878 resultados para Automóveis - Limpeza
Resumo:
O objetivo do trabalho foi adaptar procedimentos de ensaio existentes para colhedoras autopropelidas e avaliar o desempenho de colhedoras semimontadas, de uma e duas fileiras, operando com três velocidades de deslocamento em dois graus de umidade. Para tanto, foi desenvolvido um dispositivo de coleta do material efluente das máquinas, foram analisadas as perdas de plataforma, de separação e limpeza, de trilha e os parâmetros de qualidade: impureza, danos mecânicos dos grãos e falhas na germinação. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, dispostos em esquema fatorial 2 x 3, com seis repetições. Não houve efeito dos tratamentos em relação às perdas na colhedora de uma fileira. Na colhedora de duas fileiras, houve efeito significativo nos fatores, em relação a todas as perdas, exceto as perdas de plataforma, apresentando melhores resultados com o menor grau de umidade (16%) e a maior velocidade de deslocamento (1,52 m s-1). Quanto aos indicadores de qualidade, ambas as colhedoras apresentaram melhores resultados com o menor grau de umidade, na menor velocidade de deslocamento. Concluiu-se que o procedimento adotado foi efetivo para a avaliação do desempenho de colhedoras semimontadas de milho, e o sistema desenvolvido para a coleta de material é eficiente, porém é exigente em mão de obra.
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O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o uso da ardósia na construção de celas de maternidade, sendo monitoradas 12 matrizes e 139 leitões em celas confeccionadas de alvenaria e ardósia (tratamentos). Imagens digitais foram avaliadas por meio de dois etogramas. As variáveis ambientais foram registradas às 9 h e 15 h. O desempenho dos leitões foi determinado pelo peso ao nascimento e à desmama, ganho de peso diário e final. Na cela de alvenaria, os leitões passaram menos tempo mamando (25,62%) e mais no escamoteador (38,91%) que aqueles mantidos na cela de ardósia (29,22% mamando e 24,90% no escamoteador). As variáveis ambientais e os índices de conforto mostraram que o microclima na cela de ardósia apresentou-se mais confortável aos leitões, enquanto aquele em alvenaria foi mais confortável às matrizes. Os leitões mantidos nas celas de alvenaria apresentaram ganho de peso diário semelhante aos alojados em celas de ardósia (P<0,05). Os comportamentos das matrizes foram semelhantes em ambos os tipos de cela, apresentando maior frequência do comportamento "deitado". A ardósia pode ser uma alternativa vantajosa à alvenaria na construção de celas no setor de maternidade para suínos, por apresentar maior impermeabilidade, facilidade de limpeza e desinfecção.
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O processo da retrolavagem consiste na passagem da água através do filtro em sentido contrário ao fluxo de filtragem com o objetivo de remover partículas orgânicas e inorgânicas retidas no meio filtrante. O projeto de filtros de areia com configurações ineficientes e a ocorrência de condições operacionais inadequadas contribuem para limitar o desempenho desse processo, causando deficiências na limpeza dos meios filtrantes e comprometendo o funcionamento dos sistemas de irrigação localizada. O objetivo do presente trabalho é proporcionar uma revisão sobre os conceitos associados ao processo da retrolavagem nos filtros de areia, relacionando informações existentes na literatura com experiências de laboratório. Foi gerado um texto básico com informações técnico-científicas sobre o tema, visando a criar um momento de reflexão sobre o processo de retrolavagem e a contribuir para a melhoria do desempenho desses equipamentos na irrigação localizada.
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O fígado é o órgão mais comumente lesado nos traumatismos abdominais; no entanto, com freqüência a laparotomia revela ausência de sangramento ativo, limitando-se a intervenção à limpeza e drenagem da cavidade. Em função deste aspecto e do fato de que a maioria das lesões hepáticas é de menor gravidade, surgiu a opção do tratamento não-operatório. Esta conduta representa hoje a terapêutica de escolha nas lesões hepáticas em doentes conscientes e estáveis do ponto de vista circulatório. A experiência mostra que é um método seguro, efetivo e com excelentes resultados. Neste artigo, os autores fazem uma revisão e análise crítica do assunto, discutindo os critérios de seleção dos doentes, a avaliação e os riscos e complicações do tratamento não-operatório do trauma hepático.
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OBJETIVO: A peritonite é responsável por aproximadamente 50% das mortes por sepse e, apesar de avanços nos métodos usados para o seu diagnóstico e tratamento, cerca de um terço dos pacientes ainda morre de peritonite secundária grave. O objetivo do presente trabalho foi comparar a eficácia de diversos tipos de tratamento para a peritonite fecal grave e estabelecida. MÉTODOS: Foram usadas 40 ratas adultas, submetidas à peritonite fecal com injeção intraperitoneal de uma suspensão de fezes de ratos. Os animais foram divididos em oito grupos (n = 5): Grupo 1, controle; Grupo 2, limpeza mecânica intraperitoneal com gaze; Grupo 3, lavagem com solução salina a 0,9%, à temperatura ambiente; Grupo 4, lavagem com solução salina a 0,9%, a 37,8ºC; Grupo 5, lavagem com povidona-iodo a 0,5%; Grupo 6, lavagem com clorexidina a 0,05%; Grupo 7, injeção intramuscular de gentamicina e clindamicina; Grupo 8, introdução intraperitoneal de açúcar. RESULTADOS: Os grupos 5 e 8 foram os que apresentaram a mortalidade mais rápida (menos de 24 horas). Após 72 horas, permaneceu viva uma rata em cada um dos grupos 2, 3, 4 e 6. Nos grupos 1, 5, 7 e 8 não houve sobrevida. Apesar de todos os animais do Grupo 7 morrerem, o óbito ocorreu em um período mais longo (72 horas) do que o dos demais grupos. CONCLUSÃO: Somente ocorreu sobrevida nos grupos submetidos à limpeza peritoneal menos agressiva. Além disso, um procedimento terapêutico único de limpeza ou antibiótico sistêmico por um dia não é suficiente para prevenir a morte em ratos com peritonite fecal grave e estabelecida.
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OBJETIVO: Realizar uma análise comparativa entre os principais mecanismos de trauma, a gravidade das vítimas e os principais ferimentos que proporcionaram. MÉTODO: Estudo randomizado de 1486 fichas de vítimas traumatizadas atendidas pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros em Catanduva - SP, no período de janeiro/1997 a dezembro/2003. Foi realizada uma avaliação a partir dos itens ferimentos, Revised Trauma Score e mecanismos de trauma, cujas variáveis foram expressas em porcentagens e correlacionadas pelo Teste X². RESULTADOS: Houve predomínio de acidentes motociclísticos com 42,2% dos traumas. As regiões corpóreas mais acometidas foram os membros inferiores/cintura pélvica (32,2%). Os ferimentos superficiais acometeram 88% das vítimas. Para todos os eventos, prevaleceram vítimas com RTS=6 excetuando-se os acidentes envolvendo veículos pesados em que 25% das vítimas obtiveram RTS<2. As quedas representaram 63,4% dos eventos quando excluimos da análise os acidentes de trânsito. Houve correlação estatística somente entre o mecanismo de trauma e a região corpórea lesada (p<0,01). Os membros inferiores/pelve foram mais acometidos em atropelamentos e acidentes de moto. Cabeça/pescoço foram lesados nas agressões, nas quedas e nos acidentes envolvendo veículos pesados e automóveis. Os ciclistas apresentaram similaridade de lesões em cabeça/pescoço e membros inferiores/pelve. CONCLUSÕES: Em Catanduva prevaleceram motociclistas traumatizados, e acometidos, principalmente, os membros inferiores e a pelve. A maioria das vítimas sofreu ferimentos superficiais, decorrentes de traumas leves.
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OBJETIVO: Comparar o uso das soluções orais de manitol a 10% e de bifosfato de sódio no preparo mecânico do cólon quanto a qualidade da limpeza, a tolerabilidade e as alterações hidroeletrolíticas e da osmolaridade plasmática. MÉTODO: Foram analisados 60 pacientes de modo randomizado, duplo-cego e prospectivo, com indicação de colonoscopia. A qualidade da limpeza intestinal foi analisada pelo examinador através da classificação de Beck. A tolerabilidade à ingestão baseou-se na pesquisa do gosto, presença ou não de desconforto, aparecimento de efeitos adversos e a quantidade da solução ingerida. Foram dosados o sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, uréia, creatinina, glicose, hematócrito, hemoglobina e calculado a osmolaridade plasmática, antes e após a ingestão da solução oral de preparo inestinal. RESULTADOS: Ambas as soluções atingiram qualidade de preparo classificado como bom ou superior em mais de 80% dos pacientes. O uso do bifosfato de sódio determinou menor desconforto e melhor tolerância, apesar de não ter sido superior ao manitol quanto à análise do gosto e presença de efeitos adversos. O bifosfato induziu ao aumento e o manitol a uma redução da osmolaridade, reflexo do que ocorreu com o sódio plasmático nos dois grupos respectivamente. O bifosfato ainda determinou alteração significativa dos níveis séricos de fósforo, cálcio, magnésio e potássio, sem repercussões clínicas. CONCLUSÃO: Ambos os tipos de preparo intestinal determinaram qualidade de limpeza adequada. O bifosfato de sódio, apesar de melhor tolerado, determina maior quantidade de alterações hidroeletrolíticas.
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OBJETIVO: Analisar a qualidade do atendimento pré-hospitalar realizado pelas agências em Vitória-ES. MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado nos arquivos da Liga Acadêmica de Cirurgia e Atendimento ao Trauma do Espírito Santo (Lacates) dos dados de 40 vítimas de um acidente simulado entre um ônibus e dois automóveis. Os pacientes foram assistidos por quatro equipes: Corpo de Bombeiro Militar do Espírito Santo, Samu 192, Guarda Municipal e Defesa Civil. A atuação dessas equipes foi avaliada pela Lacates, através da análise do check-list com orientações pré-estabelecidas para cada vítima. RESULTADO: O Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), que desencarcerou as vítimas, delimitou as zonas de perigo e realizou a triagem pelo método START atuou corretamente em 92,5% dos casos. O Samu 192 que atendeu as vítimas pelo método mnemônico (ABCDE) no posto médico avançado agiu corretamente em 92,5% dos casos, no quesito Via Aérea; 97,5%, no Respiração; 92,5%, no Circulação; 90%, no Avaliação Neurológica; e 50%, no Exposição e Controle do Ambiente. A análise conjunta do ABCDE mostrou que o atendimento foi correto em 42,5% dos casos. O transporte dos pacientes foi realizado corretamente em 95% dos casos. A Guarda Municipal garantiu a perviedade das avenidas para transporte dos pacientes, e a Defesa Civil coordenou eficazmente o trabalho das equipes envolvidas no posto de comando. CONCLUSÃO: A triagem e o transporte foram executados satisfatoriamente, entretanto, maior atenção deve ser dada à exposição e proteção contra hipotermia das vítimas, já que esse item comprometeu o tratamento.
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OBJETIVO: identificar a carga microbiana presente em trocartes reprocessáveis usados nas laparoscopias ginecológicas. MÉTODOS: estudo exploratório descritivo. Um total de 57 trocartes, sendo 30 com 10 mm de diâmetro e 27 com 5 mm, foram recolhidos na sala de operação, imediatamente após o ato cirúrgico, e colocados em recipiente esterilizado onde foram adicionados 250 mL de água destilada estéril. Foi feita agitação dos trocartes para desprendimento de partículas e obtenção do lavado a ser analisado. Realizou-se filtração por meio de membrana de celulose 0,22 µm, colocadas, com pinça esterilizada, em placas ágar sangue. Após incubação, foi feita a análise microbiológica para contagem de unidades formadoras de colônias e posterior identificação do micro-organismo, usando-se técnicas laboratoriais padronizadas. RESULTADOS: a carga microbiana foi recuperada em 47,4% dos trocartes analisados. Destes, 45,6% apresentou crescimento de 1 a 100 unidades formadoras de colônias. Foram identificados 14 tipos de micro-organismos, dentre os quais, Staphylococcus coagulase negativo (28%) e Bacillus sp (21%) foram isolados com maior frequência. Identificou-se também Aeromonas hydrophila, Alcaligenes sp, Candida parapsilosis e enterobactérias. CONCLUSÕES: o estudo demonstrou que o desafio microbiano enfrentado pelos operadores responsáveis pela limpeza e esterilização dos trocartes é baixo quando comparado com o desafio imposto pelos indicadores biológicos; no entanto, não se pode inferir que os riscos de complicações infecciosas sejam mínimos para pacientes.
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Amostras de leite total (leite do tanque) de 33 rebanhos foram coletadas na plataforma de recepção da indústria laticinista e cultivadas para detectar patógenos específicos (contagiosos) da mastite. Foi feita a contagem de células somáticas (CCS) das amostras utilizando o equipamento Fossomatic 90. Em 13 e 12 rebanhos avaliaram-se duas e três amostras semanais consecutivas, respectivamente, e em oito avaliou-se apenas uma. Foram também examinadas três amostras diárias consecutivas do leite do tanque e amostras dos quartos mamários individuais, coletadas na própria fazenda, de todas as vacas em lactação de quatro rebanhos (A, B, C e D). As amostras de leite dos quartos mamários individuais foram cultivadas em ágar sangue e as amostras do tanque, em placas de TKT, Sal Manitol, MacConkey e Sabouraud contendo cloranfenicol. Dos 33 rebanhos cujas amostras foram obtidas na plataforma de recepção da indústria, isolou-se Staphylococcus aureus de 26, nove desses em associação com Streptococcus agalactiae e em três rebanhos isolou-se somente S. agalactiae. Nove rebanhos tiveram CCS acima de 500.000 ml-1 e 21, abaixo de 400.000 ml-1. Em cinco dos nove rebanhos com CCS acima de 500.000 ml-1 foram isolados S. aureus e S. agalactiae, em três, apenas S. aureus e em um, apenas S. agalactiae. Seis rebanhos apresentaram CCS abaixo de 200.000 ml-1; de um deles foram isolados S. aureus e S. agalactiae, de três, S. aureus e os outros dois foram negativos para estes dois patógenos. Os resultados encontrados nos quatro rebanhos cujas amostras foram coletadas na própria fazenda mostraram que S. aureus foi isolado nas seguintes porcentagens dos animais: 1,8%, 19,2%, 17,0% e 8,4% e dos quartos mamários: 0,9%, 5,9%, 5,4% e 2,2%, respectivamente, para os rebanhos A, B, C e D. S. agalactiae foi isolado dos rebanhos A, C e D. Nestes três rebanhos, as porcentagens de isolamento foram, respectivamente, 1,8%, 10,6% e 8,4% para as vacas e 0,46%, 3,8% e 3,7% para os quartos mamários. S. aureus foi isolado de todas três amostras do tanque dos rebanhos A, B e D. Somente a terceira amostra do rebanho C foi positiva para S. aureus. S agalactiae foi recuperado de todas as amostras do rebanho D, duas do rebanho C e de uma do rebanho A. Todas as amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D apresentaram contaminação com coliformes e somente uma das amostras coletadas na plataforma de recepção da indústria foi negativa para coliformes. Leveduras foram isoladas de 16 amostras coletadas na indústria e de todas amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D. Não foram isolados coliformes ou leveduras dos quartos mamários dos animais destes rebanhos, sugerindo que ocorreu contaminação do leite durante ou após a ordenha, provavelmente devido a deficiências nos processos de limpeza e higienização. A análise dos resultados das culturas do leite do tanque mostrou que o exame foi específico para detectar os patógenos contagiosos da mastite. A sensibilidade do teste aumentou quando se examinaram mais de duas amostras consecutivas.
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Objetivou-se com este estudo calcular a prevalência e identificar os fatores de risco associados à infecção por Toxoplasma gondii em suínos criados em granjas tecnificadas no Estado de Alagoas, Brasil. Para compor a amostra do estudo de prevalência foram utilizados 342 suínos, sendo 312 matrizes e 30 varrões, oriundos de sete granjas de ciclo completo e distribuídas em cinco municípios do Estado de Alagoas. O exame sorológico para a pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii foi realizado através da técnica de Imunofluorescência Indireta (RIFI), utilizando-se anticorpos anti-IgG-suíno conjugado ao isotiocianato de fluoresceína. A análise dos fatores de risco foi realizada por meio da aplicação de questionários constituídos por perguntas objetivas referentes ao criador, às características gerais da propriedade, ao manejo produtivo, reprodutivo e sanitário. Determinou-se uma prevalência de 26,9% (92/342) de suínos soropositivos. O fator associado à infecção foi a introdução de reprodutores nas granjas nos últimos cinco anos (p=0,014; OR=1,83; IC=1,13-2,96). Concluiu-se que a infecção por Toxoplasma gondii encontra-se disseminada em suínos criados em granjas tecnificadas no Estado de Alagoas, Brasil. Recomenda-se o controle da população de gatos, a realização de práticas de limpeza e higienização das instalações e realização de testes laboratoriais para diagnóstico da infecção por T. gondii nos animais a serem introduzidos no plantel como medidas de redução dos índices de infecção na região estudada.
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O presente trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre os prolapsos vaginal e uterino em ovelhas atendidas no Serviço de Clínica de Bovinos e Pequenos Ruminantes (CBPR) da FMVZ/USP no período compreendido entre 2000 a 2010, no qual, foram atendidas 56 ovinos com problemas inerentes ao sistema reprodutivo, dessas, 25 apresentaram prolapso vaginal ou uterino (44,6%). O prolapso vaginal total foi o de maior frequência (72%). As ovelhas acometidas, em sua maioria, possuíam idade superior a quatro anos (64%), eram sem raça definida (44%) ou da raça Ile de France (40%). As manifestações clínicas observadas durante a maioria dos atendimentos foram: taquipnéia, taquicardia, mucosas oculares avermelhadas indicando estado de toxemia, decúbito esternal ou lateral, apatia e anorexia. O tratamento instituído para todos os casos foi a limpeza, desinfecção e reintrodução do órgão prolapsado. A sutura de Bühner foi feita em 84% dos casos e a histeropexia em um caso (4%). A evolução foi satisfatória em 80% dos casos atendidos, nos demais casos (20%) observou-se óbito da fêmea acometida. Do total de óbitos, os prolapsos vaginais foram responsáveis por 60% (3/5) e os prolapsos uterinos por 40% (2/5). A etiologia dos prolapsos não foi definida nos casos atendidos, sendo esses associados com o período pós-parto em sua maioria (56%), provavelmente associados com quadros de hipocalcemia, altas concentrações séricas de estrógeno e hipertonia uterina. Além disso, a predisposição genética não pode ser descartada.
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A mastite em ovelhas da raça Santa Inês apresenta-se como um problema de grande proporção e gravidade e é dificilmente tratada com sucesso. O objetivo deste estudo foi caracterizar aspectos clínicos, epidemiológicos e etiológicos da mastite clínica em ovelhas de corte criadas no norte do Paraná. O presente estudo foi realizado entre os meses de outubro de 2009 a setembro de 2010 envolvendo 54 rebanhos de ovinos de corte de diferentes raças. Durante as visitas às propriedades, um questionário foi preenchido com a finalidade de caracterizar o problema. Setenta ovelhas com mastite clínica foram examinadas e amostras de secreção láctea foram colhidas para exame microbiológico. A mastite foi considerada um problema relevante em 39 propriedades (72,3%), com frequência média de 6,74%. Casos crônicos e agudos de mastite foram observados em 69% e 31% das ovelhas examinadas, respectivamente. Em ambos os casos, a mastite flegmonosa foi a forma mais encontrada (65,5% dos casos). O agente etiológico mais prevalente foi Staphylococcus coagulase negativo (54,5%), seguido por S. aureus e A. pyogenes (11,5% cada). Mannheimia haemolytica foi isolada em dois casos. Sistema de criação não extensivo e raça Santa Inês foram identificados como fatores de risco para o desenvolvimento de mastite clínica. Secagem das fêmeas após 120 dias de lactação e separação de fêmeas doentes do rebanho foram associadas com menor ocorrência da doença. Recomenda-se a limpeza adequada das instalações e a secagem mais tardia, principalmente em rebanhos Santa Inês.
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O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto derivado da centrifugação do sangue total, cuja utilização concentra-se em melhorar a reparação de diferentes tecidos, tendo em vista os fatores de crescimento nele contido. Entretanto, os benefícios da terapia no contexto clínico ainda não estão totalmente esclarecidos. Objetivou-se avaliar a expressão dos genes dos colágenos tipos I e III durante diferentes fases do processo de cicatrização da pele tratada com PRP. Foram utilizados oito equinos machos castrados, mestiços, hígidos, com idade entre 16 e 17 (16,37±0,52) anos. Três feridas em formato quadrangular (6,25cm²) foram confeccionadas nas regiões glúteas direita e esquerda de todos os animais. Doze horas após indução das lesões, 0,5mL do PRP foi administrado em cada uma das quatro extremidades das feridas (T=grupo tratado), de uma das regiões glúteas, escolhida aleatoriamente. A região contralateral foi utilizada como controle (NT=grupo não tratado). As feridas foram submetidas à limpeza diária com água Milli Q, e amostras foram obtidas com biópsias utilizando-se Punch de 6mm de diâmetro. Seis biópsias de pele foram obtidas a primeira no dia de indução das lesões (T0), e as demais com 1 (T1) 2 (T2) 7 (T3) e 14 (T4) dias após a realização das feridas. A sexta biópsia (T5) foi realizada após o completo fechamento da pele. A avaliação da expressão dos genes dos colágenos tipos I e III foi realizada pela técnica qRT-PCR e os dados analisados pelo teste de Bonferroni, t de Student, t pareado e análise de regressão (p<0,05). Diferenças (p<0,05), entre grupos, foram observadas para a expressão de ambos os colágenos nos T1 a T4, sendo maior nos animais do grupo T. O pico de expressão dos colágenos tipos I e III ocorreu no T5 para ambos os grupos, mas a maior expressão foi diferente (p<0,05) do tempo zero a partir do T3. Nos animais do grupo tratado a expressão dos colágenos começou a estabilizar no T5, enquanto que nos equinos do NT os valores permaneceram elevados. A administração local de uma única dose do PRP em ferida cutânea na região glútea de equinos, resulta em maior expressão gênica local dos colágenos tipos I e III. Entretanto, essa expressão não altera o tempo máximo de fechamento macroscópico da ferida.
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O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto derivado da centrifugação do sangue total, sendo rico em fatores bioativos, como os de crescimento. Apesar da ampla utilização em processos cicatriciais, há controvérsia sobre a eficácia da terapia na cicatrização cutânea. O objetivo desse estudo foi quantificar e comparar a concentração dos fatores TGF-β1 e PDGF-BB no PRP, plasma sanguíneo e pele, durante diferentes fases do processo de cicatrização da pele tratada ou não com PRP. Foram utilizados sete equinos machos castrados, mestiços, hígidos, com idade entre 16 e 17 (16,14±0,63) anos. Três lesões em formato quadrangular (6,25cm²) foram produzidas cirurgicamente nas regiões glúteas direita e esquerda de todos os animais. Doze horas após indução das feridas, 0,5mL do PRP foi administrado em cada uma das quatro extremidades das feridas de uma das regiões glúteas (Grupo tratado = GT), escolhida aleatoriamente. A região contralateral foi utilizada como controle (GC). As feridas foram submetidas à limpeza diária com água Milli Q, e amostras foram obtidas mediante biópsias realizadas com Punch de 6mm. Foram obtidas seis biópsias de pele, sendo a primeira realizada logo após a produção da ferida (T0), e as demais com 1 (T1) 2 (T2) 7 (T3) e 14 (T4) dias após a indução da lesão. A sexta biópsia (T5) foi obtida após completo fechamento da pele, que ocorreu aproximadamente aos 37 dias (36,85±7,45, GC; 38,85±6,46, GT). Também foram obtidas amostras de sangue com EDTA em todos os tempos mencionados. A quantificação dos fatores de crescimento TGF-β1 e PDGF-BB na pele, PRP e plasma sanguíneo foi realizada pela técnica ELISA. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste t, correlação de Pearson e regressão, utilizando nível de significância de 5%. Não houve diferença entre os grupos, nos valores dos dois fatores de crescimento mensurados na pele, nos diferentes tempos. Também não houve correlação entre a quantidade dos fatores de crescimento presentes na pele e no plasma. Por outro lado, correlação positiva foi observada entre PRP e pele no grupo tratado, para os fatores de crescimento TGF-β1 (r=0,31) e PDGF-BB (r=0,38), bem como entre ambos os fatores de crescimento presentes no PRP (r=0,81). Considerando as concentrações dos fatores de crescimento no T0, os maiores valores cutâneos (p<0,05) do TGF-β1, em ambos os grupos, ocorreram nos tempos T3 e T5. Valores mais elevados (p<0,05) do PDGF-BB ocorreram no T4 (GT) e T5 (GC). No plasma não houve alteração nas concentrações desses fatores em relação ao T0, o que sugere que o PRP não acarreta efeito sistêmico, quando os procedimentos adotados na presente pesquisa são utilizados. A administração local de PRP no volume estudado, 12 h após indução cirúrgica de ferida cutânea na região glútea de equinos não ocasiona maiores concentrações dos fatores de crescimento TGF-β1 e PDGF-BB no plasma sanguíneo e pele, durante o processo de cicatrização.