776 resultados para Health Promotion
Resumo:
O Setor Eltrico passou por recente processo de reestruturao produtiva com reflexos nas condies e organizao do trabalho, podendo comprometer a capacidade para o trabalho. Este estudo objetivou avaliar fatores associados capacidade para o trabalho junto a 475 trabalhadores de uma empresa do Setor Eltrico no Estado de So Paulo, Brasil. Neste estudo transversal foi realizada anlise descritiva e anlise de regresso linear mltipla. A mdia do ndice de Capacidade para o Trabalho (ICT) foi de 41,8 pontos (escala de 7,0 a 49,0 pontos). A anlise mltipla mostrou que os fatores que melhor explicaram a variabilidade do ICT foram estresse no trabalho (p < 0,001) e sade fsica (p < 0,001 em todas as dimenses). Em outra anlise, excludas as dimenses da sade, as variveis associadas ao ICT foram estresse no trabalho (p < 0,001), local de trabalho (p = 0,022), prtica de atividade fsica (p = 0,001), consumo de lcool (p = 0,012) e ndice de massa corporal (p < 0,001). Os resultados identificaram aspectos a serem considerados no desenvolvimento de medidas visando a preservao da capacidade para o trabalho, com nfase no controle do estresse no trabalho e na promoo da sade.
Resumo:
Este estudo visou avaliar percepes, barreiras e caractersticas de materiais educativos de promoo de alimentao saudvel descritas por adolescentes. Realizaram-se quatro grupos focais com 25 adolescentes com perguntas sobre: percepo e motivao para modificar a dieta; conceito de alimentao saudvel e barreiras para sua adoo; e caractersticas de impressos para a promoo de prticas alimentares saudveis. Observou-se uma freqente indeciso quanto a classificar a dieta como saudvel. Os adolescentes referiram no se sentir confiantes para modificar a dieta, mas relataram conceitos adequados sobre alimentao saudvel. As principais barreiras citadas foram focadas em aspectos pessoais e sociais, como: a tentao, o sabor dos alimentos, a influncia dos pais e a falta de tempo e de opes de lanches saudveis na escola. Para os jovens, materiais educativos de promoo de alimentao saudvel devem reforar seus benefcios imediatos e destacar mensagens alarmantes sobre os riscos sade advindos de uma alimentao inadequada.
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OBJETIVO: Investigar fatores sociodemogrficos, de risco ou de proteo para doenas crnicas no transmissveis (DCNT) que se associem ao aumento do ndice de massa corporal (IMC) aps os 20 anos de idade. MTODOS: Estudo transversal com 769 mulheres e 572 homens do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para DCNT, 2005, Florianpolis, SC. O aumento do IMC foi definido em percentagem, pela diferena entre o IMC em 2005 e aos 20 anos. RESULTADOS: Desde os 20 anos, o aumento do IMC foi superior a 10% para a maioria dos indivduos. Nas anlises mltiplas, o aumento do IMC foi associado a aumento da idade, baixo nvel educacional (mulheres), ser casado (homens), no trabalhar, baixo nvel de percepo de sade, presso alta, colesterol/triglicerdeos elevados (homens), realizao de dieta, sedentarismo e ex-tabagismo (mulheres). CONCLUSES: Estratgias de sade para prevenir o ganho de peso em nvel populacional devem considerar principalmente os fatores sociodemogrficos.
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O objetivo deste artigo descrever a distribuio dos principais fatores de risco (FR) e proteo para doenas crnicas no transmissveis (DCNT) entre os beneficirios de planos de sade. Foi utilizada amostra aleatria de adultos com 18 ou mais anos de idade nas capitais brasileiras, analisando-se frequncias de FR em 28.640 indivduos em 2008. Homens mostraram alta prevalncia dos seguintes fatores de risco: tabaco, sobrepeso, baixo consumo de frutas e legumes, maior consumo de carnes gordurosas e lcool, enquanto mulheres mostraram maior prevalncia de presso arterial, diabetes, dislipidemia e osteoporose. Homens praticam mais atividade fsica e mulheres consomem mais frutas e vegetais. Homens com maior escolaridade apresentam maior frequncia de sobrepeso, consumo de carnes com gorduras e dislipidemia. Entre mulheres, tabaco, sobrepeso, obesidade e doenas autorreferidas decrescem com aumento da escolaridade, enquanto o consumo de frutas e legumes, atividade fsica, mamografia e exame de papanicolau aumentam com a escolaridade. CONCLUSO: a populao usuria de planos de sade constitui cerca de 26% da populao brasileira, e o estudo atual visa acumular evidncias para atuao em aes de promoo da sade para esse pblico.
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O objetivo deste estudo foi analisar as competncias que, desde a aprovao da lei n. 11.889/08, incumbem ao tcnico em sade bucal (TSB) no Brasil, incluindo os termos definidos para sua superviso. Foi realizada anlise documental, comparando-se as competncias definidas no referido instrumento legal com as previstas no parecer n. 460/75 do Conselho Federal de Educao e na resoluo n. 63/2005 do Conselho Federal de Odontologia. Foram empregadas tcnicas de anlise temtica considerando-se as habilidades em termos de aes diretas e indiretas distribudas em quatro reas de competncia: planejamento e administrao em sade, promoo da sade, preveno de doenas e de assistncia individual. Embora as competncias aprovadas na lei tenham sido distribudas em um nmero menor de itens, comparado aos dois outros documentos, do ponto de vista qualitativo, os resultados da anlise permitiram concluir que vrios avanos foram obtidos com a regulamentao da profisso, nos termos aprovados, em todas as reas de competncia. Houve impacto positivo para o processo de trabalho em sade, tanto com relao cooperao interprofissional quanto superviso tcnica das atividades, representando uma conquista relevante dos trabalhadores da rea e tambm uma contribuio significativa para avanar na ampliao do acesso aos servios odontolgicos
Resumo:
Este artigo discute os conceitos de participao e empowerment em Promoo da Sade e Desenvolvimento Sustentvel, considerando as agendas de implementao local, Municpios/Cidades Saudveis e Agenda 21, e a importncia dos processos de avaliao nesse contexto, por meio da anlise de uma interveno em rea de mananciais - o Programa Bairro Ecolgico (PBE), desenvolvido em 51 bairros do municpio de So Bernardo do Campo, Estado de So Paulo, Brasil. O estudo teve por objetivo avaliar os processos de participao e empowerment da comunidade, a partir das aes desencadeadas pelo PBE. Foram aplicados questionrios e realizados grupos focais com moradores de bairros que sofreram a interveno. Tambm foram realizadas entrevistas individuais com gestores do programa e do poder judicirio. Os resultados indicaram que a participao na implementao do PBE favoreceu o empowerment individual e grupal, presente nas duas comunidades estudadas. As comunidades tornaram-se mais organizadas. H indcios de que os processos de tomada de decises so centralizados. Apesar disso, as comunidades entendem que sua participao no programa lhes traz muitas coisas boas. Houve um processo participativo no desenvolvimento do programa, ainda que alguns relatos apontem para o carter obrigatrio da participao. Deve-se destacar o impacto do envolvimento e fortalecimento das lideranas na implementao e sustentabilidade do programa. No que diz respeito a esta ltima, verificou-se que a sensibilizao ambiental tem sido fator determinante para a execuo e manuteno das aes ao longo do tempo.
Resumo:
Descreve-se o surgimento e o que significaram para a poltica nacional de sade bucal os procedimentos coletivos (PC) de sade bucal, introduzidos em 1992 e extintos em 2006. Realizou-se pesquisa bibliogrfica e anlise documental. Criados no governo Collor (1990-1992) como elemento central da sua poltica de sade bucal, os PC pretendiam reverter o modelo assistencial cirrgico-restaurador e extinguir o TC (tratamento completado) como instrumento para remunerao do setor, visando a possibilitar que estados e municpios fossem remunerados por aes preventivas. Durante os anos 1990, os PC ocuparam lugar de destaque nas aes de sade bucal no SUS, impulsionando, sob apoio financeiro, as aes de promoo e preveno em centenas de municpios. Mas a sua vinculao com os mecanismos de transferncia de recursos, tida inicialmente como um avano, foi tirando a sua caracterstica de instrumento potente para mudar o modelo de ateno. No obstante as dificuldades e limitaes, sua criao e amplo emprego representaram um esforo para alterar substancialmente o modelo de prtica odontolgica predominante no setor pblico, redirecionando-o para aes preventivas e de promoo da sade, o que se tornou seu principal legado.
Resumo:
A promoo da sade, entendida como estratgia de produo social de sade, deve articular e permear polticas pblicas que influenciem o futuro da qualidade de vida urbana. Esse grande desafio envolve arranjos intersetoriais na gesto pblica, empoderamento da populao, desenvolvimento de competncias e habilidades, capacitao, acesso informao, estmulo cidadania ativa, entre outros, para que a populao reconhea seus problemas e suas causas, a fim de que ela possa advogar por polticas pblicas saudveis. Para esse propsito, necessrio que o governo operacionalize uma forma de gesto pblica que considere a melhoria nas condies de vida, de trabalho e de cultura, estabelecendo uma relao harmoniosa com o meio ambiente, com o corpo que envolva a participao social na cogesto e na democracia. Nesse contexto, a insero de um programa de prticas corporais/atividade fsica direcionada populao deve estar fundamentada em uma concepo da Promoo da Sade apoiada em processos educativos que vo alm da transmisso de conhecimentos. Ela deve estar focada no enfrentamento das dificuldades, no fortalecimento da identidade e na incorporao de solues criativas e saberes saudveis. Este artigo tem o objetivo de refletir sobre polticas de promoo da sade relacionadas s Prticas Corporais/Atividade Fsica, alm de apresentar um breve relato sobre o trabalho desenvolvido nessa rea no municpio de So Paulo.
Resumo:
O artigo inclui na discusso sobre os resultados da promoo da sade um argumento de natureza epistemolgica, levando em considerao o contexto contemporneo de mudanas econmicas, polticas e culturais do qual ela parte e expresso. Destacam-se, por um lado, as suspeitas que recaem sobre o projeto da Modernidade, sejam elas decorrentes do crescimento das incertezas ou da irrealizao de promessas e, por outro lado, as tentativas de equacionamento do binmio determinao/autonomia, como questes sensveis a uma ruptura dos modos de conhecer na contemporaneidade. Prope-se considerar a dinmica social e abord-la como a unio e a tenso da histria feita e da histria se fazendo, para melhor compreender o alcance e os resultados da promoo da sade. A concluso que a promoo da sade deve continuar buscando o desenvolvimento de aes cada vez mais efetivas, mas deve faz-lo sem abdicar da possibilidade de manter-se prxima da energia social livre e em ebulio, que caracteriza o elemento instituinte de uma produo histrica.
Resumo:
Este artigo discute uma interveno em polticas pblicas voltada para a juventude no municpio de So Paulo, com a finalidade de debater o funcionamento e as dificuldades que esta proposta encontrou ao ser traduzida na prtica cotidiana dos gestores municipais. Teve como objetivo analisar o trabalho dos auxiliares da juventude do municpio e refletir a respeito dos princpios e das estratgias da promoo da sade. Trata-se de estudo qualitativo, utilizando questionrios e entrevistas, procurando aproximar a experincia prtica da discusso terica. O discurso terico conceitual foi convincente quanto importncia deste ator social na construo de polticas pblicas, entretanto sua prtica mostrou que no foi efetivo pelo pouco mrito e pouca sustentabilidade despendidos ao propsito. O espao da sade pblica pode ser um lcus privilegiado no sentido de contribuir para a proposio de intervenes para esse pblico.
Resumo:
Analisando a abordagem conceitual dos iderios de Agroecologia e da Promoo da Sade, percebe-se a aproximao desses campos cientficos e prticos a partir de suas diretrizes comuns de fomentar a democracia, promover a cidadania, o empowerment, a autonomia e a participao comunitria dos atores sociais, resgatar saberes e prticas tradicionais e populares, alm de promover sade, qualidade de vida e sustentabilidade nos nveis ambiental, social e econmico. Entretanto, apesar de suas interfaces comuns, esses dois campos no tm dialogado. A Agroecologia e sua potencial ao de promoo de sade no meio rural no tm sido discutidas na Sade Pblica e na Promoo da Sade; por sua vez, tais reas tampouco tm produzido conhecimentos que possam contribuir para o fortalecimento da Agroecologia enquanto estratgia de promoo da sade. Esse artigo pretende ressaltar a relao entre esses dois campos de estudos, explorando-os conceitualmente. Alm disso, o artigo sinaliza a Agroecologia como uma estratgia intersetorial de promoo da sade, de sustentabilidade e de segurana alimentar e nutricional.
Resumo:
Vrios movimentos internacionais, como o da Promoo da Sade, tm colocado o exerccio da cidadania como estratgia de melhoria das condies de vida e sade da populao de pases em desenvolvimento. A educao tem papel importante no desenvolvimento deste exerccio, merecendo ateno especial a escola e o professor, por estar mais prximo do aluno. Assim, o objetivo deste estudo foi conhecer as representaes sociais do professor sobre cidadania, sobre o aluno ser cidado, alm de sua viso sobre o seu papel e o da escola no desenvolvimento dela. Foram entrevistados quarenta professores de escola pblica da cidade de So Paulo, e seus discursos foram analisados pela metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A maioria dos professores considera a escola como um espao onde a cidadania deve ser desenvolvida e com o professor tendo grande responsabilidade nesse desenvolvimento; sabe da importncia de suas atitudes e ensino na formao do aluno; reconhece o aluno como um futuro cidado e percebe a cidadania como uma participao ativa na sociedade, alm dos direitos e deveres. Os professores revelaram algumas atitudes favorveis ao desenvolvimento do exerccio da cidadania, apontando para o alcance de melhores condies de sade e vida da populao brasileira.
Resumo:
Para se conhecer a prtica profissional de farmacuticos que atuam em farmcias e drogarias, seus conhecimentos e percepes acerca da Ateno Farmacutica (AF), realizou-se estudo descritivo com 91 farmacuticos do municpio de Jundia-SP. A maioria era jovem (62,6% entre 20 e 29 anos), do sexo feminino (63,7%), graduada em instituies privadas (90,1%) e no proprietria do estabelecimento (87,9%). Desenvolviam atividades administrativas, tcnicas e de ateno ao usurio, principalmente dispensao de medicamentos e orientao; 67,0% acompanhavam o tratamento farmacoteraputico dos usurios, mas sem registrar informaes. Para 62,7%, AF relacionava-se apenas orientao e atendimento dispensados, mas tais atividades no eram realizadas de forma sistemtica e organizada, como preconizado. Muitos (91,2%) consideravam necessrio realizar trabalho mais intenso com os usurios, porm apontaram dificuldades como falta de tempo e de apoio dos proprietrios e desinteresse dos usurios. Vrias dessas dificuldades tm sido verificadas tambm em outros pases, sugerindo que a prtica da AF: (a) requer uma mudana estrutural e rearranjo de funes, uma vez que, atualmente, a estrutura e as atividades so adequadas atividade comercial; (b) reflete uma crise de identidade profissional e, em consequncia, falta de reconhecimento social e pouca insero na equipe multiprofissional de sade. O conhecimento sobre AF mostrou-se limitado, mas a situao pode vir a alterar-se medida que as mudanas curriculares em curso surtam efeito na formao dos novos farmacuticos.
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O objetivo deste artigo descrever caractersticas de consumo e comportamento alimentar de adolescentes brasileiros e sua associao com fatores sociodemogrficos. Estudou-se, em 2009, amostra representativa de alunos do 9 ano do ensino fundamental de escolas pblicas e privadas das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Utilizou-se questionrio autoaplicvel sobre atributos sociodemogrficos, consumo e comportamento alimentar, entre outros. Estimativas dos indicadores construdos foram apresentadas para o total da populao e por sexo. A associao de cada um dos indicadores com variveis sociodemogrficas foi examinada por meio de regresso logstica. A maioria dos adolescentes consumia regularmente feijo (62,6%), leite (53,6%) e guloseimas (50,9%), realizava pelo menos o almoo ou o jantar com a me ou responsvel (62,6%) e comia assistindo televiso ou estudando (50,9%). Em geral, as meninas estavam mais expostas a prticas alimentares no desejveis, e o melhor nvel socioeconmico associou-se a maiores prevalncias dos indicadores estudados. Os resultados revelaram consumo regular dos marcadores de alimentao no saudvel e consumo inferior ao recomendado dos de alimentao saudvel, apontando a necessidade de aes de promoo de sade dirigidas a jovens.
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OBJETIVO: Identificar na literatura situaes que possam impedir ou prejudicar as aes de preveno de acidentes e doenas ou de promoo da sade de trabalhadores do setor sade. MTODO: Foi realizada uma reviso da literatura utilizando a base SciELO para o perodo de 1967 a 2008, complementada por busca na base PubMed para o perodo de 1950 a 2008. Os seguintes termos foram utilizados para identificar artigos em portugus, ingls e espanhol: trabalho, trabalhador, ocupacional, riscos, doenas, ergonomia, capacidade para o trabalho, qualidade de vida, organizao, acidentes, condies de trabalho, interveno e administrao. Foram selecionados artigos sobre preveno de doenas e acidentes e sobre promoo da sade no trabalho em servios de sade latino-americanos. Tambm foram selecionados artigos sobre intervenes em ambientes de trabalho no setor sade. RESULTADOS: Foram identificadas as seguintes situaes desfavorveis: programas de interveno sem boa base terica e no integrados gesto do servio como um todo; falhas em avaliar a eficcia das intervenes; vigilncia da sade restrita a doenas e agravos especficos; falta de compromisso da gesto com as intervenes; falhas na comunicao; falta de participao e controle por parte dos trabalhadores sobre o ambiente de trabalho; e programas e intervenes baseados exclusivamente na mudana comportamental dos trabalhadores. CONCLUSES: A literatura mostra que todas as barreiras citadas afetam tanto a melhoria do estado de sade dos trabalhadores em sade quanto a sua capacidade para o trabalho