515 resultados para Asylum seekers
Resumo:
Esta pesquisa é disparada a partir do encontro da pesquisadora com as chamadas moradias dentro de hospitais psiquiátricos no Estado do Rio de Janeiro. No seio da reforma psiquiátrica e da instalação de uma rede de assistência substitutiva ao hospício, ocorrem transformações também no interior deste último: humanizam-se as práticas, retirando de cena o eletrochoque, a lobotomia, a camisa-de-força, fazendo documentos como CPF, RG e etc. Contudo, a edificação manicomial permanece de pé com os seus grandes pavilhões, alguns agora travestidos em moradias, que tanto podem operacionalizar uma passagem de dentro para fora dos muros como perpetuar o hospício. O texto indaga por que motivo, a partir de um certo momento, inaugura-se um novo modo de organização em saúde mental, em que a antiga centralidade hospitalar se fragmenta em moradias internas e se difundem os novos serviços, ditos abertos, para em seguida afirmar que a construção de uma rede substitutiva não assegura, definitivamente, o fim da relação manicomial. Com o suporte teórico de Foucault e Deleuze, propõe uma discussão acerca da biopolítica da espécie humana, da coexistência de tecnologias disciplinares e regulamentadoras e da inauguração, na sociedade de controle, de um exercício de poder difuso, a céu-aberto, dispensando a coação física e a instituição da reclusão. O texto, entretanto, não se deixa abater por essas análises, mantendo suas apostas numa Reforma Psiquiátrica que propõe como um campo de disputas, de embates cotidianos. É então que a temática do cuidado entra em cena. Para tanto, faz-se uma releitura do período helenístico-romano através dos olhos de Foucault. O Cuidado de Si é apresentado ao leitor para, em seguida, ser estabelecido um contraponto entre o mesmo e o modo de ser sujeito moderno e cristão, com exercícios de renúncia a si e práticas de sacrifício, que em muito se assemelham à maneira como os trabalhadores vêm atuando, hoje, no campo da saúde mental. O texto procura dar pistas e visibilizar as resistências presentes em meio às tantas capturas postas em análise. Trata-se de uma experimentação de práticas de liberdade que se atualizem na operação de cuidado.
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O modelo de atenção que até então pautava a assistência ao louco, baseava-se na lógica manicomial cujo tratamento prestado reduzia-se à internação psiquiátrica. Ao tomar o asilo como seu único destino, restava ao sujeito submeter-se ao único modo de tratar a loucura: o isolamento e a exclusão. Era este o cenário que o movimento da reforma psiquiátrica intentava romper. Para além do fim dos manicômios, o que se visava era a transposição do modelo asilar por outro mais comunitário.Este é o mote da política de saúde mental no município do Rio de Janeiro instaurado desde os anos 90. Portanto, nossa investigação colocou em análise a invenção do Fórum de saúde mental instituído no ano de 2002 como arena participativa envolvendo os trabalhadores de saúde mental na direção da construção de uma rede de atenção territorial.Para tanto, este estudo produziu uma narrativa sobre sua trajetória pelo viés de sua formulação e implementação, a partir dos sujeitos que participaram deste processo. Entendemos que essa escolha nos deu subsídios para compreender os caminhos trilhados ou descartados e as inflexões que transformaram esta arena como operador da gestão do cuidado em saúde mental. Nesta direção, a contribuição teórica de que nos servimos apoiou-se na Teoria da Estruturação que pauta seu estudo em torno da produção e reprodução da vida social pelos próprios agentes sociais. O uso deste conceito nos auxiliou na compreensão de um processo a partir dos próprios agentes uma vez que eles detêm uma capacidade reflexiva, ou melhor, um entendimento teórico acerca de suas próprias ações, incluindo as razões, motivos e necessidades que o instigam a fazê-lo. O estudo identificou que a arena do fórum de saúde mental funcionou como operador da gestão do cuidado, entretanto, é poroso ao conjunto de pessoas que o conduz, tornando delicada sua institucionalidade como arena participativa e de poder decisório.
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A atual política de saúde mental brasileira aponta o hospital geral como parte integrante da rede de serviços substitutivos ao manicômio. É preconizado por essa política que os serviços substitutivos levem em consideração, entre outras premissas, o acolhimento, o vínculo e a integralidade na prestação do cuidado. Frente a isso, optou-se por estudar o atendimento ao louco no hospital geral. Este estudo foi realizado no setor de emergência do Hospital Estadual Pedro II, situado na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era analisar as práticas assistenciais ao louco em um hospital geral e os seus efeitos para integralidade. Para isso, buscou-se, especificamente, a) situar a unidade hospitalar e sua relação com a rede de serviços de saúde, destacando os aspectos sociais, políticos e culturais que se inserem; e b) compreender os sentidos e significados sobre integralidade, acolhimento e vínculo atribuídos pelos sujeitos envolvidos nas práticas assistenciais a clientela com transtorno psiquiátrico; e c) identificar a existência de nexos entre essas práticas e as diretrizes do movimento de reforma psiquiátrica, além de mapear os dispositivos de poder e seus efeitos nas práticas assistenciais. Optou-se pelo recurso metodológico do Estudo de Caso. Os dados foram obtidos através de observação, análise documental, entrevista e conversas do cotidiano. Identificou-se que o hospital funciona como a única emergência da região, além de ser a única porta aberta às emergências psiquiátricas. O espaço físico da emergência em pouco favorecia o desenvolvimento de uma atenção acolhedora, resolutiva e humanizada, seja ao louco ou a qualquer outro paciente. As práticas assistenciais ainda eram predominantemente pautadas pelo modo asilar. Acolhimento, vínculo e integralidade faziam parte do discurso, mas ainda não se materializaram nas práticas assistenciais. O estigma atribuído à doença mental foi percebido como empecilho a práticas acolhedoras. A noção de vínculo foi atrelada à responsabilidade. Porém a prática de alguns profissionais da emergência e do próprio serviço de saúde mental não revelou essa responsabilização na coprodução de saúde. As relações de poder no campo seguiam o modelo biomédico hegemônico, com centralidade na figura do médico. Elas foram consideradas empecilho à materialização da integralidade. A fim de possibilitar a concretização do hospital como parte da rede de serviços substitutivos julgou-se necessário investir em novos arranjos institucionais que coloquem o usuário como centro dos modos de produção de atos de saúde; inserir a dimensão cuidadora na formação e qualificação dos profissionais de saúde e, investir especificamente na dimensão sociocultural da reforma psiquiátrica para que o ideário reformista deixe de circular somente os guetos psiquiátrico e garanta um outro lugar para o louco na sociedade.
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O presente trabalho tem como principal objetivo analisar o imaginário social sobre a loucura a partir das produções literárias de autores brasileiros do final do século XIX e início do século XX. O período escolhido para realização desta pesquisa deve-se ao fato de ter sido cenário do advento do alienismo no Brasil, com a criação do primeiro hospício brasileiro e da primeira lei de assistência aos alienados, o que revela um processo de transição da visão mística e religiosa em relação à loucura para uma visão científica. É neste contexto que se destacam as obras de Machado de Assis, Olavo Bilac e Lima Barreto que foram selecionadas para análise desta pesquisa e que têm em comum o tema da loucura e questões afins. Sob o aspecto metodológico a pesquisa teve como base fundamental o referencial teórico da sociologia compreensiva, proposta por Michel Maffesoli, particularmente na noção de imaginário social, a partir de uma crítica ao modelo dominante da produção de conhecimento. Foram elaboradas seis grandes noções, concebidas a partir das obras literárias, são elas: ciência, alienação, institucionalização, periculosidade, produção de identidade e medicalização. Além das discussões, vários fragmentos exemplificam e possibilitam uma melhor discussão de cada uma destas noções. Concluiu-se, em consonância com Antonio Candido, ser evidente a importância da literatura, assim como de outras formas de arte e cultura, para compreender o imaginário social de uma época sobre os temas em questão, da mesma forma em que a própria literatura contribui para produzi-los
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Essa tese apresenta alguns momentos de uma experiência na operação da função política de assessoria de desinstitucionalização na gestão pública da saúde mental da cidade do Rio de Janeiro. Essa função teve como tarefa o planejamento e execução do fechamento de algumas instituições psiquiátricas de modelo manicomial, assim como o ordenamento da rede de saúde mental municipal no que tange à desinstitucionalização. Esta é entendida como a construção do projeto clínico de saída dos pacientes de iatrogênicas internações, mas também a desinstitucionalização representava nesse contexto a qualificação da direção ética e clínico-metodológica do saber e da prática na gestão da clínica da saúde mental pública. O lugar do operador da gestão foi o foco desta tese, que encontrou na posição do psicanalisante a incidência de uma direção e prática de gestão clínica mais afeitas à ética, no que diz respeito ao exercício de uma função política. A posição do psicanalisante é definida pela ocupação do sujeito do inconsciente no lugar do Outro, do trabalho, no discurso do analista, como Lacan o define. Esse é o lugar que o sujeito ocupa em trabalho, causado pela incidência do objeto a e sua propriedade de hiância, de fazer furo e singularizar um sujeito e sua prática. No discurso do analista e em sua incidência sobre o lugar ocupado pelo sujeito em trabalho o saber está barrado na ocupação do lugar da verdade, o que produz como resto um significante-mestre desbastado de seus efeitos totalitários. Demonstra-se em que momentos tal incidência ocorreu ou não. A tese que se apresenta aqui é baseada nos efeitos do objeto a, de singularização e invenção num sujeito ocupando um lugar político, portanto atravessado por essa posição do psicanalisante
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High sensation seekers have unusual creativities. Recent years Furnham Adrian et al, found that the groups have different arts tendency have higher difference in Sensation seeking dimension than in Big 5. Some studies found arts students have higher level in many dimension. Sensation seeking has an important influence to peoples` aesthetic conception. This thesis measured art (including painting, music, dancing) students and non-art students` trait of sensation seeking Personality, and looked for the similarities and differences between art students and non-art students in development of sensation seeking personality. Try to find the influence of different procession of art study to sensation seeking level. The outcome of this study: 1. In non-art students, sensation seeking level has a decrease from Grade 1 to Grade 3 in college students, especially in males. Male has higher sensation seeking level than female, especially in TAS, DIS and GEN. 2. There are differences between art students and non-art students in sensation seeking. In ES and GEN Painting students have higher level than non-art students, but in TAS dancing students have lower level than non-art students, in BS students studied in music have lower level than non-art students. 3. Tendency of arts development in art students and non-art students has difference from grade 1 to grade 3. Tendency in non-art students has a decrease, but in art students is not so obviously. The developments in TAS、ES、GEN of painting students, in ES、BS、GEN of dancing students, in TAS、ES、GEN of music major students have differences towards to non-art students. Different art studies have possibility to improve opening of experiment and normal sensation seeking level. All the Different art kinds may affect the development of ES and GEN, and ES and GEN may become commonness gradually within all kind art groups. But this commonness is not so notable in Grade 1-3. 4. Between different art kinds have differences. TAS Scores of dancing group is notably lower than scores of music and painting groups, score of painting group in ES BS and GEN is remarkably higher than that of music and dancing groups, and painting group in DIS has a higher score than music group and dancing group. Painting group has highest sensation seeking in all art kinds students, and dancing group has lowest score in TAS. 5. For female, development tendency of all art kinds dimensions have no remarkable difference, except DIS. Interaction in female DIS dimension may be aroused by scores increase of painting group. In other scores development tendency of different kinds arts have no notable difference.
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This study documents, analyzes, and interprets Korean American United Methodist (KAUM) clergywomen‘s experiences in and understandings of the church. It examines contributions these (and potentially, other) clergywomen might make to Wesleyan ecclesiology generally, and particular ways United Methodists live out their faith in transitional, diverse, and global contexts. The project attempts to re-vision existing Wesleyan ecclesial discourse in the United Methodist Church (UMC) by recognizing and incorporating the contributions of racial-ethnic clergy as expressed through their leadership and practices of faith. A "practice-theory-practice" model of practical theology was used to pay systematic attention to the practical locus of the inquiries. Twenty Korean American United Methodist clergywomen were interviewed by telephone, using a voluntary sampling technique to ascertain how they both experienced the church and understood and lived out various practices of faith, including preaching, participation in and administration of the sacraments, preparation for ordained ministry, and other spiritual practices such as prayer, worship, retreats, and journaling. The dissertation summarizes those findings, provides contextual and historical interpretation, and then analyzes their responses in relation to Wesleyan theology, MinJung (mass of people) theology, and the theology of YeoSung (women who display dignity and honor as human beings). This study identifies the extraordinary call of the KAUM clergywomen interviewees to be bridge builders, strong nurturers, wounded healers, committed educators, breakers of old stereotypes, persistent seekers to fulfill God‘s call, and ecclesial leaders with ―tragic consciousness‖ who can disrupt marginality and facilitate the creative transformation of Han (a deep experience of suffering and oppression) into a constructive energy capable of shaping a new reality. According to this study, KAUM clergywomen‘s experiences and practices of faith as ecclesial leaders strengthen Wesleyan ecclesiology in terms of the UMC‘s efforts to be an inclusive church through connectionalism, and its commitment to social justice. MinJung theology and the theology of YeoSung, in their respective understandings of the church, broaden Wesleyan ecclesiology and enable the Church to be more relevant in a global context by embracing those who have not been normative theological subjects.
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This thesis focuses on the manner in which the EU, the UK, and Canada respond to and engage with the refugee’s movement from a temporary to a more permanent legal status in the state. It is noted that this transition is increasingly problematized. A trend is noted in response to this among the jurisdictions examined, to exceptionalise refugee status through acts of legal categorisation and separation. These categorisations represent an attempt to re-assert control over refugees who arrived to the state in a spontaneous manner. I argue that this categorisation and fragmentation of refugee status is another means of managing life in the state and ultimately excluding refugees within the state. Refugees therefore experience a contradictory response to their presence. While they are continually reminded of the temporary nature of their legal status in the state, they are still required to demonstrate a willingness to integrate in to the host society. Their behaviour in the state is something that is once again recalled by the decision makers who determine whether they should ultimately be able to access citizenship status. In this thesis, I argue that in order to navigate a route to citizenship, the refugee must respond to the constant re-framing and re-contextualisation of her status in the state of asylum. As the thesis observes, this raises broader questions about the nature of citizenship and belonging
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this paper is about EU “soft policies” on immigrant integration. It analyzes the “Common Basic Principles” (CBPs) and the “European Integration Fund” (EIF), two devices that have been recently established within this framework. It adopts the theoretical perspective of the “anthropology of policy” and “governmentality studies”. It shows the context of birth of the aforementioned devices, as well as their functioning and the assessment done by the actors implied in the elaboration/implementation/evaluation of the related policies. It is based both on documentary research as well as direct observation and interviews done to the actors implied. It concludes that the PBC and the EIF should be considered as a “technology of government”, that strives to align the conduct of the actors with the governmental aims, as well as it produces specific practices and knowledge. It also underlines an intrinsic feature of many policies: their “congenital failure”, since they are (often) disputed and resignified by situated actors, who are embedded in asymmetrical power relations.
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In the nineteenth century natural history was widely regarded as a rational and ‘distracting’ pursuit that countered the ill-effects, physical and mental, of urban life. This familiar argument was not only made by members of naturalists’ societies but was also borrowed and adapted by alienists concerned with the moral treatment of the insane. This paper examines the work of five long-serving superintendents in Victorian Scotland and uncovers the connections made between an interest in natural history and the management of mental disease. In addition to recovering a significant influence on the conduct of several alienists the paper explores arguments made outside the asylum walls in favour of natural history as an aid to mental health. Investigating the promotion of natural history as a therapeutic recreation in Scotland and elsewhere reveals more fully the moral and cultural significance attached to natural history pursuits in the nineteenth century.
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Irish Social Work and Social Care Law is a new textbook that introduces students to the law governing the practice of social work and social care in Ireland. The book provides a clear and concise guide to both the legal framework and the substantive law relating to social care and social work. It presents social care and social work law in an accessible manner, focussing on the specialist functions performed by social care professionals such as child protection, adopting and fostering, disability and mental health. It also considers the broader issues that affect service users in a social care context such as domestic violence, youth justice and the asylum system.
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The interest and participation in health promotion and wellness activities has expanded greatly in the past two decades. The "wellness revolution", especially in terms of diet and exercise, has been affected by both scientific findings and cultural changes. The paper examines how a particular aspect of culture, the moral meanings of health-promoting activities, contribute to the pursuit of wellness. Based on interviews with 54 self-identified wellness participants at a major university, we examine how health can be a moral discourse and the body a site for moral action. The paper suggests that wellness seekers engage in a profoundly moral discourse around health promotion, constructing a moral world of goods, bads and shoulds. Although there are some gender differences in particular wellness goals, engaging in wellness activities, independent of results, becomes seen as a good in itself. Thus, even apart from any health outcomes, the pursuit of virtue and a moral lifeis fundamentally an aspect of the pursuit of wellness. © 1994 Kluwer Academic Publishers.
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The article examines why some postconflict societies defer the recovery of those who forcibly disappeared as a result of political violence, even after a fully fledged democratic regime is consolidated. The prolonged silences in Cyprus and Spain contradict the experience of other countries such as Bosnia, Guatemala, and South Africa, where truth recovery for disappeared or missing persons was a central element of the transition to peace and democracy. Exhumations of mass graves containing the victims from the two periods of violence in Cyprus (1963–1974) and the Spanish Civil War (1936–1939) was delayed up until the early 2000s. Cyprus and Spain are well suited to explain both prolonged silences in transitional justice and the puzzling decision to become belated truth seekers. The article shows that in negotiated transitions, a subtle elite agreement links the non-instrumental use of the past with the imminent needs for political stability and nascent democratization. As time passes, selective silence becomes an entrenched feature of the political discourse and democratic institutions, acquiring a hegemonic status and prolonging the silencing of violence.
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Following trauma, most people with initial symptoms of stress recover, but it is important to identify those at risk for continuing difficulties so resources are allocated appropriately. There has been limited investigation of predictors of posttraumatic stress disorder following natural disasters. This study assessed psychological difficulties experienced in 101 adult treatment seekers following exposure to a significant earthquake. Peritraumatic dissociation, posttraumatic stress symptoms, anxiety, depression, and emotional support were assessed. Path analysis was used to determine whether the experience of some psychological difficulties predicted the experience of other difficulties. As hypothesized, peritraumatic dissociation was found to predict posttraumatic stress symptoms and anxiety. Posttraumatic stress symptoms then predicted anxiety and depression. Depression and anxiety were highly correlated. Contrary to expectations, emotional support was not significantly related to other psychological variables. These findings justify the provision of psychological support following a natural disaster and suggest the benefit of assessing peritraumatic dissociation and posttraumatic stress symptoms soon after the event to identify people in need of monitoring and intervention.