998 resultados para LARVAS
Resumo:
Relata-se um caso de parasitismo por Rhabditis sp em criança com cinco meses de idade procedente do Estado de Goiás, Brasil. O quadro clínico mostrou inicialmente diarréia com fezes líquidas esverdeadas e posteriormente sanguinolentas. O exame parasitológico de fezes revelou a presença de larvas e adultos de Rhabditis sp. Após o uso de thiabendazole houve melhora no quadro clínico e cura. Os autores chamam atenção para a importância de se estabelecer o diagnóstico diferencial entre Strongyloides e Rhabditis.
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O Angiostrongylus costaricensis é um nematódeo intra-arterial de roedores. O homem acidentalmente pode se infectar ao ingerir alimentos ou água contaminados. Nosso objetivo foi o de descrever as estruturas do parasita que são reconhecidas por soros humanos das fases aguda e convalescente da angiostrongilíase abdominal. O método de imunofluorescência indireta foi empregado para estudar a reatividade sobre ovos íntegros e cortes de vermes fêmeas e de larvas de primeiro estágio (L1). L1 também foram estudadas íntegras e depois de tratamento por sonicação. Fluorescência sempre mais intensa com soros de fase aguda foi detectada na superfície dos ovos inteiros e nos fragmentos de L1 e não estava presente nem nas L1 inteiras, nem em seus cortes. Uma reatividade inespecífica foi detectada na borda cuticular da cavidade geral e sobre os órgãos reprodutores. Os dados indicam que estes órgãos são fonte importante de antigenicidade.
Resumo:
Estudou-se o efeito de ciclosporina A ou betametasona em camundongos experimentalmente infectados por larvas de Toxocara canis administrados 15 dias antes ou 45 dias após infecção por esse ascarídeo. Nos animais infectados determinou-se a cinética da resposta humoral por IgG 60 e 90 dias após infecção por meio de pesquisa de anticorpos anti-Toxocara, utilizando teste imunoenzimático, em amostras de sangue obtidas por punção do plexo orbitário. No 90º dia após a infecção todos os animais sobreviventes foram sacrificados e submetidos a digestão ácida da carcaça, pulmões, fígado e cérebro para recuperação de larvas de Toxocara canis encistadas nesses órgãos. Observou-se retardo na produção de anticorpos IgG anti-Toxocara nos animais tratados com ciclosporina A ou betametasona 15 dias antes da infecção, além de aumento significativo na quantidade de larvas de Toxocara canis recuperadas no grupo de animais que foi tratado com ciclosporina A 15 dias antes da infecção pelo ascarídeo.
Resumo:
Apresenta-se, pela primeira vez, o estudo fitoquímico das frações larvicidas, isoladas da Magonia pubescens, monitorado pelo estudo de eficácia sobre larvas de 3º estádio de Aedes aegypti, na busca de alternativas para o controle desse mosquito e obtenção de estruturas químicas passíveis de aprimoramento da atividade pela via sintética de outros derivados. As frações bioativas foram monitoradas quimicamente através de cromatografia de camada delgada, utilizando como revelador uma solução ácida de vanilina, e analisadas por ressonância magnética nuclear de hidrogênio e espectrometria de massas. Os bioensaios com as frações foram realizados em quintuplicata, à temperatura de 28±1ºC, 80±5% de umidade relativa e fotofase de 12 horas. As concentrações letais encontradas da fração MP-9, que apresentou o maior potencial larvicida, CL50 e CL90, foram de 3,1 e 36,6ppm, respectivamente. Todos os experimentos foram acompanhados por uma série controle, contendo o mesmo número de larvas.
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Canindé apresenta uma população de 71.235 habitantes. Em abril de 2001 iniciou a utilização de peixes larvófagos em tanques de cimento, localizados ao nível do solo, como forma de controle biológico para larvas de Aedes aegypti. Durante a visita do agente, ao invés de se tratar os tanques com larvicida, colocou-se um espécime do peixe Betta splendens por depósito. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os resultados desta intervenção. Com os levantamentos do número de imóveis e depósitos existentes, estimou-se este número mês a mês determinando então o número de depósitos existentes por imóvel. Com esta estimativa e o número de imóveis visitados mensalmente analisou-se a infestação deste tipo de depósito. Em janeiro de 2001, 70,4% dos tanques examinados apresentavam larvas; e apenas 7,4% em janeiro de 2002. Em dezembro de 2002 este índice caiu para 0,2%. Demonstrou-se com clareza a capacidade do Betta splendens como agente de controle biológico, em tanques de cimento, reduzindo 320 vezes a infestação deste tipo de recipiente de grande volume.
Resumo:
Alguns insetos transmissores de doenças procriam exclusivamente nas proximidades das residências. O Aedes aegypti, responsável por epidemias de dengue em cidades brasileiras, representa sério risco também para a febre amarela. Com o insucesso da campanha de erradicação do inseto, justifica-se a busca de criadouros fora do alcance das medidas de controle atualmente adotadas. Na Cidade de Vitória, ES, investigou-se a ocorrência de criadouros de Aedes aegypti na água coletada em bromélias nativas, sobre as rochas. Paralelamente, avaliou-se a infestação predial nas áreas urbanas contíguas. Em quatro das cinco áreas investigadas foram encontradas larvas de culicídeos nas bromélias, sendo que em duas foi identificado Aedes aegypti. A presença dos criadouros em bromélias não guardou relação com a infestação predial nas áreas próximas. Torna-se necessário definir se os criadouros em bromélias constituem focos primários do Aedes aegypti, ou se representam uma conseqüência da elevada infestação urbana.
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Este trabalho propõe a utilização de uma adaptação do método de Rugai e colaboradores que se presta à coleta de cistos, ovos e larvas de parasitas das areias das praias, parques e praças públicas.
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A persistência e a eficácia do regulador de crescimento pyriproxyfen foram testadas em concentrações de 0,01 e 0,05ppm, contra larvas de Aedes aegypti, utilizando os recipientes caixas d'água (45 litros), frascos de vidro (5 litros) e baldes de plástico (20 litros). As avaliações foram nos dias 1, 7, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 após o tratamento usando larvas de 3º e 4º estádio de Aedes aegypti. Foi calculado o percentual de mortalidade de larvas, pupas e adultos, percentual de inibição de emergência de adulto e duração dos bioensaios. Observou-se que a persistência foi de 45 dias e 90 dias para concentração final de 0,01 e 0,05ppm de pyriproxyfen, respectivamente. Observamos que a mortalidade de pupas foi significativamente maior que a de larvas e de adultos para todos os recipientes e concentrações.
Resumo:
Avaliou-se a suscetibilidade de Aedes aegypti ao temefós através de amostras de ovos e larvas procedentes de quatro municípios de grande porte do estado do Ceará (Fortaleza, Barbalha, Juazeiro do Norte e Crato). Empregou-se a técnica padronizada pela Organização Mundial de Saúde para ensaios com larvicidas. Determinou-se a CL50 de oito amostras provenientes de populações de Aedes e suas respectivas razões de resistência, comparada à CL50 da cepa suscetível Rockefeller. Todas as populações submetidas ao experimento apresentaram resistência ao temefós, com razões de resistência variando entre 8 e 16. A análise destes resultados reforça evidências anteriores sobre a disseminação de resistência ao temefós em diferentes localidades do estado submetidas a grande pressão de controle nas últimas décadas. O larvicida poderá perder a sua eficácia caso não se busque, com urgência, o restabelecimento da suscetibilidade do Aedes aegypti nestas áreas, afetando sobremaneira as campanhas de controle atualmente em curso.
Resumo:
A anisaquíase é uma parasitose gastrointestinal dos seres humanos, resultante da ingestão acidental de larvas infectantes de nematóides da família Anisakidae. Foram analisadas 11 amostras de bacalhau sendo que 64% estavam em desacordo com a legislação em vigor por conter nematóides da família Anisakidae e, portanto, impróprias para o consumo.
Resumo:
O prurido do traje de banho ou seabathers eruption é uma dermatite intensamente pruriginosa que ocorre pelo contato com larvas plânulas do cnidário cifozoário Linuche unguiculata, especialmente sob os trajes de banhistas. As larvas disparam seus nematocistos a partir de cnidócitos ou células urticantes de defesa na pele da vítima, causando uma típica erupção pápulo-eritemato-pruriginosa. Os primeiros cinco casos descritos no Brasil foram publicados em 2001, no litoral Sudeste (Ubatuba, SP), obtendo-se associação com larvas de Linuche unguiculata, uma vez que a ocorrência e o ciclo de vida do cnidário já haviam sido estudados no Canal de São Sebastião, SP. Os autores relatam os seis casos na região Sul do Brasil (Estado de Santa Catarina), enfatizando os aspectos clínicos e a pesquisa para identificação do agente na água do mar local.
Resumo:
Realizou-se um inquérito malacológico em criadouros, permanentes e temporários, no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, entre novembro de 2006 e novembro de 2007 com o objetivo de conhecer a fauna malacológica dessa localidade, bem como o potencial de transmissão da esquistossomose mansoni. Além de Biomphalaria glabrata (Say, 1818), foram coletados moluscos Drepanotrema cimex (Moricand, 1837), Pomacea sp e Melanoides tuberculatus (Muller, 1774). Do total de Biomphalaria glabrata coletado, 1.490 exemplares encontraram-se vivos, sendo que 74 (5%) estavam positivos para Schistosoma mansoni. O maior número de moluscos capturados e todos aqueles positivos para Schistosoma mansoni foram coletados na estação anual das chuvas. Foi observada também a presença de outras larvas de trematódeos infectando os moluscos Biomphalaria glabrata. Pertencentes às famílias Strigeidae e Diplostomatidae, apresentam, a primeira vista, morfologia que pode levar a confusão com as cercárias do Schistosoma mansoni, tornando-se indispensável seu conhecimento para o diagnóstico diferencial do agente causador da esquistossomose.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial do cajuzinho do cerrado (Anacardium humile) sobre larvas de Aedes aegypti. Os extratos hexânico, etanólico, aquoso e o óleo das folhas foram obtidos do material vegetal coletado em fragmento de cerrado. Estes foram testados nas concentrações 1%; 0,5%, 0,25%, 0,125%, 0,05% e 0,0125% diluídas em dimetil sulfóxido 1%. A contagem das larvas mortas foi realizada após 24 horas. Utilizou-se o método Probit de análise para obtenção das CL50 e respectivos intervalos de confiança. Conclui-se que apenas o óleo extraído de folhas de Anacardium humile causa 100% de mortalidade em larvas de 4º estádio de Aedes aegypti nas concentrações até 0,125%, o que parece indicar que os ingredientes ativos estão na fase mais apolar. O que indica a potencialidade de uso da planta como larvicida de Aedes aegypti, entretanto, novos testes deverão ser conduzidos utilizando outros órgãos vegetais, assim como outros métodos e solventes utilizados na extração.
Resumo:
A estrongiloidíase afeta 30 milhões de pessoas em 70 países. Usualmente, o diagnóstico dessa enteroparasitose é realizado por testes parasitológicos baseados no hidro termotropismo das larvas eliminadas nas fezes, porém esses têm se mostrado pouco sensíveis. Neste trabalho, extratos antigênicos foram testados pelas técnicas de ELISA, Immunoblotting e IFI, utilizando larvas filarióides de Strongyloides venezuelensis, parasita de roedores, que mostram reação cruzada com epítopos de Strongyloides stercoralis. Sensibilidade de 89, 85, 57% para a reação de ELISA e de 100, 100 e 96%, para o Immunoblotting com os antígenos SAL, ZWIP e ZW, e especificidade de 90, 60 e 81% para o ELISA e 96, 92 e 91% para o Immunoblotting para os mesmos antígenos, foram encontradas nestes ensaios.
Resumo:
A triquinelose é uma zoonose parasitária que é transmitida aos humanos e animais, através da ingestão de carne crua ou insuficientemente cozinhada, que contenha larvas infectantes de Trichinella spp., sendo actualmente considerada uma doença emergente e/ou re-emergente. O sucesso do parasitismo do nemátode Trichinella spiralis está intimamente ligado com o processo de angiogénese, ou seja, a formação de novos vasos a partir de vasos pré-existentes. Com o objectivo de estudar a actividade angiogénica na nurse cell de T. spiralis, realizaram-se técnicas imunohistoquímicas e imunofluorescentes para o factor de crescimento endotelial vascular (VEGF), molécula-1 de adesão celular endotelial a plaquetas (PECAM-1) e actina músculo liso (AML), em tecido muscular de Rattus rattus infectado com T. spiralis. Através destas técnicas observou-se marcação intensa no infiltrado inflamatório adjacente à nurse cell e também na larva. Já o citoplasma da nurse cell apresentou uma marcação moderada. Este padrão de marcação manteve-se desde os 45 até aos 120 dias após a infecção. A avaliação da densidade vascular (PECAM-1) e da densidade da expressão de células positivas para AML permitiu estabelecer uma correlação positiva entre o aumento da densidade vascular e o número de dias de infecção. Adicionalmente estabeleceu-se uma correlação negativa entre o aumento da densidade de células que expressam AML e o número de dias de infecção. Os resultados indicam uma produção constante de VEGF pela larva, pelo citoplasma da nurse cell e pelo hospedeiro (infiltrado inflamatório), durante todo período de infecção, levando à formação de uma rede vascular crescente (com um aumento médio de 79% face ao controlo), acompanhada de células murais que promovem a sua estabilização (com um aumento médio de 50% face ao controlo) com particular incidência no primeiro período estudado (45 a 55 dias).