1000 resultados para Morte Súbita Cardíaca
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação (GCCT) do Hospital S. José – CHLC, EPE, criado através do Despacho nº 269/1993, de 17 de Novembro, tem como missão prestar um serviço de excelência na área da doação, colheita e transplantação de órgãos e tecidos, e propor soluções inovadoras com vista à otimização de processos e à melhoria contínua da qualidade dos serviços que presta. O programa de transplantação dos Hospitais Civis de Lisboa (HCL) remonta ao ano de 1961, com os primeiros transplantes de córnea no Hospital de Santo António dos Capuchos. Posteriormente entraram em funcionamento as unidades de transplantação cardíaca no Hospital de Sta Marta e unidade de transplantação renal no Hospital Curry Cabral em 1988. Em 1991, é realizado o primeiro transplante de coração pulmão no Hospital de Sta Marta, em 1992 iniciou-se o programa de transplante hepático no Hospital Curry Cabral e em 1997 tem inicio o programa de transplante de medula no Hospital de Stº António dos Capuchos. Nesta altura, o enxerto de pele era uma terapêutica vulgarizada nos Hospitais Civis de Lisboa. No ano de 2007, foi implementado o programa de colheita de membrana amniótica e até ao momento presente é o único GCCT que tem este programa ativo. Não obstante o esforço desenvolvido pelo GCCT, em estreita colaboração com o Banco de Tecidos do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP (IPST, IP), entidade responsável pela análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de tecidos de origem humana com a qual o GCCT estabeleceu protocolo de colaboração para todos os tecidos colhidos (à exceção das córneas), tem-se constatado que o país não é autossuficiente no que aos tecidos diz respeito sendo recorrente a importação de tecidos pelo referido Banco de forma a dar resposta às solicitações nacionais. METODOLOGIA E RESULTADOS: Para conhecer o potencial de doação de tecidos em dador em coração parado procuramos a nossa amostra em dois grupos diferentes: os dadores de córnea do CHLC, EPE em coração parado de 2013 (83 dadores) e os falecidos no CHLC, que em 2013 que cumpriam critérios para dadores de córneas e não foram referenciados. Para ambos os grupos foi definida a idade limite para doação de algum tipo de tecido (além das córneas), os 65 anos (idade limite para a doação de tecidos, de acordo com os critérios em vigor - 2010 - do Banco de Tecidos do IPST, IP com o qual o GCCT estabeleceu protocolo de colaboração). A nossa amostra é, então, composta por 29 dadores de córneas em 2013 com idade inferior a 65 anos e 26 falecidos não referenciados com idade inferior a 65 anos (consulta diária dos mapas dos falecidos permite identificar os falecidos não referenciados pelas unidades/serviços). Os resultados obtidos levam-nos a concluir que é decisiva a implementação de programas de colheita de tecidos em dador em coração parado de forma a alargar o número de dadores e, desta forma, contribuir para a autossuficiência nacional, em conjunto com a reorganização desta atividade nos dadores em morte cerebral bem como a revisão dos critérios de seleção de dadores de aloenxertos, de acordo com as várias recomendações internacionais.
Resumo:
A autora aborda um tema inquietante para o médico que naclínica tem por missão informar o doente de factos por este considerados gravosos. Em pediatria a relação médico-doente é, na esmagadora maioria dos casos, extensiva aos pais e atendendo à especificidade desse exercício torna-se particularmente angustiante a comunicação de más notícias. Esse facto tem várias justificações que contemplam a impreparação do médico, o receio das próprias emoções e sentimentos de identificação, a reacção dos pais e da criança e a impossibilidade de desenvolvimento de uma relação de confiança em caso de doença súbita ou acidental. O limite extremo da má notícia prende-se com o tema da morte, acrescidamente difícil de enfrentar em pediatria pelo ilogismo de tal ocorrência. Para além de uma retrospectiva da literatura médica este é um trabalho de análise introspectiva.
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Introdução: A Reabilitação cardíaca (Rc) é um elemento fundamental na prevenção secundária após síndrome coronária aguda (ScA). A American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation (AAcPR)definiu critérios de estratificação de risco para os doentes elegíveis para programas de Rc. Contudo, tem sido questionada a integração de doentes de baixo risco em programas estruturados de treino de exercício. Objectivo: comparar o impacto da Rc nos doentes de baixo risco cardiovascular versus risco moderado/alto, segundo os critérios a AAcPR, de forma a avaliar o real benefício da Rc na capacidade de exercício nos doentes de baixo risco, quantificada por prova de esforço cardiorrespiratória (PecR). Métodos: Análise retrospetiva dos doentes submetidos a Rc após ScA e submetidos a PecR antes e após a integração num programa de treino de exercício supervisionado constituído por 36 sessões. Foram incluídos doentes desde janeiro de 2004 a dezembro de 2013, num centro Hospitalar Terciário. Os doentes foram divididos em dois grupos: grupo de risco cardiovascular baixo (GRB) e grupo de doentes com risco moderado a alto (GRMA) de acordo com os critérios da AAcPR. Os parâmetros avaliados na PecR foram: pico de consumo de oxigénio (pVO2), pVO2 em relação ao valor previsto para idade e género (%pVO2), declive da rampa do equivalente ventilatório de dióxido de carbono (Ve/VcO2slope), (Ve/VcO2slope)/pVO2 e potência circulatória de pico (PcP). Resultados: Foram incluídos em programa de Rc, pós ScA, 129 doentes, 86,0% do género masculino, com idade média de 56,3±9,8 anos. Setenta e nove doentes (61,3%) foram incluídos no grupo de baixo risco e 50 doentes (38,7%) no grupo de risco moderado a alto.Comparando os resultados da PecR basal verifica-se uma melhor capacidade funcional nos indivíduos de baixo risco (pVO2 26,7±7,0 versus 23,9±5,7 ml/kg/min; p=0,019). Esta diferença significativa desapareceu após a conclusão do programa de Rc, apresentando o GRB pVO2 final de 28,5±7,3ml/kg/min e o GRMA 27,0±7,0ml/kg/min (p=0,232). Ao confrontar os parâmetros da prova de esforço cardiorrespiratória prévios e após reabilitação cardíaca, verifica-se, em ambos os grupos, um aumento significativo da capacidade funcional expresso pelo aumento do pVO2, (Ve/VcO2slope)/pVO2, PcP e duração da prova. No entanto, apenas no grupo de baixo risco se evidencia uma diminuição signi-ficativa do Ve/VcO2 slope (26,7±6,2 versus 25,7±5,3; p=0,029). A amplitude da melhoria de pVO2 foi menos marcada no GRB (1,8±6,5 ml/kg/min versus 3,1±5,0 ml/kg/min; p=0.133). Um incremento no pVO2 superior a 10% em relação ao valor inicial foi atingido em 41,8% dos doentes no GRB e 58,0% dos doentes no GRMA (p=0,072). Conclusão: independentemente do grau de risco cardiovascular inicial, existe benefício na capacidade funcional de exercício após programa de Rc com 36 sessões de treino de exercício, objetivamente quantificado pelos parâmetros da PecR. No entanto, esta melhoria é mais acentuada nos indivíduos de risco moderado a alto comparativamente aos indivíduos de baixo risco. Atendendo à limitação de recursos, deverá ser privilegiada a inclusão de indivíduos de moderado e alto risco, não subvalorizando, no entanto, o benefício também alcançado pelos indivíduos de baixo risco cardiovascular.
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Este artigo avalia o futuro da reabilitação cardíaca. Descreve características de novos programas assim como a importância da intervenção em causa sobre minorias, habitualmente pouco contempladas em estudos científicos. Chama a atenção para o papel da reabilitação na sequência de implantação de dispositivos e em grupos etários avançados.
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A reação de GUERREIRO e MACHADO realizada no líquido pericárdico de 278 caráiopatas chagásicos crônicos mostrou-se positiva em 77,3% dos não portadores de ICC; em 79,4% dos chagásicos com sinais leves de ICC, enquanto que aqueles com ICC acentuada a positividade foi de apenas 58,4%. Houve diferença estatiscamente significativa entre este último grupo e os demais, mas não entre os dois primeiros.
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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais - Musicologia Histórica
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O sequestro pulmonar intralobar geralmente não está associado a outras anomalias congénitas. Apresenta-se o caso clínico de um recém-nascido com diagnóstico pré-natal de anomalia pulmonar com desvio do mediastino,a quem foi diagnosticada uma coartação da aorta ao quinto dia de vida. A tomografia computorizada torácica revelou uma massa sólida na região basal posterior do lobo inferior esquerdo, sugerindo poder corresponder a um sequestro pulmonar intralobar. Foi submetido a cirurgia de correção da coartação da aorta e de ressecção do segmento correspondente de sequestro pulmonar.O exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de sequestro pulmonar intralobar. À data da redação deste trabalho, a criança tinha quatro anos de idade e estava clinicamente bem. O caso ilustra a associação de sequestro pulmonar intralobar a uma malformação cardíaca.
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Na gravidez bigemelar, a morte de um dos fetos no segundo e terceiro trimestre é uma complicação rara, variando a taxa de incidência entre 2,6 e 6,8%. Este acontecimento determina um aumento das taxas de morbilidade e mortalidade perinatal para o gémeo sobrevivente, especialmente em gravidezes monocoriónicas, quando a morte fetal é devida à síndroma de tranfusão feto-fetal. Para alguns autores o atraso de crescimento intrauterino e a prematuridade são os principais factores de risco para o aumento da morbilidade e mortalidade do gémeo sobrevivente. A patofisiologia de instalação dos distúrbios cerebrais no gémeo sobrevivente após a morte do feto irmão não está definida, nem o intervalo de tempo que medeia entre a morte e o estabelecimento das lesões. Também não existe um protocolo definitivo de seguimento destas gravidezes e, posteriormente, do gémeo sobrevivente. No período de 1 de Setembro de 1994 a 31 de Dezembro de 1998, foram seguidas, na consulta de Gravidez Múltipla da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, 235 gravidezes bigemelares. Em nove casos (3,8%) ocorreu morte de um dos fetos com idade gestacional acima das 13 semanas. Em cinco das nove gravidezes foi conhecida a causa de morte, quatro das quais foram atribuídas à síndroma de tranfusão feto-fetal. A taxa de prematuridade do gémeo sobrevivente foi de 44,4% (4/9) e a de mortalidade de 11,1%(1/9). A taxa de morbilidade neonatal foi de 62,5% (5/8), na maioria dos casos por complicações inerentes à prematuridade. A taxa de morbilidade neurológica foi de 37,5% (3/8). A taxa de lesões neurológicas major foi de 25% (2/8) e ocorreu em recém-nascidos de termo. A síndroma de transfusão feto-fetal, como causa de morte fetal, associou-se aos casos com pior prognóstico no que se referiu ao gémeo sobrevivente.O crescimento do gémeo sobrevivente parece depender das lesões provocadas pela morte do feto irmão. Os autores finalizam com uma proposta de atitudes obstétricas e pediátricas em relação ao gémeo sobrevivente.
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O Síndroma de Cohen é uma doença autossómica recessiva, descrita pela primeira vez em 1973, tendo sido publicados desde essa altura cerca de 100 casos. O diagnóstico é baseado no quadro clínico e fenótipo típico. Em 1994 o gene para o Síndroma de Cohen foi localizado no cromossoma 8. Os autores apresentam o caso clínico de uma criança com características do Síndroma de Cohen, internado por insuficiência cardíaca sem cardiopatia estrutural.
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Foi feita a identificação dos tipos de colágeno em cortes histológicos de fragmentos de 15 corações de indivíduos portadores de doença de Chagas crônica com lesão vorticilar esquerda e ICC. As preparações coradas pelo Sirius Supra Red F3BA, preconizada por Junqueira e cols e examinadas em microscópio de polarização (Leitz) revelaram colágeno de tipo I e III nas zonas de fibrose. As primeiras preponderaram nos dois terços externos da região vorticilar, nas áreas de fibrose endomisial e perimisial do miocárdio sem ou com escasso infiltrado inflamatório e na região subendocárdica dos músculos papilares. O tipo III foi mais freqüente no terço interno da região vorticilar, no endocárdio da parede ventricular, em certas áreas do miocárdio onde a inflamação ainda estava em atividade e nas porções mais centrais dos músculos papilares. Os AA fazem um breve comentário sobre o possível mecanismo patogenético da fibrose na doença de Chagas.
Resumo:
O estudo microscópico de 20 corações de chagásicos com "megas" e de outros 20 sem "megas" com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) revelou que tanto a Jibrose quanto o exsudato inflamatório no miocárdio são discretos nos casos de "megas" e geralmente acentuados nos casos de ICC. Considerando-se que nos "megas" a ICC, a hipertrofia do miocárdio e a lesão vorticilar são fenômenos raros, nossos achados (atuais e anteriores) sugerem que estes estejam relacionados principalmente com a agressão inflamatória ao miocárdio ventricular, uma vez que a desnervação é, geralmente, mais acentuada nos casos de "megas" que nos de ICC.
Resumo:
A atividade colinesterásica foi determinada no plasma e em eritrócitos de 10 indivíduos normais e em 26 pacientes chagásicos crônicos, sendo 6 com insuficiência cardíaca congestiva compensada, 10 com cardiopatia sem insuficiência cardíaca congestiva e 10 com a forma indeterminada. Os valores enzimáticos encontrados foram (média ±sd): 2196 ± 442 UI/L no plasma e 19,4 ± 3,3 Ul/g Hb em eritrócitos do grupo controla; 2291 ± 317 UI/L no plasma e 19,2 ±3,7 Ul/g Hb em eritrócitos dos chagásicos com insuficiência cardíaca congestiva compensada; 2445 ± 357 UI/L no plasma e 18,3 + 3,0 Ul/g Hb em eritrócitos dos cardiopatas chagásicos sem insuficiência cardíaca congestiva; 2006 ± 327 UI/L no plasma e 17,8 ± 3,1 Ul/g Hb em eritrócitos de chagásicos com a forma indeterminada. Nossos dados mostram que o comprometimento neuronal que ocorre nos cardiopatas chagásicos crônicos não é suficiente para levar a alterações significativas (p > 0,05) das atividades colinesterásicas no plasma e em eritrócitos.