974 resultados para Estuarine oceanography
Resumo:
A grande importância dos recursos pesqueiros para a Amazônia, aliada à necessidade de ampliar os conhecimentos básicos sobre identificação das larvas de peixes (coletadas em ambiente natural), justifica o desenvolvimento deste trabalho, que tem como objetivo expandir as informações sobre o ictioplâncton, relacionando as com as tendências de variação diária e entre marés, do complexo estuarino do rio Amazonas – PA. As coletas foram realizadas durante o período diurno e noturno, no segundo semestre de 2007, pelo Projeto PIATAM mar II, sob ponto fixo na subárea 1 (estuário do rio Paracauari) e na subárea 2 (baía do Guajará) nas marés de sizígia e quadratura, em arrastos horizontais na sub-superfície da coluna d‟água com rede de plâncton cônico-cilíndrica e malha de 300μm. As amostras foram acondicionadas em recipientes contendo formalina a 4%. Os fatores hidrológicos foram obtidos in situ pelo Grupo de Oceanografia Química do Museu Paraense Emilio Goeldi. As amostras foram triadas e identificadas por meio de características morfológicas, morfométricas e merísticas, baseando-se na técnica de sequência regressiva de desenvolvimento e em bibliografias especializadas. As principais estruturas e características das fases iniciais dos peixes foram descritas e ilustradas, facilitando assim futuros estudos ictioplanctônicos para região. A temperatura superficial da água, potencial hidrogeniônico e oxigênio dissolvido não apresentaram diferenças significativas nas áreas estudadas. Os valores de salinidade não apresentaram diferença significativa entre as estações de coleta e marés, registrando apenas variação horizontal com aumento gradativo em direção à foz com valores máximos (12) e mínimos (0) para as subárea 1 e subárea 2, respectivamente. As maiores densidades de ovos foram registradas na subárea 1, em relação à subárea 2, com as maiores densidades para o período diurno (163,29 ovos/100m³) na subárea 1 e noturno (19,70 ovos/100m³) na subárea 2. As larvas foram distribuídas em 22 taxa representados por 13 famílias e 21 espécies, sendo os taxa dominantes: P. flavipinnis (46,29%), R. amazonica (19,75%), Engraulidae (10,70%), P. squamosissimus (7,55%), A. lineatus (5,19%), O. saurus (3,30%) e Gobiosoma sp. (2,15%), com elevada participação relativa dos Clupeiformes (76,75%). Quanto aos estágios de desenvolvimento, foi observada maior abundância de larvas em pré-flexão nas subáreas 1 e 2, sendo o estágio larval vitelino e pós-flexão os menos representativos. O período noturno apresentou as maiores densidade de larvas e número de taxa, evidenciando uma possível migração nictemeral do ictioplâncton. Apenas M. furnieri apresentou abundância significativamente maior nas amostras diurnas. A grande maioria dos taxa não apresentaram diferenças significativas entre as abundâncias diurnas e noturnas. Logo, a densidade de larvas e o número de taxa diferem entre o período diurno e noturno e entre maré. Portanto, as características morfológicas descritas no presente trabalho permitem uma adequada identificação das larvas, ampliando o conhecimento biológico das espécies estuarinas do litoral paraense, uma vez que as informações sobre larvas de peixes ainda são escassas, fazendo-se necessária uma intensificação nas pesquisas. Além disso, a compreensão da ecologia dos organismos, sobre tudo daqueles que apresentam seu ciclo de vida associado aos estuários, e as variações no transporte das larvas entre os períodos do dia e da noite e entre as marés são questões fundamentais para aprimorar o manejo e a conservação destes recursos renováveis.
Resumo:
Na zona costeira, sedimentos, água e organismos interagem intensamente. Nas costas equatoriais dominadas por maré os manguezais são abundantes. Estas áreas são conhecidas por sua importância ecológica. No caso dos manguezais da costa atlântica da América do Sul o caranguejo-uçá Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) se destaca por sua relevância ecológica e econômica, sendo que altas densidades deste organismo são encontradas na zona costeira amazônica. O presente estudo investiga a distribuição de sedimentos nos manguezais de Bragança (costa Amazônica, Brasil) e suas correlações com a vegetação e a distribuição do caranguejo-uçá. Quarenta e sete amostras de sedimento foram avaliadas, assim como caranguejos de 8 destas áreas foram coletados, onde o tipo dominante de vegetação foi também identificado. Os resultados demonstram que os sedimentos superficiais, assim como no extrato 0,8 a 1 m de profundidade, na área são principalmente compostos por silte (59%), incluindo em média 21% de areia e 20% de argila. O tipo de vegetação predominante foi significativamente correlacionado com a abundância e tamanho/peso dos caranguejos. As características sedimentares também foram substancialmente diferentes dependendo da vegetação. Áreas dominadas por Avicennia germinans tiveram mais areia e argila que as áreas dominadas por Rizophora mangle, onde a fração silte prevalece grandemente e os caranguejos eram significativamente maiores e mais abundantes. Os resultados demonstraram que sedimentos, invertebrados bentônicos e vegetação estão intimamente relacionados nos manguezais e devem ser estudados de maneira integrada.
Resumo:
Neste trabalho foi testado o efeito do gradiente de salinidade do eixo-leste oeste do sistema subtropical Complexo Estuarino da Baía de Paranaguá na estrutura dos peixes de águas rasas, determinado de acordo com as métricas taxonômica (famílias e espécies) e de composição funcional. Um total de 152 espécies foi registrado. As famílias com maior número de espécies foram Sciaenidae, Carangidae, Haemulidae e Gobiidae. As espécies mais abundantes foram A. brasiliensis, H. clupeola, A. januaria e A. tricolor. Os visitantes marinhos dominaram em número de espécies, seguidos pelos migrantes marinhos e estuarinos. A maioria das espécies são zoobentívoras, seguidas pelas piscívoras e zooplanctívoras. As famílias e espécies mais relacionadas com condições estuarinas dominaram no setor mesohalino e aquelas mais relacionadas com condições marinhas dominaram no setor euhalino. A métrica taxonômica foi mais eficiente na caracterização das assembleias de peixes ao longo do gradiente estuarino de salinidade do que a funcional. Isso ocorreu principalmente porque indivíduos de todos os grupos funcionais estiveram presentes ao longo de todos os setores de salinidade, invalidando o emprego dessa métrica na diferenciação das assembleias nos diversos setores. Nosso resultado foi diferente do encontrado em outros estuários tropicais e subtropicais, que enfatizaram a importância dos grupos funcionais na estruturação das assembleias de peixes ao longo de um gradiente de salinidade.
Resumo:
A análise de dados termohalinos e correntes medidos em uma estação fixa no Canal de Piaçaguera (Estuário de Santos) no inverno foi feita em termos de condições cíclicas da maré (quadratura e sizígia) e quase-estacionária, com o objetivo de caracterizar a estratificação da massa de água estuarina, sua circulação e transporte de sal forçados pela modulação quinzenal da maré. Foram utilizados métodos clássicos de análise de dados observacionais horários e quase sinóticos e de simulações analíticas de perfis estacionários de salinidade e do componente longitudinal da velocidade. Durante o ciclo de maré de quadratura as velocidades de enchente (v<0) e vazante (v>0) variaram de -0.20 m/s a 0.30 m/s, associadas à pequena variação de salinidade entre a superfície e o fundo (26.4 psu a 30.7 psu). No ciclo de sizígia a velocidade aumentou de -0.40 m/s a 0.45 m/s, mas a estratificação de salinidade permaneceu praticamente a mesma. Os perfis estacionários teóricos de salinidade e de velocidade apresentaram boa concordância (Skill próximo a 1,0) quando comparados aos perfis observacionais. Durante a modulação quinzenal da maré não houve alteração na classificação do canal estuarino (tipo 2a-parcialmente misturado e fracamente estratificado), pois a taxa de aumento da energia potencial não foi suficiente para ocasionar a erosão da haloclina. Esses resultados, associados à alta estabilidade vertical (RiL >20) e ao número de Richardson estuarino (1,6), permitem as seguintes conclusões: i) o mecanismo que forçou a circulação e os processos de mistura foi principalmente o balanço da descarga fluvial com a maré, associado ao componente baroclínico da força de gradiente de pressão; ii) não houve variações nas principais características termohalinas e da circulação devido à modulação quinzenal da maré; e iii) os perfis quase estacionários de salinidade e da velocidade foram adequadamente simulados com um modelo analítico clássico.
Resumo:
O presente estudo caracteriza a distribuição espaço-temporal dos peixes com maior abundância dentre a família Sciaenidae no estuário do rio Caeté, litoral norte do Brasil. Estima-se o comprimento de inicio da maturação sexual, o comprimento médio da primeira maturação sexual e os períodos de desova. Para tal, durante os meses de outubro de 1996 a agosto de 1997, foram feitas 6 coletas bimestrais, através de arrastos de fundo. A partir de subamostras das espécies mais abundantes dentro das capturas, construíram-se distribuições de freqüência de comprimento total, que foram analisadas por período e local de coleta. De onze espécies de Sciaenidae coletadas, a maior contribuição em abundância de exemplares foi feita pelas espécies Stellifer rastrifer, Stellifer naso e Macrodon ancylodon. Determinou-se que a distribuição espacial das espécies no sistema, está relacionada com mudanças periódicas na salinidade dentro do estuário e a sua dinâmica de reprodução. Assim, os juvenis de S. rastrifer, S. naso e M. ancylodon distribuíram-se nas áreas mais internas do estuário e os adultos nas águas costeiras, com maiores teores de salinidade. Enquanto que M. ancylodon apresenta desovas periódicas durante outubro a fevereiro, S. rastrifer e S. naso apresentam desovas parceladas com dois picos mais intensos de outubro a dezembro e durante junho.
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This study aimed to describe the population structure of the Amazon shrimp Macrobrachium amazonicum, as well as their relative growth between the length of the cephalothorax and the total length, and between the length of the cephalothorax and the total mass of shrimps of a fluvial-estuarine plain in the State of Pará. Shrimps were sampled monthly from August 2006 to July 2007, using trawl nets, taking three replicates at each site (Arapiranga and Mosqueiro) per month, totaling 72 replicates. We caught 5,510 specimens, being 90.90% from Arapiranga Island and 9.1% from Mosqueiro Island. The highest densities occurred in July (1.33 individuals/m2), at the beginning of the dry season and in December (1.66 individuals/m2), at the beginning of the rainy season. The morphometric analysis for separate and grouped sexes resulted in negative and positive allometric growth. Ovigerous females were observed in all months, indicating continuous reproduction and the majority (67.81%) was caught during the less rainy season. The abundance and continuous reproduction of M. amazonicum show that this estuary offers conditions for the proper development of this population.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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This study aimed to evaluate the sediment quality in the estuarine protected area known as Canan,ia-Iguape-Peruibe (CIP-PA), located on the southeastern coast of Brazil. The study was designed considering possible negative effects induced by the city of Canan,ia on the sediment quality of surrounding areas. This evaluation was performed using chemical and ecotoxicological analyses. Sediments were predominantly sandy, with low CaCO3 contents. Amounts of organic matter varied, but higher contents occurred closer to the city, as well as did Fe and Total Recoverable Oils and Greases (TROGs) concentrations. Contamination by Cd and Cu was revealed in some samples, while concentrations of Zn were considered low. Chronic toxicity was detected in all tested sediments and acute toxicity occurred only in sediments collected near the city. The principal component analysis (PCA) revealed an association among Cd, Cu, Fe, TROG, fines, organic matter, CaCO3, and chronic toxicity, whereas acute toxicity was found to be associated with Zn and mud. However, because Zn levels were low, acute toxicity was likely due to a contaminant that was not measured. Results show that there is a broad area within the CIP-PA that is under the influence of mining activities (chronic toxicity, moderate contamination by metals), whereas poorer conditions occur closer to Canan,ia (acute toxicity); thus, the urban area seems to constitute a relevant source of contaminants for the estuarine complex. These results show that contamination is already capable of producing risks for the local aquatic biota, which suggests that the CIP-PA effectiveness in protecting estuarine biota may be threatened.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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In January 1973, large numbers of Mugil cephalus (striped mullet), weighing approximately 250 gm each, died in two freshwater localities in tidewater bayous of Jackson County, Mississippi. Fish identified as Mugil curema, M. cephalus, Megalops atlantica, Dormitator maculatus, and Fundulus grandis were found dead in other low saline estuarine areas. Fish-kills during cold periods are less commonly encountered in Mississippi than in Texas or Florida. This particular incident is attributed to conditions of stress for fishes incompletely acclimated to the encountered low temperatures. The most deleterious stress was the low saline water which probably allowed a breakdown in the fishes' ion-osmoregulatory mechanisms. Striped mullet and other euryhaline fishes in salinities greater than 6 ppt survived, as did freshwater centrarchids and ictalurids in areas with dying mullet. Other stresses thought to contribute to the weakening of striped mullet in Paige Bayou during the period of rapidly decreasing temperatures include starvation and high levels of pesticide residues. In examined fish, the alimentary tracts were devoid of food, the gall bladders were distended and leaking bile, the livers contained excess lipid material and were often stained throughout with bile pigments, and the levels of DDT metabolites and endrin residues in the liver were higher than in control fish. Stress caused by low levels of dissolved oxygen, toxic substances in the water, or disease was discounted as a cause of death.
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Rapidly accumulating Holocene sediments in estuaries commonly are difficult to sample and date. In Chesapeake Bay, we obtained sediment cores as much as 20min length and used numerous radiocarbon ages measured by accelerator mass spectrometry methods to provide the first detailed chronologies of Holocene sediment accumulation in the bay. Carbon in these sediments is a complex mixture of materials from a variety of sources. Analyses of different components of the sediments show that total organic carbon ages are largely unreliable, because much of the carbon (including coal) has been transported to the bay from upstream sources and is older than sediments in which it was deposited. Mollusk shells (clams, oysters) and foraminifera appear to give reliable results, although reworking and burrowing are potential problems. Analyses of museum specimens collected alive before atmospheric nuclear testing suggest that the standard reservoir correction for marine samples is appropriate for middle to lower Chesapeake Bay. The biogenic carbonate radiocarbon ages are compatible with 210Pb and 137Cs data and pollen stratigraphy from the same sites. Post-settlement changes in sediment transport and accumulation is an important environmental issue in many estuaries, including the Chesapeake. Our data show that large variations in sediment mass accumulation rates occur among sites. At shallow water sites, local factors seem to control changes in accumulation rates with time. Our two relatively deep-water sites in the axial channel of the bay have different long-term average accumulation rates, but the history of sediment accumulation at these sites appears to reflect overall conditions in the bay. Mass accumulation rates at the two deep-water sites rapidly increased by about fourfold coincident with widespread land clearance for agriculture in the Chesapeake watershed.
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Information on marine and estuarine capture fishery activity in northern Todos os Santos Bay, northeastern Brazil, based on daily data collected between September 2003 and June 2005 is presented. Small-scale artisanal fishery in this area includes the use of traditional vessels both non-motorized and motorized for locomotion, being carried out mainly by canoe or on foot, and involves many different kinds of gear, including gillnet, hook and line, seine nets, and traps. A total of 113 taxa were grouped into 77 resources, including 88 fish, 10 crustaceans, and 15 mollusks. Data on nominal catches of fish, crustaceans and mollusks are presented by month and location. A total of 345.2 tonnes of fishery resources were produced (285.4 tonnes of fish, 39.2 tonnes of fresh invertebrates, and 20.6 tonnes of processed invertebrates). Temporal variation in the fish catch was associated with the life cycle of the species or with the hydrographic conditions. The first-sale value of this catch amounted to around US$ 615,000.00, fishes representing 71.3% of it. A table of the average price of each fishery resource is presented. The results produced in this study may be considered a reference for future monitoring programs of fishery resources in the area.
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The community structure and dynamics as well as some biological parameters of selected species of the ichthyofauna of the Mataripe estuarine region affected by the Landulfo Alves Oil Refinery (RLAM) were analyzed. Twenty stations were sampled with a gillnet in five different periods: August and December 2003, March and July/August 2004 and January 2005. Thirty-five actinopterygian species and one elasmobranch species were recorded, Oligoplites saurus, Diapterus rhombeus, Lutjanus synagris and Scomberomorus brasiliensis among them, on all the campaigns. A total of 1368 specimens, weighing 36.10 kg, were caught. The ichthyofauna total biomass was greater, in weight, on the eastern side of the study region, especially at the stations close to the shoals/reefs and the rocky bottom. A similar pattern was also observed for the diversity values. In general, low evenness and diversity were observed in the area studied, possibly as a result of the fishing gear used. D. rhombeus juveniles dominated in all but one of the samplings (July 2004), in which latter Cyclichthys spinosus was dominant. Carangids and species associated with consolidated bottoms were observed, although in small numbers, throughout the study period. In spite of the limitations imposed by the gear used for sampling, the estuarine area influenced by the RLAM was seen to play a role as a growth area for the great majority of species, especially the mojarra (D. rhombeus), but it offers no fishing potential due to the prevalence of young and small individuals. Evidence of imminent spawning was recorded for Pomadasys corvinaeformis in August 2003, and recent spawning in March 2004 for Oligoplites saurus. Further, mature individuals occurred in insufficient numbers to permit population level evaluation.
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Heterotrophic bacterial and phytoplankton biomass, production, specific growth rates, and growth efficiencies were studied in the Northern region of the Cananeia-Iguape estuarine system, which has recently experienced an intense eutrophication due to anthropogenic causes. Two surveys were carried out during spring and neap tide periods of the dry season of 2005 and the rainy season of 2006. This region receives large freshwater inputs with organic seston and phosphate concentrations that reach as high as 1.0 mg l(-1) and 20.0 mu M, respectively. Strong decreasing gradients of seston and dissolved inorganic nutrients were observed from the river/estuary boundary to the estuary/coastal interface. Gradients were also observed in phytoplankton and bacterial production rates. The production rates of phytoplankton were 5.6-fold higher (mean 8.5 mu g Cl(-1) h(-1)) during the dry season. Primary production rates (PP) positively correlated with salinity and euphoric depth, indicating that phytoplankton productivity was light-limited. On the other hand, bacterial biomass (BB) and production rates (BP) were 1.9- and 3.7-fold higher, respectively, during the rainy season, with mean values of up to 40.4 mu g Cl(-1) and 7.9 mu g Cl(-1) h-1, respectively. Despite such a high BP, bacterial abundance remained <2 x 106 cells ml(-1), indicating that bacterial production and removal were coupled. Mean specific growth rates ranged between 0.9 and 5.5 d(-1). BP was inversely correlated with salinity and positively correlated with temperature, organic matter, exopolymer particles, and particulate-attached bacteria; this last accounted for as much as 89.6% of the total abundance. During the rainy season, BP was generally much higher than PP, and values of BP/PP > 20 were registered during high freshwater input, suggesting that under these conditions, bacterial activity was predominantly supported by allochthonous inputs of organic carbon. In addition, BB probably represented the main pathway for the synthesis of high-quality (low C:N) biomass that may have been available to the heterotrophic components of the plankton food web, particularly nanoheterotrophs. (C) 2008 Elsevier Ltd. All rights reserved.