1000 resultados para Pentecostalismo Aspectos sociológicos


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Quatro grupos de camundongos albinos (Mus musculus) no isognicos foram infectados transcutaneamente com cerca de 450 cercrias (das cepas LE e SJ do S. mansoni) no irradiadas (grupos controles) e irradiadas com 3 Krad de radiao gama proveniente de cobalto-60, com a finalidade de observar o efeito da irradiao gama sobre a fertilidade das fmeas e a sobrevida dos vermes no sistema porta. A partir do 33 dia ocorre uma certa estabilidade na populao dos vermes sobreviventes, ficando esta populao constante, notadamente em relao cepa LE, at o final das observaes (90 dia). Concluiu-se que esta dose de radiao gama impede a produo de ovos dos vermes em 98,1% dos camundongos infectados, sendo mortos todos os ovos detectados; as fmeas so mais resistentes irradiao e o efeito desta sobre a mortalidade dos machos somente se torna estatisticamente significativo a partir do 61 dia de infeco. O longo tempo de permanncia de vermes adultos irradiados estreis no sistema porta de camundongos e o seu provvel envolvimento no desenvolvimento de imunoproteo, tipo imunidade concomitante sem as implicaes imunopatolgicas para o hospedeiro, so discutidos nesse trabalho.

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Revista da Faculdade de Cincias Sociais e Humanas, N.1(1980)

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A evidncia da transmisso extraflorestal da leishmaniose cutneo-mucosa na regio do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiolgico prospectivo, visando avaliar a atividade enzotica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisolgica da infeco natural em pequenos mamferos e populao canina foi complementada com o teste de imunofluorescncia indireta (IFI) para ces e captura de flebotomneos em ambiente florestal e peridomiciliar. A positividade para o teste sorolgico e exame parasitolgico somente foi observada para ces residentes e com taxas de 5,6 e 2,4%, respectivamente. Entre animais silvestres e sinantrpicos capturados, destacam-se os pertencentes a Oryzomys (Oligoryzomys) e Rattus rattus, ambos assinalados em propores equivalentes (29,3%), em ambiente peridomiciliar. Foram capturados apenas 166 exemplares femininos de Lutzomyia intermedia, fato atribudo borrifao das habitaes humanas e anexos com DDT. No contexto epidemiolgico mais amplo, discute-se a fragilidade do ciclo extraflorestal da L. (V.) braziliensis; o papel do co e de pequenos mamferos, como fonte de infeco domiciliar, alm de analisar o potencial deles na disperso do parasita na rea estudada.

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So apresentados os resultados de estudos sobre o comportamento do Enterovrus-70 (EV-70) na regio metropolitana de So Paulo desde sua provvel introduo no vero de 1984, determinando extensa epidemia de conjuntivite hemorrgica aguda (C.H.A.), at o final de 1987 abrangendo perodo em que este agravo foi pouco notado. Na fase epidmica ocorrida no primeiro trimestre de 1984 foram estudados 291 indivduos divididos em trs grupos denominados A, B e C, o primeiro formado por pessoas atingidas pela C.H.A. e os outros dois por indivduos no atingidos por este agravo mas que, respectivamente, referiam contato domiciliar com casos de C.H.A. e os que no referiam o citado contato. A demonstrao de anticorpos se fez pela tcnica de imunofluorescncia indireta (IFI) para detectar IgM especfico para EV-70 e pela prova de neutralizao em cultura de clulas BHK-21. Verificou-se que 56,7%, 33,3% e 20,6% dos indivduos pertencentes, respectivamente, aos grupos A, B e C apresentavam anticorpos especficos da classe IgM. No grupo A a faixa etria mais atingida foi a de 10 a 29 anos. No perodo que vai do fim da primeira e nica epidemia at o final de 1987, identificaram-se trs casos espordicos de C.H.A. e 10 pacientes com afeco neurolgica aguda associada infeco recente pelo EV-70. Nove, destes 10 casos, apresentaram paralisia de nervos cranianos, todos evoluindo sem seqelas clinicamente discernveis. As formas assintomticas e os casos espordicos de C.H.A. e de afeces neurolgicas mantiveram a circulao do EV-70 no perodo no epidmico.

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Estudaram-se os aspectos histopatolgicos relativos evoluo da infeco experimental produzida em Cebus apella (Primates: Cebidae) por Leishmania (V.) lainsoni, L. (V.) braziliensis e L. (L.) amazonensis. O exame microscpico de bipsias seqnciais, obtidas dos animais a intervalos definidos de tempo (a primeira, s 48 ou 72 horas aps a inoculao, e as seguintes, a cada 30 dias), mostrou que o desenvolvimento das leses, independentemente da espcie de Leishmania inoculada, passa por uma seqncia de etapas a nvel tecidual - 1) infiltrado inespecfico crnico; 2) ndulo macrofgico (com numerosos parasitas); 3) necrose das clulas parasitadas; 4) granuloma epiteliide; 5) absoro da rea necrosada (s vezes formando granuloma de corpo estranho); 6) infiltrado inespecfico crnico residual); e 7) cicatrizao - que representaria a formao e a resoluo das leses. Discutiram-se tambm os provveis mecanismos imunopatolgicos que determinam esta seqncia de eventos e sua possvel semelhana com a evoluo das leses na leishmaniose tegumentar humana.

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No diagnstico sorolgico da doena de Chagas podem ser encontradas acentuadas divergncias mesmo entre laboratrios de grande experincia. Para a padronizao de um teste imunoenzimtico destinado primariamente seleo de doadores de sangue foram cuidadosamente escolhidos painis de soros que se buscaram como representativos das populaes de chagsicos e de no chagsicos. Produzido para mxima sensibilidade e estabilidade, o novo reagente (bioELISA - cruzi<A NAME="tx01"></A><A HREF="#nt">*</A>) foi testado em 1648 soros, com diagnstico clnico de doena de Chagas em 219 e de outras afeces em 104. O teste foi comparado com testes j bem padronizados, de imunofluorescncia (IF) e de hemaglutinao (HA), em 1325 soros. O limiar de reatividade (cut off), estabelecido como ideal, foi indicado nos testes pela absorbncia de um soro de reatividade mnima. A sensibilidade do teste imunoenzimtico foi de 0,9954 e a especificidade, como conegatividade, de 0,9969. No foram vistos resultados falso-positivos em casos de sfilis, toxoplasmose, mononucleose e de soros com altos ttulos de anti-estreptolisina 0, mas foram encontrados em 5 de 15 casos de leishmaniose tegumentar, 10 de 24 casos de calazar, 1 de 15 casos de artrite reumatide e 1 de 12 casos de lupus eritematoso sistmico. Os altos ndices de sensibilidade em chagsicos e de especificidade na populao geral, traduzem a elevada confiabilidade do teste para triagem de doadores de sangue e para a confirmao de suspeita clnica de doena de Chagas.

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The study of the tectonic strutures affecting the mesozoic and cenozoic deposits of Algarve's basin allows us to recognize the following phases of the Alpine orogeny: Jurassic (Upper Triassic at least)-Lower Cretaceous N-S distension; N-S compression during the setting-up of the Monchique syenite dome at the uppermost Cretaceous; Paleogene compression (?) (only locally? - at the Albufeira salt dome); Lower Miocene N-S distension; Upper Burdigalian to Lower Langhian N-S and E-W distension; N-S or NNW-SSE compression after the Middle Miocene; E-W compression after the Upper Tortonian; N-S compression during the Quaternary. NE-SW fractures affecting the Paleozoic basement are related with the first distension phases. The mesozoic N-S distension are the main cause of the two E-W flexures so far recognized. A tectonic inversion event did occur after the setting up of the Monchique syenite. If, the Lower Cretaceous Lower Miocene Albufeira's unconformity, is a local effect of halokinesis then, the true tectonic inversion of the Algarve basin, did occur in the Middle Miocene. These events correlate well with those knewn at Southern Spain and Morocco.

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Por medio de la infeccin experimental de Anopheles stephensi, a partir de ratones portadores de gametocitos de Plasmodium vinckei petteri, se realiz el estudio morfolgico de la esporogonia, que comprende: la descripcin del ooquineto, la evolucin completa de los ooquistes y su transformacin final en esporozoitos. Estos fueron empleados ms tarde para infectar por via intravenosa nuevos ratones, a los que se realiz biopsias sucesivas, para el estudio de los esquizontes exoeritrocticos, cuya morfologa no difere de la de otras especies del grupo. Se determin la duracin mnima del ciclo heptico, que result ser de 61 horas. Estos datos, junto a otros que refieren las caractersticas del ciclo hemtico, ayudan a completar la informacin que se tiene sobre la especie, que la hacen recomendable para su utilizacin como modelo experimental en el estudio de la malaria humana.

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Dissertao de Mestrado em Histria dos Sculos XIX-XX (seco do sculo XIX)

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O ttano integra o elenco das doenas de notificao compulsoria no Estado de So Paulo, desde 1978, e o seu comportamento, desde ento, revela as seguintes tendncias: incidncia declinante, embora ainda superior a existentes em reas de maior riqueza social, e letalidade elevada, ainda que constante. Neste contexto, estudou-se 133 casos de ttano acidental ocorridos em residentes do Estado de So Paulo, em 1989, investigados e confirmados pelo Sistema de Vigilncia Epidemiolgica. As informaes analisadas so as que constam da ficha epidemiolgica do referido Sistema. A incidncia foi de 0,41 por 100.000 habitantes e a letalidade de 44,36%. A partir da interpretao dos dados descritivos foi possvel identificar a existncia de grupos sob maior risco: pessoas idosas, residentes nas regies noroeste e oeste do Estado, e pertencentes s categorias ocupacionais de "atividades domsticas", "lavrador" e "aposentados", propondo-se, desse modo, que sejam objeto de ateno especial, ao lado dos j conhecidos grupos de gestantes e crianas. Destaca-se ainda a existncia de 18,3% de casos nos quais no se identificou um traumatismo em data definida (como, por exemplo, os doentes com leses por Tunga penetrans). Em relao ao tempo, a maior incidncia ocorreu no ms de maio. Examinou-se, tambm, a letalidade ocorrida no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), o nico do Estado a manter Unidade de Terapia Intensiva destinada especificamente ao tetnico, comparando-a com a letalidade ocorrida no conjunto dos Hospitais do Estado; a letalidade no HCFMUSP foi de 34,5% e no Conjunto dos Hospitais de 49,5%, sendo que esta diferena no se revelou significante, estatisticamente. Discutiu-se os requisitos necessrios para um aprofundamento do estudo do papel da ateno mdica na evoluo do doente com ttano - destacando-se a necessidade de se considerar, simultaneamente, a gravidade da doena e as caractersticas do tratamento - buscando-se, assim, contribuir para o encaminhamento de aprimoramentos no atendimento ao paciente com ttano.

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So analisadas as telerradiografias de trax de 159 pacientes portadores de paracoccidioidomicose atendidos no Hospital Evandro Chagas - FIOCRUZ, no perodo de janeiro de 1960 a dezembro de 1988. Em 24 pacientes (15,09%) houve associao com tuberculose; 1 com pneumoconiose; 1 com aspergilose e 2 com carcinoma. Foram excludos da anlise do padro radiolgico 20 casos: em 8 o diagnstico de tuberculose foi concomitante e em 12 por apresentarem fibrose pulmonar por tratamento prvio para tuberculose e/ou paracoccidioidomicose. Nos 139 casos restantes, as alteraes radiolgicas encontradas foram agrupadas observando-se a predominncia de leses nos diferentes stios pulmonares, alveolares ou intersticiais, de acordo com a classificao de MAGALHES (1982)19 modificada: infiltrativa 55 casos (39,6%); misto 28 (20,1%); pneumnico 23 (16,6%); nodular 16 (11,5%); micronodular 10 (7,2%) e fibrtico 7 (5,0%). Em 113 pacientes acompanhados radiologicamente, a regresso do processo pulmonar ocorreu 85 casos (75,2%) em at 6 meses; em 17 (15,0%), entre 7 e 12 meses; em 4 (3,5%), entre 13 e 24 meses e em 7 (6,1%) no houve modificao do padro radiolgico

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Este trabalho apresenta aspectos epidemiolgicos da leishmaniose tegumentar nos municpios de Pedro de Toledo e Miracatu, regio do Vale do Ribeira, estado de So Paulo, referente ao perodo 1973-1984. Foi feita uma anlise retrospectiva de 108 e 65 casos humanos, respectivamente, para os dois municpios acima. Outro estudo prospectivo foi realizado atravs do exame clnico e testes de Montenegro, imunofluorescncia indireta (IF) e hemaglutinao passiva (HA). Duzentos e setenta e trs pessoas foram examinadas, sendo que 22 tinham leishmaniose clnica; 10,2 e 12,8% foram soropositivos IF e HA, respectivamente. O teste de Montenegro foi aplicado em 154 indivduos residentes em Pedra do Largo, com prevalncia de 25,5% de infeco humana. Destes, 5,8% eram crianas com idade entre 0 e 9 anos. A morbidade mostrou-se varivel no tempo, manifestada sob a forma de surtos epidmicos explosivos e sugerindo feio cclica ainda mal definida. Notou-se tendncia para incidncia nula em perodo subseqente a cada surto. O aspecto epidemiolgico geral mostra uma leishmaniose tegumentar com baixa endemicidade. O padro de transmisso pareceu no depender do contato do homem com a floresta e a infeco humana sem distino entre crianas e adultos

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RESUMO A Leptospirose uma zoonose re-emergente causada por espiroquetdeos patognicos do gnero Leptospira. Em Portugal, reconhecida, desde 1931, como uma importante doena infecciosa humana, cuja notificao obrigatria desde 1986 para todos os serovares. Porm, devido ao acentuado polimorfismo clnico e dificuldade de um diagnstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre confirmada. Com efeito, o isolamento do agente difcil e o mtodo convencional de diagnstico, baseado no teste serolgico de referncia TAM (Teste de Aglutinao Microscpica), no muito sensvel na primeira semana da doena. Assim, foram trs os principais objectivos desta dissertao: actualizar o padro epidemiolgico da Leptospirose, aps uma extensa reviso bibliogrfica da doena (Captulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunolgicos relacionados com os marcadores antignicos que mais influenciam a regulao da resposta humoral na infeco humana, em particular, em rea endmica (Captulo 3); e, por ltimo, promover a identificao molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patognico no modelo murino e contribuir para o diagnstico precoce da doena humana (Captulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga srie de 4.618 doentes sintomticos analisados representa uma caracterizao nica da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Regio Centro do Pas, e nas ilhas de So Miguel e Terceira (Aores), nos ltimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuio mdia de 57 casos/ano, sendo a maior frequncia no sexo masculino (67%). As reas analisadas corresponderam maioria das notificaes em Portugal, com uma taxa de incidncia mdia anual nas ilhas muito superior registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doena foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomnio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada s formas anictrica e ictrica da doena, sendo evidente uma elevada sub-notificao ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmisso em reas geogrficas onde a circulao dos agentes zoonticos se processa em ciclos silvticos e/ou domsticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidncia da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos ltimos anos, particularmente, nos Aores, onde a seropositividade elevada e a ocorrncia de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Sade Pblica. No mbito do Captulo 3, investigaram-se os aspectos imunolgicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterizao antignica e molecular da Leptospirose em reas endmicas Regio Centro e nas ilhas de So Miguel e Terceira, caracterizando as protenas e os lipopolissacridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estdio nico) e tardia da doena (trs estdios), atravs do follow-up serolgico de 240 doentes com confirmao clnica e laboratorial de Leptospirose. Foram includos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescena (at 6 anos aps o incio dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela tcnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patognicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antignios leptospricos, nos quatro estdios evolutivos, resultou da deteco de reactividade especfica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco protenas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homlogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as protenas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antignios imunodominantes durante o perodo estudado, nas duas regies geogrficas. Os doentes aorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigao indica, pela primeira vez, uma forte persistncia da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos aps o incio dos sintomas. Por ltimo, procedeu-se identificao de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifsica de interveno. Utilizaram-se trs testes fenotpicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presena de 8-azaguanina, a par de um teste de alterao morfolgica induzida pela adio de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificao do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers universais (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patognicas, para definio da identidade dos isolados em estudo. Da integrao dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posio taxonmica intermdia entre as leptospiras saprfitas e as patognicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigao (complementar) in vivo do carcter taxonmico intermdio do referido isolado humano, por cultura e amplificao do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmao laboratorial de infeco por Leptospira, na ausncia de anticorpos especficos na fase inicial da doena.

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RESUMO A Leptospirose uma zoonose re-emergente causada por espiroquetdeos patognicos do gnero Leptospira. Em Portugal, reconhecida, desde 1931, como uma importante doena infecciosa humana, cuja notificao obrigatria desde 1986 para todos os serovares. Porm, devido ao acentuado polimorfismo clnico e dificuldade de um diagnstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre confirmada. Com efeito, o isolamento do agente difcil e o mtodo convencional de diagnstico, baseado no teste serolgico de referncia TAM (Teste de Aglutinao Microscpica), no muito sensvel na primeira semana da doena. Assim, foram trs os principais objectivos desta dissertao: actualizar o padro epidemiolgico da Leptospirose, aps uma extensa reviso bibliogrfica da doena (Captulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunolgicos relacionados com os marcadores antignicos que mais influenciam a regulao da resposta humoral na infeco humana, em particular, em rea endmica (Captulo 3); e, por ltimo, promover a identificao molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patognico no modelo murino e contribuir para o diagnstico precoce da doena humana (Captulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga srie de 4.618 doentes sintomticos analisados representa uma caracterizao nica da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Regio Centro do Pas, e nas ilhas de So Miguel e Terceira (Aores), nos ltimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuio mdia de 57 casos/ano, sendo a maior frequncia no sexo masculino (67%). As reas analisadas corresponderam maioria das notificaes em Portugal, com uma taxa de incidncia mdia anual nas ilhas muito superior registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doena foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomnio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada s formas anictrica e ictrica da doena, sendo evidente uma elevada sub-notificao ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmisso em reas geogrficas onde a circulao dos agentes zoonticos se processa em ciclos silvticos e/ou domsticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidncia da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos ltimos anos, particularmente, nos Aores, onde a seropositividade elevada e a ocorrncia de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Sade Pblica. No mbito do Captulo 3, investigaram-se os aspectos imunolgicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterizao antignica e molecular da Leptospirose em reas endmicas Regio Centro e nas ilhas de So Miguel e Terceira, caracterizando as protenas e os lipopolissacridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estdio nico) e tardia da doena (trs estdios), atravs do follow-up serolgico de 240 doentes com confirmao clnica e laboratorial de Leptospirose. Foram includos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescena (at 6 anos aps o incio dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela tcnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patognicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antignios leptospricos, nos quatro estdios evolutivos, resultou da deteco de reactividade especfica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco protenas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homlogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as protenas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antignios imunodominantes durante o perodo estudado, nas duas regies geogrficas. Os doentes aorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigao indica, pela primeira vez, uma forte persistncia da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos aps o incio dos sintomas. Por ltimo, procedeu-se identificao de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifsica de interveno. Utilizaram-se trs testes fenotpicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presena de 8-azaguanina, a par de um teste de alterao morfolgica induzida pela adio de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificao do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers universais (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patognicas, para definio da identidade dos isolados em estudo. Da integrao dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posio taxonmica intermdia entre as leptospiras saprfitas e as patognicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigao (complementar) in vivo do carcter taxonmico intermdio do referido isolado humano, por cultura e amplificao do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmao laboratorial de infeco por Leptospira, na ausncia de anticorpos especficos na fase inicial da doena.

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Seguimos ambulatorialmente, por no mnimo 180 dias, 111 receptores de transfuses, para avaliarmos a ocorrncia de hepatites ps-transfusionais e os agentes etiolgicos envolvidos com esta doena, na cidade de Campinas, Estado de So Paulo, Brasil. No final diagnosticamos esta hepatite em 18 (16,2%) receptores. Destes, tivemos 16 (89%) casos devido ao vrus da hepatite C, 1 (5,5%) causado pelo vrus da hepatite B e 1 (5,5%) caso restante, sem etiologia determinada, 15 meses aps a transfuso. O perodo de incubao da hepatite por vrus C (HVC) foi de 71 dias, em mdia; e 23% dos indivduos com esta hepatite permaneceram com aumento de AST/ALT por mais de 6 meses. Observou-se soroconverso tardia para o anti-HCV em 71,4% dos receptores, que ocorreu, em mdia, 135 dias aps a transfuso. Uma dosagem de ALT e uma pesquisa do anti-HCV, aos 3 e 6 meses, aps a transfuso, diagnosticariam, respectivamente, 71 e 93% dos casos que desenvolveram HVC ps-transfusionais.