999 resultados para Herança e sucessão - Brasil
Resumo:
O glyphosate é o principal herbicida utilizado no manejo de plantas daninhas na agricultura, aplicado em alguns sistemas de forma repetitiva ao longo de cada ano. Esta prática selecionou biótipos resistentes de espécies de plantas daninhas, sendo o capim-amargoso (Digitaria insularis) selecionado no Brasil. Portanto, se tornam necessários estudos para entender, manejar e reduzir a infestação do capim-amargoso resistente ao glyphosate. Dessa forma, esta pesquisa foi desenvolvida com os objetivos de: (i) mapear áreas do Brasil com possíveis infestações de capim-amargoso resistente ao glyphosate; (ii) avaliar alternativas químicas de seu manejo; (iii) elucidar os mecanismos de resistência ao glyphosate e; (iv) avaliar a herança genética dos genes que conferem resistência ao glyphosate. Para o desenvolvimento dos experimentos foram coletadas sementes de biótipos potencialmente resistentes de diversas regiões do Brasil onde ocorreram falhas de controle de D. insularis após a aplicação de glyphosate. Na primeira etapa da pesquisa foram realizados experimentos para determinação de uma dose discriminatória de triagementre as populações resistentes e suscetíveis ao glyphosate, através de curvas de dose-resposta, para identificar a resistência ao Glyphosate, sendo que estes dados foram utilizados para mapear a ocorrência de biótipos resistentes em algumas regiões do país. Na segunda etapa foi conduzido um experimento em casa-de-vegetação visando encontrar herbicidas alternativos ao Glyphosate para controle do capim-amargoso, utilizando herbicidas recomendados para as culturas do milho e algodão, tanto em condições de aplicação de pré como em pós-emergência da planta daninha. Na terceira etapa foram realizados ensaios para determinar a existência de absorção e translocação diferencial do glyphosate em biótipos suscetíveis e resistentes, juntamente com a análise molecular para comparar a região 106 do gene que codifica a EPSPs nestes biótipos. Por fim um estudo de polinização cruzada foi conduzido para avaliar se genes de resistência ao glyphosate são transferidos para a geração seguinte após inflorescências de biótipos suscetíveis serem acondicionadas com as de biótipos resistentes, submetendo a geração seguinte a experimentos de curva de dose-resposta com o glyphosate. Através do modelo de curva dose-resposta do programa estatístico R, determinou-se a dose de 960 g e.a ha-1, como a dose utilizada para triagem dos biótipos oriundos de diferentes regiões do Brasil. Com isto foram gerados mapas indicando a presença ou ausência de resistência ao herbicida, sendo que as região oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul apresentam maior número de localidades com a presença de biótipos resistentes. As alternativas de controle viáveis como pós-emergentes no estádio de um a dois perfilhos, foram os herbicidas Nicosulfuron, Imazapic + Imazapyr, Atrazine, Haloxifop-methyl e Tepraloxydim. Na pré-emergência do capim-amargoso os herbicidas Atrazine, Isoxaflutole, S-metolachlor, Clomazone, Diuron e Flumioxazin se apresentaram como eficazes para o controle desta espécie. Os resultados do experimento de absorção, translocação e comparação da região 106 não mostraram diferenças entre os biótipos resistente e suscetível. O experimento sobre cruzamento entre biótipos resistente e suscetível determinou a espécie D. insularis como autógama e sem transferência de genes que causam a resistência ao glyphosate.
Resumo:
Enquadramento: O sucesso/insucesso escolar é motivo de preocupação quer para a escola quer para as famílias. A entrada para a escola gera mudanças na criança pela adaptação a diferentes ambientes e contextos, pelos relacionamentos com os professores e colegas, pelos os hábitos e estilos de vida dos alunos. A família, quer em casa quer nas relações com a escola, exerce um papel fundamental no desempenho escolar dos filhos, pelo acompanhamento e envolvimento ativo que deve ter nos projetos educativos. Objetivos: Avaliar o desempenho (sucesso/insucesso) dos alunos do 6º ano; caracterizar o perfil sociodemográfico dos alunos e da família dos alunos; avaliar alguns hábitos de vida dos alunos; avaliar o envolvimento dos pais com os alunos e com a escola. Material e métodos: Estudo exploratório-descritivo, quantitativo e correlacional, com os pais e os alunos duma Escola pública, Maria Iraci Teófilo de Castro, Alagoas, no ano de 2015. A escola tem uma população de 1782 alunos de várias séries e a nossa amostra foram os alunos de 6º ano, num total de 325. Para a colheita de dados futilizamos um questionário de caraterização dos alunos, da familia e da escola e uma escala de envolvimento parental com a escola (QEPE-versão pais). Realizamos ainda 40 entrevistas com pais dos alunos do 6º ano. Resultados: A maioria são rapazes (56,6%) com uma média de idades de 11,96 anos (de 10-16 anos). Estão distribuídos por 8 turmas (de 30 a 47 alunos). Residem maioritariamente em zona rural (61,5%), vivem com os pais (59,1%) e cerca de 40% referem ter os pais solteiros ou separados. Os pais, 50,2% têm o ensino fundamental I e 37,2% não têm instrução. A deslocação para a escola é em média de 15 minutos. As crianças não têm habitos tabágicos ou alcoólicos e realizam atividades de ajuda ás famílias (74,5%). 41,2% de alunos referem ter sono nas aulas e 43,1% levantam-se antes das 6 horas. 33,5% dos alunos gostam pouco ou nada da escola. Quanto ao desempenho escolar 24,3% autoavaliam o seu desempenho como abaixo da média e 44,0% já reprovaram alguma vez. A falta de estudo (31,5%) e as faltas (35,7%) são os motivos mais apontados para as reprovações. Dos motivos para não estudar, 23,6% referem ser por causa de ajudar em atividades em casa. A quase totalidade refere ter bom ou muito bom relacionamento com os pais, mas cerca de 25 % referem que só às vezes os pais os ajudam nos problemas e no incentivo à leitura e a visita regular dos pais à escola é referida por 36,3%. Conclusões: Existem mais reprovações no sexo masculino, nos alunos em que os pais não ajudam na lição em casa e nem os incentivam à leitura e nos alunos que referem sono nas aulas. Os alunos que gostam da escola e se sentem motivados são os que menos reprovam. Verificamos fraco envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos, não ajudam na realização das tarefas e incentivos ao estudo e não mantêm um contato regular com o professor e a escola. PALAVRAS-CHAVE – família, aluno, escola, sucesso, insucesso,