1000 resultados para Enfermagem - Educação
Resumo:
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a mais importante causa de mortalidade em Portugal, pelo que é uma área de intervenção prioritária (Direção-Geral da Saúde [DGS], 2014). Sendo uma doença que se carateriza por estar associada ao estilo de vida, existe um enorme potencial de intervenção para os enfermeiros, enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis, atuando na sua promoção e prevenção da doença. Apesar da evolução nos tratamentos, as taxas de mortalidade, EAM e reinternamento de doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) continuam altas (European Society of Cardiology [ESC], 2011). Para além disso, uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovasculares (obesidade, tabagismo, sedentarismo, diabetes e hipertensão), assim como a adesão à terapêutica, uma vez que na prática tem-se verificado que os doentes frequentemente não aderem à terapêutica, mantendo comportamentos de risco cardiovascular. Nesse sentido, evidencia-se a pertinência do acompanhamento de enfermagem para fomentar o controlo dos fatores de risco, através de um estilo de vida saudável e da adesão ao regime terapêutico proposto. Objetivo(s): O objetivo geral desta investigação foi analisar os efeitos de um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, nos doentes a quem foi diagnosticada SCA; e o objetivo específico, analisar a influência do programa de ensino sobre o índice de massa corporal (IMC), perímetro abdominal (PA), tensão arterial (TA), frequência cardíaca (FC), glicemia capilar, colesterol total (CT), adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico, literacia acerca da sua situação clínica e estilo de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, longitudinal, randomizado, do tipo experimental, "antes-após", com grupo testemunho. Utilizou-se um método de amostragem probabilístico: a amostragem aleatória simples. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente pelos grupos, sendo que o grupo experimental (GE) foi acompanhado durante 6 meses, com uma consulta de enfermagem mensal. Existiram duas avaliações em cada grupo: no início, antes do programa de consultas e no final. Utilizaram-se vários instrumentos de colheita de dados: questionário de caraterização sociodemográfica, Medida de Adesão aos Tratamentos, Instrumento de Autocuidado Terapêutico, Teste de Batalla, conjunto de questões verdadeiro/falso e Questionário Estilo de Vida Fantástico. A amostra é constituída por 24 participantes, 13 no GE e 11 no grupo de controlo (GC). Resultados: Procurou-se assegurar a homogeneidade dos grupos em termos sociodemográficos, sendo que existiam 72,73% de homens e 27,27% de mulheres no GC e 69,23% de homens e 30,77% de mulheres no GE. Quanto à idade, a média no GE era 68,08 anos (s 11,74) e no GC 67,55 (s 10,24) anos. Verificou-se um predomínio dos doentes casados/união de facto (63,64% no GC e 61,54% no GE) e a maioria dos doentes vivia com familiares (72,73% no GC e 76,92%). Relativamente ao nível de escolaridade, verificou-se que a maioria dos doentes apresentava até o 1º ciclo de ensino básico (45,45% no GC 45 e 46,15% no GE). Quanto à situação profissional, a maioria dos doentes pertencia à categoria de reformados (72,73% no GC e 61,55% no GE). Verificou-se uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares nos grupos, nomeadamente hipertensão (92,31% no GE e 81,81% no GC), dislipidémia (84,62% no GE e 81,81% no GC), diabetes (46,15% no GE e 27,27% no GC), excesso de peso (69,23% no GE e 90,9% no GC), história familiar (38,46% no GE e 54,55% no GC) e tabagismo (15,38% no GE). O acompanhamento dos doentes do GE com uma consulta de enfermagem por mês, durante 6 meses, terá contribuído para a redução do IMC e do PA. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos, no que respeita à influência do programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, no controlo da TA, FC, glicemia capilar e CT, na melhoria do estilo de vida, na adesão à terapêutica farmacológica, na capacidade de autocuidado terapêutico nem na literacia acerca da sua situação clínica. Verificou-se, no GE, um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas da avaliação inicial para a avaliação final. Houve ainda um aumento estatisticamente significativo do score de estilo de vida, de adesão à terapêutica farmacológica, de capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica, no GE. Não se verificou influência do programa de ensino estruturado na evolução do GE quanto à FC e CT. Discussão: No que se refere às caraterísticas da amostra, os dados encontrados vão de encontro às caraterísticas da própria DCV aterosclerótica, que possui uma origem multifatorial, afetando maioritariamente homens e cuja incidência aumenta com a idade. Relativamente ao sexo, os dados são concordantes com os apresentados por Ijzelenberg et al. (2012) e Eshah (2013), já na idade, os estudos referidos apresentam uma média etária inferior à da presente investigação. Verificou-se ainda uma maior prevalência de doentes casados/união de facto, que residem com familiares, factos concordantes entre si e com os resultados apresentados em vários estudos (Holmes-Rovner et al., 2008, Ijzelenberg et al., 2012; Eshah, 2013). Neste estudo, por se tratar de prevenção secundária da DCV, todos os elementos da amostra já tinham apresentado pelo menos um evento cardiovascular, pelo que se trata de uma amostra com elevada prevalência de fatores de risco. De notar que os doentes do GC apresentavam valores mais elevados relativamente à obesidade e história familiar de doença cardíaca. Esta elevada prevalência de fatores de risco cardiovasculares é concordante com a apresentada nos estudos de Holmes-Rovner et al. (2008) e Eshah (2013). No sentido de averiguar se os doentes que seguiram um programa de ensino estruturado de prevenção secundária da DCV, apresentavam valores mais baixos de IMC e PA, do que aqueles que não seguiram o referido programa, verificou-se que o acompanhamento dos doentes do GE contribuiu para a redução do IMC e do PA. Estes resultados vão de encontro ao que é referido por vários autores, nomeadamente Ijzelenberg et al. (2012) que verificaram que os doentes do GE, que foram acompanhados durante 6 meses, com o objetivo foi modificar fatores de risco cardiovasculares associados ao estilo de vida, apresentaram uma redução significativa do peso, IMC e PA. Tendo sido verificada a existência de diferenças com significado estatístico, entre o GE e o GC, para o IMC e o PA após os 6 meses de acompanhamento, seria expectável que houvesse impacto no controlo da TA, glicemia capilar e CT, contudo tal não se verificou no presente estudo, provavelmente devido à reduzida dimensão da amostra e às diferenças clínicas que se verificaram entre os grupos, sobretudo quanto à presença de HTA e diabetes. No estudo desenvolvido por Ijzelenberg et al. (2012), verificaram que não existia diferença estatisticamente significativa entre os grupos, tanto na TA e CT, como na hemoglobina glicada, aos 3 e 6 meses. Por outro lado, existem estudos onde se verificou uma redução significativa do CT. É sabido que a DCV possui uma componente significativa associada ao estilo de vida, e como tal, potencialmente modificável. Contudo, também é conhecida a dificuldade que existe em modificar comportamentos. Eshah (2013), evidencia o papel da educação para a saúde na adoção de um estilo de vida mais saudável, que consequentemente conduz a um impacto positivo na saúde dos doentes, ajudando-os a prevenir novos eventos cardíacos. Também Ijzelenberg et al. (2012) com a sua intervenção compreensiva do estilo de vida, verificaram que, para além da redução do peso, IMC e PA no GE, também existiu um aumento significativo da atividade física. No entanto, no mesmo estudo, não se verificaram diferenças relativamente à alteração de hábitos alimentares e hábitos tabágicos. O estilo de vida engloba diversos domínios, pelo que provavelmente cada um deles exigirá uma intervenção específica e direcionada. Tal como o estilo de vida, também a adesão à terapêutica é um fenómeno multifatorial, pelo que os resultados encontrados nos estudos analisados também não são concordantes entre si. Num estudo realizado por Holmes-Rovner et al. (2008), em que foi feito o acompanhamento com 6 sessões de aconselhamento telefónico, efetuadas por enfermeiros, em doentes após SCA, não foi possível encontrar diferenças quanto ao uso de medicação entre os GE e GC, tal como sucedeu na presente investigação. É referido por alguns autores que doentes com melhor apoio social, com consultas com frequência inferior a 3 e 6 meses e com mais conhecimentos acerca da sua situação de saúde, apresentam melhor adesão à terapêutica. Relativamente à capacidade de autocuidado, esta relaciona-se com a literacia que a pessoa possui acerca da sua situação clínica, nomeadamente no que se refere à identificação de sinais e sintomas e formas de controlo, tornando o doente mais apto para o seu autocuidado. À semelhança do sucedido em outros estudos, na presente investigação foi possível obter resultados positivos ao nível da prevenção secundária da DCV, através do contributo que a literacia pode trazer para o controlo de fatores de risco cardiovasculares, melhoria do estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica e capacidade de autocuidado terapêutico. Apesar de continuar indeterminada a combinação ótima de intervenções, incluindo o conteúdo, modo de aplicação, frequência e duração, uma intervenção mais intensiva, com consultas mais frequentes, contribui para melhorar o controlo de fatores de risco (ESC, 2012). Eshah (2013) referindo vários estudos realizados, afirma que a educação para a saúde contribui para modificar comportamentos de saúde e melhorar o conhecimento dos doentes. Neste sentido, os resultados obtidos no presente estudo são congruentes entre si, uma vez que, com a melhoria da literacia, terá sido possível contribuir também para a melhoria do estilo de vida e, consequentemente, IMC e PA mais adequados. Conclusão: Os resultados desta investigação levam a concluir que a implementação de um programa estruturado de ensino em doentes após SCA, parece constituir uma boa metodologia na melhoria do IMC, PA, estilo de vida, adesão à terapêutica farmacológica, capacidade de autocuidado terapêutico e literacia acerca da sua situação clínica. Apesar de não existirem diferenças estatisticamente significativas, verificou-se que no GE existiu um aumento dos doentes com TA e glicemia capilar controladas. O programa não influenciou o controlo da FC nem do CT. Consideram-se como principais limitações deste estudo a reduzida dimensão da amostra; o facto dos doentes que aceitaram participar no estudo poderem estar mais predispostos para alterações comportamentais do que os que recusaram e ter havido muitos doentes que recusaram participar ou que não foi possível contactar. De referir ainda, a dificuldade em garantir a homogeneidade da amostra em termos clínicos, a toma e eventuais ajustes de medicação e a existência de outros eventos agudos. Por fim, importa ressalvar a fragilidade implicada pela utilização das questões verdadeiro/falso para avaliação da literacia acerca da DCV aterosclerótica, por se tratar de um instrumento construído pela investigadora, embora recorrendo à literatura e à opinião de peritos, mas que não se encontra validado. Espera-se com esta investigação alertar para o papel preponderante dos enfermeiros no âmbito da educação para a saúde e o seu impacto na prevenção secundária da DCV.
Resumo:
Introdução: A educação pré-natal pretende responder às necessidades das grávidas/casais, procurando melhorar os resultados em saúde e o desenvolvimento da comunidade. Conhecer o perfil e as expetativas dos participantes permite melhorar a qualidade dos programas e qualificar quem os promove. Objetivos: Caracterizar o perfil e descrever as expetativas de uma amostra de casais participantes nos programas de educação pré-natal do projeto de extensão à comunidade "Terna Aventura" da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC). Método: Estudo analítico e descritivo. Recolha de dados dos formulários de inscrição nos programas de educação pré-natal do projeto "Terna Aventura" da ESEnfC, de 2008 a 2015. Foram incluídos no estudo uma amostra de 74 participantes, que autorizaram previamente o uso dos dados para fins de investigação. Resultados: A Idade média materna foi 31,66 anos e paterna 31,78 anos. A moda das habilitações académicas foi ensino superior para as mães e pais. A maioria eram primíparas (66) e para os pais o primeiro filho. Para as mães mais expectativas em aprender autocontrolo da dor, ansiedade, técnicas de relaxamento no parto. O pai pretende aprender a apoiar a mãe nas diferentes fases. Cuidados ao recém-nascido, especialmente amamentação e higiene, e para o pai saber agir perante doença do bebé. Conclusões: O perfil dos participantes mostra planeamento da gravidez em idade tardia e mães/pais com formação de nível superior. Este perfil aponta para expectativas mais elaboradas e exige formação específica para uma intervenção qualificada.
Resumo:
"Terna Aventura - preparação para o parto e para a parentalidade" é um projeto de extensão à comunidade da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) em que participam estudantes, enfermeiros e professores especialistas em Saúde Materna e Obstétrica Objetivos: Dar resposta às necessidades da grávida/casal preparando-os para o nascimento e exercício da parentalidade; contribuir na formação de Enfermeiros e Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e promover a investigação na área da educação pré-natal. Experiência: Centra-se na intervenção junto das grávidas/casais dando resposta às suas necessidades. Está operacionalizado em três áreas: intervenção, formação e investigação. Intervenção - Preparação para o Parto e Parentalidade/método Psicoprofilático Lamaze, 10 casais, início 28/32 semanas gestacionais e Acompanhamento Haptonómico Pré e Pós-Natal início 16/28 semanas gestacionais, sessões individuais: casal. Efetuadas sessões educacionais teóricas e práticas, partilha de dúvidas e treino de habilidades com recém-nascido. Formação - envolve estudantes do Curso de Especialização de Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia e do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Investigação - monitorização e avaliação das intervenções e seu impacto ao longo das intervenções. Conclusão: A inovação nos métodos de educação pré-natal, os recursos humanos e o acesso aos laboratórios de prática simulada da ESEnfC tornaram o projeto num sucesso e um recurso na comunidade ao dispor da grávida/casal e da família.
Resumo:
A qualidade em educação constitui uma das grandes preocupações de governantes, políticos, académicos e investigadores e tem sido uma questão amplamente debatida em encontros científicos e estudada em diversos programas de investigação educacional nos mais diversos países do mundo ocidental. A avaliação das escolas (interna e externa) são processos fundamentais para o desiderato da qualidade e da melhoria das escolas. Nesta comunicação apresentamos alguns dos resultados do projeto de investigação “Impacto e Efeitos da Avaliação Externa nas Escolas do Ensino não Superior”, financiado pela FCT (Projeto PTDC/CPE-CED/116674/2010), no sentido de responder ao problema de investigação – Que impacto e efeitos produz a AEE no primeiro e segundo ciclos do modelo, tendo em referência a melhoria da escola, a participação da comunidade e a implementação de políticas de accountability? Os dados empíricos recolhidos e analisados, permitem afirmar que a AEE tem produzido impacto e efeitos nas dimensões organizacionais e funcionais das escolas, os quais são visíveis: a) na melhoria da escola, mais a nível organizacional do que a nível curricular e dos modos de trabalho pedagógico, sendo o impacto nesta última dimensão reconhecido como reduzido ou inexistente; b) na aceitação e apropriação pela escola dos referentes utilizados no processo de avaliação externa e consequente consolidação da avaliação institucional; c) na participação da comunidade na vida social da escola, reforçando as parcerias existentes e dando voz aos diversos atores sociais que intervêm diretamente na escola; d) na institucionalização de planos de melhoria focados nas fragilidades identificas nos relatórios da avaliação externa das escolas; e) na monitorização de resultados académicos, embora sem efeitos visíveis; f) na apropriação do discurso da qualidade, da eficácia, da eficiência e da accountability nas escolas.
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O objeto inicia elucidando sobre as mudanças que ocorrem com o envelhecimento, inclusive nos papéis e relacionamentos dentro da família e o papel do enfermeiro nessas mudanças. Enfermeiros desempenham uma variedade de papéis, entre os quais se destaca: cuidador, educador e defensor. Segue mencionando a valorização do cuidado integral e humanizado que propicia o reconhecimento da complexidade dos processos de saúde-doença e o importante papel da enfermagem neste contexto. Termina considerando que ao orientar os idosos sobre moradia, o enfermeiro precisa avaliar os níveis de autonomia para a realização das atividades da vida cotidiana e a manutenção financeira de suas necessidades. Unidade 6 do módulo 8 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
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Tópico 1 – Avaliação das necessidades de cuidado e a família O tópico ressalta a importância: de avaliar as características e necessidades do idoso buscando seu envolvimento nas decisões sobre o próprio cuidado e atividades; do diálogo entre os profissionais da equipe, com a família e como próprio idoso para resultados eficientes para a saúde integral desse último. Apresenta a CIPE do CIE e o quadro de avaliação das necessidades de cuidado de enfermagem do idoso, informações sobre enfermagem gerontológica e a abordagem criativa na identificação e valorização das potencialidades do idoso. Trata da família como foco no cuidado com o idoso e o papel da ESF na orientação, educação e conscientização para essa tarefa. Tópico 2 – Histórico de enfermagem, exame físico e imunizações O tópico mostra a necessidade de os profissionais de saúde compartilharem as informações para a avaliação completa das condições de vida do idoso, os cinco pontos-chave de Potter e Perry (2005) para avaliação de enfermagem do idoso, a necessidade da abordagem preventiva e o APGAR, a avaliação do funcionamento familiar e da atenção à pessoa, os princípios a observar no momento do exame. Trata, também, das imunizações, da alimentação, da Caderneta da Pessoa Idosa e propõe um caso para reflexão. Conteúdo Online do módulo de Atenção integral à saúde do idoso: Cuidados de enfermagem à saúde do idoso para enfermeiro. Unidade 3 do módulo 14 para dentista que compõe o Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família.
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OBJETIVO: Capacitar os agentes comunitários de saúde (ACS) em relação ao calendário vacinal vigente, tornando-os aptos a identificar vacinas em atraso, orientar a família das crianças sobre as vacinas existentes, número de doses e possíveis efeitos adversos. MÉTODOS: Trata-se de um plano de intervenção realizado numa unidade de saúde da família do município de Satuba/AL, no ano de 2012. Pautado na estratégia de educação permanente, foram realizados 2 encontros com os ACS onde foram desenvolvidas atividades cujo foco central foram as mudanças do calendário vacinal com o acréscimo de novos imunobiológicos. RESULTADOS: Os encontros realizados foram considerados satisfatórios pelos ACS, permitindo a atualização do conhecimento sobre vacinas, levando-os a sentirem-se mais seguros ao informar a população sobre as mesmas. CONCLUSÕES: O plano de intervenção foi essencial para o despertar da necessidade de educação permanente dos profissionais de saúde, possibilitando ainda um espaço de discussão antes não identificado na unidade, além de propiciar o estreitar dos vínculos entre os profissionais do serviço.
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Este trabalho trata-se de um Projeto de Intervenção, implementado entre os meses de Dezembro de 2012 à Fevereiro de 2013 em Anguera um município de 10.248 situado na região semi-árida da Bahia estando a 146 km de Salvador. O objetivo foi Sistematizar e Realizar Visitas Domiciliárias preconizadas pelo Ministério da Saúde. A assistência domiciliar engloba um continuun de cuidados ofertados ao indivíduo e à família, baseado na interação entre família e profissional busca desenvolver ações que vão desde a promoção, prevenção e reabilitação até diagnósticos socioeconômicos familiar. Assim, as intervenções tiveram como, principal alvo a população idosa, residente em duas microáreas da zona urbana do município, entretanto foi estendida para outras faixas etárias, onde foram realizadas 54 visitas, com 77 encaminhamentos, entre eles educação em saúde, agendamento de consultas, busca ativa e ações da vigilância epidemiológica. Conclui-se a intervenção, ressaltando as visitas domiciliárias como um importante instrumento de assistência ao indivíduo e a família, e também de avaliação e planejamento de ações de saúde desenvolvidas no município.
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O tabagismo é um problema de saúde pública que atinge todas as nações gerando impacto econômico, social e cultural sobre os povos. Constitui-se a principal causa de morte evitável sendo tema de diversos tratados, convenções e políticas de saúde. Contudo, todas essas ações são em vão se não houver uma educação em saúde e uma assistência continuada a estes pacientes. Estudos comportamentais já mostraram que a manifestação de desejo, o incentivo de profissionais de saúde e o uso de uma equipe multidisciplinar são de grande importância para que o indivíduo abandone o tabaco e devem ser usados estes recursos sempre que possíveis. Foi a partir dessa visão, associada à percepção do número de co-morbidades, e de pacientes tabagistas que freqüentavam a unidade de saúde no Povoado de Oloana, município de Hidrolândia que se decidiu iniciar ações em prol da cessação do tabagismo. A proposta foi de formar uma equipe multiprofissional composta por agentes de saúde, técnico de enfermagem, enfermeiro, secretária e médica para juntos atuarem nesta questão. Este grupo recebeu o nome de “Equipe Vida sem Tabaco” e teve como proposta recrutar o maior número de pacientes tabagistas possíveis no povoado que manifestassem o interesse em parar de fumar, através da captação realizada pelas agentes de saúde, utilizando questionamento no momento do acolhimento na unidade e da investigação durante as consultas para formarem o grupo "Vida sem Tabaco". Por meio deste grupo os pacientes receberam apoio, orientação, informações e prescrições de medicamentos para os auxiliarem a cessarem o uso do tabaco. No total 30 pacientes foram selecionados. Foram realizadas rodas de conversas, palestras sobre o tema, escuta das queixas, consultas em prol do objetivo proposto. No total, 7 pacientes pararam de fumar, 18 reduziram a quantidade de tabaco consumida em cerca de 50%, 2 abandonaram o grupo e 3 ainda não pararam porém, ainda manifestam o desejo e se mantém no grupo em fase de contemplação.
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O objeto deste trabalho é assistir ao idoso submetido à terapêutica de medicamentos hipertensivos e possibilitar ao enfermeiro se tornar participante do processo de educação e saúde, orientando os idosos quanto à administração de medicação. Os medicamentos são o principal instrumento terapêutico para tratar a maior parte dos problemas de saúde dos idosos e o uso incorreto e indiscriminado destes representa graves perigos para a saúde desse grupo etário. O objetivo deste trabalho foi conhecer esta problemática e apontar ações que visem minimizar as iatrogenias medicamentosas em idosos. O estudo foi desenvolvido com uma abordagem de revisão bibliográfica. O estudo teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica, por meio de publicações científicas em livros, artigos e sites da saúde sobre o que propõe a literatura a respeito das ações de enfermagem para assistir ao idoso submetido à terapêutica de medicamentos hipertensivos. A partir da revisão da literatura pode-se perceber que os idosos possuem poucas informações a respeito de suas medicações e que ações educativas de enfermagem podem minimizar as complicações amenizando assim os problemas decorrentes do uso de medicamentos.
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Introdução: A Atenção à Saúde da Mulher é um dos pilares da proposta da Secretaria de Saúde de Prefeitura de Belo Horizonte, sendo o Programa Integral de Assistência à Saúde da Mulher um novo modelo de abordagem assistencial às mulheres em todas as fases de sua vida. Desenvolve as ações de promoção à saúde e prevenção de doenças, e a prevenção do colo de útero e mama. Neste contexto, a educação em saúde surge como estratégia para promover saúde e prevenção primária e secundária de tais doenças nas mulheres. Objetivo: Revisar a literatura de educação em saúde e fazer um relato de prática de uma experiência de educação em saúde no contexto da Saúde da Mulher: Prevenção e detecção precoce do Câncer de Colo de Útero e Mama. Método: Foi realizada a apreciação da literatura e a busca foi realizada em bases de dados eletrônicas Medline, SciELO, no período entre novembro até abril de 2010. Os descritores "educação em saúde", "promoção de saúde", "relato de experiência", foram combinados nas estratégias de busca e os termos correspondentes em inglês. Ao mesmo tempo foi realizado o Diagnóstico Situacional do Centro de Saúde Vila Cemig, no que tange a saúde da Mulher. A partir disso foi proposto um trabalho de educação em saúde para a população feminina usuária do serviço. Resultados: Observou-se que, no CS Vila Cemig não haviam grupos sistematizados para atender a essa parcela da população feminina, as orientações e agendamentos eram individualizados, restritos aos momentos das consultas de enfermagem e aos acolhimentos principalmente. Foi proposto um grupo de educação em saúde conduzido pelo enfermeiro da equipe, e com um único encontro mensal. A partir da revisão da literatura, optou-se pela metodologia roda de conversa, com o tema prevenção do câncer de colo de útero e mama para as mulheres com vida sexual ativa, o auto-cuidado e a importância do exame citopatológico e exame clínico das mamas. Conclusão: A educação em saúde, realizada em rodas de conversa estimulou o auto-exame das mamas, a inserção do exame clínico das mamas das mulheres durante as consultas de enfermagem e o exame de prevenção de coleta de citopatológico. As mulheres relataram ações voltadas ao auto-cuidado e autonomia em saúde. A atividade também estabeleceu o vínculo das mulheres com o serviço. Acredita-se, portanto, que a implantação da educação em saúde, em especial em rodas de conversa, na rotina de trabalho da equipe de saúde contribui significativamente para a promoção da saúde da mulher e mudança de postura dos profissionais da atenção básica junto à população feminina.
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O Trabalho de conclusão de curso que se apresenta é parte integrante do curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e teve como objetivo geral descrever sobre a implantação do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) nas unidades básicas de saúde, avaliando os desafios impostos ao profissional da enfermagem para que o modelo assistencial torne-se de fato uma realidade nesse ambiente. Foi elaborada uma investigação sobre a temática em base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde - BVS, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, GOOGLE, Biblioteca Regional de Medicina - BIREME, Internet em geral e livros. A busca foi realizada entre setembro de 2010 a novembro de 2010, compreendendo publicações entre 1999 a 2010. Foram encontradas 24 publicações de caráter cientifico sobre o assunto e após a análise e avaliação da qualidade do material foram selecionadas 17 fontes para serem utilizadas no presente trabalho, dentre as quais três fontes são publicações e cartilhas do Ministério da Saúde sobre as políticas de humanização e o acolhimento. Os resultados apontam em primeiro lugar que reorganização dos serviços de saúde, tem como pressuposto a integralidade na produção do cuidado, em um processo de trabalho centrado no usuário e relações acolhedoras da equipe multiprofissional, capazes de produzir vínculo, em um processo produtivo que aposta nas tecnologias mais relacionais para a assistência aos usuários, onde a equipe se responsabiliza pelo cuidado. O ACCR tem como objetivo principal organizar o fluxo de usuários no sistema de saúde, escolhendo quais devem ter prioridade no atendimento, ou seja, fazer com que os usuários mais graves sejam atendidos primeiro. Verificou-se que os principais desafios impostos ao profissional para de fato implantar o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) estão relacionados à capacitação e a consolidação dos avanços alcançados com a implantação do acolhimento demanda que os agentes de tal trabalho sejam atendidos em suas necessidades de educação permanente, supervisão e apoio institucional a fim de que o trabalho que realizam seja qualificado de forma inequívoca.
Resumo:
O câncer do colo do útero é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres, apesar dos grandes avanços, investimentos e estratégias implantadas nos últimos anos na assistência à saúde da mulher. O presente estudo é uma revisão de literatura, do tipo narrativa, sobre o papel dos profissionais de enfermagem das Equipes Saúde da Família na adesão das mulheres ao Papanicolaou. Foi realizado um levantamento de dados com o objetivo de descrever os principais fatores de risco ao câncer do colo do útero, seus aspectos epidemiológicos, diagnóstico, assistência da enfermagem e os principais dificultadores da adesão das mulheres ao exame de papanicolaou, visando contribuir para aperfeiçoamento do cuidado da enfermagem na adesão ao exame preventivo com o enfoque nas ações educativas para promoção da saúde da mulher. Para a busca de dados utilizou-se a Biblioteca Virtual de Saúde na base de dados do LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library On-line). A partir de 50 artigos disponíveis na íntegra em português, foram utilizados 14 artigos, 8 publicações do Ministério da Saúde/MS, 03 referencias bibliográficas, dados publicado pelo Instituto Nacional Câncer no Brasil (INCA) e uma Portaria do MS. Pôde-se perceber que o número de mulheres que não realizam o exame de papanicolaou periodicamente é ainda muito alto e há um crescimento do número de mulheres com câncer do colo do útero. As principais barreiras identificadas à adesão das mulheres ao exame de papanicolaou foram: medo, vergonha, timidez, ausência de sintomas, não permissão do marido/companheiro, baixa escolaridade, informações equivocadas ou falta destas e dificuldade de acesso às unidades de saúde. Nesse contexto, é importante destacar a necessidade de ações educativas realizadas pelo profissional de enfermagem das Equipes de Saúde da Família, de forma humanizadora, respeitando as diferenças culturais, condutas e valores, buscando proporcionar a melhoria da qualidade de vida e saúde da mulher, com o resgate de sua singularidade e autonomia.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi realizar uma breve revisão bibliográfica sobre o câncer do colo cérvico uterino e a importância da enfermagem, no sentido de aumentar o conhecimento da população feminina a respeito das lesões precursoras deste tipo de câncer. A metodologia apresentada neste trabalho consistiu de uma revisão bibliográfica narrativa, realizada nos principais bancos de dados: LILACS, SCIELO, MEDLINE, BVS, ABEn/CEPEn e BDENF, além de manuais, protocolos do Ministério da Saúde e artigos com embasamento científico encontrados em outras fontes. A enfermagem contemporânea vem abrangendo cada vez mais conhecimento teórico-prático sobre a prevenção do câncer cérvico-uterino, conhecimento este, pautado em um rigor científico e um trabalho diferenciado por meio de ações educativas. O câncer uterino é uma doença de evolução lenta e progressiva com etapas definitivas, possibilitando um diagnóstico precoce, tratamento oportuno e, na maioria das situações, a própria cura. Concluímos, desse modo, que é fundamental a atuação da enfermagem na educação em saúde para que as mulheres possam ter suas lesões diagnósticas e tratadas precocemente.
Resumo:
O trabalho com grupos é uma das atribuições das equipes do Programa de Saúde da Família, onde as práticas educativas na atenção à saúde são atividades pedagógicas voltadas aos usuários, visando à construção do conhecimento a partir das informações e vivências trazidas por eles. A técnica de grupo não está centrada nas pessoas individualmente, nem na dinâmica grupal, mas no processo de inserção e participação do usuário dentro do grupo. As vantagens da realização de grupos consistem em facilitar a construção coletiva de conhecimento e a reflexão acerca da realidade vivenciada pelos seus membros, bem como a de possibilitar a quebra da relação vertical (profissional-usuário) e facilitar a expressão das necessidades, expectativas e angústias. Assim, este estudo objetiva conhecer, por meio de revisão da literatura, as diferentes práticas educativas de grupos de educação em saúde realizados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foi realizada busca de artigos no período de janeiro a abril de 2012, nas bases de dados SciELO e LILACS, via biblioteca virtual de saúde, no idioma português, entre os anos de 2004 a 2012, com a utilização dos descritores Programa de Saúde da Família, Educação em Saúde, Enfermagem e Grupos de autoajuda. A partir de leituras exploratórias e seletivas, foram selecionados oito artigos, que foram lidos na integra e considerados de maior relevância para o entendimento do tema proposto. A educação de grupos em saúde é uma proposta utilizada pela atenção primária em saúde dentro do contexto da UBS, trazendo benefícios positivos para os participantes que participam dessa ação coletiva. Os artigos mostram que há diferenças no que diz respeito ao tempo de duração, condução dos grupos, intervalo entre um grupo e outro, dentre outros aspectos. Pode-se, portanto, afirmar que o trabalho de grupos de educação em saúde necessita ser mais explorado visando uma uniformização dos procedimentos referentes à composição e atributos utilizados no processo de construção e participação dos grupos propostos.