1000 resultados para Sociedade anônima, discursos, ensaio, conferências, Brasil


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Este ensaio descreve o processo de consolidao da Repblica no Brasil, demonstrando que o caso ilustra a mudana transformativa das instituies polticas por meio da ao de grupos de interesse. Pretende-se contribuir para preencher duas importantes lacunas tericas. Por um lado, a escassez de teorizao sobre a administrao pblica brasileira com enfoque histrico e no instrumental. Por outro lado, o atual debate no Novo Institucionalismo acerca dos processos de mudana institucional. Assim, o trabalho apresenta como principais resultados a identificao e classificao das estratgias das elites republicanas que rotinizaram a administrao pblica brasileira, ao mesmo tempo que consolidaram o novo regime poltico.

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Este artigo parte do entendimento de que as polticas pblicas culturais do Estado brasileiro vm ganhando destaque nos ltimos anos. Nesse contexto, surgem questes como: o que o Estado legitima como "cultura nacional"? Como o patrimnio entendido na perspectiva da poltica cultural? Elas tm sido necessrias para compreender a gesto de programas culturais voltados aos patrimnios. Assim, esta pesquisa busca realizar um levantamento histrico sobre as polticas pblicas culturais voltadas para os patrimnios no Brasil, desde a criao do Iphan at a implantao do Programa Nacional do Patrimnio Imaterial (PNPI), em 2000, provocando uma mudana na compreenso dos patrimnios nacionais. A discusso se d a partir da anlise dos discursos de atores envolvidos na implementao da proteo dos bens imateriais, o que poderia ser ressaltado.

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A prtica de suicdio nos Sorowaha, povo de lngua Arawa do mdio Purus (AM, Brasil), atravs da ingesto do sumo da raiz de timb (konaha), mediatiza singularmente as relaes entre os indivduos e a sociedade, projetando uma totalidade social s expensas de um drama ritual individualizador. A relevncia do fenmeno evidenciada tanto pelas taxas de mortalidade que ali se verificam, cerca de cem vezes as mdias ocidentais, como tambm pela inusitada freqncia com que as tentativas, por motivos os mais variados, ocorrem entre eles. O presente ensaio procura examinar as variveis sociolgicas desse padro de morte voluntria, para em seguida discutir outras dimenses analticas.

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Neste artigo descrevo os eventos polticos principais que, em julho de 2001, levaram instalao de portes e cmeras em volta do Jacarezinho, a segunda maior favela do Rio de Janeiro, e as imediatas reaes negativas a essas medidas na imprensa - especialmente jornais e redes de TV. Analiso essas reaes a partir de dados etnogrficos que tenho coletado desde junho de 2001 no Rio de Janeiro, quando iniciei um trabalho de colaborao com ativistas negras/os que, com a ajuda de ex-membros do grupo Panteras Negras (EUA), ousaram desafiar a polcia, os traficantes de drogas e, de fato, setores mais amplos da sociedade. Atravs da anlise da cobertura dos jornais sobre o "condomnio-favela" e dos debates pblicos que se seguiram, demonstro como tais discursos, ainda que de forma freqentemente tcita, desumanizam negras/os ao associ-las/os ao crime, corrupo e s favelas - bairros das classes trabalhadoras considerados como o local onde futuras geraes de negras/os perigosas/os continuaro a aterrorizar a imaginao e a vida daquelas pessoas que no moram em favelas. Concluo o artigo com uma avaliao da literatura acadmica sobre cidades brasileiras e sugiro que necessrio dar ateno s formas como raa e espao urbano interagem se a pesquisa nessa rea pretende compreender e dialogar com ativistas moradores de favelas que no tm outra sada a no ser confrontar sua contnua desumanizao.

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A presena da psicanlise, como saber e instituio, modificou-se bastante no Brasil, desde o final dos anos 1970, quando sua presena e influncia visveis na sociedade e na cultura nacionais tinham atingido o seu auge. Diversas anlises recentes apontam para uma descentralizao, diversificao e complexificao da oferta psicoteraputica; ao mesmo tempo em que se reconhece um intenso recrudescimento da oferta de recursos religiosos ou para-religiosos. Inicialmente, esse reconhecimento se concentrou nas alternativas associveis ao estilo Nova Era, caractersticas das camadas mdias metropolitanas, que podem ser - frequentemente - consideradas como variaes de uma cultura psicologizada. O crescimento da adeso s seitas pentecostais, principal caracterstica dos desenvolvimentos religiosos nas camadas populares, parecia seguir uma outra lgica, tambm fartamente estudada. Mais recentemente, surgiram mediaes entre as religies evanglicas e pentecostais e a psicanlise que provocaram grande surpresa e inquietao nos meios intelectuais. O dilogo entre a pesquisa de Carvalho sobre esse ltimo processo e a pesquisa de Duarte sobre a dinmica das cosmologias (Weltanschauungen) religiosas e laicas em confronto na sociedade brasileira contempornea permite apresentar novas interpretaes desse quadro dinmico.

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Este artigo aborda o contraste entre uma modalidade de troca explicitamente qualificada por Mauss, na dcada de 1930, como "comunista" e as modalidades "agonstica" e "mercantil". Mauss nunca foi comunista, mas sim um socialista engajado. Como tal, lanou Revoluo Russa seu olhar de etngrafo, sem deixar de considerar sua importncia como "experimento". V como inspirao do Ensaio sobre o dom o impacto que lhe causaram tanto uma visita Rssia comunista no incio da dcada de 1920 como a Nova Poltica Econmica de Lnin, que reconhecia a impossibilidade de abolio do mercado. Questo implcita do Ensaio a possibilidade de uma nova sociedade, na qual o Estado englobaria o mercado, ambos entendidos como transformaes lgicas e histricas de formas particulares da ddiva, o tributo no caso do Estado.

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O texto tem como objetivo principal analisar parte dos discursos produzidos sobre a participao de atletas interculturais - de origem africana ou antilhana - na seleo francesa de futebol na ltima dcada. Partindo dos referenciais tericos vinculados aos estudos africanos e ps-coloniais, e fruto de uma investigao de maior dimenso, buscamos analisar a forma como a sociedade francesa - com seus conjuntos populacionais hbridos e complexos - fomenta, interpreta e rejeita, a partir das imagens e ideias construdas sobre os imigrantes africanos/antilhanos e seus descendentes, o entendimento acerca de suas identidades e das relaes interculturais e multiculturais geradas pelas disporas ps-coloniais. Selecionamos, para uma reflexo inicial, notcias veiculadas pela imprensa francesa e europeia sobre a atuao de atletas interculturais na seleo francesa aps o campeonato mundial da frica do Sul, em 2010.

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Nesta tese, tive a necessidade de me colocar num momento prvio prpria tentativa de definio de encenao. Assim, num primeiro captulo, procurei explorar exactamente a questo da necessidade artstica, o papel da arte nos nossos dias e, mais especificamente, a necessidade de teatro na nossa sociedade e contemporaneidade. Para sustentar melhor a minha exposio, retornei ao incio do sculo XX e recordei alguns dos primeiros passos na matria da encenao para repensar processos e teorias de criadores da poca, relacionando-os com consideraes sobre a matria teatral agora no incio do sculo XXI. Nos dois captulos seguintes reflecti sobre o lado indefinvel e invisvel da criao, sobre aquilo que nos surpreende no fazer artstico, ao revelar-nos uma verdade desconhecida, e que nos faz equacionar a nossa posio perante aquilo que conhecemos. A partir daqui, salientei a importncia do momento da aco, do momento presente, que implica risco, medo e coragem, mas que vislumbra um prazer, precisamente pela indefinio do prprio limite de prazer. No caminho contnuo face impossibilidade de uma soluo absoluta, situo a criao e a permisso para a libertao da obra de arte, que se abre a uma multiplicidade de sentidos e propostas de novos olhares, convocando o seu acontecer autnomo assim como a sua expresso autnoma. O criador ser o iniciador, o que se prope a agir, a procurar para libertar, o que encena no necessariamente para mostrar qualquer coisa, mas para encontrar. A tese ainda composta por uma segunda parte onde descrevo etapas de um processo criativo desenvolvido com o Grupo de Teatro da Universidade Nova de Lisboa, durante o ano lectivo de 2008/2009, na tentativa de encontrar um acordo entre uma parte terica e outra assente num contexto prtico, onde posso concretizar as minhas intenes e questes reflectidas no primeiro momento da tese.

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Estudando-se uma epidemia de sarampo ocorrida na Regio de Ribeiro Preto, SP (Brasil), em 1984, identificou-se, pela elevada proporo de casos em maiores de 15 anos, uma caracterstica epidemiolgica particular na ocorrncia desta enfermidade, representada pelo acometimento de trabalhadores rurais. Realizou-se um exerccio metodolgico de sntese entre a fase descritiva da epidemiologia clssica e o referencial terico-metodolgico da epidemiologia social, procurando-se incorporar aspectos do processo social da regio, de forma a explicar aquela forma particular de ocorrncia do sarampo como um modo de expresso daquele processo social. Ressaltou-se a necessidade de se rever a conceituao dos processos patolgicos especficos ocorridos em diferentes grupos humanos tomando-se como referencial os processos sociais nos quais se inserem, de modo a permitir a captao de sua historicidade.

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Foram detectados astrovrus humanos durante estudo longitudinal de 13 meses sobre a incidncia de vrus diarricos em 146 crianas menores de 2 anos de idade, hospitalizadas em clnica peditrica de um hospital universitrio, na cidade de So Paulo, SP, Brasil. Das 67 crianas internadas com diarria aguda, 3% foram positivas para astrovrus, por ocasio de sua admisso, pelo Ensaio Imunoenzimtico Monoclonal Amplificado (ASTROVIRUS BIOTIN-AVIDIN ELISA, CDC, USA). As 79 crianas sem diarria, admitidas durante o mesmo perodo por outra causa (controles), foram negativas para astrovrus, por ocasio de seu internamento. Entretanto, 4,8% do total de crianas hospitalizadas sofreram infeces por astrovrus durante sua permanncia no hospital. Este o primeiro estudo sobre a ocorrncia de astrovrus humanos no Brasil, que assim participam significativamente na etiologia da gastroenterite infantil em nosso meio.

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Estudo realizado na regio metropolitana de So Paulo, Brasil, entre maro e julho de 1992, entre 3.149 mulheres de baixa renda com idade entre 15 e 49 anos, mostrou que 21,8% estavam esterilizadas. Entre as mulheres unidas, 29,2% estavam esterilizadas e 34,4% usavam a plula. Quatrocentos e sete mulheres esterilizadas abaixo dos 40 anos, que haviam se submetido cirurgia h pelo menos um ano antes da data da entrevista, foram perguntadas sobre sua histria reprodutiva, uso prvio de mtodos anticoncepcionais, o processo de deciso para esterilizar-se, o acesso esterilizao e adaptao aps o procedimento. Os resultados mostraram que mesmo para as mulheres de baixa renda o acesso esterilizao regulado pelo pagamento ao mdico. A baixa qualidade e cobertura das atividades de planejamento familiar do Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher, assim como a ausncia de regulamentao, est provavelmente contribuindo para a escolha da esterilizao feminina por mulheres jovens. A forma que a esterilizao tem sido realizada fere preceitos ticos. O estudo mostra que a irreversibilidade do procedimento no foi adequadamente entendida por quase 40% das mulheres esterilizadas. Discute-se a aceitabilidade da esterilizao como resultado de uma estratgia social complexa com o envolvimento de vrios setores da sociedade brasileira aliada necessidade de regulao da fertilidade das mulheres. A necessidade de regular e controlar o procedimento tambm discutida. A regulamentao criaria condies mais justas de acesso esterilizao para as mulheres de baixa renda e poderia salvaguardar aspectos ticos na sua escolha.

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Analisa-se a mortalidade de adolescentes no Municpio de Botucatu, Estado de So Paulo, Brasil, no perodo de 1984 a 1993, segundo dois subgrupos (10 a 14 e 15 a 19 anos), sexo, ocupao e causas de bito. Os dados de bitos foram obtidos no Setor de Estatstica do Centro de Sade-Escola. As estimativas populacionais foram calculadas com base nos censos demogrficos. Observou-se variao dos coeficientes de mortalidade nos diferentes anos e maior mortalidade no grupo masculino de 15 a 19 anos, atingindo tanto estudantes como trabalhadores. Houve predomnio de causas externas de mortalidade, principalmente acidentes de trnsito e ferimento por arma de fogo, exigindo averigao de seus determinantes e o desenvolvimento de programas de sade destinados aos adolescentes, suas famlias e sociedade, considerando-se que as causas de morte so evitveis e prevenveis.

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So feitas consideraes sobre o papel das endemias tropicais no desenvolvimento da sociedade brasileira. Aborda-se a atualidade das pesquisas que tratam da temtica das doenas infecciosas. Comparando o significado para o primeiro mundo, conclui-se pela necessidade de estimular as pequisas nessa rea e de prestigiar os peridicos nacionais destinados a divulg-las.

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Podemos considerar o sculo XX como o sculo dos direitos da criana. Foi nesse sculo que se edificou um quadro jurdico-legal de proteco s crianas e surgiram as instituies e organizaes transnacionais em prol da infncia e dos seus direitos. A anlise da situao da infncia em Portugal caracteriza-se por um conjunto de avanos, impasses e retrocessos, desassossegos e desafios, na afirmao dos direitos da criana e na edificao de condies de bem-estar social para esta categoria social. A ttulo de exemplo, pode-se referir que Portugal foi um dos primeiros pases a aprovar uma Lei de Proteco Infncia, em 1911, a consagrar na Constituio da Repblica de 1976, como direitos fundamentais, a infncia e a ratificar a Conveno dos Direitos da Criana, em 1990. Contudo, muitos compromissos permanecem incumpridos, no porque os direitos das crianas sejam demasiado ambiciosos, inatingveis ou tecnicamente impossveis de promover, mas porque a agenda da infncia no ainda considerada como uma prioridade poltica, cultural, econmica e social. Este facto ilustrativo de uma sociedade em tenso, entre os seus discursos oficiais sobre os direitos da criana e a sua aco na rea das polticas para a infncia. A partir da anlise de indicadores sociais, econmicos, demogrficos, legislativos, culturais e simblicos sobre a infncia e as crianas em Portugal, nas ltimas dcadas, aps a ratificao por Portugal da Conveno dos Direitos da Criana, pretende-se identificar as tenses e as ambiguidades que trespassam na sociedade portuguesa.