957 resultados para Educação não Formal
Resumo:
Nos últimos anos, tem-se verificado um interesse crescente por parte das instituições de ensino superior pela área do empreendedorismo, o qual se tem traduzido num aumento da oferta de programas de ensino nesta área. Esta oferta formativa tem sofrido a influência de áreas científicas distintas, sendo atualmente considerado um fenómeno multidisciplinar. Apesar disso, não existe ainda consenso quanto à metodologia, conteúdos programáticos e objetivos específicos mais adequados no ensino do empreendedorismo. A presente investigação pretende identificar as metodologias, conteúdos e objetivos pedagógicos mais comuns na lecionação de unidades curriculares de empreendedorismo pelos docentes das instituições de ensino superior portuguesas. Para isso, optou-se por uma metodologia de recolha de dados qualitativa, o Método de Delphi, uma vez que este é considerado adequado para estudos exploratórios e quando se permite alcançar uma opinião consensual de peritos em torno de um determinado tema. Verificou-se que existe nas instituições de ensino superior em Portugal uma grande variedade de práticas e metodologias utilizadas para o ensino do empreendedorismo. Segundo a opinião dos peritos envolvidos neste estudo, a lecionação desta unidade curricular deve envolver uma componente teórica, onde são introduzidos conceitos básicos relacionados com o desenvolvimento de uma empresa, e uma componente mais prática, que incitem a ação do aluno. Verifica-se, ainda, que o desenvolvimento de competências não-cognitivas parece ter um menor relevo, comparativamente ao desenvolvimento de competências cognitivas, como a elaboração de um plano de negócios.
Resumo:
O presente estudo avalia a forma como decorreu o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, no Alentejo, no período 2001-2005 e de que firma é que a certificação formal de competências ocorrida determinou os projectos de vida, pessoais e profissionais, dos adultos que a concluíram, com sucesso e organiza-se em oito capítulos. Sendo uma investigação de cariz descritivo e interpretativo, recorre a uma metodologia, simultaneamente, quantitativa e qualitativa. Verificou-se que os impactos do processo de RVCC verificam-se, maioritariamente, na dimensão pessoal, enquanto, na dimensão profissional, são residuais. São as mulheres quem mais protagonizou e valorizou o processo. Quinze por cento dos adultos inquiridos prosseguiu os estudos e a maioria pretende fazê-lo, a médio/longo prazo. No final do estudo, são apresentadas algumas sugestões e recomendações, assim como futuras linhas de trabalho. Salienta-se a necessidade de sensibilizar as empresas para a promoção e aproveitamento das qualificações dos seus colaboradores.
Resumo:
No âmbito do projeto abrangente que se propõe Pensar a Educação em Portugal 2015, o contributo do grupo sobre a Educação de Infância situa a sua reflexão na educação das crianças dos 0 anos até entrada para o 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB). Tendo consciência que o processo de educação ocorre num continuum entre os contextos de educação formal ao longo de diversos níveis etários e, igualmente, num continuum entre os contextos de educação formal e não formal, situamo-nos neste intervalo etário para podermos produzir um documento com alguma profundidade. Sabemos dos riscos que corremos neste recorte que contraria não só o conceito de educação de infância adotado na Europa, mas também o que foi utilizado em documentos estruturantes, produzidos em Portugal, para uma conceção da educação das crianças mais novas e que se referem à Educação de Infância como a Educação dos 0 aos 12 anos (Conselho Nacional de Educação, 2008). Reconhecemos, igualmente, a educação de infância como um espaço de fronteira (Vasconcelos, 2014) entre diversos espaços de educação e da vida em sociedade, nomeadamente na esfera da saúde, da cultura, do emprego, da cidade e do mundo natural. Sem esquecer que nestes trânsitos estamos, por vezes, a lidar com a criança e outras vezes com o aprendiz, ainda não aluno – mas já habitante de um espaço formal de educação, consideramos com prioridade observar e caraterizar as políticas e as respostas efetivas de educação das crianças entre os 0 e os 6 anos, num contexto socioeconómico de crise onde estas se tornam particularmente vulneráveis, procurando conhecer o que, como país, temos feito pela educação de infância e como projetamos o que queremos fazer nos tempos próximos. O texto organiza-se a partir de três secções procurando identificar as questões e problemas fundamentais, enunciando pontos fortes e fracos, e fazendo referência ao conhecimento produzido em Portugal e noutros países: a primeira, a ecologia da infância como base para a compreensão dos desafios que se colocam à educação de infância procura contextualizar este documento sobre educação num quadro social abrangente que compreenda os desafios da sociedade atual e da situação das crianças e dos seus direitos; a segunda, o papel do Estado na definição e desenvolvimento da educação de infância em Portugal retrata a evolução do papel do Estado enquanto legislador e construtor do papel da criança na sociedade e da identidade da educação de infância em Portugal; a terceira, rede formal de educação de infância equaciona o desenho da rede e a questão do acesso, bem como os/as profissionais de educação de infância e as suas práticas. Por último, e com base no equacionar da situação da educação de infância no tempo presente, enunciaremos linhas de ação que promovam uma educação de infância como garante de um desenvolvimento social sustentável, que combine desenvolvimento com proteção social e equidade ambiental, reforçando a construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida.
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A importância da educação ambiental vem crescendo desde a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972. Portanto, está atrelada à tomada de consciência sobre os crescentes problemas ambientais em escala local, regional e global. Sua genealogia mais específica pode ser encontrada no seminário realizado pela Unesco em Belgrado, em 1975, no qual foram decididos os objetivos e as diretrizes básicas da educação ambiental, cristalizados na Carta de Belgrado. As conclusões do Relatório Brundtland, publicado em 1987, e a realização da Rio-92 aumentaram a preocupação com a educação ambiental, que então passou a ser contemplada nas legislações nacionais. No Brasil a lei n. 9.795/99 regulamentou a educação ambiental tanto na educação formal quanto na informal e os Parâmetros Curriculares Nacionais contemplaram o meio ambiente como tema transversal no ensino básico. Este trabalho pretende verificar as possibilidades da educação ambiental como tema transversal no ensino de Geografia na escola básica brasileira. Pretende também discutir seus limites num mundo onde há crescente demanda por recursos naturais, crescente consumismo, e que, portanto, tem aumentado os impactos ambientais em diversas escalas geográficas. Parece que há uma expectativa exagerada sobre as possibilidades da educação ambiental.
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Neste artigo, descrevemos e refletimos sobre experiências de pesquisa e formação de professoras e professores indígenas e afro-brasileiros, com foco nos seus múltiplos letramentos, no sentido de contribuir para a inclusão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena na educação formal, como estabelecem as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Através dessa reflexão, estabelecemos diálogos com autores (as) que versam sobre educação para relações étnico-raciais, linguística aplicada, letramento e literatura negra, tendo em vista a proposição de ações direcionadas por uma educação antirracismo.
Pregnancy Discrimination in Queensland: Internal Labour Market Issues and Progress to Formal Redress
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Research has suggested that corporate venturing is crucial to strategic renewal and firm performance, yet scholars still debate the appropriate organizational configurations to facilitate the creation of new businesses in existing organizations. Our study investigates the effectiveness of combining structural differentiation with formal and informal organizational as well as top management team integration mechanisms in establishing an appropriate context for venturing activities. Our findings suggest that structural differentiation has a positive effect on corporate venturing. In addition, our study indicates that a shared vision has a positive effect on venturing in a structurally differentiated context. Socially integrated senior teams and cross-functional interfaces, however, are ineffective integration mechanisms for establishing linkages across differentiated units and for successfully pursuing corporate venturing.
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An important responsibility of principals in schools is fostering a healthy learning-rich environment for both staff and students. Previous research (Duignan & Gurr, 2008; Ehrich, 1998; Leithwood & Day, 2007; Nias, Southworth, & Campbell, 1992) has shown that effective principals create opportunities for teachers to learn with and from each other. For instance, they are involved in establishing supportive structures and creating environments for collaboration and learning to take place (Leithwood & Day, 2007). They do this in a variety of ways such as providing resources and professional development opportunities, structuring time for staff to learn and work together, and establishing a host of other conditions to facilitate learning and sharing.
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Objectives This research explores the relationship between young firms, their growth orientation-intention and a range of relationships which can be seen to provide business support. Prior-work Research indicates that networks impact the firm’s ability to secure resources (Sirmon and Hitt 2003; Liao and Welsch. 2004; Hanlon and Saunders 2007). Networks have been evaluated in a number of ways ranging from simple counts to characteristics of their composition (Davidsson and Honig 2003), strength of relationships (Granovetter 1973) and network diversity (Carter et al 2003). By providing access to resources and knowledge (from start-up assistance and raising capital, (e.g. Smallbone et al, 2003), networks may assist in enabling continued persistence during those times where firms may experience resource constraints owing to firm growth (Baker and Nelson 2005). Approach The data used in this research was generated in the 2008 UK Federation of Small Businesses (FSB) survey. Over 1,000 of the firms responding were found to fall into the category of “young”, ((defined as firms under 4 years old). Firms were considered the unit of analysis with the entrepreneur being the chief spokesperson for the firm. Preliminary data analysis considered key demographic characteristics and industry classifications, comparing the FSB data with that of the UK government’s own (BERR) Small Business Surveys of 2007 and 2008, to establish some degree of representativeness of the respondents. The analysis then examined networks with varying potential ability to provide support for young firms, the networks measured in terms of number, diversity, characteristic and strength in its relationship to young firm growth orientation. The diversity of business-support-related relationships ranged from friends and family, through professional services, customers and suppliers, and government business services, to trade associations and informal business networks. The characteristics of these formal and informal sources of support for new businesses are examined across a range of business support-type activities for new firms. The number of relationships and types of business support are also explored. Finally, the strength of these relationships is examined by analysis of the source of business support, type of business support, and links to the growth orientation-intention of the firm, after controlling for a number of key variables related to firm and industry status and owner characteristics. Results Preliminary analysis of the data by means of univariate analysis showed that average number of sources of advice was around 2.5 (from a potential total of 6). In terms of the diversity of relationships, universities had by far the smallest percentage of firms receiving beneficial advice from them. Government business services were beneficially used by 40% of young firms, the other relationship types being around the 50-55% mark. In terms of characteristics of the advice, the average number of areas in which benefit was achieved was around 5.5 of a maximum of 15. Start-up advice has by far the highest percentage of firms obtaining beneficial advice, with increasing sales, improving contacts and improving confidence being the other categories at or around the 50% mark. Other market-focused areas where benefits were also received were in the areas of new markets, existing product improvements and new product improvements, where around 40% of the young responding firms obtained benefit. Regression techniques evaluating the strength of these relationships in terms of the links between business support (by source of support, type of support, and range of support) and firm growth orientation-intention focus highlighted a number of significant relationships, even after controlling for a range of other explanatory variables identified in the literature. Specifically, there was found to be a positive relationship between receiving business advice generally (regardless of type or source) and growth orientation. This relationship was seen to be stronger, however, when looking at the number of types of beneficial advice received, and stronger again for the number of sources of this advice. In terms of individual sources of advice, customers and suppliers had the strongest relationship with growth, with Government business services also found to be significant. Combining these two sources was also seen to increase the strength of the relationship between these two sources of advice and growth orientation. In considering areas of support, growth was most strongly positively related to advice that benefited the development of new products and services, and also business confidence, but was negatively related to advice linked to business recovery. Finally, amalgamating the 4 key types and sources of advice to examine the impact of combinations of these types and sources of advice also improved the strength of the relationship. Implications The findings will assist in the understanding of young firms in general and growth more specifically, particularly the role and importance of specific sources, types and combinations of business support used more extensively by new young growth-oriented firms. Value This research may assist in processes designed to allow entrepreneurs to make better decisions; educators and support organizations to develop better advice and assistance, and Governments design better conditions for the creation of new growth-oriented businesses.