1000 resultados para Centro de Estudos Supletivos de Niterói
Resumo:
Quais são, para as pessoas comuns, representantes de grupos sem porta-voz oficial como os jovens, os desempregados, os pobres etc., os efeitos da passagem pela televisão? A análise da série televisiva "O que eles se tornarão?", que acompanha desde 1984 os alunos de uma classe atualmente na 5ª série de uma escola parisiense, permitiu observar como a televisão provoca transformações nos corpos, na apresentação de si e mesmo na orientação escolar e profissional destas celebridades anônimas.
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Como explicar o uso feito pela sociedade democrática de um vocabulário político que funciona sobre bases de alusões à família como princípio de realidade social? Atualizadas pela mídia, essas alusões (afilhado político, os pais do partido, herança partidária, herdeiro político...) oferecem uma visão esparsa de significação da democracia e revelam a existência possível de duas esferas teoricamente inconciliáveis, onde uma se realiza mascarando a outra: as idéias de democracia, partido moderno e eleições dissimulando os sinais de família, isto é, do mundo social no político. Com base numa pesquisa empírica realizada sobre a transmissão do poder político em Minas Gerais, o artigo discute um método para examinar os fundamentos da indagação acima, com reflexões sobre as fontes de dados para realizar tal estudo. Não se trata de considerar essas fontes como caso técnico, mas como uma problemática diretamente ligada à metodologia da sócio- história do político.
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O presente artigo discute a visão sobre infância e escola presente entre homens e mulheres de diferentes idades e moradores da cidade de São Paulo. O comum entre todos, o fato de serem negros e, como tal, partilharem das trajetórias de suas famílias, como imersas no espaço da cor e da raça. Disto resultam desafios e conquistas que, por sua vez, revelam perdas e ganhos fundamentais em termos das posições sociais que essas famílias hoje ocupam.
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Este texto foi escrito buscando estudar, com base na memória biográfica, problemas específicos da realidade social, neste caso, o lugar da escola e da família na definição do destino profissional. Trata-se aqui da história de um chefe de cozinha, com formação universitária em filosofia e filho de família de tradicionais cozinheiros na rede hoteleira da região de São Paulo. Estão em estudo, neste trabalho, os hábitos da família, a formação profissional em escola técnica e a escola como espaço de socialização, desejos e sonhos individuais associados aos projetos familiares e as condições oferecidas pela sociedade em dado momento histórico. O estudo realiza também uma reflexão sobre a memória como fonte de pesquisa em sociologia da educação.
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Pretende-se expor como as investigações que se desenvolvem em torno de uma problemática de pesquisa referente à formação em escolas de ofício católicas e à organização e estrutura do campo religioso no Rio Grande do Sul/ Brasil (séculos XVIII, XIX, XX), tem procurado preservar os diversos suportes da memória social visto que se trata de uma forma de ampliar os "espaços de possibilidades" voltados à construção da cidadania.
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Antropologia e educação constituem hoje, um campo de confrontação em que a compartimentação do saber atribui à antropologia a condição de ciência e a educação, a condição de prática. Dentro dessa divergência primordial, profissionais de ambos os lados se acusam e se defendem com base em pré-noções, práticas reducionistas e muito desconhecimento. Muitas coisas separam antropólogos e educadores, mas muitas outras os une. Neste texto, busca-se ressaltar o que há de comum e de diferente em ambas as áreas com base na existência de um diálogo do passado que possibilite um diálogo futuro. Considera-se assim, a possibilidade de superação dos preconceitos e, neste sentido, apontar para um avanço do conhecimento.
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Partindo da análise das características que o culturalismo assumiu entre nós, quando da sua introdução na década de 30, - uma reflexão a respeito da nossa formação enquanto povo, colocada a serviço de uma política de integração nacional - e da sua repercurssão junto ao projeto educacional que então se formulava no país, o texto se move no sentido de mostrar as transformações operadas nesta área quando os processos de redemocratização, de um lado, e de desenvolvimento, do outro, característicos dos anos 50, colocaram a escola elementar diante de nossos desafios.
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O artigo tem como objetivo mapear as relações entre os campos da Antropologia e a Educação, tendo como referência a experiência da autora, considerando três eixos: ensino (pós-graduação e graduação), pesquisa e orientação de teses e dissertações no contexto do Departamento de Educação da PUC-RIO.
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O presente texto procura mostrar que o interesse dos pesquisadores pela etnografia, no final dos anos 70, está relacionado com o estudo das questões de integração na sala de aula e com os novos metodos de avaliação educacional. Em seguida o texto destaca alguns propósitos e contribuições do uso da etnografia em educação e aponta as principais críticas que vem sendo feitas aos estudos que focalizem a vida escolar cotidiana. Na última parte do texto são discutidos os principais dilemas trazidos pelo uso da abordagem etnográfica em educação e a novas tendências para tentar superar esses dilemas.
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Partindo do pressuposto de que a antropologia e a educação tomam o homem como base comun de reflexão, o texto propõe uma discussão sobre as possíveis diferenças entre as abordagens desses campos do conhecimento, considerando a escolha do lugar teórico a partir do qual uma propósta investigativa é conduzida como o aspecto decisivo da questão. A discussão é estruturada a partir de uma crítica ao discurso pós-moderno que adere ao relativismo - historicamente associado ao sucesso público da antropologia no estudo da diversidade -, e se espraia por todas as ciências humanas no embalo do que se convencionou chamar de "crise de paradigmas", Argumenta-se que sem abrir da característica que dirige o trabalho dos antropólogos, qual seja, o profundo conhecimento de objetos singulares, não se pode furtar ao compromisso científico de inseri-los num contexto mais amplo de compreensão, numa perspectiva passível de encontrar ressonância entre outros pesquisadores sociais. A articulação dos valores universais e das especificidades culturais enquanto dimensões de uma mesma realidade, além de ser uma exigência teórica, impõe-se praticamente na medida em que a democracia passa a ser desafiada pelo movimento global da pobreza, exclusão social e surgimento de particularismos absolutos.
Resumo:
A escola tem sido crescentemente focalizada, não só no Brasil, mas em outros países, constituindo importante fonte para a compreensão das realidades vividas e sofridas pela grande maioria das populações mais privilegiadas econômica, social e culturalmente. A bibliografia produzida pelos autores de tais estudos denuncia, de maneira contundente, a baixa qualidade educacional em vários países, expressa por problemas como indisciplina na sala de aula, precárias condições para o trabalho educativo, despreparo dos professores para realizar adequadamente seu trabalho, baixo status profissional e baixa remuneração, agravados no Brasil pelos alarmantes índices de evasão e repetência. Com o olhar nos professores, como comprometimento político e preocupação de pesquisa, desde o ano de 1984, nossos estudos permitem dizer que esse quadro de problemas não constitui um insucesso generalizado, mas representa, sobretudo, desafios a enfrentar.
Resumo:
O estudo tem como objetivo a compreensão do trabalho docente como um aprofundamento teórico-metodológico orientador da atividade de formação acadêmica e continuada de professores. Discute-se a natureza do trabalho docente, sustentando a sua particularidade, caracterizada por uma certa autonomia e denotando a importância da formação do professor para o exercício da prática pedagógica. A interpretação do trabalho docente foi empreendida através das categorias significado - finalidade dessa atividade fixada socialmente - e sentido do trabalho realizado pelo professor. A ruptura entre significado e sentido torna seu trabalho alienado, comprometendo ou descaracterizando a atividade docente.