1000 resultados para processo de comunicação


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Indivíduos com limitação auditiva têm seu processo comunicativo prejudicado. Procurou-se explorar aspectos da comunicação da enfermeira com os deficientes auditivos. Estudo descritivo-exploratório, realizado em hospitais de Fortaleza de maio a junho de 2004 mediante entrevistas abertas analisadas qualitativamente. As enfermeiras percebem que é difícil a comunicação com o deficiente auditivo, embora algumas tenham desempenho satisfatório. Nesse processo, algumas referem utilizar tanto a comunicação não verbal, por mímica e leitura labial, como a comunicação verbal oral e escrita. Outras utilizam o acompanhante, quebrando o sigilo da consulta. Para aperfeiçoar a comunicação, sugerese o preparo profissional na graduação e cursos de LIBRAS. Conforme se conclui, existe dificuldade da enfermeira ao se comunicar com o deficiente auditivo.

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O estudo propõe-se a analisar as dificuldades e facilidades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) frente ao trabalho em equipe. A análise pautou-se na perspectiva hermenêutica-dialética, tendo como referência os princípios do método de interpretação dos sentidos. As dificuldades e facilidades apontadas por eles revelam que trabalhar em equipe demanda relações efetivas, com ênfase na comunicação, respeito e cooperação, sendo as reuniões de equipe estratégia importante para isso. Depreende-se a necessidade de constantes investimentos nas relações entre os membros da equipe.

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O estudo teve como objetivo analisar os instrumentos do processo comunicacional desencadeado em atividades grupais na estratégia Saúde da Família. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada gravada com 51 enfermeiros e pela observação não participante em situações naturais, não sistemática e pública de 19 atividades em grupo analisadas segundo abordagem qualitativa de conteúdo. Do discurso dos profissionais emergiram duas categorias: diálogo-ação e diálogo-interação, que evidenciam o processo comunicacional como meio instrumental das atividades grupais na estratégia Saúde da Família. O primeiro pelo uso predominante da linguagem verbal como meio operacional para o desenvolvimento dos procedimentos específicos de cada profissional na relação com o acompanhamento do estado de saúde do cliente, e o segundo como instrumento, no qual coexiste, segundo os enfermeiros, a utilização da comunicação verbal e não verbal.

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Estudo qualitativo, exploratório-descritivo com o objetivo de analisar o processo grupal de uma equipe de enfermagem do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), à luz da Teoria de Grupo Operativo de Pichon-Rivière. A coleta de dados ocorreu em 2008, por meio de questionário semiestruturado e grupo focal. Concepção de trabalho em grupo é uma das quatro categorias resultantes do estudo, sendo objeto de abordagem neste artigo. Depreendeu-se que o conhecimento sobre processo grupal necessita ser compartilhado, divulgado e discutido desde a formação acadêmica, no curso de graduação em enfermagem, e desenvolvido ao longo de toda a carreira profissional. À medida que se conhece e consegue identificar os principais indicadores presentes no processo grupal, a equipe pode conduzir-se operativamente, considerando não apenas resultados, mas principalmente o caminho percorrido até o alcance da tarefa, visando à aprendizagem grupal.

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O objetivo deste estudo foi descrever, na visão da enfermeira, o significado do cuidado efetivo/afetivo, os fatores de interferência e o aprendizado promovido pela convivência com o idoso hospitalizado, bem como a percepção de sentir-se ou não preparada para cuidar. Estudo qualitativo desenvolvido com enfermeiras de um hospital do interior paulista. Entre as descobertas, identificou-se que o significado sobre a promoção do cuidado efetivo/afetivo envolve o conhecimento do cliente em seu contexto social; extrapola o cuidado técnico e envolve o atendimento das necessidades do cliente. As interferências na convivência com os idosos foram as ligadas à própria condição do idoso, à dinâmica do trabalho e às adaptações ambientais e administrativas. Todas as entrevistadas informaram que, embora se sintam preparadas, percebem a necessidade de estudar melhor a área de geriatria e gerontologia. O cuidado percebido como adequado e de qualidade é o que engloba técnica, conhecimento e o saber conviver com paciência e atenção.

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Pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, com o objetivo de analisar a representação social do processo de escolha de chefias entre profissionais de enfermagem de um hospital universitário. As informações foram obtidas mediante as técnicas de associação livre de palavras e entrevista aberta. Para este artigo realizou-se análise de conteúdo categorial temática, tendo como guia de leitura a Teoria das Representações Sociais. A partir desse enfoque emerge a categoria: divisão da equipe de enfermagem - constituintes e constituídos pelo processo de escolha de chefias. Esta se configura como a cristalização da representação social sobre o objeto, ancorada em elementos relacionados à liderança, imparcialidade, mudança, conhecimento, confiança e humanização. Destaca-se a noção de liderança por acenar um movimento na imagem de divisão da equipe ao associar o processo de escolha de chefias a um espaço de comunicação, propício à integração da equipe e ao reconhecimento de potenciais líderes.

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A boa imagem de uma organização é aquela que define o posicionamento da organização na sociedade. Ter uma imagem positiva é algo que toda organização almeja ter, pois tendo uma imagem positiva na sociedade, significa que o público confia e entende a filosofia da organização. Mas para ter uma boa imagem na sociedade a organização deve trabalhar a comunicação institucional da mesma, projectando uma identidade capaz de construir uma imagem forte e positiva da organização. Para trabalhar a comunicação institucional deve ser seguido o processo de planeamento estratégico de comunicação. Mas a comunicação estratégica tem que corresponder ou ir de encontro a visão da organização. Mas antes de tudo isso a organização tem de reconhecer a necessidade de fazer a comunicação institucional e de ter uma boa imagem na sociedade. Saber qual a contribuição da comunicação institucional na construção e manutenção da imagem organizacional. Nesse trabalho é feito um levantamento teórico em volta da comunicação institucional, a identidade institucional, e a imagem institucional, seguido de um estudo de caso prático sobre a instituição FICASE para conhecer a imagem que o público tem dela, a auto imagem da mesma e a imagem que ela projecta para o público. Conhecendo a imagem projectada, e a auto imagem, podemos confrontá-las com aquilo que o público tem percebido das suas acções e assim analisar se a imagem é boa ou não para avaliar de que maneira a comunicação feita pela FICASE contribuiu para a construção dessa imagem, se ela foi realmente eficaz.

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Hoje em dia muitas organizações estão a preocupar cada vez mais com a existência de uma boa Comunicação Interna (CI) como forma de motivar seus colaboradores, eliminando assim as incertezas e as ambiguidades e produzindo um clima de confiança e segurança. Tendo a Agência Nacional das Comunicações - ANAC – como objecto de estudo de caso, o objectivo desta pesquisa visa perceber de uma forma mais aprofundada e clara a influência da CI no processo de motivação dos colaboradores desta empresa e saber que instrumentos são mais adequados para se comunicar com os colaboradores. Esse estudo chama atenção para a importância que a CI exerce na vida dos colaboradores, direccionando-as e contribuindo para a sua valorização e motivação dentro da organização.

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A boa imagem de uma organização é aquela que define o posicionamento da organização na sociedade. Ter uma imagem positiva é algo que toda organização almeja ter, pois tendo uma imagem positiva na sociedade, significa que o público confia e entende a filosofia da organização. Mas para ter uma boa imagem na sociedade a organização deve trabalhar a comunicação institucional da mesma, projectando uma identidade capaz de construir uma imagem forte e positiva da organização. Para trabalhar a comunicação institucional deve ser seguido o processo de planeamento estratégico de comunicação. Mas a comunicação estratégica tem que corresponder ou ir de encontro a visão da organização. Mas antes de tudo isso a organização tem de reconhecer a necessidade de fazer a comunicação institucional e de ter uma boa imagem na sociedade. Saber qual a contribuição da comunicação institucional na construção e manutenção da imagem organizacional. Nesse trabalho é feito um levantamento teórico em volta da comunicação institucional, a identidade institucional, e a imagem institucional, seguido de um estudo de caso prático sobre a instituição FICASE para conhecer a imagem que o público tem dela, a auto imagem da mesma e a imagem que ela projecta para o público. Conhecendo a imagem projectada, e a auto imagem, podemos confrontá-las com aquilo que o público tem percebido das suas acções e assim analisar se a imagem é boa ou não para avaliar de que maneira a comunicação feita pela FICASE contribuiu para a construção dessa imagem, se ela foi realmente eficaz.

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O presente trabalho, de carácter científico, enquadra-se numa pesquisa realizada, para a conclusão do curso de Licenciatura em Informática - Ramo Educacional, em duas escolas secundárias do Concelho de S.Filipe, tendo como objectivo analisar a opinião dos alunos do 3° ciclo sobre a utilização dos recursos informáticos no processo de ensino e aprendizagem dando relevância a forma como tem sido utilizados, designadamante o computador. Neste contexto, abordamos a utilização da Informática como um recurso eficaz na melhoria do processo de ensino e aprendizagem. A disseminação do uso do computador está possibilitar a mudança na forma de produzir, armazenar e disseminar a informação. Neste sentido, a utilização dos recursos informáticos,nomeadamente do computador, nas escolas tem tido uma grande importância não só pelas vantagens que esses recursos tecnológicos apresenta, como também pela mudança que provoca em todo o processo de ensino e aprendizagem. Isto tudo deverá incidir em primeiro lugar sobre o processo de reconstrução da prática pedagógica do professor e, consequentemente sobre a atitude e motivação por parte dos estudantes. Por outro lado, as instituições educativas, designadamente as escolas secundárias, estão iniciando o processo de repensar suas funções de ensino e aprendizagem. E neste processo, as instituições cabo-verdianas devem acompanhar o processo no sentido de fazer as transformações necessárias a uma educação de qualidade.Quanto à metodologia, utilizámos a combinação das abordagens quantitativas e qualitativas. Porisso, além de entrevistas e recolha de opiniões, aplicámos um inquérito por questionário. O tratamento dos dados foi feito no Statístical Package for the Social Science (SPSS). Básicamente, este trabalho está estruturado em cinco grandes capítulos: no primeiro capítulo, Introdução, definido a contextualização do problema, os objectivos definidos, as hipóteses, a metodologia utilizada; O segundo capítulo debruça essencialmente sobre as abordagens teóricas relacionada com a temática. A caracterização das escolas secundárias de S.Filipe com incidência para as tecnologias de informação e comunicação constitui o terceiro capítulo. O quarto capítulo destina-se a apresentar o estudo de caso. E por último, as conclusões.

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Nos nossos dias, a mudança tem sido uma das características que descreve o ambiente em que as organizações se encontram. Consequentemente, a capacidade de adaptar às mudanças tem sido uma das necessidades básicas que tendem a ajudar as organizações a manterem no mercado e alcançar o sucesso desejado. A comunicação interna, neste contexto, aparece então como um suporte estratégico que pode apoiar os líderes ou dirigentes nesse processo de adaptação à nova situação. Pode ajudá-los ainda a coordenar e dirigir os recursos humanos disponíveis em prol dos interesses da organização. Com base nessa abordagem, este estudo que tem como análise a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), tem como principal propósito analisar que contribuições a comunicação interna pode aportar em um processo de mudança organizacional/o caso da Universidade de Cabo Verde. Como principais suportes teóricos temos Kunsch (2003), Almeida (2003), Whetten e Cameron (2011) e Parreira (2005). Ainda, enaltecemos as contribuições conseguidas das reflexões de vários outros autores que constam neste trabalho. Para a realização do referido estudo prático foi aplicado um inquérito por questionário aos colaboradores não docentes da Uni-CV, tanto na cidade da Praia como também em Mindelo. Ainda, para facilitar o nosso entendimento acerca das respostas do nosso público-alvo, estabelecemos algumas conversas informais com alguns dos inquiridos, após terem preenchido os questionários.

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Este trabalho tem como objectivo analisar o papel das TIC dentro do processo organizacional, tendo como estudo de caso o NOSI – Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação. O uso das TIC hoje em dia tem-se tornado cada vez mais presente no seio das organizações, que estão cada vez mais a apostar na eficiência, para poderem atingir os seus objectivos, acompanhar o mercado que está cada vez mais competitivo, e dar respostas em tempo real e num curto espaço de tempo. Por isso, é extremamente importante o uso das TIC dentro do processo organizacional. No actual contexto é natural que as organizações recorram às TIC como forma de terem os seus negócios bem sucedidos no mercado, tirando e trazendo vantagem também para a comunicação interna como externa. As TIC não são meros instrumentos que circulam no local do trabalho, mas sim novos suportes tecnológicos que tornam mais fácil o acesso à comunicação e à informação, nomeadamente pela velocidade e rapidez e encurtando as distâncias. O estudo pretende ainda demonstrar o papel das TIC no seio de uma organização. Neste caso a organização em estudo é o NOSI. Tratando-se de um estudo qualitativo, os métodos utilizados foram o inquérito por questionário. O trabalho divide-se em três capítulos, sendo dois de enquadramento teórico e um prático no qual se inclui o estudo de caso, onde se abordam os assuntos com mais profundidade.

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A comunicação e uma competência diária dos enfermeiros, sendo um factor determinante na relação de ajuda nos cuidados de saúde. Para haver uma boa interacção os enfermeiros precisam conhecer e implementar no seu quotidiano as estratégias de comunicação terapêutica como forma de entender as necessidades dos utentes e com isso efectivar este processo como uma actividade relevante e essencial. Contudo podemos constatar que esta pratica ainda não e satisfatória no nosso meio e temos verificado diferentes comportamentos face a relação enfermeiro /utente nas unidades de internamento. Tomando em consideração o acima referido, o presente estudo procura conhecer as percepções dos enfermeiros face a comunicação terapêutica; Interacção enfermeiro/utente nos cuidados de enfermagem ao doente internado e identificar as barreiras que impedem a efectivação da comunicação terapêutica nos cuidados de enfermagem. A recolha de dados para este estudo exploratório de natureza qualitativa, processou-se através de uma entrevista semiestruturada e incidiu sobre seis enfermeiros que prestam serviços nas unidades de medicina e cirurgia geral do Hospital Baptista de Sousa. A maioria dos entrevistados reconhece a grande importância da comunicação nos cuidados de enfermagem, mas que não corresponde á prática do dia-a-dia, e apontam entre outros o factor tempo como uma das principais barreiras. Os resultados apontam para uma fraca preparação dos enfermeiros na abordagem do doente não interactivo e em situação de sofrimento profundo.

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Depois de 1991, as políticas de comunicação desenvolvidas em Cabo Verde estiveram assentes numa contrariedade entre os planos do discurso e os planos da acção: se a nível discursivo, a liberdade de imprensa foi encarada como o pilar das opções do regime, a nível das práticas da governação um conjunto de acções e inacções dificultaram a implementação de um ambiente de liberdade no seio dos profissionais da comunicação social. Desde logo, o processo de transição de regime empurrou os jornalistas e os actores políticos no poder para uma situação de colisão eminente, resultando numa acumulação de processos judiciais contra os profissionais da comunicação social; também, o monopólio público do sector da televisão, para além de provocar a desregulação do sector – com as autarquias a instalarem antenas parabólicas para satisfazer a população com conteúdos de canais internacionais –, dificultou o pluralismo de opinião, já que sobre a estação pública recaem críticas constantes que apontam para a intervenção dos governos na sua actuação; ainda, regista-se, entre 1991 e 2009, uma política de desinvestimento dos sucessivos governos no sector mediático, relegando-o para um plano secundário das opções de governação. Se, nos primeiros anos da democracia pluralista, houve um aumento significativo do investimento no sector da comunicação social, cedo verificou-se uma quebra do investimento, que não deu espaço aos media estatais para crescerem e contribuírem efectivamente na solidificação do sistema democrático. Na correlação das políticas de comunicação com a liberdade de imprensa, resultam duas fases no percurso de Cabo Verde: a) fase de insatisfação generalizada (sobretudo na década de 90), em que, a par da fraca qualidade dos produtos mediáticos disponibilizados aos cidadãos, os jornalistas e a classe política entraram em rota de colisão; a classe jornalística dividiu-se, passando a haver os considerados ‘jornalistas próximos do PAICV’ e ‘jornalistas próximos do MpD’ (devemos levar em consideração que o MpD e o PAICV são os dois únicos partidos políticos virtualmente ilegíveis na arena política caboverdiana). Assim, a conivência entre os profissionais da comunicação social e os actores políticos fez com que alguns jornalistas passassem a ser apelidados de ‘comissários políticos’; b) fase de satisfação conveniente ou precária: instalou-se depois dos períodos mais conturbados da transição política, sobretudo a partir do início do novo milénio, com a substituição do partido no poder e uma mudança de atitude dos governantes em relação às actividades da comunicação social. A mudança de regime levou a uma redefinição do posicionamento dos jornalistas face aos partidos políticos, passando a haver profissionais que trabalham mais alinhados com o governo e profissionais que trabalham mais alinhados com a oposição. Esta situação resultou de uma má concepção de democracia instalada em Cabo Verde em que os partidos políticos figuram como as únicas entidades que gozam efectivamente de uma liberdade de actuação. Associado aos partidos políticos, encontramos uma concentração de poderes: o poder político (através do escrutínio público), o poder económico (grande parte dos empresários cabo-verdianos nasceram no seio dos partidos políticos que estiveram no governo, o que faz com que haja uma certa politização da vida económica do país), o poder cultural (a maior parte dos intelectuais está associada aos partidos políticos que, quando estão no governo, subsidiam os seus projectos e a sua aspiração de realização pessoal e profissional) e o poder de influência social (quase todos os órgãos de comunicação social nacionais estão conotados com os partidos políticos e a fraca liquidez do mercado publicitário faz com que não haja empresas auto-sustentáveis no sector mediático). Todos esses condicionalismos sociológicos acabam por dificultar a implementação de um ambiente de liberdade no seio da comunicação social cabo-verdiana. Apesar de, hodiernamente não haver uma insatisfação generalizada como na década de 90, a aparente normalidade que se regista na relação entre a classe política e os jornalistas é assegurada por uma informação que evita provocar incómodo nos partidos aos quais os órgãos de comunicação social se encontram associados ou com os quais são conotados. Desta forma, a auto-censura torna-se num mecanismo inibidor da liberdade de imprensa. Assim, encontra-se um jornalismo que, por um lado, procura ser incisivo para o partido encarado como oposição e, por outro lado, é cómodo, domesticado e amorfo para o partido ao qual o órgão de comunicação social em causa se encontra vinculado. Neste caso, não sobram condições para falar-se na isenção das práticas jornalísticas, nem no rigor das mensagens que são difundidas no seio da sociedade. Notamos que as políticas de comunicação adoptadas em Cabo Verde, depois de 1991, não provocaram uma revolução nas práticas jornalísticas. Se antes, os jornalistas eram considerados de ‘comissários políticos’ por se entender que estavam vinculados ao Partido Único, depois da abertura de regime registou-se uma divisão da classe jornalística entre os dois partidos políticos com mais expressão na sociedade cabo-verdiana. Assim, a concepção jurídica da liberdade de imprensa revestiuse de uma formalidade que não encontrou correspondência nas práticas do dia-a-dia dos jornalistas e, desta forma, perdura uma distância entre a concepção jurídico-formal e a concepção jurídico-material da liberdade de imprensa. Muito caminho preciso de ser feito nesta matéria para que a comunicação social possa vir a ser a voz da sociedade

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Cabo Verde ratificou a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CQNUMC) a 29 de Março de 1995, e ela entrou em vigor a 22 de Junho do mesmo ano. Na condição de Parte Contratante da Convenção, Cabo Verde assumiu nesta data o compromisso de formular uma Comunicação Nacional à Conferência das Partes (CdP). Em 2000, apresentou a sua Primeira Comunicação Nacional (PCN) bem como a sua Estratégia Nacional e Plano de Acção sobre Mudanças Climáticas. Para a elaboração desses instrumentos, teve-se em conta os diversos estudos efectuados pelos diferentes sectores respeitantes a inventários dos Gases com Efeitos de Estufa (GEE), análise de vulnerabilidade, adaptação e mitigação. Em 5 de Dezembro de 2005 ratificou o Protocolo de Kyoto. Em 2005, o Governo de Cabo Verde recebeu através do PNUD/FEM um financiamento para formulação do seu Programa de Acção Nacional de Adaptação (NAPA) em matéria das Mudanças Climáticas com vista a identificar as opções de adaptação prioritárias segundo as necessidades e preocupações urgentes e imediatas das populações mais vulneráveis face aos efeitos nefastos da variabilidade e mudanças climáticas. Durante o processo de elaboração do NAPA foram realizados estudos, ateliers e encontros com os diferentes parceiros para que em conjunto se analisasse as condições de adaptabilidade sectoriais de acordo com as estratégias de intervenção numa perspectiva de desenvolvimento durável e de luta contra a pobreza em Cabo Verde. As análises realizadas no quadro dos estudos sobre os efeitos adversos actuais e pontuais das Mudanças Climáticas em Cabo Verde apontaram a variabilidade e a aleatoriedade pluviométrica como uma das características mais marcantes das condições climáticas do país que de forma transversal comporta impactos em todos os sectores de desenvolvimento sócio-económico. A má distribuição, espácio-temporal, das chuvas associadas às frequentes ocorrências da bruma seca e aos condicionalismos naturais e ambientais pouco favoráveis requerem acções de intervenção “suaves” com base em medidas de adaptações prioritárias visando mitigar os impactos directos dos fenómenos biofísicos. Assim, face à problemática da variabilidade e dos impactos das Mudanças Climáticas, o NAPA Cabo Verde identificou três sectores (Recursos Hídricos, Agro-silvopastoril e Zonas Costeiras/Turismo) como sendo prioritários, cujos projectos identificados devem ter em consideração as quatro medidas principais de intervenção: 1) Reforço das capacidades, 2) Promoção de actividades de investimento, e protecção e conservação no terreno, 3) Investigação/acção para melhorar a resistência populações e dos ecossistemas 4) Informação, Educação e Mobilização (IEM) dos intervenientes perante os riscos ligados às MC e variabilidade Climática. Cada um dos três projectos prioritários identificados será elaborado segundo este esquema de custos adicionais e procurará desenvolver sinergias e co-financiamentos para a sua implementação. No contexto específico, cada um dos três projectos prioritários que agremiam este programa de acção de adaptação desenvolverá a montagem institucional que lhe é mais adequada, conforme os princípios directores que norteiam a estratégia de implementação. Este programa de acção, concebido a curto e médio prazo conforme o horizonte temporal da Estratégia de Luta Contra Pobreza, cobre o período 2008-2012. Para a implementação do NAPA – Cabo Verde a contribuição do GEF a considerar será de 3.410.000 USD. No entanto, torna-se necessário mobilizar outros recursos financeiros a fim de permitir ao país de se iniciar o seu processo de adaptação de acordo com as opções prioritárias de intervenção. O NAPA Cabo Verde foi elaborado, graças ao apoio financeiro do PNUD/GEF, a contrapartida nacional e a participação de vários intervenientes (organismo internacional, sociedade civil, ONGs, etc,), equipa pluridisciplinar, consultores nacionais e internacionais que deram a sua valiosa contribuição durante todo o processo de preparação e validação do programa.