1000 resultados para Educação em enfermagem
Resumo:
“Cuidar de Quem Cuida” foi um projecto de intervenção no âmbito da educação para a saúde, que teve como principal objectivo atender às necessidades do cuidador informal de crianças e jovens com dependência média a elevada na realização das actividades de vida diária, planeando e concretizando acções que visaram a autonomia, qualidade de vida e bem-estar do cuidador e família. A amostra foi constituída por 14 utentes inscritos no CSNM e USFB, com consultas médicas de especialidade no HPC e que cumpriram os critérios de inclusão: menor com grau de dependência média a elevada, cuidador desempregado e/ou com sobrecarga física ou emocional elevada e existência inadequada de factores influentes à adaptação da família à doença. Foram utilizados como instrumentos de colheita de dados: a entrevista individual inicial, índice para a avaliação das dificuldades do prestador de cuidados (CADI) e inquérito final de satisfação. O Projecto consistiu nas seguintes intervenções: sessões temáticas e grupo de apoio, página electrónica da rede social Facebook, visita domiciliar e parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Os resultados obtidos, relativos ao CADI, evidenciam que os cuidadores são maioritariamente mulheres/mães, que apresentam níveis elevados de sobrecarga física, emocional e social, cujas maiores dificuldades percepcionadas são o deficiente apoio familiar e profissional e a escassez de recursos financeiros. Em relação às sessões temáticas/grupo de apoio, participaram 50% dos cuidadores e constatou-se o aparecimento de fenómenos sociais e de saúde como a coesão do grupo, a aquisição de comportamentos mais adequados, autoanálise e autoapreciação da sua situação de saúde e familiar. Por outro lado, 13 dos 14 participantes aderiram, activamente, à página electrónica. Todas as intervenções foram desenvolvidas no sentido do empowerment e de forma, a colmatar as dificuldades percepcionadas pelos cuidadores e famílias. Obtiveram-se ganhos efectivos em termos de saúde, nomeadamente maior capacidade de resiliência, modificação de comportamentos/atitudes inadequados e aquisição de mecanismos de coping eficazes, o que reforça a importância da implementação de projectos centrados da educação para a saúde e especificamente dirigidos a esta população-alvo.
Resumo:
A presente pesquisa teve como objetivo investigar as representações sociais de ser docente do professor enfermeiro que atua no Ensino Técnico em enfermagem e cursou Pós-Graduação com ênfase pedagógica, exigido pelo MEC a partir de janeiro de 2008. A fundamentação teórica da pesquisa foi norteada pelo conceito de Representação Social enunciado por Sèrge Moscovici (1978) e mediado por Denise Jodelet (1984) e Mary Jane Spink (2004). Foram tecidas considerações sobre o ensino de enfermagem dentro do quadro da educação brasileira, evidenciando a legalização do ensino técnico no contexto socioeconômico e político do país que regulamentou o ensino técnico de enfermagem. Também foram descritas as últimas exigências feitas pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Regional de Enfermagem sobre o exercício da docência no ensino técnico. A coleta de dados foi possível por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com 07 professores enfermeiros egressos do curso de Pós-Graduação com ênfase pedagógica. Foi utilizada a abordagem qualitativa centrada na análise de conteúdo dando voz aos sujeitos da pesquisa. Os resultados revelaram que as representações sociais sobre o ser docente da população-alvo foram ancoradas na perspectiva de transmitir os conteúdos curriculares e morais, porém, tentaram se afastar da idéia do paradigma tradicional do professor que só transmite conhecimento. Os resultados também evidenciaram que o curso de Pós-Graduação com ênfase pedagógica contribuiu com os professores enfermeiros da pesquisa para o processo de construção e reconstrução do ser docente. As representações sociais dos professores deste estudo revelaram, por último, a satisfação em ser docente atrelada à idéia de felicidade em exercer as atividades docentes, o que não deixou de lado a forte presença da profissão de enfermeiro.
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A aprendizagem formal e tradicional tem dado lugar a um cenário desafiador no qual educador e educando não comungam do mesmo espaço físico. A Educação a Distância (EAD), ainda é vista como uma solução que agrega cada vez mais alunos de diferentes idades que desejam uma graduação de ensino superior ou a continuidade dela. A pesquisa com o título: “O estudante da EAD (educação a distância): um estudo de perfil e interação geracional” propõe conhecer as características do perfil atual do estudante da EAD, abordando o diálogo entre as gerações no ambiente social escolar. O enfoque da pesquisa é qualitativa, exploratória e descritiva com dados que foram coletados através de entrevista com 08 alunos das gerações X e Y para assim entender se este perfil tem sido renovado com alunos mais jovens, do que a faixa etária de 25 a 45 anos. O resultado demonstra que alunos na faixa de 17 a 24 anos a cada ano aumentam 1% das matrículas. Já a faixa de 25 a 45 anos prevalece com 70% das matrículas. Portanto, este resultado revela que o perfil do aluno EAD ainda é o do jovem adulto, para adulto mais experiente, que busca a graduação com o propósito de progressão no ambiente profissional. As duas gerações citadas geração X e geração Y, mesmo em contextos históricos diferenciados de valores, crenças e comportamentos participam atualmente de uma transformação social que contempla os meios de produção do trabalho, a formação educacional e as relações sociais. O diálogo intergeracional direciona a um aprendizado compartilhado, participativo na troca de experiências mutuas. Para a geração X o jovem atual não é mais nomeado como o que precisa escutar e aprender, mas tem muito a partilhar, principalmente diante da facilidade com os meios tecnológicos. E para a geração Y, na partilha não há barreiras de idade, mas a segurança de interagir e se comunicar diante da troca de experiências
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The interprofessional education still represents a great challenge for the health education. This paper aims at implementing the Interprofessional Cardiology Visit (VIC, acronym in Portuguese) as a teaching strategy for the interprofessional education in the undergraduate and graduate courses of UFRN (Federal University of Rio Grande do Norte, acronym in Portuguese). It is a prospective and exploratory study held from March 2013 to November 2014, in the cardiology department of HUOL (Portuguese acronym for Onofre Lopes University Hospital), including health professionals from the mentioned hospital (doctor, psycologist, physiotherapist, dentist, social assistant, nutritionist, pharmacist and nurse), undergraduate and graduate students from the health courses of UFRN. The study happened in three parts: interprofessional activity planning; Implementation of the activity “Interprofessional Cardiology Visit (VIC)”; and Activity evaluation, this last one was made through focus groups. The process of planning and implementation of the VIC was described during the implementation phase: 60 meetings in which 1324 participants discussed one specific patient per meeting. After each case presentation, an interprofessional discussion was held, pointing out each professional’s specific point of view towards improving the overall care of that discussed patient. From the focus group analysis, five categories emerged: Recognition of previous participations in interprofessional activities; Conceptual vision of interprofessional activities; Impacts of the VIC to the patient’s care; Contributions of VIC to the professional training; and Challenges of VIC continuation. The making and planning of VIC process has reached its goals, despite of some health professional’s participation not being systematic due to work overload, such as the nurses’ case, as well as schedule difficulties. The VIC was praised as a successful experience and considered an initiative with positive impact for improving the care of patients with heart diseases. It is clear, from analyzing the discourses, that the VIC is a strategy which positively impacts both the care and the teaching. However, some difficulties remain, such as the lack of human resources and the challenge of making it systematic.
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Observa-se na prática das unidades de saúde, ainda hoje, o pouco conhecimento das mães sobre o processo de vacinação e pouco envolvimento do enfermeiro nesse processo, principalmente na área de educação em saúde. O objetivo é identificar as ações de enfermagem na sala de vacina e descrever o conhecimento das mães/cuidadores acerca da vacinação infantil. Estudo exploratório-descritivo com abordagem quantitativa. A população foi composta por 43 mães e/ou cuidadores e 10 profissionais de enfermagem. Ocorreu em duas Unidades de Saúde da Família, na Zona Oeste de Natal/RN, em novembro e dezembro/2008. A maioria das mães (88,4%) conhece a importância de vacinar a crianças, embora não saibam quais as vacinas estão sendo dadas e para quais doenças são destinadas. A maioria dos profissionais prioriza mais a técnica do que a atividade educativa. Percebe-se, portanto, que há lacunas no saber das mães/cuidadores e nas ações de enfermagem que visem um trabalho promocional na sala de vacinação
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submeter a teoria do déficit de autocuidado de Orem a uma reflexão crítica. Metodologia: estudo teórico sobre os aspectos Importância e Aplicabilidade contidos no Modelo de Análise Crítica de Chinn e Kramer para análise crítica da teoria do déficit de autocuidado. Desenvolvido no período de outubro a dezembro de 2008. Resultados: o posicionamento da teoria do déficit de autocuidado está essencialmente relacionado à filosofia da enfermagem e demonstra potencial para influenciar ações de enfermagem, em especial relativas à educação para o autocuidado em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica. Conclusões: a enfermagem, mediante a teoria do déficit de autocuidado, pode oferecer condições mais saudáveis e de maior autonomia ao indivíduo portador de cardiopatia isquêmica
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Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é reconhecida enquanto metodologia organizadora do trabalho da enfermagem. Todavia, apesar de ter sua obrigatoriedade no Brasil instituída pelo Conselho Federal de Enfermagem, sua consolidação ainda é inconsistente. Nesse contexto se reconhece que uma possibilidade de avanço para a implementação da SAE constitui o aspecto formativo da equipe de enfermagem, sobretudo dos técnicos de enfermagem, classe que costuma ser esquecida quando se aborda a SAE (Cruz & Almeida, 2010; Salvador & Santos, 2013). Objetivos: Desvelar a tipificação de docentes sobre o ensino da sistematização da assistência de enfermagem em nível técnico. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa. Participaram sete docentes do Curso Técnico em Enfermagem de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. A coleta de dados ocorreu em fevereiro de 2015, a partir da técnica do grupo focal. As falas foram transcritas e o conteúdo textual decorrente das entrevistas foi submetido à análise lexicográfica, com auxílio do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires (IRAMUTEQ). A análise dos dados foi realizada a partir do referencial teórico de Alfred Schutz (2012). Os preceitos éticos foram atendidos. Resultados: Participaram sete docentes com formação mínima de mestrado, experientes no ensino técnico. Por meio da Classificação Hierárquica Descendente, cinco classes advieram das três partições de conteúdo. As classes 1 e 2 denotaram por um lado experiências e possibilidades que afirmam a necessidade de inserir a SAE no nível técnico e por outro dúvidas quanto ao momento certo para este ensino. As classes 3 e 4 elucidaram os motivos-porque ensinar a SAE aos técnicos de enfermagem, ao destacar que os docentes devem enfrentar os receios em busca de alternativas para que o ensino da SAE em nível técnico se consolide, a partir da reflexão acerca do papel da universidade na mudança da prática e na superação da cisão entre o fazer e o pensar no mundo da vida da enfermagem. A classe 5 possibilitou a compreensão dos motivos-para ensinar a SAE em nível técnico, com destaque para as contribuições que o técnico de enfermagem pode efetivar ao se integrar à SAE. Conclusões: Os docentes do curso técnico de enfermagem tipificam a importância de efetivar o ensino da SAE aos técnicos de enfermagem. Para tanto, enfatizam a necessidade de incluir tal temática na formação em nível técnico. Assim, ao mesmo tempo em que denotam dúvidas e receios em não saber como e quando efetivar o ensino da SAE aos técnicos de enfermagem, refletem acerca das possibilidades e necessidade de consolidar tal ensino.
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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, um acontecimento crítico na vida da pessoa doente. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, de modo a auxiliar os enfermeiros a definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória de doentes propostos para cirurgia programada e a informação que têm acerca do ato anestésico-cirúrgico; analisar a relação entre a informação que possuem e a ansiedade, e se algumas variáveis sociodemográficas influenciam essa ansiedade. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em 200 doentes submetidos a cirurgia eletiva. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma Escala de Informação e o IDATE-Y1. Os resultados revelam que os doentes percecionam estar melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos, comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes apresentaram baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória demonstrou estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e o tempo em lista de espera. Relativamente à informação pré-operatória, conclui-se que os enfermeiros devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. Tratando-se de uma área autónoma da profissão, enfatiza-se a relevância da informação/educação na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde.
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Uma grande parte dos doentes manifesta diversos níveis de ansiedade quando são submetidos a uma intervenção cirúrgica, um acontecimento crítico na vida da pessoa doente. Torna-se fundamental, desenvolver conhecimento nesta área que é caracterizada por uma elevada subjetividade, de modo a auxiliar os enfermeiros a definir modos de atuação baseados na evidência científica. Este estudo visa avaliar a ansiedade pré-operatória de doentes propostos para cirurgia programada e a informação que têm acerca do ato anestésico-cirúrgico; analisar a relação entre a informação que possuem e a ansiedade, e se algumas variáveis sociodemográficas influenciam essa ansiedade. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em 200 doentes submetidos a cirurgia eletiva. Foi aplicado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma Escala de Informação e o IDATE-Y1. Os resultados revelam que os doentes percecionam estar melhor informados acerca dos aspetos organizacionais e logísticos, comparativamente ao que toca aos cuidados de enfermagem. Quanto ao nível de ansiedade pré-operatória, os doentes apresentaram baixos níveis de ansiedade, encontrando-se diferenças estatisticamente significativas em função do sexo, o que vai de encontro aos resultados de outros estudos. Por outro lado, a informação pré-operatória demonstrou estar relacionada de forma significativa com o número de elementos do agregado familiar e o tempo em lista de espera. Relativamente à informação pré-operatória, conclui-se que os enfermeiros devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. Tratando-se de uma área autónoma da profissão, enfatiza-se a relevância da informação/educação na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde.
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O presente estudo teve como objetivo geral elaborar uma proposta de processo de enfermagem contemplando históricos de enfermagem, diagnósticos de enfermagem, prescrição de cuidados de enfermagem para gestantes e puérperas em Unidade de Internação Obstétrica à luz de Horta, fundamentada em NANDA e, como objetivos específicos: identificar os dados clínico-obstétricos mais frequentes das gestantes em Unidade de Internação Obstétrica; identificar os dados clínico-obstétricos mais frequentes das puérperas em Unidade de Internação Obstétrica; identificar os diagnósticos de enfermagem a partir dos dados clínico-obstétricos mais frequentes das gestantes em Unidade de Internação Obstétrica; identificar os diagnósticos de enfermagem a partir dos dados clínico-obstétricos mais frequentes das puérperas em Unidade de Internação Obstétrica; elaborar modelos de histórico de enfermagem e de prescrição de cuidados de enfermagem para os diagnósticos de enfermagem identificados; e obter o consenso dos enfermeiros assistenciais da Unidade de Internação Obstétrica sobre a proposta construída. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada em uma Unidade de Internação Obstétrica de um hospital universitário do Sul do Brasil. Realizou-se uma consulta documental em 148 prontuários, com vistas à identificação dos diagnósticos e cuidados de enfermagem, baseados, respectivamente, na taxonomia II da North American Diagnosis Association 2009-2011 e da Nursing Intervention Classification. Desenvolveu-se um modelo de histórico de enfermagem para gestante/puérpera e outro para o recém-nascido. No total, identificaram-se 26 diagnósticos de enfermagem, assim distribuídos: nove direcionados às gestantes; nove, às puérperas; dois, ao binômio mãe/filho; seis, ao recém-nascido. A análise foi realizada por meio da apresentação da proposta construída e discussão com base em autores da área. Com isso, almeja-se contribuir para direcionar o cuidado de enfermagem às necessidades das gestantes, puérperas, binômios mãe/filho e recém-nascidos nesse microcenário, favorecendo a educação em saúde, a identificação precoce e a prevenção de complicações. Permanecem lacunas quanto às necessidades psicoespirituais, visto que elas não foram abordadas nos resultados. Assim, essa proposta de Processo de Enfermagem em Unidade Obstétrica contemplando históricos, diagnósticos e cuidados de enfermagem mantém em aberto o aperfeiçoamento do modelo, visando à inclusão de outros diagnósticos de enfermagem, de forma a aproximar-se de um cuidado mais holístico.
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Objetivou-se conhecer as implicações do cuidado à criança e ao adolescente vítimas de queimaduras para a prática da enfermagem. Realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Participaram dez profissionais da equipe de enfermagem de um Centro de Referência a Pacientes Queimados do sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2012 por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica de Análise de Conteúdo. Em relação aos sentimentos frente ao cuidado verificou-se que esses vivenciam ansiedade e tensão frente à dor do paciente, têm a sensação de doação querendo “fazer mais”, tristeza e abalo, sensação de utilidade e de competência ao ver os efeitos do cuidado, impotência por não terem controle sobre a situação vivenciada, revolta e raiva por não compreenderem o porquê este acidente aconteceu e pena dos pacientes e de seus familiares devido o seu sofrimento. Como facilidades para o cuidado referiram a ajuda mútua entre os membros da equipe aliada ao tempo de atuação no setor, o desenvolvimento de um bom relacionamento com a família da criança / adolescente, a sinceridade da criança ao manifestar seus sentimentos, uma identificação e afinidade maior para cuidar crianças e adolescentes e o adolescente ser mais aberto e entender com facilidade a linguagem utilizada no setor. Referiram como dificuldades à falta de preparo e a pouca habilidade para cuidar de crianças/ adolescentes com dor, o desconhecimento acerca do paciente, a falta de habilidades técnicas para realizar procedimentos em crianças/ adolescentes, lidar com o familiar, lidar com a necessidade de manipular o corpo do adolescente, comunicar-se com crianças que não sabem expressar-se, pacientes que não falam o português e adolescentes que possuem linguagem própria, explicar para o paciente a magnitude do trauma sofrido e conversar com esses acerca das sequelas, deformidades e limitações com as quais terão que (con)viver. Quanto às estratégias para se instrumentalizar para o cuidado utilizam a leitura sobre queimaduras e curativos, leituras de materiais de outras áreas da saúde, uso de técnicas de abordagem e interação com pacientes e familiares, a prática diária no setor e a busca de apoio na equipe e na instituição, realizando atividades de educação continuada. Quanto às estratégias utilizadas para cuidar referiram o estabelecimento de vínculo e de uma relação dialógica, o uso de brincadeiras e atividades lúdicas, o fornecimento de apoio, a introdução da família no processo de cuidado, o uso da criatividade, a valorização do aspecto psicológico do paciente, a adaptação do cuidado de acordo com a faixa etária do paciente e o uso da escuta atenta e sensível. A partir dos dados concluiu-se que o cuidado de enfermagem a crianças e adolescentes vítimas de queimaduras é complexo bem como causador de impacto para os profissionais atuantes em Centros de Queimados. Acredita-se que o estudo possibilitará discutir e refletir acerca da prática profissional da enfermagem no Centro de Queimados frente ao cuidado à criança e ao Adolescente vítima de queimaduras.
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No setor hospitalar, o marketing compõe um grupo interdependente de serviços e tem como objetivo principal aproximar clientes - externos, internos e corpo gestor -, através de estratégias específicas que promovem satisfação e qualidade. Esta organização possui uma larga diversidade de profissionais da saúde e o marketing, neste sentido, auxilia no processamento de seus serviços de forma a lapidá-los sob a ótica do cliente, buscando efetividade e produtividade. Neste cenário encontra-se o enfermeiro, cujo trabalho é composto pelas dimensões cuidar, gerenciar, educar/pesquisar, que se entrelaçam e caracterizam o serviço deste profissional. No entanto, costumeiramente, a enfermagem não declara o marketing como uma ferramenta estratégica ao seu processo de trabalho – fato verificável na exploração de publicações científicas -, e, paralelamente, depara-se com empecilhos na execução de seu trabalho que podem comprometer a sua excelência. Assim, este estudo busca analisar a relação do marketing com o trabalho do enfermeiro nas dimensões cuidar, gerenciar, ensinar/pesquisar. Para sua efetivação, optou-se pelo referencial metodológico Estudo de Caso, onde o fenômeno é verificado como ocorre em seu cenário real. Assim, a coleta, caracterizada por pesquisador e unidade únicos, ocorreu em um hospital universitário, geral e público no sul do país que declara publica e virtualmente o marketing institucional. Como fontes de evidência, foram utilizadas: entrevista focada com quatro sujeitos de áreas estratégicas para esta pesquisa; análise de documentação criada pela assessoria de marketing e observação direta. O tratamento e a análise dos dados ocorreram por meio da Análise Temática, que possibilitou a exposição dos resultados através de dois artigos: “A relação do marketing com o processo de trabalho do enfermeiro na dimensão cuidar” e “A relação do marketing com o processo de trabalho do enfermeiro nas dimensões gerenciar e educar/pesquisar”. Os resultados evidenciaram que o marketing no cuidar - auxilia a efetividade do cuidado através de novas estratégias de comunicação com o usuário, produz materiais elucidativos, lúdicos para sua continuação e manutenção e o divulga no meio intra e extra-hospitalar; no gerenciar - auxilia a o enfermeiro a ter um método mais inovador e criativo, a focar no cliente e no bom relacionamento interpessoal com a equipe; no educar/pesquisar - cria canais de comunicação interna e campanhas únicas que, além de auxiliar na realização da educação permanente e na atualização de enfermeiros, propicia meios para transmitir novos achados científicos à prática da enfermagem hospitalar. Através deste estudo, percebeu-se que ações de marketing podem contribuir para a efetividade do trabalho do enfermeiro em suas facetas dimensionais, aproximando este agente de saúde do usuário ao qual seu serviço é destinado e da gestão da organização, propiciando a este profissional maior visibilidade e valorização no espaço hospitalar e social.