383 resultados para escrever
Resumo:
As crianças surdas, integradas num contexto educativo bilingue, aprendem a ler e a escrever numa língua oral-auditiva, língua com caraterísticas diferentes da língua que adquirem naturalmente que é visuo-espacial. A Língua Gestual Portuguesa é a língua materna dos surdos, constituindo-se a Língua Portuguesa, no modo oral e escrito, como a sua segunda língua. Face à escassez de instrumentos facilitadores do desenvolvimento das competências de leitura e escrita em crianças surdas, esta investigação visa avaliar a eficácia do programa de treino da competência lectoescrita para alunos surdos a frequentar o ensino bilingue – Programa PODER. O programa de intervenção concebido desenvolveu-se num processo de investigação-ação e foi aplicado a seis alunos surdos, a frequentar o 2.º ano de escolaridade do ensino básico, numa Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos. As respostas obtidas, através de questionários aos alunos surdos (6), foram analisadas qualitativamente. Para medir o índice de legibilidade do texto e a facilidade de leitura, no Pré-teste e no Pós-teste de lectoescrita aplicado aos alunos surdos, utilizou-se o “Índice de Legibilidade de FleschKincaid Grade Level” e o “Índice de Facilidade de Leitura de Flesch” (ambos baseados no comprimento das palavras e das frases). Os resultados obtidos indicam que o Índice de Legibilidade fica situado entre 7,0 e 10,0, o recomendável e o Índice de Facilidade de Leitura enquadra-se no Nível A1 – Utilizador Básico. Os dados afiguram-se expressivos para a validação do programa de treino e prova da sua eficácia, no desenvolvimento da competência lectoescrita de alunos surdos integrados no ensino bilingue. Deste estudo, retiram-se implicações para a intervenção psicoeducacional da lectoescrita junto de alunos surdos que frequentam o ensino bilingue.
Resumo:
Uma ostomia de eliminação intestinal resulta de um procedimento cirúrgico que consiste na ligação de uma parte do intestino delgado ou grosso, a um orifício externo na cavidade abdominal designado de estoma. O utente portador de uma ostomia de eliminação intestinal, devido à sua situação clínica, manifesta um misto de emoções resultante do enorme impacto físico e emocional devido à doença e ao tratamento. A sua própria vida vai desencadear alterações profundas no seu EU, nos estilos de vida, nas relações familiares e sociais, na sua imagem corporal e na autoestima (Pinto, 2012). Foi objetivo deste estudo analisar a perceção que a pessoa portadora de ostomia de eliminação intestinal, seguida na Unidade Local de Saúde Nordeste (ULSNE), tem sobre a sua qualidade de vida (QV). A investigação enquadra-se no domínio da investigação observacional, optando-se pela realização de um estudo descritivo, analítico e transversal, de abordagem quantitativa. Como instrumento de colheita de dados foi utilizado um formulário com questões relativas às características sociodemográficas, a escala de Graffar e a escala de avaliação da qualidade de vida do utente ostomizado. Aceitaram participar no estudo 105 utentes portadores de eliminação intestinal. O sexo predominante é o masculino (50,5%). A classe etária mais representativa é a dos 65 aos 92 anos (78,1%) e o estado civil predominante antes (67,6%) e depois (55,2%) da cirurgia é o de casado. Quanto à atividade laboral, o abandono do trabalho a tempo inteiro, devido à nova situação clínica, foi referido por 94,3% dos inquiridos. Em relação às habilitações académicas, 46,7% sabe ler e escrever, enquadrando-se na classe social média (57,1%). A consulta de estomaterapia na ULSNE ainda não está implementada, mas os inquiridos consideram que a sua implementação seria pertinente (93,3%), facilitando principalmente a adaptação à nova realidade (40%), a ultrapassar dificuldades (28,6%), a evitar complicações/resolver os problemas (9,5%). A média da QV dos participantes neste estudo é de 279,92, superior à média teórica da escala (215), indicando os inquiridos evidenciam um bom nível de qualidade de vida. O enfermeiro estomaterapeuta é o profissional que melhor pode proporcionar toda a informação e suportes necessários, que permitam ultrapassar os problemas e as limitações sentidas pelo ostomizado e pelas pessoas significativas na sua vida.
Resumo:
Desde sempre existiram várias escolas no Alentejo. Para lá da Escola propriamente dita – ambiente formal e escolar -, onde muitos (as) alentejanos(as) nunca tiveram oportunidade de aprender (pensemos nos altos índices de analfabetismo da população alentejana), outros ambientes, menos formais e pouco ou nada escolarizados, serviram e servem da escola a muitas pessoas. A este II Encontro Regional de Educação – Aprender no Alentejo presidiu a finalidade de desocultar e estudar múltiplos e interessantes ambientes de aprendizagem que existem nas cidades, vilas e aldeias alentejanas. Por outro lado, houve também a preocupação em estudar e discutir as ligações existentes entre este ambientes de aprendizagem e o território. Esta obra reúne os contributos de todos(as) os(as) que quiseram participar na iniciativa. Grande parte destes testemunhos resultaram da realização de trabalhos de investigação de estudantes da Universidade de Évora, particularmente, dos Cursos de Complemento de Formação Científica e Pedagógica para Educadoras(es) de Infância e Professoras(es) do 1º Ciclo do Ensino Básico, da Licenciatura em Ensino Básico (1º Ciclo) e do Curso de Profissionalização em Serviço. Desta forma, foram reunidas as três finalidades da missão da Universidade de Évora: investigar, formar e prestar serviços à comunidade onde se situa: o Alentejo. Falar, discutir e escrever sobre o Aprender no Alentejo é, também, uma forma de contribuir para a preservação de um património importante da região onde nos situamos: o aprender alentejano.
Resumo:
O analfabetismo continua a ser uma das dimensões mais tristes e persistentes da realidade alentejana. De acordo com a informação disponibilizada pelo recenseamento da população, realizado em 2001, a taxa do analfabetismo no Alentejo é muito elevada. Entre 1991 e 2001, o abaixamento que se verificou na taxa de analfabetismo terá resultado mais da mortalidade verificada entre os analfabetos do que, certamente, da aprendizagem da leitura e da escrita. Apesar de, cada vez mais, se assumirem políticas ativas de educação e formação ao longo da vida, a realidade é que continuam a existir muitos alentejanos que não conseguem ler ou escrever. O que fazer? Será o analfabetismo uma fatalidade intrínseca do Alentejo ou poderá ainda transforma-se num desafio estratégico do Alentejo? Um desafio que envolva todos, sem exceções: do Estado ao indivíduo; das autarquias às escolas; das instituições de ensino superior às associações recreativas.
Resumo:
Quando pensamos e falamos da situação atual da Educação no Alentejo, é fundamental olhar para trás, para os lados e para diante: Se olharmos apenas para trás, podemos observar as grandes mudanças que se registaram desde 1974; se olharmos só para os lados, ficaremos desmotivados quando nos comparamos com países que possuem índices educacionais – e também económicos e sociais – maiores e mais solidificados que os nossos; se passarmos a vida só a olhar para a frente, poderemos não ser suficientemente inteligentes e justos para com o nosso passado, onde tanta coisa melhorou e onde tantos(as) alentejanos(as) deram o seu melhor em prol da Educação nesta região. Pensar e escrever sobre a Educação é, nestas circunstâncias, um exercício complexo e difícil, porque terá que ser desafiador para um futuro que queremos melhor e, simultaneamente, justo para um passado recente que foi melhor que aquilo que, muitas vezes, pensamos.
Resumo:
A escrita é uma atividade complexa que envolve a interação constante de processos cognitivos e motores. As crianças passam grande parte do tempo a escrever em contexto escolar, aplicando também esta habilidade noutros contextos. As dificuldades de escrita ao nível da legibilidade e velocidade possuem um impacto negativo nos diferentes contextos de vida das crianças. Esta tese teve como objetivo estudar as competências de escrita em crianças no 3º ano de escolaridade, período em que é alcançada uma automatização da escrita. Começou-se por traduzir, adaptar culturalmente e validar para o Português Europeu dois instrumentos que são internacionalmente utilizados no diagnóstico da Disgrafia e da Perturbação do Desenvolvimento da Coordenação (PDC): Movement Assessment Battery for Children – 2nd edition (MABC-2) e Echelle d’évaluation rapide de l’écriture chez l’enfant (BHK). Os instrumentos revelaram ser fidedignos e com solidez suficiente para a sua aplicação. Prosseguiu-se com a exploração da relação entre as competências de escrita e a coordenação motora. Não foi encontrada relação entre qualidade e velocidade de escrita e coordenação motora fina, nem qualquer associação entre qualidade e velocidade de escrita. Na diferença de desempenhos entre rapazes e raparigas, estas revelaram melhores resultados apenas na tarefa de colocação de pinos com a mão preferida. Verificou-se que a formação de letras é o fator que mais contribui para explicar os desempenhos na qualidade de escrita. Através de análise computacional conseguiu-se dar os primeiros passos para o estabelecimento de um padrão de legibilidade, com a caracterização espacial das letras. No entanto, não foi encontrada relação entre as características espaciais e a qualidade de escrita. No final desta tese, relatam-se as limitações dos procedimentos adotados e sugerem-se futuros desafios de investigação dos fenómenos inerentes a esta temática.
Resumo:
«A filha de um gramático deu à luz, após amorosa união, / uma criança do género masculino, feminino e neutro.» Depois de ler Em Português, Se Faz Favor (da editora Guerra e Paz, 2015), lembrei-me deste epigrama de Páladas (poeta de Alexandria, dos finais do séc. IV d.C.). Também Helder Guégués (não é engano, tem mesmo dois acentos), revisor de texto, encara a língua com humor e ironia, mas sempre com muita seriedade. São assim os seus comentários nos blogues (de que sou leitora assídua) que manteve (Assim Mesmo) e mantém (Linguagista) e nos quais se inspirou para muitas das entradas deste Guia Fundamental para Escrever bem, de subtítulo. Aí, onde o objetivo não é serem um tira-teimas da língua portuguesa, Helder Guégués é muito divertido, pela mordacidade com que critica os erros que vai lendo nos jornais e nos livros ou ouvindo na rádio e na televisão, muitas vezes nem explicando que erro é esse. Porém, nesta obra que não é para especialistas, mas que se dirige «antes a todos os falantes comuns que querem e precisam, exprimir-se melhor em português» (p.21), o autor contém um pouco o sarcasmo, tem o cuidado de explicar o que está errado e indica a forma correta. O livro tem exemplos de vários tipos (géneros, numerais, regências verbais, etc.), como se pode ver pelo índice, dos quais aqui vou apresentar apenas alguns, para ficarmos com uma ideia do que podemos aprender.
Resumo:
Esta página tem tido poucos artigos sobre obras de não-ficção, mas hoje reequilibro um pouco, ao escrever sobre o livro que António Branco (professor da Universidade do Algarve e seu atual reitor) publicou recentemente, intitulado Visita Guiada ao Ofício do Ator: um Método (Grácio Editor). Esta obra tem duas partes distintas: uma primeira, em que contextualiza a sua experiência teatral, a criação de um mestrado nessa área e consequente criação de um grupo de teatro, a assunção de pertença a uma determinada linhagem, da qual é um dos seus elos, estruturada sob a figura tutelar de Fernando Amado, através da atriz Manuela de Freitas. Aí se apresentam e discutem conceitos fundamentais, como os de genealogia, linhagem, autenticidade, ética, estética, técnica, mas também descrições de exercícios e outros aspetos práticos do ofício de ator, próprios de uma visita guiada (algo diferente de um manual). A segunda parte é composta por todos os documentos possíveis de obter sobre a atriz Manuela de Freitas, desde entrevistas que deu na televisão ou em encontros vários e que aqui são transcritas pela primeira vez, a textos por ela escritos e dispersos. Ficamos a saber muito sobre a sua vida como atriz e quais os valores sobre os quais fundou a sua postura no teatro.
Resumo:
Há um ano e meio escrevi neste jornal sobre Hotel Anaidaug, narrativa fantástica de Fernando Pessanha, que brevemente (assim o espero) poderemos ver em filme. Hoje, este prolífero autor proporcionou-me a oportunidade de escrever sobre a sua mais recente novela, A Devota e a Devassa, da qual já tive o privilégio de redigir o prefácio.
Resumo:
Gostei muito deste livro de Maria de Fátima Santos (que já recebera uma menção honrosa no Prémio Literário João Gaspar Simões). É daqueles livros que lemos e não sabemos se é prosa ou poesia, de tão bonito que é. Bonito… talvez não seja este o adjetivo que se esperaria para classificar o conteúdo literário de um livro, mas é o que não me sai da cabeça. Não é que a história seja bonitinha ou as personagens exaltem em beleza. Não é isso. Nem quer dizer que não haja violência, mortes, traições. Que as há. Mas existe nele um tom, uma musicalidade, uma calma (ajudada por uma pontuação onde a exclamação está ausente) que dão harmonia a um conjunto de vozes que se vão fazendo ouvir através de um narrador peculiar. Mas já lá vamos. Vou primeiro apresentar a autora, que para alguns pode ser menos conhecida. Maria de Fátima Marques Correia Santos nasceu em Lagos, em 1948, e aposentou-se como professora de Física e Química. Talvez tenha sido essa condição que lhe tem dado tempo – e predisposição – para escrever e pintar. Tem publicado poemas e contos, quer no seu blogue, quer em livro (foi também vencedora de um dos cinco prémios Novos Talentos FNAC Literatura 2012). Quanto ao que desenha e pinta (a que chama «o gosto pelo traço desenhado e pelas tintas»), pode ser visto num dos seus blogues, Intimarte (http://intimarte.blogspot. pt/). Só mais um abraço é o seu primeiro romance. Mas não parece nada, pois não padece de maleita de principiante, que procura mostrar tudo quanto sabe. Antes pelo contrário: é uma escrita muito contida, onde as emoções, os sentimentos e as ações ficam-se pela esfera do não-dito e do subentendido.
Resumo:
Escrever um conto, precisamente por ter de ser curto e ter de conter (e contar) tudo em poucas palavras, exige uma grande perícia. Demora ser breve. Conseguir, em poucas páginas, prender a atenção do leitor, levá-lo ao clímax da ação e descontraí-lo, no final, não é tarefa simples. Pois bem, posso dizer que os autores presentes neste volume, publicado pela Lua de Marfim e coordenado por F. Esteves Pinto, alcançaram com sucesso aqueles objetivos. A ideia de convidar também sete artistas para ilustrarem os contos foi muito feliz. Cada um leu, à sua maneira, o conto que ilustrou, fazendo, por vezes, da ilustração um novo «texto», mais do que uma ilustração. Descubram-nos!
Resumo:
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília,Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2014.
Resumo:
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2015.
Resumo:
PASSE significa Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar. Este Programa visa a promoção da alimentação saudável, trabalhando também outras vertentes, como a saúde mental, atividade física e saúde oral. O PASSE produz material para ser aplicado nas diferentes dimensões abordadas por este programa de promoção da saúde.
Resumo:
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2016.