320 resultados para Euripides.
Resumo:
Pretende-se, nesta dissertação, identificar, analisar e interpretar as alterações cénicas e textuais mais marcantes em Medeia - Recriação poética da tragédia de Eurípides de Sophia de Mello Breyner Andresen, a partir do cotejo com a Medeia de Eurípides, na versão portuguesa de Maria Helena da Rocha Pereira. Em foco estão os expedientes dramatúrgicos que afetam a caraterização das figuras dramáticas nesta Recriação poética de Sophia. Na primeira parte, partindo-se do mito de Medeia, retomam-se os principais tópicos da caracterização da protagonista, na tragédia homónima de Eurípides e na Recriação poética de Sophia. Na segunda parte, o objeto de estudo são as variações cénicas e textuais mais marcantes na Medeia de Sophia, em comparação com o texto matricial, na tradução de M. H. da Rocha Pereira, apresentando-se uma análise e interpretação desse processo de recriação poética de Sophia. Na terceira parte, pretende-se demonstrar de que forma(s) a “recriação poética” altera a reconfiguração das figuras do drama euripidiano.
Resumo:
Com o grau de inovação que o género trágico consentia, Eurípides retomou em Electra o antigo tema de uma vingança patriarcal, salvaguardando os dados essenciais do mito e da lenda, através de uma original exploração dramática do matricídio, numa versão mais doméstica e humanizada, onde as personagens, o espaço e o tempo apareciam significativamente deslocados do enquadramento tradicional da história, motivando o questionamento dos princípios e valores de uma justiça retaliatória, de inspiração taliónica.
Resumo:
A anagnorisis da Electra de Euripides tem sido considerada, pela crítica, uma das cenas mais controversas — e geradores de controvérsias — da antiga dramaturgia grega. A complexidade desta cena deve-se, sobretudo, ao facto de Euripides ter retardado o reconhecimento de Orestes e ter reutilizado, de forma crítica e paródica, os tradicionais semeia das Coéforas, refutados por Electra através de um racicíonio sofístico, tão em voga nos finais do século V a. C. Parodiar num tom humorístico a tradição permitiu-lhe experimentar as convenções dramáticas, num modo de estruturação formal diferente, de forma a possibilitar-lhe situar o texto no mundo e, assim, renovar o antigo significado da mítica história de vingança dos filhos de Agamémnon.
Resumo:
First published 1537. This reprint contains the Electra, ed.by Petrus Victorius, in addition to the 18 tragedies.
Resumo:
This paper aims to analyze elements of the play Gota d’água, written by Chico Buarque and Paulo Pontes from televised script by Oduvaldo Vianna Filho, based on the tragedy Euripides’ Medea. The work preserves the central plot of the Greek text, but presents aspects of Brazilian reality and strong social content, dealing with themes that remain fairly current, such as right to housing, the situation of dependence of the poor class, the search for survival and maintenance power of action and decision in the hands of those who hold the capital. In the plot, recreated in suburban Rio, the representation of poor Brazilian workers emerges, with poverty being approached from a different profile than that spread by recent works of national literature, in which another facet of the lower social classes is highlighted, linking them to crime and violence, as well as the representation even more common, with an emphasis on black or northeastern origin. To this analysis we have purposed our considerations are guided primarily by studies of Antonio Candido (1970, 1989 and 2006) and Roberto Schwarz (1982 and 2000), joining artistic text and social series via character category, with characterization, a priori, through labor relations. Our approach lays not on Joana, representing Medea, the protagonist of that Greek tragedy, but especially from Egeu, minor character in the Euripides’ play, who, however, plays an important role in that modern version, being imperative in the wake of reflections of Brazilian society. On the other hand, we have observed that the entrepreneur Creonte Vasconcelos, who represents the power of capital, and Jasão de Oliveira, a dubious character, who suffers more transformations during the plot, hesitating between the miserable universe of his origin and the economic power, rising socially, becoming a product of the cultural industry and leading us to think about the use of the most capable people by the capitalist system.