informaes. Conclumos que esses fatores so: a integrao entre governos (Federal, Estaduais e Municipais); a integrao das comunidades e de toda a sociedade civil; o planejamento de responsabilidades; conhecimento prvio de cenrios anteriores; cooperao com instituies nacionais e internacionais; administrao oramentria e participao logstica dos recursos.
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Trata-se de um trabalho sobre o processo de incorporao pelo Estado das escolas comunitrias no Municpio do Rio de Janeiro. Aps um breve levantamento da histria do surgimento destas experincias comunitrias realizado um estudo mais detalhado do contexto poltico e econmico desta poca, com o intuito de reconstituir as mudanas conjunturais que possibilitaram a criao e o posterior crescimento institucional da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, rgo da Prefeitura do Municpio do Rio de Janeiro, responsvel pela absoro das escolas comunitrias. A seguir, so descritos os dois projetos da SMOS que deram origem a este processo de incorporao. Finalmente, procura-se relacionar as principais diretrizes polticas dos sucessivos governos estaduais e municipais no perodo estudado, com o grau de expanso do projeto de creches e escolas comunitrias . Conclui-se apontando que, embora o reconhecimento dessa experincia comunitria Dela Estado tenha servido de alguma forma aos interesses da populao envolvida. O quadro atual demonstra que a forma como foi realizada esta incorporao viabilizou praticas autoritrias e conservadoras, obstruindo a construo de um projeto educacional de qualidade voltado para as crianas das camadas mais pobres de nossa populao.
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Os propsitos do presente estudo objetivaram levantar o estado e a natureza do controle gerencial por responsabilidade e as medidas de avaliao do desempenho em quatro entidades estatais estaduais do Rio de Janeiro: uma sociedade de economia mista, uma empresa pblica, uma autarquia e uma fundao e analis-las luz dos fundamentos tericos existentes na literatura sobre o assunto, em termos de proximidade ou afastamento em relao aos aspectos vistos como relevantes nesta rea do conhecimento. especfica A reviso da literatura e fundamentos tericos, que compe o Captulo 11, procurou amoldar o plano de referncia sob o controle por responsabilidade em funo das caractersticas das entidades estatais estaduais para ser testado nesta pesquisa. A metodologia que foi utilizada neste trabalho exploratrio vem apresentada e justificada, a razo de seu uso no Captulo III. Com um questionrio que continha em sua maior parte perguntas abertas, foi possvel a obteno de informaes mais detalhadas que proporcionaram uma descrio do estado e da natureza do controle existente nas entidades estatais estaduais do Rio de Janeiro, que est contida no Captulo IV. A anlise dos resultados obtidos no trabalho de campo, compe o Captulo V e vem mostrando o que existe em termos de controle gerencial por responsabilidade, frente ao plano de referncia bsico da pesquisa. No Captulo Final (VI), apresentam-se as concluses e as sugestes para novas pesquisas, nessa rea to carente.
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A formao dos docentes para o magistrio superior uma das funes dos Cursos de Mestrado. Na pesquisa das condies em que se desenvolve a formao do professor de Ensino Superior nos Cursos de Mestrado em Educao, identificam-se. entre outras disciplinas bsicas, algumas especificamente didticas: a Metodologia do Ensino Superior no IESAE/cMEd, a Didtica do Ensino Superior na UFRJ/CMEd e a Metodologia Didtica na PUC/CMEd. Verifica-se no serem obrigatrias essas disciplinas para todos os mestrandos, fato que leva a supor serem suas funes insuficientemente definidas na estrutura curricular desses Cursos, no tocante formao do docente. Julgando-se desempenharem essas disciplinas uma mesma funo na formao do professor, precisamente daquele que se destina ao magistrio superior, supe-se que a falta de definio do papel por ela desempenhado no currculo dos mestrandos em Educao resulta da impreciso dos termos Metodologia do Ensino Superior, Didtica do Ensino Superior e Metodologia Didtica. Esta impreciso constatada ao examinar-se a literatura especializada e ao analisar-se as respostas dos mestrandos que cursaram estas disciplinas e que as lecionaram. Os resultados das reflexes dos professores feitas conduziram a opo da Metodologia do Ensino Superior como disciplina eminentemente formativa do docente para este nvel de ensino, por consider-la mais abrangente do que as demais. Pelo mesmo motivo, defende-se sua obrigatoriedade de no currculo de todos os mestrandos em Educao. Caracteriza-se a MES pela interdisciplinar idade, definindo-a como mtodo de trabalho reflexivo, tico e elaborativo que possibilita ao professor de Ensino Superior conduzir adequadamente o processo ensino-aprendizagem. o trabalho consta de duas etapas: a fundamentao terica e a pesquisa de campo. Na primeira foram feitas: a reviso da literatura, a definio da funo da Metodologia do Ensino Superior na formao dos professores e o estudo analtico dos programas das disciplinas Metodologia do Ensino Superior, Didtica do Ensino Superior e Metodologia Didtica. A pesquisa de campo consiste em aplicao de questionrios e entrevistas. o universo da pesquisa compe-se de todos os mestrandos que cursaram as disciplinas Metodologia de Ensino Superior, Didtica do Ensino Superior e Metodologia Didtica, dos professores destas disciplinas e dos Coordenadores dos Cursos de Mestrado em Educao do IESAE, da UFRJ e da PUC, respectivamente(1976). Os pressupostos e questionamentos que orientam a pesquisa referem-se impreciso conceitual da Metodologia do Ensino Superior e a seu papel indefinido na formao do professor de Ensino Superior.
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Dentro do contexto do desenvolvimento urbano sustentvel, diversas metrpoles esto revitalizando reas centrais degradadas. Regies porturias so exemplos de reas degradadas que tm passado por processos de revitalizao. O envolvimento de diferentes atores locais (Poder Pblico, mercado e sociedade civil) no processo de deciso e tambm durante a implementao das obras de revitalizao deve ser visto como ponto chave na garantia de um processo transparente e particular para cada revitalizao executada. Para subsidiar tal abordagem, este trabalho utiliza como referencial terico a gesto social e seus critrios do processo de discusso, pluralismo e bem-comum para a implementao de polticas pblicas, onde a multiplicidade de atores deve participar em igualdade de direitos nos processos decisrios deliberativos na busca do bem-estar social. Na cidade do Rio de Janeiro, em 2009, a instituio por lei da Operao Urbana Consorciada da rea de Especial Interesse Urbanstico da Regio Porturia do Rio de Janeiro garante que o projeto de revitalizao chamado Porto Maravilha possa ser implementado. Por ser fruto de uma Operao Urbana Consorciada, o projeto deve contar com a participao de proprietrios, moradores, usurios e dos investidores para revitalizar uma rea de aproximadamente cinco milhes de metros quadrados. Assim, considerada a importncia de diferentes atores para garantir um processo decisrio legtimo e considerada a obrigatoriedade da participao de diferentes atores na implementao do projeto Porto Maravilha, o objetivo deste trabalho identificar como as instituies locais participam no Projeto Porto Maravilha. Para tanto, realizou-se pesquisa de campo por meio da participao em reunies das instncias participativas na regio porturia, da aplicao de questionrios s instituies locais e da realizao de entrevistas semiestruturadas com representantes das instituies locais e outros atores envolvidos com o projeto. Para o tratamento dos dados obtidos utilizou-se o mtodo da anlise de contedo com grade mista, cujas categorias definidas foram relacionadas com os critrios do processo de discusso, pluralismo e bem-comum da gesto social e um tratamento estatstico para a elaborao de uma matriz que permitiu relacionar o grau de participao e a posio das instituies locais frente ao projeto. Para o tratamento final, a triangulao metodolgica foi utilizada e os resultados foram confrontados com o referencial terico. Os resultados mostraram que a revitalizao da regio porturia despertou interesse para que instncias participativas que j existiam na regio se reestruturassem e que novas instncias fossem criadas. Independente de serem a favor ou contra o projeto, h uma mobilizao por parte das instituies locais em se envolverem no projeto, embora este no possa se caracterizar como um processo deliberativo de construo conjunta definido a partir de um consenso, pois, as diretrizes gerais do projeto Porto Maravilha foram institudas por lei. A maioria das instituies locais concorda e participa do acompanhamento e da implementao do projeto por meio do compartilhamento com o Estado da responsabilidade de criar espaos educativos e investir em programas sociais que possam garantir a melhoria das condies de vida da populao local.
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O presente estudo tem como objetivo investigar de que maneira a possibilidade de instalao do Istituto Europeo di Design (IED) no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, interfere na (re)configurao do espao. Para o estudo desse processo adotou-se o conceito de espao definido por Milton Santos, que o caracteriza como um conjunto indissocivel de sistemas de objetos e aes, considerando necessria sua anlise numa perspectiva histrica. Para ampliao das consideraes sobre poder, identificao e caracterizao dos atores sociais e das relaes entre eles estabelecidas foram utilizados conceitos propostos por Carlos Matus para a anlise da realidade social. A pesquisa de campo, de natureza qualitativa, coletou dados secundrios a partir de notcias sobre o processo de revitalizao do antigo Cassino da Urca e instalao do Istituto Europeo di Design no local, publicadas em jornais e revistas impressos, jornais on line e blogs, assim como dados primrios, a partir de observao no estruturada das instalaes ao redor do prdio do antigo Cassino da Urca, participao em reunies da associao de bairro e entrevistas semi-estruturadas com representantes de organizaes envolvidas no processo. Para o tratamento dos dados coletados, realizou-se anlise argumentativa e interpretativa a partir da teoria utilizada. Com base nas notcias e documentos consultados, foi definido o perodo de anlise, desde a cesso do prdio do antigo Cassino da Urca ao IED, em agosto de 2006, at o anncio de parceria com outra organizao, pelo instituto, em maio de 2012. O estudo permitiu identificar que a instalao do IED na Urca interferiu na configurao do espao, principalmente no que se refere formao e atuao da associao de moradores do bairro, instalao de novos empreendimentos comerciais no entorno do prdio j restaurado e, por consequncia, na paisagem do bairro. Destaca-se tambm que a instalao do IED gerou mudanas que extrapolam os limites territoriais do bairro. Com base nos dados analisados, destaca-se que a relao de cooperao entre a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e o IED foi estabelecida em torno da valorizao por parte da Prefeitura do domnio de uma capacidade tcnica pelo IED, nas reas de atuao da organizao, que so o ensino, pesquisa e consultoria nas reas de arquitetura, design, moda e comunicao, o que refora o argumento da valorizao atual de organizaes culturais no processo de (re)configurao do espao urbano, quanto aos aspectos econmicos, simblicos e sociais.