1000 resultados para Exiliats -- Catalunya -- Història -- S. XX
Resumo:
A presente dissertação tem como objectivo a elaboração de uma biografia do psiquiatra Luís Cebola, com ênfase na sua concepção da prática clínica e no seu posicionamento ideológico. Além disso, pretende-se ampliar a compreenso acerca da conceptualização da doença mental, bem como dos tratamentos psiquiátricos aplicados em Portugal, durante a primeira metade do sculo XX, tendo por base o seu desempenho enquanto director clínico – desde 1911 até 1949 – da Casa de Saúde do Telhal (CST), pertencente à Ordem Hospitaleira de So João de Deus (OHSJD). Esta dissertação representa um estudo pioneiro sobre esta personalidade – negligenciada pela história da psiquiatra praticada até agora em Portugal – e sobre as suas contribuições para o desenvolvimento da psiquiatria portuguesa, bem como para a disseminação-popularização de temas médicos e científicos. Demonstra-se que os tratamentos aplicados na CST, sob a sua direcção clínica, se mantiveram actualizados, tanto em relação aos outros hospitais psiquiátricos portugueses como em relação às instituições estrangeiras. As viagens que Cebola realizou a hospitais psiquiátricos de diversos países europeus, muito contribuíram para a modernização do ambiente hospitalar e terapêutico da CST, bem como para o seu privilegiar da terapia ocupacional – a ergoterapia – enquanto método de tratamento. Conclui-se que o esquecimento do médico por parte dos seus colegas de profissão, bem como pelos estudos históricos da disciplina, se deverá principalmente a três factores: em primeiro lugar, Cebola não desenvolveu projectos de investigação, e, por conseguinte manteve-se afastado das publicações da especialidade, bem como dos debates científicos da época; em segundo lugar, não formou discípulos, não dando, desse modo, continuidade à sua viso da prática clínica; e por último, as suas publicações de crítica sociopolítica, censurando o regime do Estado Novo, a Igreja Católica, e a psicocirurgia, criaram plausivelmente uma relação de tenso com os Irmãos da OHSJD e com a nova geração de psiquiatras.
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Como noutros países europeus, também em Portugal a arquitectura popular foi ao longo do sculo XX objecto privilegiado do interesse de intelectuais de extracção variada, especialmente de arquitectos e antropólogos. Esse interesse começou por se desenvolver entre os arquitectos ligados ao movimento da “Casa Portuguesa”, liderado por Raul Lino. Tendo-se iniciado na viragem do sculo XIX para o sculo XX, o movimento da “Casa Portuguesa” estava ainda activo nos anos 1940 e 1950 e foi central tanto nas tentativas do Estado Novo de impor um estilo arquitectónico oficial, como nos modos de representação do cultura popular promovidos pelo regime. As principais ideias defendidas pelo movimento da “Casa Portuguesa” viriam entretanto a ser postas em causa por outras aproximações ao tema, como aquelas que foram propostas: (a) pelo “Inquérito à Habitação Rural”, que teve lugar no início dos anos 1940 e foi conduzido por um grupo de engenheiros agrónomos preocupadas com as condições habitacionais existentes nas áreas rurais portuguesas; (b) pelo “Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal” organizado no final dos anos 1950 por um grupo diversificado de arquitectos modernos hostis ao movimento da “Casa Portuguesa”; (c) e, finalmente, pelas pesquisas conduzidas pelo antropólogo Ernesto Veiga de Oliveira e seus colaboradores no Museu de Etnologia entre 1950 e 1960. O objectivo deste livro é analisar as diferentes aproximações à arquitectura popular em cada um dos estudos mencionados como momentos de uma espécie de “guerra cultural” opondo diferentes vises da arquitectura e da cultura populares e distintos modos de tratamento do laço entre cultura popular e identidade nacional durante os anos do Estado Novo. As vises da ruralidade prevalecentes em cada uma destes estudos sobre arquitectura popular, as tenses entre nacionalismo e modernismo na percepção das virtualidades da arquitectura popular, as discussões sobre unidade e diversidade do país no tocante à arquitectura popular, so alguns dos tópicos que serão tratados com mais detalhe.
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Tomando a cidade de Lisboa como referência e estabelecendo um arco temporal que parte do trabalho produzido desde o início da década de 1970 por artistas como Fernando Conduto, Eduardo Nery, Artur Rosa ou Charters de Almeida, e que nos leva até às soluções exploradas no contexto da Expo 98, o objectivo deste artigo é analisar de que modo a problematização do espaço de implantação da obra teve expressão na Arte Pública da capital durante a segunda metade do sculo XX.
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O presente estudo tem como objectivo desenvolver a História de vida de um conjunto de deportados enviados para Timor na sequência das lutas sociais vividas nos finais da 1ª República e das revoltas reviralhistas contra a imposição da ditadura militar. Data do início do sculo XVI a chegada dos primeiros missionários portugueses a Timor mas durante sculos a presença portuguesa foi muito ténue, restringindo-se somente a missionários, militares, funcionários da administração e degredados, naturais não s da Metrópole, mas também das restantes Colónias. Dado o contexto, a chegada de um elevado número de homens a Timor teve com certeza um enorme impacto. Através da reconstrução da História de vida de cada um, pretendemos compreender quais foram as consequências disto no que respeita os contextos sociais e traços culturais locais.
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A modinha é um gênero musical que se encontra nas raízes musicais tanto de Portugal quanto do Brasil. Em ambos os países a modinha vem a se caracterizar como música nacional, mas as suas origens nos levam ao meio rural português dos sculos XVI e XVII e à chamada moda portuguesa. Após percorrer uma trajetória de cerca de duzentos anos, a modinha vem a desaparecer no sculo XX, no Brasil (enquanto em Portugal sua prática já havia sido abandonada em meados do sculo XIX), mas ainda assim deixando extenso legado. A modinha se adaptou a diferentes sociedades e períodos e assimilou diversos gêneros musicais, sendo de igual forma influenciada por diferentes correntes literárias. O gênero foi retratado por viajantes, religiosos, autoridades e esteve presente tanto nos saraus dos palácios da corte e dos salões das elites, quanto nas serenatas noturnas, entoadas por seresteiros. Procuramos aqui, através de grande variedade de fontes e documentos históricos remontar a trajetória da modinha, desde suas origens até sua dissipação, ressaltando ainda possíveis desvios que possa ter tomado, ao que chamamos de veleidades.
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A história da maconha no Brasil tem seu início com a própria descoberta do país. A maconha é uma planta exótica, ou seja, não é natural do Brasil. Foi trazida para cá pelos escravos negros, daí a sua denominação de fumo-de-Angola. O seu uso disseminou-se rapidamente entre os negros escravos e nossos índios, que passaram a cultivá-la. Sculos mais tarde, com a popularização da planta entre intelectuais franceses e médicos ingleses do exército imperial na Índia, ela passou a ser considerada em nosso meio um excelente medicamento indicado para muitos males. A demonização da maconha no Brasil iniciou-se na década de 1920 e, na II Conferência Internacional do Ópio, em 1924, em Genebra, o delegado brasileiro Dr. Pernambuco afirmou para as delegações de 45 outros países: "a maconha é mais perigosa que o ópio". Apesar das tentativas anteriores, no sculo XIX e princípios do sculo XX, a perseguição policial aos usuários de maconha somente se fez constante e enérgica a partir da década de 1930, possivelmente como resultante da deciso da II Conferência Internacional do Ópio. O primeiro levantamento domiciliar brasileiro sobre consumo de psicotrópicos, realizado em 2001, mostrou que 6,7% da população consultada já havia experimentado maconha pelo menos uma vez na vida (lifetime use), o que significa dizer que alguns milhões de brasileiros poderiam ser acusados e condenados à priso por tal ofensa à presente lei. No presente, um projeto de lei foi aprovado no Congresso Nacional propondo a transformação da pena de recluso por uso/posse de drogas (inclusive maconha) em medidas administrativas.
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Relatório de estágio de mestrado em História
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Si bé durant el primer quart del segle XX la presncia de republicans en el Senat fou sempre escassa, l'autor ha comptabilitzat, entre 1903 i 1923, 31 actes de republicans en el conjunt d'Espanya, 16 de les quals corresponen a senadors catalans. Durant aquest període, Catalunya fou el baluard més potent del republicanisme a Espanya.
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El treball analitza la historiografia existent sobre les institucions hospitalàries com a espai de medicalització des de la segona meitat del s. XX. La finalitat és estudiar de quina manera diverses tendències historiogràfiques han percebut l’hospital com a espai de creació i difusió de coneixement científic. S'ha atorgat particular interès a les visions sobre el seu rol en la transformació de la medicina occidental i també als factors aliens a la medicina que, segons alguns historiadors, han, valgui la paradoxa, contribuït a transformar l’hospital en una institució mèdica.
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El treball analitza la tradició del gènere biogràfic dins la historiografia mèdica, iniciada amb el model biobibliogràfic i continuada amb les grans figures de la medicina, que entrà en crisi amb la història social de la medicina. Es plantegen les utilitats actuals del gènere biogràfic i si és possible escriure biografies mèdiques no desconnectades dels nous corrents historiogràfics.
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El recurs als professionals sanitaris es sols una part de totes aquelles iniciatives, actuacions o creences que els nostres avantpassats van desenvolupar per conservar o millorar la salut, prevenir la malaltia o recuperar la salut. El recurs a altres tipus d'instàncies assistencials o terapèutiques, que es coneix com "pluralisme assistencial", sol ser la norma més que l'excepció. Per a enfocar adequadament aquest problema, cal centrar la indagació històrica sobre aquells -les persones malaltes o sanes- que volien i buscaven la salut. Aquests tipus d'acostaments pretenen tenir en compte totes les possibilitats a les quals es va recórrer en el passat per tal d'afrontar els problemes de salut.
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El fenomen coalicional ha anat guanyant centralitat arreu a mesura que sha assumit que els governs d’aquest signe no tenen per què ser febles i inestables. A Catalunya, que en aquest capítol se situa dins la més absoluta normalitat europea, aquest tipus d’aliances han esdevingut moneda corrent. Manejant l’utillatge propi de les teories multidimensionals, el present treball identifica els factors que han influït en la formació del denominat govern catalanista i d’esquerres (2003-2006), examinant la intervenció de les regles del joc del marc institucional, factors exògens com els media o els agents socials i econòmics, a més d’analitzar els processos de formació (negociació, document programàtic, protocols d’actuació), a més d’avaluar les conseqüències per als partits i el sistema polític en general.
Resumo:
Des de començaments de la dècada dels noranta del segle XX, les migracions internes han adquirit un protagonisme creixent com a factor clau de la dinàmica territorial, en part afavorides pel dinamisme del mercat de l’habitatge, la descentralització dels llocs de treball i l’impacte de la població estrangera. En aquesta memòria de recerca sestudien amb profunditat els moviments migratoris interns a Catalunya durant el període 1996-2005 des d’una perspectiva comarcal, encara que també es fa un repàs als models migratoris esdevinguts a Catalunya al llarg del segle XX.