695 resultados para Tragédia grega
Resumo:
Esta tese leva a cabo uma clarificação conceptual e uma reconstrução histórica da noção de conflito, tal como ela aparece na filosofia. Num primeiro momento, analisa-se o fenómeno do conflito na fonte Grega (em Homero, Heraclito, Platão, nas tragédias gregas e nas formas de interação agonística no espaço público) e na filosofia moderna (principalmente em Kant, Hegel e Marx). Num segundo momento, estabelece-se, nos seus traços gerais, uma cartografia da recuperação desta noção na contemporaneidade através da discussão das contribuições provenientes da teoria crítica (Habermas, Honneth, Hunyadi), da sociologia pragmática (Boltanski, Thévenot) e da filosofia política anglo-saxónica (Rawls, Walzer, Taylor), entre outras. Estas partes iniciais da tese desembocam numa análise aprofundada da obra do filósofo francês Paul Ricoeur e das muitas instanciações do conflito nessa obra, naquilo a que chamo o “percurso do conflito” no pensamento de Ricoeur. Neste “percurso do conflito” o objetivo é duplo: por um lado, provar que o conflito é a pedra de toque não só da filosofia de Ricoeur, mas também de um grande conjunto de outros autores; por outro lado, que é necessário reavaliar o papel desta noção no debate contemporâneo e que nesse contexto a filosofia de Ricoeur e as suas análises finas e plurais podem ser de uma grande utilidade. Assim sendo, este “percurso do conflito” divide-se em três partes, as quais lidam com diferentes tipos de conflito: conflitos “existenciais”, “hermenêuticos” e “práticos”. Ao longo destas partes, várias disciplinas são chamadas à colação, como a hermenêutica, a psicanálise e a filosofia prática (ética, filosofia política e filosofia social), numa tentativa de esclarecer os diferentes fenómenos em causa. Em última instância, chega-se à conclusão que o conflito é inevitável em filosofia, tal como na vida, mas que este não é (pelo menos não em todas as suas formas e instanciações) um fenómeno estritamente negativo; por vezes, os conflitos podem ser criativos e positivos. Porém, aceitar este facto implica igualmente consentir que o reconhecimento dos conflitos está intrinsecamente ligado à busca de soluções para eles, formas de lidar com eles e torná-los criativos e positivos. Para que possa ser compreendido, em traços gerais, como é que estes procedimentos funcionam, esta tese elabora uma tipologia de diferentes tipos de conflito e respetivas formas de lidar com eles, mediando-os, conciliando-os ou, nalguns casos, apenas aceitando a sua existência e mesmo multiplicando-os. A busca da melhor solução tem sempre de ser operada caso a caso. Nas partes finais da tese, e partindo das análises de Ricoeur e dos outro autores apresentadas ao longo da mesma, delineia-se o projeto de uma filosofia social hermenêutica e argumenta-se que aquilo de que precisamos hoje em dia é de uma nova crítica da razão, uma “crítica da razão miserável” que possa repensar o mundo social em novos termos e que, ao fazê-lo, possa evitar os perigos do reducionismo nas suas múltiplas formas.
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As raízes da física contemporânea, bem como as da ciência modema ocidental, mergulham na Antíguidade Clássica, mais concretamente na cultiira Grega, num momento histórico em que a religião, a filosofia e a ciência constítuíam uma mesma disciplina. Enfre os filósofos do século VI A.C, enconframos HeracUto, que acreditava que o universo era caracterizado pela etema fransformação. Confrontado com elementos que a percepção interpretava como sendo estátícos, HeracUto resolveu a questão defendendo a pouca fiabilidade dos órgãos sensoriais que induziriam o espírito em erro. A explicação de Heraclito não pode ser entendida, em termos contemporâneos, como científica. De facto, ela pertence ao domínio do franscendente, onde têm lugar também o pensamento místíco e religioso
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Tem esta tese por objectivo a análise de um dos nossos factores identitários, o fado, ao longo de mais ou menos um século, desde a altura em que surgiu com a forma convencionalmente assumida (voz, guitarra e viola) até meados da passada centúria, numa perspectiva do seu comportamento como canção ligada à sociedade, sobretudo urbana, nos seus momentos bons e maus — e ao indivíduo, como tradução de sentimentos, mensagens de ordem política ou de crítica social, tal como aconteceria em períodos definidos, como a transição da Monarquia para a República e desta para a Ditadura Militar, que desembocaria no Estado Novo. Com letras escritas, primordialmente por poetas populares, capazes de grandes sínteses narrativas, seja do quotidiano ou dalguma eventual pequena tragédia amorosa, esta canção nascida nos bairros mais pobres da capital portuguesa, associada à prostituição e outros comportamentos considerados desviantes pela moral burguesa, levantou as mais apaixonadas contendas, pró e contra a sua sobrevivência, sobretudo durante o longo período ditatorial e até por parte do poder então vigente, por ser alegadamente desvirilizante, ao mesmo tempo que os sectores contrários ao regime, também a atacavam, argumentando que aquele dela se servia como intoxicante emblema nacionalista. Foi nossa tentativa compreender e analisar (desapaixonadamente) a forma como, afinal, algo odiado pelos extremos do espectro político, que assim concordavam em alguma coisa, concentravam as respectivas forças no ataque a uma mera manifestação artística, quando a sociedade se debatia com tantos e tão reais problemas, ao longo da segunda metade do século XIX, durante o agitado período republicano e nas décadas iniciais da ditadura salazarista. Isto ao mesmo tempo que o fado despertava o interesse de cada vez mais poetas eruditos e a sua temática, por vezes irreverente e arguta, servia de inspiração às mais diversas artes, afirmando-se como elemento popular agregador no plano interno e motivo de interesse crescente no estrangeiro.
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O retrato é um meio de alcançar a imortalidade. Tal como o nome, o rosto permanece na memória, para além da morte. O retrato é o triunfo da vida. Esta associação de ideias está muito presente na Antiguidade Clássica e Tardia, bem como nas civilizações pré-clássicas, nomeadamente na Egípcia. Uma reflexão introdutória sobre o conceito de retrato, observando-o com os olhos da Antiguidade grega, romana e da Antiguidade Tardia, é um dos objectivos deste pequeno trabalho. As palavras de José-Augusto França, “o retrato assume, por excelência, o equívoco de toda a arte figurativa ou representativa, na medida em que se refere a um modelo preciso, que tende a ser identificado”1, constituem um desafio que nos norteia nas considerações a que nos propomos com os Rostos da Lusitânia.
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Na perspetiva genealógica e hermenêutica de Michel Foucault aplicada à Antiguidade, a nossa tese relaciona cuidado de si e metanoia, discutindo o contraste entre o modelo helenístico-romano do cuidado como conversão a si e o modelo cristão da conversão através da renúncia a si. Com o olhar fixo neste horizonte temático pretendemos construir um percurso alinhado com o pensamento de Foucault, começando por sinalizar alguns dos seus textos mais importantes e delinear os traços mais marcantes do seu pensamento histórico-filosófico, mormente as suas investigações, não já sobre as tecnologias do poder e as tecnologias do saber, mas sobre as tecnologias do si na Antiguidade – técnicas culturais que deram origem à hermenêutica do sujeito, práticas complexas de subjetivação e objetivação dos sujeitos, cujas raízes remontam à cultura grega do séc. V a.C., mas que se consolidou apenas com os movimentos ascético-monásticos cristãos dos séculos IV e V. Excluída necessariamente a pretensão de redesenhar criticamente todo este longo desenvolvimento, propomos assinalar alguns dos mais importantes processos da cultura do cuidado de si na Antiguidade: - a análise filosófica do cuidado de si a partir do preceito délfico “Conhece-te a ti mesmo!”; - a cultura do si helenístico-romana; - as técnicas ou práticas do cuidado de si, em especial quatro: parrēsía, áskēsis, exomológēsis e exagóreusis. Neste contexto, afigura-se relevante que as duas primeiras sejam comuns à filosofia e ao cristianismo, mas com caraterísticas diferentes, sendo as duas últimas exclusivas desta religião, nas quais Foucault reconhece um impulso decisivo para a constituição da hermenêutica do sujeito – a prática sistemática da desvelação do si, algo que gregos e romanos não alcançaram, porque ainda não se tinha constituído culturalmente a noção de sujeito. Para esclarecermos este duplo movimento de conhecimento e modificação do si, procuramos mostrar o contraste cultural na Antiguidade entre dois modelos de subjetivação e de objetivação dos indivíduos, a ética como prática refletida da liberdade e a moral cristã da obediência. O primeiro modelo orbitou em torno do princípio geral do cuidado de si, assimilado pela cultura grega e repercutido na filosofia, o segundo foi marcado pela nova forma de domínio e submissão – o poder pastoral – justificado pela obediência e pela renúncia a si, que transformaram o cristianismo numa religião confessional. Para confirmarmos esta interpretação, convocamos à reflexão a noção de conversão. Começamos por valorizar o contributo dos termos gregos epistrophē e metanoia. De seguida, justificamos a relevância da conversão para a Cultura Ocidental. Concluímos com a análise de três modelos históricos: platónico, helenístico-romano e cristão. O arco temático termina com a análise do valor paradoxal da renúncia a si em Paulo de Tarso, cujos textos Foucault não analisou no âmbito da cultura do si, mas que nós valorizamos e nos levam a divergir deste filósofo, para quem a renúncia a si anula a eficácia do cuidado de si, propondo em alternativa a tese de que as várias formas de renúncia, mesmo enunciadas numa perspetiva escatológica, não só integraram como intensificaram essa cultura do cuidado.
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Na fundamentada opinião de Javier del Moral1, a fonte de informação é “uma pessoa, um grupo de pessoas, organizadas ou não, que foram testemunhas ou conhecem os factos que o jornalista vai converter em notícia, de maneira direta (informação verbal) ou mediante a entrega de documentos”. O autor refere ainda que estes dois tipos de fontes se complementam. Desta forma, são um elemento central no processo de investigação, quer ao nível do jornalismo, quer ao nível dos órgãos de polícia criminal. Ambas as instâncias, para desenvolverem um trabalho aprofundado, necessitam de ter por base diversas informações, sendo estas fornecidas pelas fontes. Quanto mais credíveis forem as fontes, mais credíveis são as informações. A presente dissertação pretende averiguar qual o papel desenvolvido pelas fontes na investigação judiciária e na investigação jornalística. Tentaremos, ao longo deste estudo, perceber que diferenças existem entre aquelas que são as fontes da comunicação e aquelas que são as fontes da Justiça. Existirão semelhanças entre ambas? Podem os dois sistemas funcionar como fonte um do outro? É a estas perguntas que procurámos dar resposta. Queremos ainda identificar os cuidados necessários no relacionamento com as fontes de informação. E entender como é que estas podem contribuir para a produção da verdade jornalística e para a concreta realização da Justiça. Não deixaremos de parte um olhar abrangente sobre o relacionamento entre o sistema da Justiça e os Media. Uma relação que ao longo dos anos se tem revelado conflituosa, distante de uma comunicação possível, mas estritamente necessária ao funcionamento de uma sociedade democrática. Para que esta dissertação estivesse à luz daquilo que acontece atualmente nas redações e nos tribunais, entrevistámos agentes da Justiça e dos Media, que nos apresentam a sua visão sobre as fontes, sobre o segredo de justiça e sobre o jornalismo judiciário. Por fim e a título de ilustração, elaborámos um estudo de caso sobre a Tragédia do Meco, onde analisaremos dois dos principais jornais diários portugueses: o Correio da Manhã e o Público. O objetivo é verificar o tratamento jornalístico-‐judiciário que foi feito durante a primeira semana do acontecimento.
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Projeto de mestrado em Políticas Comunitárias e Cooperação Territorial
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El presente trabajo explora la figura de Orfeo y la corriente del orfismo con la finalidad de establecer una nueva interpretación del mito a nivel psicológico, histórico y filosófico. El resultado pretende servir de base para el estudio de la poesía en poetas contemporáneos que aluden a dicho mito, que lo reescriben para crear su propia versión o bien que lo utilizan de herramienta para elaborar su poética personal. En este caso se toma como ejemplo la obra del poeta español Juan Eduardo Cirlot, que es analizada desde el punto de vista de lo que se ha concluido en llamar “órfico”.
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Este trabajo de investigación abarca el desarrollo de la leyenda “Los Amantes de Teruel” en el teatro español de los siglos XVIII y XIX empezando con los primeros textos escritos. El desarrollo de la leyenda se analiza haciendo una comparación de los textos según las características del género. Las versiones que se estudian son los melodramas de Francisco Mariano Nifo, y Francisco Comella, la tragedia anónima, los dos dramas de Hartzenbusch que se escribieron en las diferentes fechas (1836-1849) y el drama lírico de Tomás Bretón.
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La present recerca aporta l´anàlisi de la figura femenina que es representa en l´escena teatral actual a partir de tres grans personatges clàssics: Ofèlia, Antígona i Medea. En la figura d´Ofèlia conflueix el debat sobre les dones-aigua de Katia Kavanova; l´enamorament i adulteri de Madame Bovary i la recerca d´identitat femenina de Nora, d´Ibsen. A partir d´Antígona i la seva rebel•lió, s´inscriuen artistes contemporànies com Angélica Liddell, Cindy Sherman i Marta Carrasco. El personatge de Medea, tractat a partir del mite, permet analitzar l´evolució de la feminitat cap a una nova manera d´entendre i representar la realitat en l´escena contemporània: la dona viril. Finalment, es demostra com Sarah kane conclou i aglutina les tres figures anteriors i desenvolupa la síntesi de la dona de l´Amor i la Mort.
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GREC CLÀSSIC. Curs d’autoaprenentatge introductori. Dos anys. El curs consta de tretze lliçons i d’una gramàtica estructurada en quatre blocs: 1. Alfabet i diacrítics, fenòmens fonètics. 2. Morfologia nominal. 3. Morfologia verbal. 4. Infinitius i participis. Sintaxi de les oracions. L’estructura de les lliçons, excepte la primera que inclou l’alfabet, combina qüestions de morfologia nominal i verbal o de morfologia i sintaxi, tal com acostumen a fer els mètodes d’aprenentatge de les llengües modernes. Cada lliçó formula els seus objectius específics, desenvolupa la seva part de continguts i conclou amb uns exercicis pràctics d’autocorrecció. La Gramàtica, per la seva banda, està organitzada com un manual elemental de llengua grega on la persona que segueixi el curs pot ampliar la seva formació i consultar els dubtes. Parts complementàries: presentació on es formulen els objectius, la metodologia i les instruccions concretes per a seguir el curs; terminologia on s’ordenen alfabèticament els conceptes gramaticals emprats en el curs; avaluació final per tal que, més enllà dels exercicis de cada lliçó, hom pugui comprovar si ha assolit els coneixements previstos o si, en cas de no arribar-hi, ha de reforçar algunes lliçons o parts de les mateixes abans de tornar a fer l’avaluació; lèxic, ordenat alfabèticament per tal que hom pugui conèixer el significat dels mots emprats en el curs sense necessitat de consultar un diccionari. A la part d’avaluació hi ha també una enquesta per tal que les persones que segueixin el curs en facin una valoració i ens permetin corregir els seus dèficits o mancances. El projecte 2007MQD00178 ha continuat ampliant els dossiers electrònics, els exercicis autoavaluatius del seu web www.ub.edu/filologiagrega/electra i ha dedicat una part important de la seva tasca a elaborar els continguts i els programes de les assignatures dels dos primers cursos del nou grau de Filologia Clàssica.
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Projecte de recerca elaborat a partir d’una estada a l’Oriental Institute de la University of Oxford, Regne Unit, entre juliol i octubre de 2007. Durant l’estada s’ha analitzat la documentació demòtica datada del regnat d’Alexandre el Gran com a faraó d’Egipte (332-323 aC). El conjunt de fonts que examinat està constituït per sis papirs (actes notarials que recullen diversos tipus de contractes o acords entre dues parts), un òstrakon fragmentari i una sèrie d’esteles provinents de la Necròpolis d’Animals de Saqqara Nord, en concret de la Catacumba de les Mares d’Apis. Aquesta documentació és fonamental perquè permet extreure conclusions importants sobre diversos aspectes relacionats amb l’administració i la religiositat egípcies en els moments inicials de la dominació grega d'Egipte. Cadascun d’aquests documents ha estat traduït, analitzat en profunditat i degudament contextualitzat històricament. D’una banda, en l’àmbit de l’administració, he pogut constatar la continuïtat existent amb el període històric immediatament anterior, és a dir, amb la Segona Dominació Persa del país; mentre que de l'altra, des del punt de vista religiós, l’anàlisi d’aquestes fonts m’ha permès verificar l'existència de tota una sèrie de canvis substancials, estretament vinculats a la voluntat expressa de la nova elit dirigent d'origen grec de distanciar-se dels seus predecessors aquemènides i de marcar amb força l’obertura d’una nova era que es caracteritzarà pel respecte a les tradicions autòctones i per la potenciació dels cultes nacionals.
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L'objectiu principal del treball de recerca és el disseny de dos crèdits variables, matèries optatives dins de l'Educació Secundària Obligatòria, entorn de la cultura grega clàssica.
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Maria Àngels Anglada s'inscriu en la tradició d'una mena d'escriptors que segueixen i forgen tradició literària. En aquest sentit, la seva obra és deutora de la cultura grega segons els paràmetres de la poètica de la mimesi. Aquest fet és prou evident en la novel·la