999 resultados para Crescimento população idosa
Resumo:
O número 2 do segundo volume da RPICS integra cinco artigos originais, contando com os trabalhos de autore(a)s do Instituto Superior Miguel Torga e da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Este número da RPICS caracteriza-se por apresentar uma diversidade de temáticas, podendo todas elas serem englobadas na área abrangente da saúde mental. Assim, são apresentados resultados sobre: a literacia em saúde mental em adolescentes e jovens portugueses; a qualidade subjetiva do sono, sintomas depressivos, sentimentos de solidão em idosos institucionalizados e não institucionalizados; e o impacto da idade na memória e no envelhecimento. Outros dois manuscritos expõem um trabalho estatístico sobre instrumentos de avaliação da população idosa, nomeadamente a validação da Bateria de Avaliação Frontal em idosos com Acidente Vascular Cerebral e o estudo das propriedades psicométricas da versão Torga do Teste Stroop.
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RESUMO Objetivos. O défice mnésico é uma das alterações cognitivas que mais afeta as pessoas idosas. A idade é considerada um dos fatores de relevo nas alterações de memória, inclusivamente pelas próprias pessoas idosas. A investigação tem mostrado que existem outros fatores além da idade que afetam a memória das pessoas idosas. Contudo, fica por esclarecer qual o real papel da idade sobre a memória quando é controlada a influência de outras variáveis. Assim, o presente estudo pretende analisar o impacto da idade no funcionamento mnésico de pessoas idosas e verificar se, ao controlar o papel de outras variáveis (sexo, escolaridade, profissão, situação civil, situação residencial e situação clínica), esse potencial impacto se mantém. Métodos. A amostra global foi constituída por 1126 participantes (283 homens e 843 mulheres; 226 residentes na comunidade e 900 em resposta social dirigida à população idosa) com idades compreendidas entre os 60 e os 100 anos. A avaliação foi realizada com recurso aos itens do Mini-Mental State Examination (memória de trabalho), o fator do Montreal Cognitive Assessment (memória declarativa verbal) e Figura Complexa de ReyOsterrieth (memória visuoespacial). Resultados. Globalmente, a idade, escolaridade, profissão, situação civil, residencial e clínica influenciaram a memória de forma diferenciada consoante o tipo de memória. As análises de regressão hierárquica mostraram que a idade é um fator preditivo em todos os tipos de memória. Emergiram ainda outros fatores preditivos com coeficientes de regressão superiores à idade conforme o tipo de memória (exceto na memória de trabalho). Conclusões. A idade, a escolaridade e a profissão influenciam a memória, assim como os fatores que potencialmente estimulam cognitiva e socialmente (como ter um companheiro e residir na comunidade). Os resultados apontam para a importância de intervir em pessoas em respostas sociais, mais idosas, sem companheiro, com baixa escolaridade e profissão manual. ABSTRACT Goals. Memory impairment is one of the types of cognitive impairment that most affects the elderly. Age is considered one of the major factors in memory impairment, including by the elderly themselves. Research has shown that there are other factors affecting memory of elderly persons. It remains, however, unclear what is the real impact of age in memory when controlling the influence of other variables. Thus, this study aims to analyze the impact of age on memory functioning of elderly persons and check if the potential impact remains when controlling the role of other variables (sex, education, profession, marital status, residential status, and clinical situation). Methods. The global sample comprised 1126 subjects (283 men and 843 women, 226 residents in the community and 900 institutionalized elderly) aged from 60 to 100 years. The assessment included items from the MiniMental State Examination (working memory), the Montreal Cognitive Assessment factor (verbal declarative memory), and Rey-Osterrieth Complex Figure (visuospatial memory). Results. Overall, age, education, profession, marital, residential, and clinical condition have differently influenced memory, depending on the type of memory. The hierarchical regression analysis showed that age is a predictive factor in all types of memory. However, other predictors have emerged with higher regression coefficients compared to age, according to the type of memory (except in working memory). Conclusions. Age, education and profession influence memory, as well as factors that potentially stimulate cognitively and socially (like having a partner and living in the community). The results indicate the importance of intervening, especially among institutionalized elderly, older, unmarried, with low education, and manual profession.
Resumo:
A velhice pode estar associada ao sofrimento, aumento da dependência física, declínio funcional, isolamento social, depressão e improdutividade. No envelhecimento observam-se lentificação no processamento cognitivo, redução da atenção, dificuldades na retenção das informações aprendidas (memória de trabalho) e diminuição na velocidade de pensamento e habilidades visuoespaciais. Por outro lado, as que se mantêm inalteradas são: inteligência verbal, atenção básica, habilidade de cálculo e a maioria das habilidades de linguagem (Moraes, Moraes & Lima, 2010). O objetivo deste estudo é comparar funções executivas com grau de funcionalidade para averiguar em que medida estas variáveis predizem funcionalidade. Trinta idosos de três valências diferentes constituíram a amostra deste estudo. Os instrumentos de avaliação administrados foram os seguintes: Escala de Barthel, MontrealCognitiveAssessment (MoCA), Trail Making Test (TMT), Teste de Aprendizagem Audio-Verbal de Rey (RAVLT), Figura Complexa de Rey, Teste Stroop de Cores e Palavras (TSCP), DigitSpan, Escala Geriátrica de Depressão. Dos resultados obtidos destacam-se a existência de relações estatisticamente significativas entre a saúde mental e a funcionalidade. Quanto melhor é a saúde mental, maior é o grau de funcionalidade e os participantes do “Domicílio” possuem melhor saúde mental, atenção, planeamento e construção visuo-espacial do que os do “Centro de Dia”, e estes melhor do que os do “Lar”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca a capacidade funcional e a independência como fatores preponderantes para o diagnóstico de saúde física e mental na população idosa. Alguns autores indicam que a avaliação cognitiva deve ser sempre acompanhada de uma avaliação funcional e vice-versa.
Centro de dia e lar: saúde mental de idosos e capacidade para o trabalho dos seus cuidadores formais
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O Envelhecimento da população é uma realidade cada vez mais presente na nossa sociedade. A investigação junto da população idosa e dos seus cuidadores requer que sejam criadas condições para que, estes grupos, possam usufruir de uma boa qualidade de vida. Propõe-se analisar a capacidade de trabalho dos cuidadores formais de idosos em contexto institucional mas com modalidades de trabalho distintas, no Centro de Dia, onde praticam um horário diurno e fixo, em paralelo com o horário por turnos rotativos diurnos/noturnos praticados no Lar. Foi proposto também analisar o estado mental dos idosos dessas mesmas instituições. A amostra deste estudo contou com 90 participantes dos quais 50 idoso e 40 cuidadores formais. Utilizou-se para a recolha de dados com os idosos o MMSE – Mini-Mental State Examination e a GDS-30 – Escala de Depressão Geriátrica, com os cuidadores a Escala de Graffar e o ICT – Índice de Capacidade para o Trabalho. Os resultados demonstraram não existirem diferenças significativas ao nível da demência e da depressão entre os idosos do Lar e do Centro de Dia. Outros resultados refletiram, para os cuidadores formais, uma capacidade para o trabalho excelente, ligeiramente superior aos dados de referência. Não foi conseguida uma relação entre a saúde mental dos idosos e a capacidade de trabalho dos seus cuidadores formais o que pode retratar o sucesso das medidas de apoio e educação desenvolvidas nesta área.
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O envelhecimento populacional é uma realidade mundial que altera a sociedade de forma complexa, implicando a necessidade de criação de estratégias de adaptação a esta realidade. A população idosa portuguesa apresenta também um aumento exponencial, e este fenómeno está frequentemente associado à perda de capacidades e dependência e ao aumento da incidência de patologias crónicas, como por exemplo as úlceras crónicas nos membros inferiores. Esta realidade verifica-se através de uma maior procura de cuidados de saúde e também no aumento dos encargos para a família e segurança social. Assim, a aquisição de conhecimentos sobre as implicações da úlcera crónica nos membros inferiores permite, aos profissionais de saúde, melhorar a prestação de cuidados às pessoas idosas, possibilitando a gestão eficaz de recursos e a melhoria da qualidade de vida dos utentes. Neste contexto, emergiu o nosso estudo que tem como objetivo conhecer as principais implicações da presença de uma úlcera crónica, nos membros inferiores, no quotidiano de pessoas idosas. A metodologia utilizada foi qualitativa, com um tipo de estudo exploratório-descritivo, em que foram realizadas 16 entrevistas a pessoas idosas portadoras de úlcera crónica nos membros inferiores e posteriormente analisadas as narrações de vivências ou experiências significativas dos participantes, utilizando as etapas metodológicas da análise de conteúdo segundo Bardin (2011). Os resultados encontrados foram incluídos em três áreas temáticas: Sentimentos e preocupações vividos com o aparecimento e desenvolvimento da úlcera crónica, Alterações no quotidiano das pessoas idosas com úlcera crónica e a Rede de apoio da pessoa idosa com úlcera crónica. A primeira área temática demostrou que as pessoas idosas apresentam sentimentos negativos de tristeza e dor em relação às suas vivências com a úlcera crónica, e receios futuros relacionados com a incerteza da evolução da úlcera, verificando-se alguma ambivalência entre a esperança e o desespero. As alterações no quotidiano verificaram-se na mobilidade física prejudicada, na interferência em atividades de vida diária e através da necessidade de tratamento. Na mobilidade física prejudicada foi o caminhar o mais mencionado pelos participantes e na interferência em atividades de vida diária foram as atividades domésticas, sociais e de lazer. A terceira área temática incluiu a rede de apoio da pessoa idosa com úlcera crónica identificando a família, a instituição e o convivente significativo como o principal apoio dos participantes. A família apresentou um papel de destaque, através do apoio prestado pelo cônjuge e pelos filhos. A realização deste estudo proporcionou conhecer melhor a realidade das pessoas idosas com úlceras crónicas nos membros inferiores, os seus sentimentos, dificuldades e/ou incapacidades, permitindo aos profissionais de saúde aumentar os conhecimentos e elaborar estratégias para auxiliar no seu dia-a-dia, ambicionando-se uma melhoria na prestação de cuidados às pessoas idosas, famílias e sociedade.
Resumo:
A esperança média de vida tem vindo a aumentar, resultando no envelhecimento da população mundial e, consequentemente, num aumento das populações com idades mais avançadas. Torna-se, por isso, importante estudar as especificidades do envelhecimento para que possamos trazer bem-estar e qualidade de vida a esta população que é cada vez mais numerosa, já que o envelhecimento traz mudanças a nível do corpo humano que se vão repercutir na saúde geral e na saúde oral. Os idosos apresentam, normalmente, pobres condições de saúde oral, sendo as doenças orais que mais acometem a esta população a perda dentária, a experiência de cárie, as altas taxas de prevalência de doença periodontal, a xerostomia e o pré-cancro/cancro oral. Além do envelhecimento populacional, têm sido notadas, ao longo do tempo, mudanças na estrutura familiar. Tudo isto leva a que o número de idosos institucionalizados aumente. Neste estudo foram utilizados dados, ainda não publicados, recolhidos no âmbito do projeto Sorrisos de Porta em Porta, que pertence à Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Portugueses. Este projeto visa a promoção de hábitos de saúde oral na população idosa e atua através da realização de ações de sensibilização subordinadas à temática da saúde oral no idoso e realização de rastreios de saúde oral aos idosos que se encontrem no âmbito de uma reposta social. Foram observados um total de 3586 idosos com idade igual ou superior a 65 anos, onde 70,3% eram do género masculino. A idade média (desvio padrão) encontrada foi 81,9 (±7,5) e a maioria referiu ser autónoma nos cuidados de higiene oral, no entanto, observou-se que grande parte dos idosos não realizava a escovagem diária e mais de metade destes disse não sentir necessidade de o fazer. Observou-se também, que apenas 13,7% tinham tido a sua última consulta de Medicina Dentária nos últimos 6 meses e a maioria disse visitar o Médico Dentista por razões de dor dentária. A média (desvio padrão) obtida para o Índice CPOd foi 26,3 (±8,4), sendo a componente “Perdidos” a mais significativa. Relativamente ao Índice de Placa, a maioria apresentava um acúmulo de placa bacteriana maior de 1/3 mas menor de 2/3. Quanto ao tipo de desdentação a maior percentagem era a de idosos desdentados parciais sem prótese. Foi também realizada uma pesquisa bibliográfica. Com este estudo concluiu-se que o estado de saúde oral dos idosos é bastante pobre consequência de uma pobre higiene oral e de falta de cuidados de saúde oral. Há uma grande necessidade de se instruir as pessoas relativamente à importância da Medicina Dentária e dos problemas que uma má saúde oral pode trazer para a saúde em geral.
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Um dos grandes desafios da Medicina Dentária moderna está relacionado com a necessidade de um atendimento diferenciado e multidisciplinar voltado para os cuidados com a saúde bucal da população idosa e pela promoção de um envelhecimento saudável. O médico dentista precisa estar atento às mudanças e particularidades advindas do envelhecimento, dada a inter-relação entre saúde oral e saúde geral do paciente. A perda dos dentes, que constitui um dos problemas mais comuns a nível mundial, resulta em diversos prejuízos funcionais, tais como: reabsorção óssea, desconforto, instabilidade, diminuição da capacidade proprioceptiva e mastigatória, afetando, assim, a qualidade de vida desses pacientes devido à grande insatisfação com a reabilitação oral tradicional. Com o surgimento dos implantes osteointegrados, estes aspectos foram melhorados, pela possibilidade de novas opções de tratamento como as sobredentaduras ou overdentures, que comprovaram ampla margem de indicação a esses pacientes que buscam melhoria funcional de suas peças protéticas. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma alternativa de tratamento aos pacientes idosos através de reabilitações orais com as sobredentaduras ou overdentures, restabelecendo a saúde do sistema estomatognático e o equilíbrio biopsicossocial do paciente idoso. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica online entre Dezembro de 2015 e Março de 2016, com o objetivo de fazer uma revisão bibliográfica acerca do tema. Foi estabelecido um limite temporal entre 1995 e 2015, entretanto algumas outras publicações relevantes com datas anteriores foram consideradas.
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Mestrado em Fisioterapia
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Tendo em conta o cenário atual de aumento de população idosa e da esperança média de vida, de proliferação dos meios tecnológicos e da necessidade de permanecer ativo para a melhoria da qualidade de vida, a criação de produtos, que aliem a tecnologia ao exercício físico, mostra-se uma mais-valia. A presente dissertação possui quatro objetivos:I) Identificar as tipologias de exercícios adequados ao público-alvo II) planeamento de três vídeos tutoriais de exercício físico para apoio ao cidadão sénior; III) realização dos três vídeos tutoriais de exercício físico para apoio ao cidadão sénior; IV) avaliação dos três vídeos tutoriais junto a cidadãos seniores para compreender se as características presentes nos tutoriais são adequadas para o público. Para a concretização dos objetivos, anteriormente mencionados, foram utilizadas três diferentes fases metodológicas durante este projeto: Na primeira fase foi utilizada uma metodologia exploratória, isto é, foram estudados trabalhos anteriormente realizados relativos a esta temática, para auxiliar a construção dos tutoriais; Na segunda fase recorrendo à metodologia de investigação de desenvolvimento, foi concretizado um protótipo dos vídeos tutoriais, apresentados a um grupo de especialistas em ambiente de focus group, onde foram sugeridas alterações para melhor se adaptarem ao público-alvo, e posteriormente foi realizada uma versão final dos tutoriais. Por último, os tutoriais foram apresentados a cidadãos seniores para serem avaliados a nível de: vídeo, áudio, exercícios e texto, com o intuito de compreender se estes se encontravam adequados ao público sénior. Em suma, no final da presente investigação consegue-se responder à questão: quais as caraterísticas que devem possuir os tutoriais audiovisuais, de apoio à atividade física, destinados a um público sénior.
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Dissertação com vista na obtenção no grau de mestre em Atividade Física em Populações Especiais
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A consciência da população para os benefícios inerentes à prática da atividade física está plenamente difundida. No entanto, uma grande parte da população idosa permanece sedentária. Foi objetivo do presente estudo identificar algumas das barreiras que impedem os idosos de serem fisicamente ativos para que possam ser ultrapassadas de forma a aumentar a participação desta população nos programas de atividade física (AF) existentes. MÉTODOS A amostra foi constituída por 19 sujeitos idosos (67.5±4.58 anos), de ambos os sexos, residentes na cidade de Bragança, Portugal. Foi utilizado o questionário de Barreiras Percebidas. Foi efetuada estatística descritiva para calcular a média e desvio padrão dos resultados para cada questão e grupos de questões. RESULTADOS O principal grupo de barreiras para a AF foi o psicomotivacional (3.00±0.21) e o menos importante, o psico-pessoal (3.80±0.21). As barreiras menos importantes reportadas, juntamente com o facto de existirem vários programas de AF na cidade de Bragança, permitem concluir que a elavada taxa de sedentarismo não se deve à oferta mas sim à procura, mais propriamente às barreiras psico-motivacionais dos idosos, traduzidas em falta de vontade de serem fisicamente ativos.
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Este estudo objetivou conhecer a incidência do evento queda e identificar a presença de seus principais fatores de risco. Estudo exploratório, realizado de março a novembro/2009, com aplicação de um formulário sobre quedas em um grupo de idosos. Os dados foram analisados por cálculo de frequências, média e desvio-padrão. Participaram 62 idosos, 41,9% relataram queda nos últimos seis meses, a maioria mulheres. Identificou-se ocorrência de agravos concomitantes: visão regular, audição boa, polifarmácia, IMC normal, forte força de preensão palmar e condições dos pés adequadas. Na maioria dos que caiu, o desequilíbrio foi apontado como principal motivo. A queda ocorreu mais no período da manhã, em local de piso áspero e seco, sem degraus, rampas ou tapetes, iluminação adequada e o tipo de calçado mais utilizado foi chinelo de borracha. Percebe-se a alta ocorrência das quedas na população idosa, fato que fundamenta a necessidade de avaliação das condições de risco envolvidas
Resumo:
A crescente camada de população idosa que reside em Trás-os-Montes e no Douro e a prevalência de doenças crónicas e incapacitantes, conduz ao aumento do número de pessoas dependentes de cuidados, assim como de uma terceira pessoa que auxilie na satisfação das suas atividades de vida diária. A criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados é uma mais-valia constituindo uma resposta adequada a pessoas que se encontram em situação de dependência, assim como aos seus familiares. Face à antevisão de alta da unidade e consequente regresso a casa, o cuidador familiar é, por vezes, assoberbado com múltiplas dúvidas e inseguranças, pelo que, merecem ser compreendidos. Com o objetivo de compreender vivências, sentimentos e expetativas que caraterizam o período que rodeia a alta do familiar da Unidade de Cuidados Continuados onde esteve internado desenvolveu-se o presente estudo que, face ao tipo de problemática a estudar, fez recurso da metodologia qualitativa, enveredando-se pela abordagem fenomenológica. Com base num guião de entrevista, inquiriram-se sete cuidadores informais que tinham, ou tiveram anteriormente, familiares internados numa Unidade de Cuidados Continuados. Perante a eminência da alta os cuidadores informais vivenciam um momento difícil que requer adaptação ao seu novo papel. A prestação de cuidados é uma tarefa exigente, contribuindo para uma ambivalência de sentimentos mencionada pelos participantes do estudo. Os sentimentos positivos traduzem-se em amor e gratificação, enquanto os sentimentos negativos estão relacionados com o medo, ansiedade e insegurança, face ao ato de cuidar. As redes de apoio informal/formal, manifestadas por apoio técnico, psicológico, financeiro e a necessidade de formação são fatores fundamentais, revelados pelos cuidadores informais do estudo. As expetativas referidas pelos participantes do estudo face às Unidades de Cuidados Continuados são: a adequação dos cuidados à situação da pessoa, promoção da autonomia e a humanização dos cuidados em saúde.
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O aumento exponencial da população idosa e da sua esperança média de vida em consonância com o aumento da incidência do cancro da mama nesta faixa etária constituem uma problemática a nível mundi al. Objetivos: Averiguar se os dois grupos amostrais de idosas, com e sem cancro da mama em remissão, apresentam diferenças significativas nos totais de Bem - Estar Subjetivo (BES) e das suas dimensões afetiva e cognitiva. Método: A amostra é composta por 38 7 idosas, não institucionalizadas, com idades compreendidas entre os 75 e os 100 anos ( M = 85,27; DP = 6,59; intervalo 75 - 100) e que foram distribuídas em dois grupos: com cancro da mama em remissão e sem cancro da mama. Foram aplicados o questionário demo gráfico foi aplicado, a Escala de Satisfação com a Vida (ESV) e a Escala de Afeto Positivo e de Afeto Negativo (PANAS). Resultados: O grupo com cancro da mama em remissão apresentou resultados médios da escala e subescalas de BES superiores aos resultados médios do grupo sem cancro da mama, principalmente na subescala dos Afeto Positivo (AP). Estas diferenças foram estatisticamente significativas. Conclusão: Apesar do diagnóstico do cancro da mama representar uma ameaça importante ao BES das idosas, estas p articipantes apresentaram um total significativamente mais elevado o que as restantes.
Resumo:
Constatado que não havia sido estudada a relação entre a Sabedoria e a Ansiedade Face à Morte (AFM) em adultos idosos, os objectivos deste trabalho consistiram na validação da versão portuguesa da Self Assessed Wisdom Scale (SAWS; Webster, 2003) e no estudo da relação entre essas variáveis e delas com a idade e o género. Usou-se também a versão portuguesa da Revised Death Anxiety Scale (RDAS; Thorson & Powell, 1994) validada para a população idosa por Carvalho, Diniz e Ribeiro (2008). Os 397 participantes (leque etário = 65-97 anos; M = 74) que voluntariamente colaboraram no estudo eram residentes na comunidade. Recorrendo à análise factorial confirmatória (LISREL8.53), a estrutura pentadimensional oblíqua da SAWS apresentou boa validade discriminante em todas as dimensões, e uma boa consistência interna e validade convergente apenas em três delas. No segundo estudo, foi testado o Modelo Preditor da AFM em Adultos Idosos, em que a idade (terceira vs. quarta idade) e o género foram tidos como antecedentes das dimensões Experiência de Vida e Reminiscência e Reflexividade da Sabedoria e também da AFM. Verificou-se que a idade e a Reminiscência e Reflexividade foram as únicas boas preditoras da AFM.