996 resultados para Violência contra a mulher - Chile


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O livro de Jó, cujo tema principal é a dor humana, mostra que as provações que Jó foi obrigado a suportar são absurdas e cruéis. Diante da realidade de sua existência, Jó percebe o universo como uma ausência do Deus em quem crê. A vida humana aparece caótica e as desigualdades sociais não encontram solução, a não ser na morte. Na obra, a explicação a cerca do sofrimento do inocente continuou arbitrária e permaneceu irrespondida. Contudo, a aflição gerada pela miséria total, pelo abandono e pela solidão fez Jó compreender a aflição das pessoas com as quais ele se identificou: o pobre, a viúva, o órfão, o faminto, todos aqueles que de alguma forma sofriam injustamente. Foi a partir dessa identificação que Jó lançou seu grito de protesto e denunciou os crimes cometidos pelos poderosos aos trabalhadores do campo e da cidade na sociedade de sua época, como mostra o capítulo 24,7-12. Jó não desprezou o próximo, nem se omitiu diante da violência contra seres humanos, mas engajou-se no combate do mal. Mal que pode ser entendido como tudo aquilo que contraria o dom mais preciso de Deus, o dom da vida.(AU)

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Há um consenso na literatura de que a vivência do abuso sexual na infância ocasiona uma série de consequências, tanto físicas quanto psicológicas, às vítimas. O cenário de violência contra crianças e adolescentes está cada vez mais frequente na sociedade contemporânea, tornando-se um problema de saúde pública, de modo a ser necessário um olhar mais atento dos profissionais e elaboração de políticas públicas tanto para a prevenção dos casos como para o tratamento dos problemas deles decorrentes. Nas crianças, há uma associação do aumento de problemas comportamentais e psicológicos, que podem se estender até o período da idade adulta. Outros estudos enfatizam alterações em áreas cerebrais e as relacionam com o surgimento de transtornos mentais na população de crianças vítimas de violência sexual, dentre outros tipos de violência. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença de traços de personalidade, os estilos parentais desenvolvidos e o desempenho cognitivo, especificamente as funções executivas, em meninos com histórico de abuso sexual. Foram avaliadas 62 crianças e adolescentes (32 com histórico de abuso sexual e 30 sem), sendo que no grupo de abuso a idade média dos integrantes é de 11,7 anos de idade e seus genitores majoritariamente divorciados, diferentemente do grupo controle, no qual os genitores são, na maior parte, casados. O método constou de questionário sociodemográfico, testes neuropsicológicos que avaliam as funções executivas (Wisconsin Card Sortint Test, Figuras de Ray e Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Terceira Edição (WISC-III)- Semelhanças, Arranjo de Figuras, Compreensão, Cubos, Dígitos e Vocabulário), Questionário de Personalidade para Crianças e Adolescentes (EPQ-J) e Inventário de Estilos Parentais (IEP). Não houve resultados significativos entre o abuso e as funções executivas, tanto nos subtestes dos Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Terceira Edição (WISC-III) quanto no do Wisconsin; porém o grupo apresentou dados significativamente menores na memória do Figuras Complexas de Rey. Com relação ao EPQ-J, os resultados demonstraram maiores índices de neuroticismo, os quais podem ser associados com sintomas de depressão, e apresentaram menores índices em extroversão, trazendo possíveis dificuldades nas relações sociais. Com relação aos estilos parentais, o grupo apresentou dificuldades e prejuízos nas percepções sobre os genitores, especialmente com relação ao genitor, que é o maior abusador estatisticamente. Os dados mostraram uma correlação entre neuroticismo e vocabulário, estilos parentais e vocabulário, e neuroticismo e estilos parentais. Observou-se a importância de maiores estudos com o público masculino, para que possam ser elucidadas, de forma mais abrangente, as questões de abuso sexual e suas interferências nos aspectos neuropsicológicos, estilos parentais e traços de personalidade, visto que a maior parte dos estudos é relacionada ao público feminino. É necessário o desenvolvimento de políticas públicas para o atendimento específico do público masculino que sofre abuso, e que o profissional da saúde esteja preparado para ajudar, fortalecendo os aspectos psíquicos e emocionais.

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"A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema de saúde, portanto, deve ser identificado e abordado pelos proissionais e especialistas na matéria. Este artigo tem como objetivo apresentar a perceção dos técnicos face aos maus-tratos da criança. O desenho metodológico baseia-se num estudo com caráter exploratório, descritivo, pesquisa quantitativa, procurando trabalhar com o universo de significados, motivações, e atitudes. A população deste estudo foi formada por todos os elementos pertencentes às CPCJ´s do Distrito de Setúbal. Com base nos resultados obtidos, a atitude substitutiva dos técnicos não favorece o desenvolvimento de competências, aumentando a postura da delegação como também diminui a autoestima da família. Relativamente a uma eventual mudança de atitude em relação à vítima, de acordo com o número de anos, observou-se que nada ou quase nada havia mudado, já os sentimentos para com o agressor, verificou-se que a raiva é o sentimento mais frequentemente e a passividade era o sentimento menos frequente, quanto ao abuso no geral, o sentimento mais referenciado foi a frustração. O projeto de vida das crianças era uma das preocupações referidas, sendo necessário contextualizar a singularidade de cada caso."

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Este objeto começa destacando que, na Atenção Básica, situações de traumatismo dental são eventos agudos cada vez mais frequentes na clínica odontológica. Destaca que a resolução desse agravo envolve várias áreas do conhecimento da odontologia e, por essa razão, pode-se concluir a complexidade de seu tratamento e a fragilidade de seu prognóstico. Em relação a ações preventivas, observa que os traumas dentais são, em sua maioria, eventos causados por acidentes no cotidiano, envolvendo situações passíveis de prevenção, e afirma que orientações relacionadas aos traumas dentais podem ser realizadas tanto no âmbito individual quanto no coletivo. Detalha observações sobre a prevenção de fraturas de próteses dentárias. Aborda o conceito e a classificação dos traumas dentais, como lesões dentoalveolares e de mucosa oral, cujo diagnóstico e tratamento variam de acordo com as estruturas afetadas. Além disso, explica os tipos de fraturas de próteses de acordo com a região onde se localizam. O objeto também explica elementos fundamentais a serem conhecidos pelo cirurgião-dentista para que seja realizado um adequado diagnóstico nos casos e afirma que, para a realização da avaliação diagnóstica, é importante saber qual é a origem do trauma dental. Orienta que o atendimento deve iniciar com a anamnese, atentando-se aos dados gerais do paciente e de seu histórico médico, buscando-se todas as alterações sistêmicas. Lembra fatores que devem ser avaliados durante o exame clínico e aborda as avaliações e testes realizados durante o procedimento, inclusive orientando sobre realização de exames complementares. Detalha a importância de atentar para a violência contra crianças, problema grave que pode ser detectado pelo cirurgião-dentista durante uma avaliação diagnóstica, lembrando, inclusive, que tal atenção também se aplica à população idosa. Em relação à abordagem inicial e ao atendimento sequencial, o objeto destaca a sequência de procedimentos clínicos para o atendimento de lesões traumáticas envolvendo dentes naturais, tecidos periodontais e mucosa oral, detalhando questões sobre lesões aos tecidos duros dos dentes e à polpa, lesões aos tecidos periodontais, lesões na gengiva ou na mucosa oral, casos de fraturas na dentição decídua e descrição dos procedimentos clínicos (plastia do esmalte; colagem de fragmento dentário; restauração direta em resina; contenção rígida com resina composta). Finaliza abordando também casos de fraturas de próteses dentárias, detalhando procedimentos clínicos para confecção dos reparos e adição de novos elementos em próteses removíveis (substituição de um braço de grampo quebrado por um braço; retentivo confeccionado em fio maleável; fraturas de pequenas áreas de resina em próteses totais ou parciais removíveis; reparo de próteses totais superiores ou inferiores em caso de fratura na linha média) e procedimentos clínicos para recimentação de próteses fixas.

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Este objeto começa destacando que, na Atenção Básica, situações de traumatismo dental são eventos agudos cada vez mais frequentes na clínica odontológica. Destaca que a resolução desse agravo envolve várias áreas do conhecimento da odontologia e, por essa razão, pode-se concluir a complexidade de seu tratamento e a fragilidade de seu prognóstico. Em relação a ações preventivas, observa que os traumas dentais são, em sua maioria, eventos causados por acidentes no cotidiano, envolvendo situações passíveis de prevenção, e afirma que orientações relacionadas aos traumas dentais podem ser realizadas tanto no âmbito individual quanto no coletivo. Detalha observações sobre a prevenção de fraturas de próteses dentárias. Aborda o conceito e a classificação dos traumas dentais, como lesões dentoalveolares e de mucosa oral, cujo diagnóstico e tratamento variam de acordo com as estruturas afetadas. Além disso, explica os tipos de fraturas de próteses de acordo com a região onde se localizam. O objeto também explica elementos fundamentais a serem conhecidos pelo cirurgião-dentista para que seja realizado um adequado diagnóstico nos casos e afirma que, para a realização da avaliação diagnóstica, é importante saber qual é a origem do trauma dental. Orienta que o atendimento deve iniciar com a anamnese, atentando-se aos dados gerais do paciente e de seu histórico médico, buscando-se todas as alterações sistêmicas. Lembra fatores que devem ser avaliados durante o exame clínico e aborda as avaliações e testes realizados durante o procedimento, inclusive orientando sobre realização de exames complementares. Detalha a importância de atentar para a violência contra crianças, problema grave que pode ser detectado pelo cirurgião-dentista durante uma avaliação diagnóstica, lembrando, inclusive, que tal atenção também se aplica à população idosa. Em relação à abordagem inicial e ao atendimento sequencial, o objeto destaca a sequência de procedimentos clínicos para o atendimento de lesões traumáticas envolvendo dentes naturais, tecidos periodontais e mucosa oral, detalhando questões sobre lesões aos tecidos duros dos dentes e à polpa, lesões aos tecidos periodontais, lesões na gengiva ou na mucosa oral, casos de fraturas na dentição decídua e descrição dos procedimentos clínicos (plastia do esmalte; colagem de fragmento dentário; restauração direta em resina; contenção rígida com resina composta). Finaliza abordando também casos de fraturas de próteses dentárias, detalhando procedimentos clínicos para confecção dos reparos e adição de novos elementos em próteses removíveis (substituição de um braço de grampo quebrado por um braço; retentivo confeccionado em fio maleável; fraturas de pequenas áreas de resina em próteses totais ou parciais removíveis; reparo de próteses totais superiores ou inferiores em caso de fratura na linha média) e procedimentos clínicos para recimentação de próteses fixas.

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Tópico 1 – Atividade física, nutrição, uso de medicamentos e suas implicações O tópico apresenta questões relativas à saúde integral do idoso, como condições físicas, nutrição, ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, tratamento de agravos, reabilitação, relação da pessoa com a finitude, institucionalização, risco de quedas, uso de medicação e suas implicações, interações medicamentosas, reações adversas, auxílio de ESF/NASF na perspectiva interdisciplinar ao idoso e a família. Tópico 2 – As quedas e a violência contra o idoso O tópico aborda o problema das quedas para o idoso: razões, consequências, dados sobre síndrome geriátrica, relação entre quedas e violência, uso da caderneta de saúde. Aborda, também, o problema da violência contra o idoso como importante fator de vulnerabilidade e a Rede Internacional para Prevenção de Maus Tratos contra a Pessoa Idosa. Define e caracteriza as diferentes formas de violência: estrutural, interpessoal e institucional. Trata da dimensão histórica e social do problema e da necessidade de políticas públicas, assim como da necessidade de formação de vínculo com profissionais das equipes de AB para a identificação e prevenção da violência contra o idoso e mostra um questionário/instrumento de avaliação de maus tratos. Tópico 3 – A finitude e a perspectiva da morte e casos de idosos vivendo em locais de cuidado contínuo O tópico aborda as questões ligadas aos sentimentos do idoso e da família face à dificuldade de lidar com perda de entes queridos e com a própria finitude e o importante papel da equipe de saúde no auxílio à discussão dessas questões, assim como na orientação para a avaliação das condições de vida no domicílio e em instituições. Propõe, ao final, uma reflexão. Conteúdo Online do módulo de Atenção integral à saúde do idoso: Vulnerabilidades ligadas à saúde do idoso para enfermeiro. Unidade 2 do módulo 14 para dentista que compõe o Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família.

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Módulo 6 do curso de especialização em Saúde da Família, produzido pela UNA-SUS/UFMA, com apresentação visual trabalhada para atender aos alunos participantes do programa Mais Médicos. Este material aborda temas relacionados à saúde da criança como o processo de aleitamento materno, diagnóstico e prevenção de alguns agravos na infância, além da violência contra a criança, descrevendo suas manifestações e características clínicas.

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A presente Unidade 2 do módulo Saúde da Criança I do curso de especialização em Saúde da Família produzido pela UNA-SUS/UFMA, com apresentação visual trabalhada para atender aos alunos participantes do programa Mais Médicos, aborda temas relativos aos principais agravos na saúde da criança. Destaca-se aspectos sobre violência, distúrbios gastrointestinais, algumas afecções dermatológicas, doenças exantemáticas e icterícia neonatal.

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Este material contempla a disciplina optativa " Rede de atenção: saúde do idoso" do Curso de Especialização em Saúde da Família (2014). Descreve as principais características da transição demográfica brasileira, seus determinantes e consequências, e discute as características da transição epidemiológica, suas peculiaridades no Brasil e sua relação com o envelhecimento da população. Aborda temas inquietantes da Saúde do Idoso além de permitir identificar as demandas de saúde que emerge com o novo perfil etário da população. O módulo esta dividido em duas seções: Seção 1, Envelhecimento populacional e saúde dos idosos, que abrange a transição demográfica, a transição epidemiológica, a mortalidade de idosos, a internações de idosos e a saúde e doença de idosos residentes na comunidade. Seção 2, Abordagem dos problemas clínicos de idosos, que abrange; iatrogenia e problemas com medicamentos; incontinência urinária; quedas e fraturas; depressão, insônia, demências e confusão mental; saúde bucal do idoso; violência contra o idosos; síndrome de imobilidade

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Realizando o acolhimento e o cuidado à população LGBT é a unidade 3 do módulo Política Nacional de Saúde Integral Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Nela são apresentadas as realidades da população LGBT, com foco na identificação das especificidades no contexto da saúde e do cuidado. Nesta unidade também são abordadas as questões da desconstrução dos preconceitos e do estímulo ao acolhimento, ao atendimento e ao encaminhamento das demandas da população LGBT, sem discriminação e com respeito. A unidade é dividida em 7 temas: refletindo sobre acolhimento e cuidado à população LGBT; acesso e acolhimento nos serviços de saúde; violência contra a população LGBT; saindo da teoria e transformando a prática; orientações para o atendimento profissional e institucional de travestis e transexuais; modificações corporais; HIV/Aids, Hepatites virais e outras DST.

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Este trabalho se justifica pela alta prevalência de idosos negligenciados na área de abrangência de um PSF (Programa de Saúde da Família) em uma cidade do sul de Minas Gerais e tem como objetivo elaborar um projeto de intervenção para redução dos casos de violência contra o idoso. Utilizou-se o diagnóstico situacional e Método Simplificado do Planejamento Estratégico Situacional (PES). Compreender as dificuldades enfrentadas pelos cuidadores de idosos e orientá-los e auxiliá-los quanto as formas de cuidados contribuirão para uma melhor qualidade de vida dos idosos.

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Essa dissertação tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociológica, um fenômeno social: o da violência doméstica entre mulheres evangélicas. Fenômeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este é um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaços e lugares, inclusive nos religiosos, não inquietam o bastante e nem fomentam uma discussão mais intensa e rigorosa. Será, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representações de gênero estruturam suas próprias vidas para lidarem com a questão da violência sofrida no espaço que deveria ser o lócus do afeto, do desenvolvimento da confiança, da auto-estima, do acolhimento, da compreensão e respeito, do ninho de amor e que são antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianças, no local para o qual gostariam de não voltar. Procuraremos compreender como a religião evangélica, de maneira sutil, simbólica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prática pastoral, nos aconselhamentos ou na própria dinâmica da comunidade, trata a violência doméstica contra mulheres, solicitando o silêncio, a submissão, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertação de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silêncio pela promessa de uma família feliz. Invocação de representações sociais para justificarem ou ocultarem práticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? São de fato cúmplices da violência sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e não rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua inserção religiosa está relacionada com essa situação de violência? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Ao constatarmos o significativo número de mulheres evangélicas que ali são atendidas, nos propusemos analisar as representações religiosas de gênero e sua relação com a violência doméstica.(AU)

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Essa dissertação tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociológica, um fenômeno social: o da violência doméstica entre mulheres evangélicas. Fenômeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este é um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaços e lugares, inclusive nos religiosos, não inquietam o bastante e nem fomentam uma discussão mais intensa e rigorosa. Será, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representações de gênero estruturam suas próprias vidas para lidarem com a questão da violência sofrida no espaço que deveria ser o lócus do afeto, do desenvolvimento da confiança, da auto-estima, do acolhimento, da compreensão e respeito, do ninho de amor e que são antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianças, no local para o qual gostariam de não voltar. Procuraremos compreender como a religião evangélica, de maneira sutil, simbólica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prática pastoral, nos aconselhamentos ou na própria dinâmica da comunidade, trata a violência doméstica contra mulheres, solicitando o silêncio, a submissão, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertação de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silêncio pela promessa de uma família feliz. Invocação de representações sociais para justificarem ou ocultarem práticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? São de fato cúmplices da violência sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e não rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua inserção religiosa está relacionada com essa situação de violência? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Ao constatarmos o significativo número de mulheres evangélicas que ali são atendidas, nos propusemos analisar as representações religiosas de gênero e sua relação com a violência doméstica.(AU)

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Essa dissertação tem por objetivo analisar a partir de uma perspectiva sociológica, um fenômeno social: o da violência doméstica entre mulheres evangélicas. Fenômeno este que nos preocupa profundamente e que, cada vez mais se manifesta. Este é um tema desafiador, que por vezes, em muitos espaços e lugares, inclusive nos religiosos, não inquietam o bastante e nem fomentam uma discussão mais intensa e rigorosa. Será, portanto, pelas vozes das mulheres que buscaremos identificar como as representações de gênero estruturam suas próprias vidas para lidarem com a questão da violência sofrida no espaço que deveria ser o lócus do afeto, do desenvolvimento da confiança, da auto-estima, do acolhimento, da compreensão e respeito, do ninho de amor e que são antagonicamente transformados, principalmente para as mulheres e crianças, no local para o qual gostariam de não voltar. Procuraremos compreender como a religião evangélica, de maneira sutil, simbólica ou de forma concreta, por sua teologia, pela prática pastoral, nos aconselhamentos ou na própria dinâmica da comunidade, trata a violência doméstica contra mulheres, solicitando o silêncio, a submissão, a espera do cumprimento das promessas de Deus em suas vidas: a libertação de seus maridos, companheiros. Uma troca: o silêncio pela promessa de uma família feliz. Invocação de representações sociais para justificarem ou ocultarem práticas violentas contra as mulheres, mas em nome de Deus. Entretanto, o que pensam e o que sentem essas mulheres? Elas realmente gostam de apanhar? São de fato cúmplices da violência sofrida? Por que resistem em denunciarem seus parceiros agressores e não rompem ou demoram tanto tempo para romperem relacionamentos violentos? Em que medida sua inserção religiosa está relacionada com essa situação de violência? Para tentar responder a essas perguntas, escolhemos como campo de pesquisa o Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia, uma ONG que atua com mulheres em situação de violência doméstica e sexual. Ao constatarmos o significativo número de mulheres evangélicas que ali são atendidas, nos propusemos analisar as representações religiosas de gênero e sua relação com a violência doméstica.(AU)