891 resultados para Right to Housing
Resumo:
O objetivo deste estudo é descrever e analisar as representações sociais dos conselheiros de saúde sobre a temática da vigilância sanitária. A pesquisa qualitativa de representação social foi adotada como metodologia, sendo utilizada a técnica de entrevista baseada em roteiro semiestruturado. Os dados obtidos com a realização das entrevistas foram analisados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Através dos discursos, os conselheiros de saúde demonstraram conhecer a vigilância sanitária e reconhecerem sua importância para as práticas de Saúde Pública. Demonstraram também, estarem aptos a participar do processo de formulação da Política Municipal de Vigilância Sanitária. O estudo conclui que a vigilância sanitária, principalmente na esfera local, precisa se apropriar dos conselhos de saúde como espaços públicos capazes de legitimar e dar transparência às suas ações, discutindo as necessidades da coletividade democraticamente com a sociedade, sendo possível, dessa forma, construir a cidadania ao mesmo tempo em que se assegura o direito à proteção da saúde.
Resumo:
Este artigo apresenta parte dos resultados de pesquisa que investigou características do movimento de aproximação e afastamento entre homeopatas e médicos da Biomedicina, segundo o ponto de vista dos profissionais não homeopatas. Foram entrevistados 48 profissionais de saúde (docentes, gestores e médicos que trabalham na rede publica). Toma-se para análise apenas os resultados das entrevistas com gestores. Foram usadas como referências as concepções de: campo social e científico de Bourdieu; racionalidades médicas de Madel Luz; arranjos tecnológicos do trabalho em saúde de Mendes-Gonçalves e de identidade profissional de médico de Donnangelo e de Schraiber. Os resultados indicam que o apoio de gestores à presença da Homeopatia no SUS relaciona-se à percepção da demanda social, à defesa do direito de escolha dos usuários e à constatação de tratar-se de uma prática médica que resgata a dimensão humanista da medicina, contribuindo assim para a satisfação do usuário. As dificuldades e resistências apontadas pelos gestores ressaltam que a falta de informações sobre os procedimentos homeopáticos limita as possibilidades de utilização da Homeopatia porque gera insegurança sobre esta medicina.
Resumo:
Trata-se de estudo que procurou conhecer como o usuário do Programa Saúde da Família (PSF) percebe o direito à privacidade e à confidencialidade de suas informações reveladas ao agente comunitário de saúde (ACS) e como relaciona a visita domiciliar ao seu direito à privacidade. Estudo qualitativo, de natureza exploratória e como instrumento de investigação elaborou-se um roteiro de entrevistas semiestruturadas, com questões abertas, realizadas com usuários de uma Unidade do PSF do município de São Paulo. Os resultados mostraram que os usuários não consideram a entrada do ACS em suas residências como uma invasão à sua privacidade e que esse profissional é visto, muitas vezes, apenas como um facilitador do acesso ao serviço de saúde. Constatou-se tendência em se admitir que as informações dadas em sigilo podem ser reveladas pelo ACS. Notou-se a importância das relações de gênero e do cuidado quando da revelação de determinadas condições de saúde. Enfermidades como AIDS, tuberculose, câncer, doenças da próstata e o diabetes apareceram como doenças que podem causar preconceito e, nesse sentido, não deveriam ser reveladas ao ACS, a não ser pela necessidade do acesso mais rápido às consultas médicas. Pareceu, ainda, haver certa passividade do usuário em relação à percepção da falta de respeito ao sigilo das suas informações.
Resumo:
Este artigo apresenta a experiência de implantação de um sistema de gestão em Saúde do Trabalhador implantado na Superintendencia de Controle de Endemias (SUCEN), no período de 1998 a 2002, que operava na atividade de controle químico de vetores no Estado de São Paulo. OBJETIVO: Descrever o sistema de gestão participativa, as ações desenvolvidas e os principais resultados alcançados. MÉTODO: Relato da experiência vivenciada pela equipe usando abordagem qualitativa, análise de documentos e apresentação de dados quantitativos. RESULTADOS: Foram eleitas 11 Comissões de Saúde e Trabalho (COMSAT's) que em conjunto com a equipe técnica iniciaram a identificação dos riscos e de propostas para prevenção e controle dos riscos no trabalho. O mapeamento de riscos resultou em 650 recomendações, 45,7% das quais foram executadas. Foram identificadas como doenças relacionadas ao trabalho: reações alérgicas aos pesticidas, lesões por esforços repetitivos, distúrbios auditivos e patologias de coluna vertebral. Participaram dos cursos básicos de saúde do trabalhador 1.003 servidores (76,3% do total de servidores), sendo que 90,8% dos participantes os consideraram ótimos ou bons. CONCLUSÕES: O sistema de gerenciamento participativo coloca em prática os princípios de gestão democrática do Sistema Único de Saúde (SUS); incorpora, por meio do mapeamento de riscos, o saber do trabalhador; inclui os trabalhadores como sujeitos do processo de negociação e mudanças; pratica o direito à informação. As COMSAT's revelaram-se espaços adequados para a negociação das melhorias nas condições de trabalho. A aprovação do sistema de gestão culminou na validação legal por meio de um acordo tripartite assinado em março de 2002.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar mudanças na realização de teste anti-HIV, as razões alegadas entre as pessoas que foram ou não testadas e o recebimento de aconselhamento. MÉTODOS: Estudos transversais conduzidos com homens e mulheres de 16 a 65 anos, com amostras representativas do Brasil urbano em 1998 (n=3.600) e 2005 (n=5.040). Características sociodemográficas, sexuais, reprodutivas e de experiências de vida e saúde foram consideradas na análise. A avaliação das possíveis diferenças nas distribuições das variáveis baseou-se nos testes qui-quadrado de Pearson e F design-based (±<5%). RESULTADOS: Em 1998, 20,2% dos entrevistados haviam realizado o teste e 33,6% em 2005. Foram testadas 60% das mulheres na faixa 25-34 anos, mas as que iniciaram a vida sexual antes dos 16 anos e reportaram quatro ou mais parceiros sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista foram menos testadas. Não se observou aumento significativo da testagem entre homens, exceto para os de 55-65 anos, renda per capita entre 1-3 e 5-10 salários mínimos, aposentados, protestantes históricos e adeptos de cultos afro-brasileiros, moradores da região Norte/Nordeste e os que declararam parceria homo/bissexual ou não tiveram relações sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista. Não aumentou a freqüência de testagem entre pessoas auto-avaliadas como sob alto risco para o HIV. Entre as mulheres, a freqüência de testagem pré-natal aumentou e a testagem por trabalho diminuiu entre os homens. Em 2005, metade dos testados não recebeu orientação antes ou após o teste. CONCLUSÕES: Houve expansão desigual na testagem, atingindo principalmente mulheres em idade reprodutiva, adultas e pessoas com melhores condições sociais. A testagem parece estar aumentando no País sem a devida atenção à decisão autônoma das pessoas e sem o provimento de maior e melhor oferta de aconselhamento
Resumo:
Nos últimos 20 anos, houve uma melhoria de praticamente todos os indicadores da saúde materna no Brasil, assim como grande ampliação do acesso aos serviços de saúde. Paradoxalmente, não há qualquer evidência de melhoria na mortalidade materna. Este texto tem como objetivo trazer elementos para a compreensão deste paradoxo, através do exame dos modelos típicos de assistência ao parto, no SUS e no setor privado. Analisaremos as propostas de mudança para uma assistência mais baseada em evidências sobre a segurança destes modelos, sua relação com os direitos das mulheres, e com os conflitos de interesse e resistências à mudança dos modelos. Examinamos os pressupostos de gênero que modulam a assistência e os vieses de gênero na pesquisa neste campo, expressos na superestimação dos benefícios da tecnologia, e na subestimação ou na negação dos desconfortos e efeitos adversos das intervenções. Crenças da cultura sexual não raro são tidas como explicações 'científicas' sobre o corpo, a parturição e a sexualidade, e se refletem na imposição de sofrimentos e riscos desnecessários, nas intervenções danosas à integridade genital, e na negação do direito a acompanhantes. Esta 'pessimização do parto' é instrumental para favorecer, por comparação, o modelo da cesárea de rotina. Por fim, discutimos como o uso da categoria gênero pode contribuir para promover direitos e mudanças institucionais, como no caso dos acompanhantes no parto
Resumo:
O direito à saúde recebeu - pela primeira vez - tratamento constitucional no brasil em 1988, fruto de grande participação popular. Neste estudo, se busca compreender a extensão dessa afirmação e verificar sua implementação normativa e jurisprudencial. A partir do estudo da evolução dos conceitos de saúde e de direito, concluiu-se que o direito à saúde deve implicar a constante participação popular para que possa ser delimitado. Verificou-se, também, que o arcabouço normativo vem sendo construído em conformidade com as exigências constitucionais. Quanto à construção jurisprudencial, se percebeu que ela vem acontecendo de forma errática e que os tribunais superiores raramente enfrentam a discussão da política de saúde desenhada na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Concluiu-se que a afirmação constitucional tem demonstrado vigor, haja vista o grande desenvolvimento normativo conforme `compreensão contemporânea; e que o controle judicial da realização da política sanitária é ainda incipiente
Resumo:
The technological development experienced in the contemporary world are transforming society and relations between State and people. The mobility of human being has reached levels never before imagined and a person can move from one side of the world to the other side in less than 24 hours. This mobility also includes goods and services, giving the keynote of the globalized world of the XXI Century. In this context, the risks of diseases and others health problems are intensely amplified. Nowadays, an epidemic that begins in China can arrive in Brazil the following day. Brazil recognizes health as a universal right and also consider it a State's obligation. Therefore, the State of Brazil is obligated to organize itself to eliminate or control health risks. Today, the organization of the Brazilian State regarding the surveillance of risks of diseases and other health problems is fragmented and includes sanitary surveillance (focused on goods, products and services), epidemiological surveillance (diseases and investigations of other risks) and environmental surveillance in health (the environment in general, including the workplace). This fragmentation causes problems for the management and consolidation of strategic information for health protection. Brazil has the need to think about an other model of organization that put together all "kinds" of surveillances within a single coordinated system, called the National System of Health Surveillance, which would be able to coordinate the various specialties of health surveillance that exists in the country in order to provide a effective system of information and health surveillance, able to face emergency situations of public health
Resumo:
In South Africa, and especially in Johannesburg, apartheid's ""racial"" paradigms are being transformed. Fifteen years after the end of apartheid and the elimination of all forms of inequity based on notion of ""race,"" including the abolition of the Immorality Act of 1949 that prohibited mixed marriages, the discourses of youth challenge preestablished boundaries. Today, the South African Constitution gives people the right to proclaim their sexual orientation and to shape their own identities. Through ethnographic observations carried out in Johannesburg and in-depth interviews with young people, this paper explores transforming notions of identity based on ""race/color/ethnicity,"" gender, class, and sexuality. The dynamics and challenges faced by young people with regards to mixed interactions in post-apartheid Johannesburg are analyzed and the paper looks at how "" race,"" gender, and sexuality interact in the various spaces in Johannesburg and how they affect young people's lives, particularly their perceptions of risk, violence, and HIV/AIDS vulnerability.
Resumo:
Background: Rhipicephalus sanguineus, known as the brown dog tick, is a common ectoparasite of domestic dogs and can be found worldwide. R. sanguineus is recognized as the primary vector of the etiological agent of canine monocytic ehrlichiosis and canine babesiosis. Here we present the first description of a R. sanguineus salivary gland transcriptome by the production and analysis of 2,034 expressed sequence tags (EST) from two cDNA libraries, one consctructed using mRNA from dissected salivary glands from female ticks fed for 3-5 days (early to mid library, RsSGL1) and the another from ticks fed for 5 days (mid library, RsSGL2), identifying 1,024 clusters of related sequences. Results: Based on sequence similarities to nine different databases, we identified transcripts of genes that were further categorized according to function. The category of putative housekeeping genes contained similar to 56% of the sequences and had on average 2.49 ESTs per cluster, the secreted protein category contained 26.6% of the ESTs and had 2.47 EST's/clusters, while 15.3% of the ESTs, mostly singletons, were not classifiable, and were annotated as ""unknown function"". The secreted category included genes that coded for lipocalins, proteases inhibitors, disintegrins, metalloproteases, immunomodulatory and antiinflammatory proteins, as Evasins and Da-p36, as well as basic-tail and 18.3 kDa proteins, cement proteins, mucins, defensins and antimicrobial peptides. Comparison of the abundance of ESTs from similar contigs of the two salivary gland cDNA libraries allowed the identification of differentially expressed genes, such as genes coding for Evasins and a thrombin inhibitor, which were over expressed in the RsSGL1 (early to mid library) versus RsSGL2 (mid library), indicating their role in inhibition of inflammation at the tick feeding site from the very beginning of the blood meal. Conversely, sequences related to cement (64P), which function has been correlated with tick attachment, was largely expressed in the mid library. Conclusions: Our survey provided an insight into the R. sanguineus sialotranscriptome, which can assist the discovery of new targets for anti-tick vaccines, as well as help to identify pharmacologically active proteins.
Resumo:
Background: Several studies have shown that robot-assisted laparoscopic radical prostatectomy (RALP) is feasible, with favorable complication rates and short hospital times. However, the early recovery of urinary continence remains a challenge to be overcome. Objective: We describe our technique of periurethral retropubic suspension stitch during RALP and report its impact on early recovery of urinary continence. Design, setting, and participants: We analyze prospectively 331 consecutive patients who underwent RALP, 94 without the placement of suspension stitch (group 1) and 237 with the application of the suspension stitch (group 2). Surgical procedure: The only difference between the groups was the placement of the puboperiurethral stitch after the ligation of the dorsal venous complex (DVC). The periurethral retropubic stitch was placed using a 12-in monofilament polyglytone suture on a CTI needle. The stitch was passed from right to left between the urethra and DVC, and then through the periostium on the pubic bone. The stitch was passed again through the DVC, and then through the pubic bone in a figure eight, and then tied. Measurements: Continence rates were assessed with a self-administered validated questionnaire (Expanded Prostate Cancer Index Composite [EPIC] at 1, 3, 6, and 12 mo after the procedure. Continence was defined as the use of no absorbent pads or no leakage of urine. Results and limitations: In group 1, the continence rate at 1, 3, 6, and 12 mo postoperatively was 33%, 83%, 94.7%, and 95.7%, respectively; in group 2, the continence rate was 40%, 92.8%, 97.9%, and 97.9%, respectively. The suspension technique resulted in significantly greater continence rates at 3 mo after RALP (p = 0.013). The median/mean interval to recovery of continence was also statistically significantly shorter in the suspension group (median: 6 wk; mean: 7.338 wk: 95% confidence interval [CI]: 6.387-8.288) compared to the non-suspension group (median: 7 wk; mean: 9.585 wk: 95% CI: 7.558-11.612; log rank test, p = 0.02). Conclusions: The suspension stitch during RALP resulted in a statistically significantly shorter interval to recovery of continence and higher continence rates at 3 mo after the procedure. (C) 2009 European Association of Urology. Published by Elsevier B.V. All rights reserved.
Resumo:
Objective: The objective of this study is to evaluate the visual feedback influence on pelvic floor muscle contraction. Study design: Seventeen nulliparous, urinary-continent women participated in this study. Pelvic floor muscle strength with and without the use of visual feedback was measured with a dynamometric speculum in two directions (anteroposterior and left-right). To compare the mean strength values with and without the use of visual feedback, the t test was applied. Results: There was no significant difference between the pelvic floor muscle anteroposterior strength values with and without the use of visual feedback (p = 0.30), and no significant difference for the left-right strength (p = 0.37). Conclusion: There was no difference between the pelvic floor muscle strength values with and without the use of visual feedback. (C) 2010 Elsevier Ireland Ltd. All rights reserved.
Resumo:
In transplant centers, few topics are more controversial than communication between organ donor families (ODF) and recipients (RE). The Organ Procurement Organizations and transplant centers have felt obliged to protect the confidentiality and interests of ODF and RE. However, some authors have reported favorable effects of contact between ODF and RE. This study sought to investigate the current situation of the communication between ODF and RE from the viewpoint of transplanted patients (n = 50) and waiting transplant patients (n 50) at a Brazilian University Hospital, ODF (n = 10), physicians from transplant centers (n 50), as well as the opinion of the general population of a Brazilian city (n = 100). This work was developed as a survey whose questions related to the issue of communication between ODF and RE. The results showed that the majority of transplanted patients (82%) and patients awaiting transplant (60%) wanted to meet ODF to express their gratitude for receiving the organ. Likewise, ODF (67%) wanted to have a meeting with recipients, which allowed them to confirm the benefit of their donation. The general population was also favorable (66%) to ODF and RE communication. In contrast, the physicians (74%) were opposed to the ODF and RE contact. They affirmed that direct contact could lead to serious emotional conflicts or attempts of material involvement. One believes that decisions concerning the contact between ODF and RE would have to be determined by the involved parties. The transplant team could analyze the requests case by case, but ODF and RE must have the right to make the final decision.