905 resultados para Publicidade Aspectos sociais
Resumo:
Este trabalho motivado por uma questo bsica, presente, atual: A famlia nuclear estaria sofrendo uma transformao em sua organizao. Especificamente a dissolubilidade dos laos matrimoniais estaria contribuindo para uma diferente ordenao das relaes de parentesco. O modelo familiar proposto, aqui no Brasil, pela Igreja e pela higiene, como procuramos demonstrar no texto, est, ao menos no que diz respeito classe mdia da populao, sendo descaracterizado por um tipo de relacionamento afetivo diverso do casamento tradicional "at que a morte os separe". Esta pergunta se amplia numa questo maior: ou a organizao familiar transforma-se atravs da histria, atravs das diferentes formaes sociais, ou a famlia nuclear, objeto da nossa pesquisa, um sempre-existente; ou seja, desde que o homem se aculturou a forma de organizao familiar se restringiu, com variaes que no passariam de meras excees, meros desvios da estrutura primordial (a famlia restrita), como querem alguns autores? A nossa resposta a esta questo claramente a favor do ponto de vista que afirma a transformao da organizao familiar atravs dos tempos, portanto atravs da histria, e o que mais importante, atravs de diferentes formaes sociais. Assim sendo, fomos levados, no s pela nossa prtica, mas principalmente pela ntima ligao que a pesquisa histrica revela entre o surgimento da psicanlise e a sedimentao do modelo da famlia restrita, pelo novo poder de "gerir a vida", ou seja, um poder que, ao invs de tirar a vida daqueles que no o servem a contento, se interessa em extrair da vida tudo que de melhor ela pode dar, um poder a quem interessa uma qualidade cada vez maior de corpos, a fim de explorar a maior quantidade possvel de produo. A famlia por si s um problema. Trata-se de uma instituio que obriga a todas as cincias humanas, inclusive a medicina, a se depararem com ela em suas respectivas prticas, seja esta prtica emprica ou terica. Da, por tratar-se de um trabalho terico, tornou-se necessrio percorrer vrios saberes, os mais notveis no nosso entender, para poder atingir os nossos objetivos.
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O objetivo desta pesquisa foi investigar a vida cotidiana de mulheres rotuladas como deficientes mentais, atravs de seus relatos biogrficos pessoais. As entrevistadas descreveram sua rotina em casa e na instituio, falaram sobre suas famlias, relacionamentos, dificuldades em integrao social, e sobre seus problemas fsicos e de aprendizagem. Ficou clara no discurso deste grupo a dicotomia entre o mundo de dentro", compreendendo os espaos protegidos da casa e da instituio, e o mundo ameaador e violento de fora", representado pela rua. Seus relacionamentos sociais restringem-se aos personagens do mundo de dentro": a famlia, os profissionais, e os colegas da instituio, e muitas entrevistadas disseram se sentir discriminadas pelas pessoas de fora". Embora vrias mulheres tenham exprimido o desejo de ser independentes (trabalhar fora, sair sozinhas, etc), na prtica mantm urna relao de extrema dependncia familiar. A pesar de dois teros das entrevistadas terem mais de 20 anos, elas no parecem ter nenhuma perspectiva concreta de morar sozinhas, casar, ou vir a formar sua prpria famlia. Um dos pressupostos deste estudo era de que o estigma da deficincia mental, seria o terna central nas histrias de vida. Entretanto, mais da metade dos sujeitos no abordou esta questo, e muito poucas se autodenominaram deficientes. Foi postulado que os efeitos do estigma talvez sejam minimizados neste grupo devido superproteo familiar e institucional por um lado, e a evitao do mundo "de fora" (onde esta condio seria denunciada mais abertamente) por outro. Assim sendo, em sua prtica diria, a maioria dessas mulheres tm poucas oportunidades de se confrontar com a situao de marginalizao. Deficincia mental foi analisada como um fenmeno socialmente construdo, e acredita-se que estas pessoas funcionem em um nvel mais dependente do que sua condio orgnica exigiria, por terem sido reforadas por representar o papel social de deficientes. Apesar das caractersticas comuns, cada histria de vida provou ser original e nica, mostrando o erro em se considerar as pessoas portadoras de deficincia mental como um grupo homogneo e bem definido. Alm disso, a no ser pela dependncia familiar, falta de participao autnoma e integrada na comunidade, e relacionamento amoroso e sexual restrito, a ideia dessas mulheres no qualitativamente diferente do resto da populao.
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Esta dissertao reflete o uso de tecnologias digitais em comunicao, na rea da pesquisa cientfica brasileira, considerando a influncia dessas novas tecnologias na sociabilidade dos grupos de pesquisa. Investiga as implicaes de um modelo de comunicao e sociabilidade, atravs da Rede, apresentando o termo Comunidade Cientfica via Internet (CCI), os conceitos de sociabilidade, comunidade, cincia e espaos virtuais e como forma de interao em Rede. Baseia-se em uma metodologia de anlise e verificao de variveis realizada com grupos de pesquisa, vinculados ao Programa Nacional de Cooperao Acadmica (PROCAD), tratando-se, no entanto, de uma pesquisa de cunho qualitativo, onde apresenta dados provindos de instrumentos de pesquisa, como questionrio e entrevista, bem como de pesquisa bibliogrfica, com intuito de analisar a existncia e de uma comunidade nesse grupo, alm de suas perspectivas em relao comunicao, interao e sociabilidade em espaos virtuais.
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O estudo do comportamento dos consumidores nomeadamente, os rituais de consumo associados ao consumo de caf e os fatores envolvidos nesse processo importante para podermos compreender e comparar o comportamento dos consumidores cariocas e lisboetas no que tange ao consumo de caf. Por outro lado, tambm importante averiguar a influncia da cultura e da sociedade nesses rituais de consumo, de forma a compreender a evoluo do varejo de caf pronto no Brasil. Os modelos que vm sendo aplicados aqui se adaptam s caractersticas do pblico local, o que traz para a nossa discusso, a noo de cultura. Como em Portugal o uso do caf expresso j mais maduro que no Rio de Janeiro, a comparao entre as duas culturas pode ser interessante para ajudar o varejo brasileiro a se desenvolver. Para tal, neste estudo, foram entrevistados moradores das cidades do Rio de Janeiro e de Lisboa, a fim de descrevermos de que modo consomem caf, os rituais associados a esse bem de consumo, assim como seus hbitos, motivaes e justificativas para esse consumo, mostrando que no trata apenas de uma deciso de compra utilitria, mas tambm simblica. Com esse objetivo, foram entrevistadas 69 e pessoas e os resultados dessas entrevistas avaliados de forma interpretativa. A concluso foi a de que a bebida consumida por uma parcela heterognea dos entrevistados e que, geralmente, os consumidores associam o consumo de caf a hbito, prazer, crculo de amizades, trabalho como break , colegas e famlia. Isso revela que o significado social da bebida est enraizado no mbito domstico, no trabalho ou no crculo de amizades e que esse significado est intrinsecamente associado aos hbitos e costumes das sociedades brasileira e portuguesa como fruto de suas culturas. Consequentemente, grande parte dos rituais de consumo dessa bebida est interligada ao seu significado social. Observou-se a necessidade de expanso desse mercado, particularmente, entre os jovens no Rio de Janeiro, e que muitas vezes o aroma prefervel ao sabor, pois mesmo aqueles que no apreciam muito a bebida, de uma forma geral, afirmaram gostar bastante do aroma. Assim, fundamental para os gestores de estabelecimentos de varejo de caf pronto conhecerem o cliente, serem inovadores e anteciparem as tendncias, de modo a satisfazerem as necessidades deste. A preocupao no deve ser apenas com a qualidade do produto oferecido e com o conforto do cliente, mas tambm em agregar valor ao caf e ao servio prestado, proporcionando clientela uma experincia nica, a qual pode ser um diferencial importante, pois a conotao simblica associada a esse bem de consumo cada vez mais destacada.
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A grande magnitude mercadolgica do agronegcio do caf caracterizada por um conjunto de atividades complexas e dinmicas que tm passado por expressivas mudanas. Dentre elas se destaca o nvel crescente de exigncia dos consumidores, que valorizam cada vez mais os cafs que apresentam caractersticas fsicas e organolpticas distintas, bem como aspectos sociais, culturais e ecolgicos que configuram certo grau de particularidade aos gros. Essas mudanas tm favorecido o crescimento do mercado de produtos especiais, impondo aos pases produtores o desafio de uma constante reflexo sobre os elementos que podem afetar a conquista dessa nova fatia de mercado. Apesar de o Brasil ser o maior produtor e exportador de cafs commodities do mundo, ocupa uma parcela pequena no ranking dos especiais. Vale observar que o Pas tem vantagens, com relao aos outros produtores, por possuir um parque cafeeiro complexo e diverso, que produz uma grande variedade de tipos de bebidas. No entanto, no consegue mostrar nem levar para o consumidor esse produto. Nesse sentido, alguns autores, afirmam que o principal entrave competitivo para o ingresso do Brasil no mercado de cafs especiais a adoo da estrutura de governana via mercado bem como a coordenao entre os segmentos desse agronegcio. Considerando isso que se objetivou, com esta pesquisa, verificar os efeitos da adoo de estruturas de governana na cadeia do caf, mais especificamente o caso do Consrcio Agrcola de Fazendas Especializadas (C.A.F.E.), na melhor insero da Exportadora Princesa do Sul nos mercados de cafs especiais. Para isso, realizou-se um estudo de caso com o intuito de abranger as caractersticas mais importantes do tema que se pesquisou, bem como seu processo de desenvolvimento. O referencial terico que deu suporte pesquisa foi a Nova Economia Institucional (NEI), em especial a Economia dos Custos de Transao (ECT). Mediante a anlise das variveis abordadas pela ECT, concluiu-se que a governana do C.A.F.E. do tipo hbrida, mais especificamente, bilateral, na qual a autonomia entre as partes mantida, por ser a especificidade do ativo intermediria, no sendo muito elevada, para que necessite de integrao vertical. E esta a forma eficiente, ou seja, aquela que reduz os custos de transao, e alm disso, contribui para o incentivo da produo regional de cafs especiais bem como para a ampliao da participao da Exportadora Princesa do Sul nesse segmento crescente de mercado, medida que busca um relacionamento continuado com os produtores de caf consorciados. No entanto, isto no exime a governana da existncia de falhas, as quais foram abordadas, durante a descrio das variveis que compe a ECT.
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Sociedades ps-modernas caracterizam-se pela transio de economias baseadas em ativos tangveis para economias de conhecimento, onde indivduos vivenciam uma imprescindvel conectividade, mas ao mesmo tempo, experimentam um enfraquecimento das estruturas sociais, que tem generado uma crescente necessidade de se criar bases cognitivas e afetivas para a vida (Rheingold, 1992; Wasko & Farah, 2005; Arvidsson, 2008). Nesse cenrio se desenvolve o fenmeno das redes sociais virtuais, agregando milhes de pessoas que compartilham mensagens de texto, imagens e vdeos todos os dias (Nielsen, 2012) fazendo com que organizaes privadas foquem cada vez mais seus investimentos para acompanhar as novas tendncias (McWilliam, 2000; Reichheld & Schefter, 2000; Yoo, Suh & Lee, 2002; Arvidsson, 2008). Consequentemente, uma das mais importantes questes que vem ganhando importncia no meio academico e entre profissionais da rea justamente: por que as pessoas compartilham conhecimento online? (Monge, Fulk, Kalman, Flanigan, Parnassa & Rumsey, 1998; Lin, 2001) Por meio de uma metodologia de estudo de caso conduzida no Brasil e na Frana, este estudo objetiva produzir uma relevante reviso terica acerca do tema, trazendo novas idias de diferentes contextos, e propondo um modelo para avaliar as principais motivaes que conduzem indivduos a compartilhar conhecimento em redes sociais virtuais. Essas razes foram estruturadas em cinco dimenses: capital estrutural, cognitivo e relacional, motivaes pessoais e razes monetrias (Nahapiet & Ghoshal, 1998; Wasko & Faraj, 2005; Chiu et al, 2006). As evidncias sugerem que o processo de participar e compartilhar conhecimento em redes sociais virtuais resultado de uma complexa combinao de motivaes de orientao pessoal e coletiva, que parecem variar pouco de acordo com os diferentes objetivos e contextos dessas comunidades, onde as razes financeiras parecem ser secundrias.
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Este texto aborda o quanto a disponibilizao do conhecimento da violncia escolar ajuda a promoo da cultura de paz e a mediao de conflitos nas escolas. Mais precisamente, a partir de um levantamento das informaes disponveis na internet dos Sistemas de Registro da Violncia Escolar de determinados Entes Federativos Brasileiros e de suas polticas pblicas de combate violncia associadas, refletem em estratgias para resoluo pacfica de conflitos e em disseminao do conhecimento gerado sobre o tema a todos os envolvidos na questo: os jovens alunos, pais, comunidade escolar e de entorno das escolas.
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Deoclia Vianna apresentou por um curto perodo, de 1952 a 1953, uma atrao radiofnica intitulada Madame Danjou, que consistia em um programa de consultrio sentimental, para o qual as ouvintes encaminhavam suas dvidas atravs de cartas. Para as mulheres, o hbito de escrever cartas e dirios no representou, ao longo dos anos, apenas uma peculiaridade feminina, e sim a possibilidade de expresso. Assim, em nossa anlise sobre as demandas encaminhadas ao programa Madame Danjou, buscamos identificar elementos que nos permitam qualificar tanto as missivistas quanto a prpria radialista como integrantes de um contexto especfico, sem, no entanto, ignorar suas particularidades. Para tanto, consideramos o programa radiofnico como espao de reflexo e sociabilidade para esses agentes sociais, devido ao fluxo de perguntas e respostas que o caracteriza. Antes, porm, no podemos perder de vista a trajetria particular de Deoclia Vianna, bem como as especificidades desse tipo de programa para compreendermos a outra ponta do dilogo que se estabelece: os conselhos. Tambm privilegiaremos a sua dimenso normatizadora, visto que tais conselhos eram direcionados para a remediao de conflitos do mbito privado, via a adequao de determinados comportamentos.
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Este artigo examina a relao entre informaes acerca do background dos prefeitos brasileiros e o padro dos seus respectivos gastos. Usando dados das eleies de 1996, 2000, 2004 e 2008, busca-se investigar se o nvel educacional e a ocupao prvia desses governantes afetam a maneira como os mesmos realizam os gastos municipais. Os resultados sugerem que prefeitos cuja ocupao anterior tenha sido poltico, em mdia, gastam menos (entre 1.8% e 2.0%) do que prefeitos com algumas outras experincias. Os dados apontam ainda que o nvel de escolaridade dos prefeitos no tem efeitos sobre o nvel de gastos. Polticos de carreira, uma vez no executivo local, gastam menos em urbanismo (entre 3.32% e 8.95% sobre o percentual gasto com urbanismo) e sade (entre 1.55%. e 3.9% sobre o percentual gasto com sade) e mais em transporte (de 6.69% a 9.41% sobre o percentual gasto com transporte) e administrao (entre 3.46% e 5.63% sobre o percentual gasto com administrao) do que profissionais com outra formao.
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Uma apreciao de um programa de prestao de servios odontolgicos para crianas de 4 a 6 anos, desenvolvido pela Seo de Odontologia da Secretaria de Sade e Promoo Social da Prefeitura do Municpio de so Bernardo do Campo, a partir de agosto de 1979. Ele se propunha a priorizar o atendimento da faixa etria acima mencionada, para integrar os recursos odontolgicos municipais com os do Servio Dentrio Escolar do Estado e, com isto, obter uso mais racional dos recursos disponveis, de forma a propiciar cobertura mais ampla do atendimento de sade bucal populao infantil, do Municpio. Procura-se aqui fazer a anlise dos aspectos administrativos do Programa, desde sua formulao at as etapas de implementao; estuda-se os resultados obtidos em uma amostra da populao alvo do Programa depois de um ano e meio de vigncia do mesmo. Para tanto so utilizadas, como referencial terico, a evoluo da organizao dos servios odontolgicos, a teoria dos sistemas e as tcnicas de planejamento e avaliao. Neste trabalho procuramos analisar e avaliar as fases de planejamento e implementao do Programa, buscando principalmente os aspectos administrativos envolvidos no problema.
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O presente trabalho prope uma anlise sobre a escola a partir de um paradigma tico-esttico sobre a educao. Tal abordagem concebe a escola como multiplicidade, uma vez que se constitui por uma trama rizomtica de olhares e paisagens. A imagem da escola-paisagens perpassa o trabalho em um percurso que se inicia nos conceitos de plano, territrio e paisagem, formulados por Deleuze e Guattari, at a noo de individuao proposta por Simondon. O plano, como superfcie imanente, possibilita a desconstruo de uma representao a priori da escola, que j no se define pelos seus contornos fixos, mas sim pelas contingncias de onde emerge uma escola como territrio e paisagens. Seus contornos mutantes se delineiam nos movimentos do ritornelo entre os planos estriados, perceptveis e os planos lisos, imperceptveis. Ainda, foca-se os processos de cognio e criao como efeitos produzidos pela multiplicidade das paisagens. Uma escola constituda por experincias que colocam em tenso inteligncia e intuio, segundo Bergson; e vontade de verdade e de poder, segundo Nietzsche. Conceitos extrados dos trajetos da prpria escola e, especificamente, de uma experincia realizada no campo da arte (produo de um videoclip). Deste modo, busca-se a visibilidade de vivncias regidas por outras potencialidades provindas do plano de criao da arte, como os afectos. A arte, no restrita a uma disciplina, desacelera o cotidiano introduzindo o tempo e mostrando outros modos de viver. A escola, como obra de arte, torna-se um posicionamento poltico calcado em experincias que desacomodam e abrem aos devires da Educao.
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Essa dissertao versa sobre a construo da favela Paraispolis (So Paulo- SP) como destino turstico. Estevo, Berbela e Antenor, moradores da favela, realizam trabalhos artsticos que compem o elemento principal da atratividade turstica de Paraispolis. A partir do trabalho de campo, do tipo observao participante, descrevo os posicionamentos divergentes dos artistas, guias de turismo e a Unio de Moradores de Paraispolis. Aponto que esses posicionamentos geram disputas simblicas e relaes de poder entre os diversos atores envolvidos no processo de transformao de Paraispolis em um destino turstico. A inteno principal entender como esse processo perpassado por conflitos, tanto de ordem econmica quanto de ordem poltica e ideolgica. A perspectiva de anlise tem como enfoque central as vises em disputa sobre o turismo e as prticas que as tomam por base. Assim, procuro entender como os valores e prticas locais se articulam com aes e discursos exgenos voltados para o desenvolvimento do turismo.
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H muitos anos vimos desenvolvendo um labor de carter social, de promoo humana, junto a famlias de baixo padro scio econmico-cultural, residindo em diferentes bairros perifricos da cidade de So Paulo. Foi dentro desse clima acadmico-analtico, apoiados na evidncia emprica diria, que o estudo terico de Mercadologia surgiu para ns como uma pedra-de-toque, como o cinzel nas mos do artista, suscitando e reforando uma inquietao intelectual que veio culminar no presente trabalho e quem sabe?-que poder servir de base para futuras especulaes.
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A Feira do Livro de Porto Alegre um ritual de compra e venda de livros realizado, ininterruptamente h 51 anos, na Praa da Alfndega. Este trabalho objetivou desvendar a cultura organizacional do evento atentando para os fatos administrativos levado a efeito na Praa. Para tanto, os seguintes objetivos especficos foram traados: a) verificar os aspectos culturais compartilhados ou no entre os membros da Comisso Executiva da Feira do Livro; b) identificar os palcos, os atores, os autores e os homenageados presentes na cultura organizacional da Feira do Livro; e, c) identificar e analisar os significados atribudos pelos diferentes atores da Feira (organizadores/ proprietrios de livrarias/ vendedores/ compradores/ escritores) ao livro. O mtodo que permitiu a realizao dessa pesquisa foi o etnogrfico, tendo como tcnicas de pesquisa a observao participante, as entrevistas semi-estruturadas e consulta a materiais documentais. O Referencial que deu suporte as anlises foram provenientes da Antropologia e da Administrao, constituindo, um trabalho interdisciplinar. Tanto os conceitos de rituais (TURNER, 1974; VAN GENNEP, 1978; DAMATTA, 1978-97; PEIRANO, 2001-03 e TEIXEIRA, 1988) quanto o de cultura organizacional (CAVEDON, 2001) permitiram considerar que a cultura organizacional da Feria do Livro de Porto Alegre apresenta aspectos que a homogenezam como aspectos que a heterogenezam, sendo que ambos influenciam sobremaneira nos fatos administrativos levados a efeito na Praa. Alm disso, desvendar os aspectos divergentes dessa cultura permitiu expor as lutas simblicas existentes no grupo de participantes deste evento, de modo que, atentar para a heterogeneidade cultural propicia elucidar a distribuio do poder dentro da organizao. No que tange aos aspectos homogeneizantes perceptvel que os mesmos colaboram para a manuteno do status quo social. No caso especifico do objeto de estudo, por sua intrnseca relao entra a organizao e a sociedade, emerge de forma evidente que tanto a identidade do porto-alegrense influencia na cultura organizacional do rito quanto organizao do ritual auxilia na construo da identidade desses citadinos, uma vez que a identidade se d pela via relacional.