999 resultados para Literatura brasileira : Poesia : Crítica e interpretação
Resumo:
É sobre o processo tradutório empreendido por José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha (1810-1879) sobre os versos de Marcial, o grande epigramatista latino do século I d. C, que a autora foca, aqui, sua análise. O trabalho não só contribui para o debate sobre a constituição de uma História das Traduções, como oferece ao leitor interessado em poesia uma antologia, até então inédita, de versões oitocentistas em língua portuguesa para 49 epigramas latinos do poeta. Também apresenta a vida e obra de José Feliciano Castilho e pontua sua importância no contexto literário do século XIX. José Feliciano de Castilho ou Castilho José, como ficou conhecido, nasceu em Portugal e viveu no Rio de Janeiro a partir de 1847. Doutor e bacharel em Direito, Medicina e Filosofia, publicou no Brasil a Livraria clássica portuguesa e o periódico Íris, no qual figuravam textos de escritores como Joaquim Manuel de Macedo e Antônio Gonçalves Dias. Os debates que Castilho José manteve com José de Alencar, em defesa da Lei do Ventre Livre, o tornaram conhecido e, por conta desse episódio, ele aparece citado em obras clássicas sobre literatura brasileira. Neste livro, Joana Junqueira Borges busca resgatar, pelo menos parcialmente, sua obra literária, filológica e tradutória, que foi pouco explorada. Entre suas produções mais relevantes estão os comentários e anotações feitos por ele às traduções dos poemas de Ovídio, produzidas por seu irmão, o poeta Antônio Feliciano Castilho. Ali, José Feliciano Castilho atuou ele mesmo como tradutor de versos de outros poetas latinos, como Propércio, Tibulo, Lucano, Catulo e Marcial
Resumo:
A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos
Resumo:
Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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Pós-graduação em Letras - FCLAS
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pós-graduação em História - FCHS
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Pós-graduação em Letras - IBILCE
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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Este trabalho tem como objetivo traçar um panorama artístico literário presente na produção do escritor modernista Oswald de Andrade, identificando a evolução estética ideológica do autor por meio do manifesto Pau-Brasil (1925) e o Antropófago (1928); de teses e artigos como “Meu Testamento” (1944) e “A crise da filosofia Messiânica” (1945); de entrevistas presentes no livro Telefonema, parte integrante da coleção: Obras Completas de Oswald de Andrade (Rio de janeiro, 1974); e de sua produção teatral. Toma como ponto de partida a antropofagia como um operador cultural, de modo que a característica mais marcante do escritor, a irreverência, é fomentada e trabalhada por meio da ironia, ferramenta de discurso que Oswald de Andrade utiliza com uma função social, uma arma revolucionária e política. Para tal, traçou-se uma linha entre a produção modernista e a produção teatral de Oswald e desse levantamento bibliográfico, a peça que mais chamou a atenção foi O rei da vela, primeira peça escrita na fase adulta, em 1933, e publicada em 1937 e que somente teve sua primeira encenação 30 anos depois, em 1967, pelo grupo de Teatro Oficina com a direção de José Celso Martinez Corrêa. O grupo realizou um levantamento literário e documental sobre o Oswald de Andrade, através de depoimentos dos atores que receberam a proposta de encenação (em 1934), aos Manifestos, até encontrar a Antropofagia oswaldiana, e dela se utilizarem para concretizar O rei da vela, retomando e usando a antropofagia, essencialmente, como um operador cultural
Resumo:
Under different perspectives of interpretation and analysis, the notions of localism and universalism in the fictional production of Guimarães Rosa have been strongly explored by the criticism, especially in Grande sertão: veredas [The devil to pay in the backlands], in which these two dimensions – overlapped and complementary – become more intricate and profuse. Taking the analytical line of historical, social and political dimensions of the novel for granted – not regarding it as an essay or strict allegory of the country – the present study proposes a new reading of the composition with the interpretation of the articulation of these two dimensions in the forming of the “jagunço system” (ROSA, 1970, p.391), that is a concept created by Guimarães Rosa and which transcends the historical and sociological reality. The articulation of the social, political and cultural elements figure in Guimarães Rosa’s fiction and becomes an issue for wider debates and reflections, so that the particular element of the novel enables a universal survey. Based on diverse critical apprehensions of the novel, this paper aims to investigate the levels of the literary composition in which the local-universal articulation associated with the representation of the jagunço is constructed. In order to do that, the theoretical study is based on three dimensions of studies: a) critical essays about Guimarães Rosa, the totality of his work and specific critical essays about Grande sertão: veredas [The devil to pay in the backlands] and the “jagunço system”, b) theoretical apparatus concerning the history, the politics and the Brazilian culture related to the cangaço; and c) theoretical subsidies for the study of the narrative