1000 resultados para Representações sociais
Resumo:
Buscou-se analisar a estrutura da representao social da autonomia profissional construda por enfermeiros na cidade de Petrpolis. Adotou-se como referencial a Teoria das Representações Sociais, de acordo com a abordagem estrutural. A coleta de dados foi realizada atravs da tcnica de evocao livre ao termo autonomia profissional com 83 enfermeiros, 42 da rede bsica e 41 da rede hospitalar. Os dados foram analisados atravs da construo do quadro de quatro casas. Os resultados indicam como possveis elementos centrais da representao os termos conhecimento, conquista e responsabilidade e como elementos perifricos limitada, pouca e utopia.
Resumo:
Este estudo objetivou apreender as representações de gestantes tabagistas sobre o uso de cigarro. Utilizou-se como referencial terico a Teoria das Representações Sociais. Para anlise dos dados, construiu-se o Discurso do Sujeito Coletivo. Das 27 mulheres entrevistadas, 18 possuam primeiro grau completo, oito, o segundo grau completo e uma, ensino superior; 14 tinham unio estvel, seis eram casadas. Quatro temas emergiram: 1) o incio do hbito de fumar: prtica social e natural; 2) satisfao versus culpa; 3) uma bomba: efeitos do cigarro na gestao; 4) cessao: entre o querer e o poder. Apreendeu-se representao negativa do cigarro, considerado o pior dos vcios e potencial causador de complicaes feto-maternas. O tabagismo foi representado de maneira preconceituosa, desconsiderando a existncia e necessidade de tratamento. Emergiram dificuldades relativas cessao, trazendo a necessidade de ajuda profissional, para informaes, abordagem e tratamento adequados e apoio para que se alcance xito.
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Este estudo objetivou identificar as representações sociais de agentes comunitrios de uma unidade de Programa Sade da Famlia sobre o transtorno mental. Optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando o estudo de caso. Para a coleta de dados, recorremos entrevista semi-estruturada, enriquecida pelo uso de Tcnica Projetiva, e anlise temtica para analisar o material obtido. Os resultados evidenciam representações sociais ancoradas no paradigma psiquitrico tradicional. Esse considera a pessoa acometida pelo transtorno mental passiva, sem condies de protagonizar os prprios caminhos que, por sua vez, so marcados pelo preconceito. Desse modo, denota-se a grande necessidade de investimento na capacitao em sade mental, junto aos atores do cenrio da assistncia do Programa de Sade da Famlia. De acordo com o estudo, tal investimento contribuir para a efetivao de prticas e construo de novos saberes, contribuindo para a melhoria da assistncia em sade.
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Tendo como objeto de investigao a percepo dos portadores do HIV/AIDS sobre a adeso teraputica com medicamentos anti-retrovirais, este estudo de abordagem qualitativa teve como objetivos: conhecer as representações sociais dos portadores do HIV/AIDS sobre a teraputica medicamentosa e analisar a relao entre a percepo do portador do HIV/AIDS sobre a teraputica medicamentosa e a motivao para aderir ao tratamento. Os sujeitos do estudo foram nove usurios, internados na unidade de doenas infecciosas de um hospital de ensino na cidade de Juiz de Fora. Os dados foram colhidos atravs de entrevista semi-estruturada. A categoria de anlise permitiu discutir as diversas facetas da adeso aos anti-retrovirais, partindo das representações elaboradas pelos sujeitos que fazem o tratamento, os quais, tomando como mediao o dilogo, falam dos aspectos dificultadores e as motivaes para a gesto do tratamento.
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O objetivo do estudo foi conhecer as representações sociais da cuidadora principal sobre o processo de adoecer de cncer, e relacion-las com suas escolhas teraputicas ao cuidar de um idoso portador desta patologia no domiclio. Participaram do estudo quatro cuidadoras principais de idosos portadores de cncer. Os dados foram coletados no perodo de maro a novembro de 2005, por meio de entrevistas semi-estruturadas e observao participante. A anlise dos dados foi realizada pelo mtodo de anlise temtica. Constatou-se que as explicaes encontradas pelas cuidadoras para a doena caminham na contramo das explicaes do saber mdico, pois elas procuram identificar na forma de vida e no contexto do idoso os mecanismos que o levaram a adoecer. As prticas teraputicas no domiclio so eminentemente culturais, pois consideram crenas e valores socialmente construdos. Enfatizou-se a necessidade de reconhecer, dentro do sistema formal de sade, a dimenso sociocultural do cuidado.
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Esta pesquisa teve como objetivo apreender as representações sociais de idosos sobre o envelhecimento ativo. Foi realizada na cidade de Joo Pessoa, Paraba, com 100 idosos funcionalmente independentes. Como instrumentos, utilizaram-se entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados e analisados pelo software Alceste. Os resultados demonstraram que os discursos dos idosos sobre o envelhecimento ativo so permeados por contedos positivos. No entanto, quando no est associado palavra ativo, o envelhecimento ainda representado como perdas e incapacidades. Mesmo com a existncia de perdas durante o processo, o envelhecimento de maneira ativa deve ser estimulado entre os idosos, uma vez que ele sinnimo de vida plena e com qualidade. Manter os idosos funcionalmente independentes o primeiro passo para se atingir um envelhecimento ativo e com melhor qualidade de vida.
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Este estudo objetivou compreender os significados de purperas sobre as sndromes hipertensivas da gravidez que tiveram como consequncia o parto pr-termo. Participaram 70 mulheres com idade mdia de 28 anos e para 85,7% delas o parto ocorreu entre 32 e 36 semanas de gestao. Foi aplicado um questionrio com questes subjetivas, com a finalidade de identificar os significados das sndromes hipertensivas da gravidez e do parto prematuro para purperas. Os resultados foram analisados com base no referencial terico metodolgico da Teoria das Representações Sociais. Evidenciou-se a construo de uma representao social de carter negativo, que teve como ncleo central a morte e como perifricos os aspectos negativos decorrentes dos riscos aos quais estiveram expostos me e feto durante a gravidez e o parto e, posteriormente, no perodo puerperal, com a hospitalizao do filho na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
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Objetivou-se identificar as representações sociais de enfermeiros sobre a tecnologia aplicada em cuidados intensivos, e relacion-las aos seus modos de agir no cuidado do paciente. Pesquisa qualitativa, cujo referencial terico-metodolgico foi o das representações sociais. Realizou-se entrevistas com 24 enfermeiros, observao sistemtica e anlise de contedo temtica. Os resultados se organizaram em trs categorias sobre o desconhecimento da linguagem tecnolgica, estratgias de aproximao, seu domnio e sua aplicao. O saber/conhecimento necessrio para o manuseio da tecnologia, e o tempo de experincia do seu manejo orientam as representações sociais dos enfermeiros, incidindo nas suas aes de cuidado. Conclui-se que a poltica de contratao de pessoal para trabalhar em cenrio de terapia intensiva deve considerar as experincias e a formao especializada dos enfermeiros.
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O presente trabalho trata-se de pesquisa qualitativa baseada na Teoria das Representações Sociais em sua abordagem estrutural, que objetivou analisar as representações sociais do cuidado intensivo para profissionais que atuam em Unidade de Terapia intensiva mvel mediante a determinao do ncleo central e do sistema perifrico. Envolveu 73 profissionais de sade de um Servio de Atendimento Mvel de Urgncia. Os dados foram coletados atravs de evocaes livres ao termo indutor cuidado a pessoa em risco de vida e tratados pelo software EVOC. Observa-se um ncleo estruturado no conhecimento e na responsabilidade, ao mesmo tempo que os elementos de contraste apresentam lxicos como agilidade, ateno, estresse e humanizao. A estrutura representacional revelada pelos participantes refere-se especialmente funcionalidade do cuidado intensivo, distinguindo-o pelos desafios e estmulos que proporciona a quem desempenha funes nessa rea.
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Os contactos luso-chineses tiveram incio no sculo XVI, via Macau. Foi tambm neste sculo que os chineses principiaram a imigrar para as regies vizinhas. Mas apenas na segunda metade do sculo XIX podemos falar da existncia de uma dispora chinesa no mundo. Uma das constantes dessa dispora a sua centragem nas actividades comerciais. No sculo XX a Europa experimentou um fluxo crescente de imigrao chinesa. Portugal no fugiu regra e desde os anos vinte comeou a receber imigrantes com essa origem. Aps 1974-75 a imigrao chinesa para o territrio portugus aumentou em grande escala. Hoje a comunidade chinesa uma das comunidades mais representadas a nvel nacional no pas. Tal facto tem gerado impactos sociais e econmicos e construdo imagens recprocas diversas. Este estudo pretende investigar quais as imagens que a sociedade portuguesa forma dos imigrantes chineses e como as forma. Pretende ainda comparar as representações actuais com as representações geradas no decurso de quatro sculos e meio de contactos luso-chineses, visando proceder ao balano entre continuidade e inovao. Por ltimo, pretende avaliar se nessas imagens existem sentimentos de discriminao e de xenofobia. Para isso, ir apoiar-se em vrias dezenas de entrevistas conduzidas na rea Metropolitana de Lisboa. Embora os entrevistados no pretendam constituir uma amostra representativa da populao portuguesa, os seus depoimentos so elucidativos acerca das imagens e sentimentos nutridos no nosso pas em relao aos imigrantes chineses
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Este estudo etnogrfico teve como propsito a observao e reflexo sobre as brincadeiras de crianas nas ruas, como tambm as realizadas no cotidiano de um jardim infantil na cidade da Praia, capital de Cabo Verde - frica. A pertinncia deste estudo se insere no coletivo de produes acadmicas com criticas ao colonialismo, que vem sendo empreendidas no Brasil e em nvel internacional sobre infncias e crianas, pequenas e grandes, fundamentadas nos referenciais tericos da Sociologia da Infncia na busca incessante de notar as crianas como sujeitos de direito, produtoras de cultura, e protagonistas da construo social, histrica e cultural. A pesquisa envolveu crianas de diversas idades, com enfoque para as de zero a seis anos. Dentre os procedimentos metodolgicos adotados para anlises constam: documentos escritos, entre eles, poemas e textos literrios, no intuito de compreender a infncia caboverdiana a partir das mltiplas representações sociais; entrevistas (histria oral) com homens e mulheres caboverdianos sobre suas infncias; observaes nos espaos da rua e de um jardim de infncia, para devidas anotaes no caderno de campo; e imagens fotogrficas e filmagens. Ao longo da investigao foi possvel observar que a rua constitui-se tambm como espao de educao, onde crianas de idades diferentes interagem reproduzindo, inventando, imitando e produzindo as culturas infantis. Essas aes se entrecruzam com o pertencimento de origem lngua materna (crioulo caboverdiano), msica, gastronomia, dana, contexto geogrfico, e outros artefatos ressignificados num encontro entre o novo e o legado deixado por geraes anteriores. Com isso verifica-se que culturas infantis denotam uma hibridao nas diversas formas em que meninos e meninas apropriam-se de repertrios de brinquedos e brincadeiras, universalmente conhecidos. A rua torna-se, ento, um dos lugares privilegiado de socializao de crianas pequenas em Cabo Verde, estejam elas participando ou no, de jogos e de brincadeiras na interao com os pares, crianas maiores e adultos, e tambm, sozinhas. A presena de crianas com menos de seis anos, bebs, confirmou a hiptese inicial de que elas estariam na rua, ainda que no colo de algum. O espao da rua, de acordo com a pesquisa, se evidencia como espao da resistncia para os pequenos que por vezes, em jogos e brincadeiras so preteridos pelas crianas maiores em virtude da idade, tamanho ou destreza fsica, mas que nem por isso deixam de usufruir desse espao. Com relao ao jardim de infncia, a pesquisa revelou que, com crianas dos quatro aos cinco anos, a cultura se manifesta na construo de aes com significados partilhados, mesmo sob o controle dos adultos, demonstrando a coexistncia de relaes de poder, conflitos, solidariedade entre os pares nas suas reprodues e criaes. Em suma, possvel, a partir deste estudo na frica, afirmar concordando com pesquisas realizadas em outros continentes, que na produo das culturas infantis que as crianas entre elas, e com os adultos e adultas formulam e mostram sua interpretao da sociedade que as cercam.
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Nesta artigo apresentamos os resultados preliminares de uma investigao emprica sobre identidade e representações da histria que decorreu em Cabo Verde. Esta investigao foi realizada no mbito de um projecto internacional que integra vrios pases da Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). Este projecto tem como objectivo identificar as representações da histria construdas pelos jovens dos pases 'lusfonos' e o papel da identidade social na ancoragem dessas representações. Os resultados destes estudos sero usados para ilustrar a conceptualizao das representações sociais como uma modalidade de conhecimento, socialmente elaborada e compartilhada, cujos processos de formao, manuteno e mudana s podem ser entendidos tendo em conta os processos comunicativos, mediticos e informais, a partir dos quais os indivduos constroem a sua viso do mundo. Iremos examinar as representações de jovens cabo-verdianos sobre a histria da humanidade, em geral, e sobre a histria de Cabo Verde, em particular. Investigaremos ainda o papel da identidade social e as emoes associadas s personalidades e aos acontecimentos considerados mais marcantes na histria da humanidade e na histria da nao cabo-verdiana.
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A insero de bebs em creche envolve familiares, crianas e educadoras em um complexo processo de integrao, particularmente em nossa cultura, em que a educao coletiva de bebs fenmeno recente. As representações sociais e a literatura cientfica reforam a noo de que idealmente bebs devem ser cuidados em casa, pela me. Assim, freqentemente, essa se sente culpada por ter que compartilhar os cuidados do(s) filho(s). O perodo inicial do beb em uma creche, portanto, implica a emergncia de novos significados que so atribudos e assumidos, confrontados e negociados nas interaes estabelecidas pelos participantes. Uma perspectiva terico-metodolgica foi desenvolvida para analisar esse processo, baseado em um projeto de pesquisa que acompanhou a insero de 26 bebs (5-18 meses de idade) em uma creche. Registrou-se a situao a partir de gravaes em vdeo, fichas de observao e entrevistas. A perspectiva referida destaca trs personagens centrais: me, criana e educadora, em seus mtuos relacionamentos, os quais criam vrios campos interconectados. O campo me-criana est inserido, principalmente, no cenrio da famlia. Os outros dois, educadora-criana e me-educadora, no cenrio da creche. Ambos os cenrios esto impregnados por uma matriz socioistrica ampla, criada por complexo sistema cultural, econmico e poltico. Os vrios elementos formam uma rede de significaes semiticas, que continuamente se transforma e estrutura/desestrutura o desenvolvimento humano.
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Com base na teoria das representações sociais de Moscovici e a partir de contextualizaes do fenmeno dos arrastes, esse texto se prope a discutir elementos que respondam s questes: por que discursos criminalizantes, que afirmam a periculosidade do funkeiro, se fizeram to presentes desde o incio da dcada de noventa no Rio de Janeiro? Como esses discursos, que apontam para uma determinada construo social do funkeiro, interferiram na relao do funk com a sociedade? A discusso passa pela compreenso dos dispositivos criados na sociedade carioca daquele perodo para a soluo de problemas com os quais ela se via confrontada. Trata-se de tentar compreender como, em certo momento, o funkeiro ganha um perfil amplamente difundido como problema que requer um tipo de interveno especfica.
Resumo:
Com o suporte da teoria das representações sociais, este artigo pretende discutir a relevncia de uma anlise psicossocial da formao e avaliao docentes entendendo-a como um processo que no envolve somente o domnio de conhecimentos e habilidades de uma determinada rea, mas que requer a compreenso dos processos de constituio da identidade profissional, da produo de sua subjetividade, das relaes que o professor desenvolve com o outro e com os diferentes outros que participam da sua formao.