931 resultados para Social classes


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Classes perigosas é um conceito elaborado pela elite nacional em fins do século XIX, na tentativa de definir, assim, a massa pobre, oriunda, especialmente, do regime de escravidão que durou três séculos. Nossa proposta de estudo busca compreender a utilização atual desse conceito, propagado pelos aparelhos midiáticos, que resulta num processo de criminalização da pobreza e aviltamento crescente dos direitos humanos da parcela populacional que se encontra nessas condições. Como ponto vista teórico partimos da concepção de hegemonia em Gramsci, e a partir disso refletimos acerca de outro pensamento fundamental deste autor que trata sobre aparelhos privados de hegemonia, para, desta forma, compreendermos a importância do desenvolvimento dos meios de comunicação na construção dos processos hegemônicos que sustentam a ideologia da classe dominante. Indo além, buscaremos traçar um breve resgate histórico sobre o mito das classes perigosas no Rio de Janeiro e levantar um debate sobre a construção social do medo e sentimento de insegurança pública, o que legitima a atuação dos aparelhos coercitivos do Estado. Dito isto, pretendemos relacionar a questão apontada com o debate sobre os atuais mecanismos de controle social, explicitados e analisados, em seu discurso, através da exposição de notícias publicas em jornais de grande circulação em novembro de 2010.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Compreender o financiamento da habitação social requer identificar as mediações necessárias para sua problematização crítica. Orientado pelo método marxista, o estudo utiliza como metodologia a pesquisa bibliográfica, de documentos legais e o estudo das peças orçamentárias. A produção do espaço no capitalismo é produto de relações sociais voltadas a exploração e a acumulação capitalista. Por ser objeto da luta de classes, o Estado responde as necessidades habitacionais dos trabalhadores por meio de políticas urbanas fragmentadas e desfinanciadas, abertas as investida do mercado. A institucionalização do arcabouço legal para a habitação, como a conquista do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS não representou mudanças efetivas sobre as condições de moradia nas cidades. Marcado pelo desfinanciamento (os recursos corresponderam a 1,3% do orçamento do Ministério das Cidades, em 2012) e pela baixa envergadura dos programas sob sua responsabilidade (recursos para Urbanização de Assentamentos Precários e Provisão Habitacional ficaram em R$ 4,7 bilhões, nos anos estudados), o FNHIS é esvaziado no seu sentido político de satisfazer as necessidades habitacionais da população. Em 2009, é criado o Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV. Há o incremento do Estado como indutor da macroeconomia fortalecedora da reestruturação do mercado imobiliário e das medidas para minimizar os efeitos da crise econômica mundial, pondo em marcha o social-liberalismo. Foram destinados R$ 16 bilhões de 2009 a 2012, com produção de 2 milhões de unidades habitacionais pelo PMCMV. Contudo, pelo caráter privilegiador do produtor privado, o PMCMV fez com que o mercado imobiliário continuasse a realizar a punção de parte de fundo público no desenvolvimento de projetos que fortalecem a periferização, o bloqueio a cidade para os trabalhadores e a redução a responsabilidade do Estado sob a política de habitação social como direito humano.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo objetiva apresentar contribuições para o aprofundamento do debate acerca da relação entre questão social e mídia no Brasil, articulando esta temática à discussão sobre as particularidades da formação social brasileira, com destaque para o conceito de revolução passiva no pensamento de Antonio Gramsci. A aproximação a este complexo campo de reflexão se dará, em seus aspectos gerais, pela articulação entre três grandes debates teóricos: a) o concernente à questão social, sobretudo a discussão realizada no interior do Serviço Social, pelo estudo de suas expressões e determinações fundantes, seu desenvolvimento histórico, as particularidades que assume na formação social brasileira e em tempos de hegemonia neoliberal; b) o denso debate sobre as particularidades do desenvolvimento histórico da formação social brasileira, tendo como fio condutor a noção de revolução burguesa, tal como desenvolvida por Florestan Fernandes. O diálogo com autores que trataram das especificidades do desenvolvimento capitalista e da instauração da ordem burguesa no Brasil, aporta não apenas elementos para se pensar na questão social no País, mas também, compreender a conexão entre a trajetória histórica da sociedade brasileira que, a nosso ver, é marcada por momentos de transição pelo alto (o que Gramsci chamou de revolução passiva) e a relevância e influência que a chamada grande mídia tem na sociedade brasileira atual; c) o debate teórico entorno do conceito de hegemonia no pensamento de Gramsci, no sentido de compreender a função e o lugar da grande mídia na luta de classes, articulando o conceito de hegemonia compreendido como a capacidade de uma classe formar e conservar seu poder através da direção intelectual e moral às noções de sociedade civil, senso comum, aparelhos privados de hegemonia, cultura, entre outros. Trata-se de uma análise de caráter fundamentalmente teórico-interpretativo, que não pode prescindir, assim sendo, de uma análise que, partindo do presente, se aproxime de processos históricos elementares para pensar o contexto atual, sobre o qual incide nossa proposta de estudo. Na condição de aparelho privado de hegemonia, a mídia burguesa cumpre a função de fabricar e difundir consensos que formam o senso comum e contribuem para a reprodução da passivização das classes subalternas. No Brasil, essa questão assume dimensão diferenciada, em virtude das recorrentes soluções pelo alto, típicas de uma revolução burguesa experimentada como revolução sem revolução, que marcaram a trajetória histórica do país. Nesse processo, o Estado assume protagonismo para preservar a hegemonia das classes dominantes, excluindo a massa do povo de exercer influência na direção da vida política e social através da repressão direta e da coerção e através da construção de estratégias destinadas à obtenção do consenso das classes subalternas. Com a hegemonia neoliberal, efetiva-se um aprofundamento da subordinação e passivização destas classes, por um novo processo de fragilização de seus aparelhos de disputa por hegemonia, ao mesmo tempo que grandes conglomerados midiáticos se formam e se fortalecem, interferindo em todas as esferas da vida social e participando na construção de uma direção hegemônica da sociedade que seja favorável à preservação da ordem.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O tema que nos propomos a estudar é Choque de Capital: criminalização da pobreza e (re)significação da questão social no Rio de Janeiro. A delimitação espaço temporal de nosso estudo situa-se na cidade do Rio de Janeiro, de 2009 a 2012. O período selecionado corresponde a primeira gestão do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e os primeiros anos de execução das denominadas ações de Choque de Ordem. A proposta apresentada tem como pressuposto a centralidade do estudo da metrópole e a relação entre especulação imobiliária e capital financeiro, como um dos motivadores da criminalização da pobreza na contemporaneidade, cujo principal objetivo é tornar os espaços "ordenados" fonte de lucro, não importando as consequências impostas às classes subalternas. Considerando que este paradigma evidencia um processo de criminalização das classes subalternas e a necessidade compreendermos o modo específico de enfrentamento à pobreza por parte da prefeitura do Rio de Janeiro considerando suas implicações para o Serviço Social, optamos pelo seguinte caminho de estudo traduzido na forma dos capítulos assim identificados: I-Barbárie e passivização: aportes para compreensão da banalização da violência no Brasil, II- Das bases de tradição autoritária ao Esplendor do Estado de Polícia e III- Reordenamento urbano, mídia e consenso no Rio de Janeiro: Choque de Ordem para quem?. Acreditamos que o estudo aprofundado desses temas propiciarão um entendimento acerca da realidade, base insuprimível para sua transformação.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

No final do século XX, observamos a restruturação produtiva do capital sob a concepção neoliberal. As transformações econômicas impactariam a estrutura do Estado, o modo de controle social, bem como a função do cárcere na sociedade. A hipertrofia do Estado penal ganha novos agravantes com a política de guerra às drogas, declarada pelos EUA na década de 1970. A combinação destes ingredientes impactaram a forma de vigiar e punir a classe trabalhadora no Brasil, com o aumento da repressão e criminalização da pobreza. As heranças históricas de desigualdade social e racial agravam o controle sobre as classes perigosas. A violência urbana torna-se uma verdadeira questão social com a crescente militarização da política de segurança pública do Rio de Janeiro, em particular. Todas estas questões nos levam a pesquisar a história da consolidação do atual modelo de controle social e criminalização da pobreza no Brasil recente no contexto de guerra às drogas.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

This study investigates how the experiences of Junior Infants are shaped in multigrade classes. Multigrade classes are composed of two or more grades within the same classroom with one teacher having responsibility for the instruction of all grades in this classroom within a time-tabled period (Little, 2001, Mason and Doepner, 1998). The overall aim of the research is to problematize the issues of early childhood pedagogy in multigrade classes in the context of children negotiating identities, positioning and power relations. A Case Study approach was employed to explore the perspectives of the teachers, children and their parents in eight multigrade schools. Concurrent with this, a nation-wide Questionnaire Survey was also conducted which gave a broader context to the case study findings. Findings from the research study suggest that institutional context is vitally important and finding the space to implement pedagogic practices is a highly complex matter for teachers. While a majority of teachers reported the benefits for younger children being in mixed-age settings alongside older children, only a minority of case study school teachers demonstrated how it is possible to promote classroom climates which were provided multiple opportunities for younger children to engage fully in classrooms. The findings reveal constraints on pedagogical practice which included: time pressures within the job, an increase in diversity in pupil population, meeting special needs, large class sizes, high pupil/teacher ratios, and planning/organisation of tasks which intensified the complexities of addressing the needs of children who differ significantly in age, cognitive, social and emotional levels. An emergent and recurrent theme of this study is the representation of Junior Infants as apprentices in their ‘communities of practice’ who contributed in peripheral ways to the practices of their groups (Lave and Wenger, 1991, Wenger, 1998). Through a continuous process of negotiation of meaning, these pupils learned the knowledge and skills within their communities of practice that empowered some to participate more fully than others. The children in their ‘figured worlds’ (Holland, Lachiotte, Skinner and Caine 1998) occupy identities which are influenced by established arrangements of resources and practices within that community as well as by their own agentive actions. Finally, the findings of the study also demonstrate how the dimension of power is central to the exercise of social relations and pedagogical practices in multigrade classes.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

This paper begins by giving an overview of why and in which ways social psychological research can be relevant to peace. Galtung's (1969) distinction between negative peace (the absence of direct violence) and positive peace (the absence of structural violence, or the presence of social justice) is crossed with a focus on factors that are detrimental (obstacles) to peace versus factors that are conducive to peace (catalysts), yielding a two-by-two classification of social psychological contributions to peace, Research falling into these four classes is cited in brief, with a particular focus on four exemplary topics: support for military interventions as an obstacle to negative peace; antiwar activism as a catalyst of negative peace; ideologies legitimizing social inequality as an obstacle to positive peace; and commitment to human rights as a catalyst of positive peace. Based on this conceptual framework, the remaining six articles of the special issue

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

One manifestation of division and the history of conflict in Northern Ireland is the parallel education system that exists for Protestants and Catholics. Although recent decades have seen some advances in the promotion of integrated education, around 95% of children continue to attend schools separated on ethno-religious lines. In 2007 a programme for sharing education was established. Underpinned by intergroup contact theory, and reflecting educational priorities shared by all school sectors, the programme seeks to offer children from different denominational schools an opportunity to engage with each other on a sustained basis. In this article the authors adopt a quantitative approach to examining the impact of participation in the Sharing Education Programme on a range of outcomes (out-group attitudes, positive action tendencies and out-group trust) via, first, intergroup contact (cross-group friendships) and, second, intergroup anxiety. Their findings confirm the value of contact as a mechanism for promoting more harmonious relationships, and affirm the Sharing Education Programme as an initiative that can help promote social cohesion in a society that remains deeply divided.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Objectives: To investigate whether older adults participating in social activities are more likely to maintain or achieve recommended waist circumference (WC) levels. Method: A total of 4,280 older adults who participated in Wave 2 (baseline) and Wave 4 (follow-up) of the English Longitudinal Study of Ageing. WC was measured by a nurse in both study waves. Results: Participation in education, arts, music groups, evening classes, and in charitable associations was associated with maintaining recommended WC only in those men whose WC was in the recommended range at baseline. Participation in social activities was not associated with achieving recommended WC in women or men with initially large waist. Discussion: Participation in cultural and charitable activities may help in maintaining a recommended level of WC in older men with WC originally in the recommended range.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

In the financially precarious period which followed the partition of Ireland (1922) the Northern Irish playwright George Shiels kept The Abbey Theatre, Dublin, open for business with a series of ‘box-office’ successes. Literary Dublin was not so appreciative of his work as the Abbey audiences dubbing his popular dramaturgy mere ‘kitchen comedy’. However, recent analysts of Irish theatre are beginning to recognise that Shiels used popular theatre methods to illuminate and interrogate instances of social injustice both north and south of the Irish border. In doing so, such commentators have set up a hierarchy between the playwright’s early ‘inferior’ comedies and his later ‘superior’ works of Irish Realism. This article rejects this binary by suggesting that in this early work Shiels’s intent is equally socially critical and that in the plays Paul Twyning, Professor Tim and The Retrievers he is actively engaging with the farcical tradition in order to expose the marginalisation of the landless classes in Ireland in the post-colonial jurisdictions.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

El presente estudio fue realizado en tres clases del Centro de Educación Primaria "Filósofo Séneca" de Madrid. El objetivo fue determinar la forma en que los niños de 5º y 6º de educación primaria procesan la información social y su relación con el nivel de ajuste social manifestado, expresado en términos de agresividad y victimización. El estudio, se basa en el Modelo de Procesamiento de la Información Social propuesto por Crick y Dodge (1994) y examina el cuarto paso de éste, la generación de respuestas alternativas. Se recogieron datos de forma individualizada de n=55 niños, 24 niños y 31 niñas. La hipótesis principal, formulada como que un déficit en el procesamiento de la información social se relacionará con unos niveles más altos de agresión y victimización, se mantiene.

The following study was implemented in three classes of the Primary EducationCentre «Filósofo Séneca». Its aim was to determine the way that children of this age processsocial information and the relation between this and the level of aggression or victimizationthey show.The study is based on the Model of Social Information Processing proposed byCrick and Dodge in 1994, and examines the fourth step of this model, the generation of alternative responses. The principal hypothesis, that a deficit in social information process-ing will be related to higher levels of aggression and victimization, is supported.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Rates of smoking have decreased dramatically in most Northern European countries over the last 50 years or so, but manual working class groups are substantially more likely to smoke daily than are the professional and managerial classes. This article examines three hypotheses about the processes producing these inequalities. The first argues that social class inequalities reflect differences across education groups in knowledge of the risks of smoking. The second suggests that the living conditions of lower social class groups leads to the development of lower self-efficacy and a lower propensity to quit smoking. The third states that smoking has a functional use among poorer individuals. This article draws upon data from the Republic of Ireland to assess these hypotheses. Our analysis provides some support for the first hypothesis in that education independently reduces the odds of a manual class person smoking relative to a non-manual by 12 per cent. The second hypothesis is not supported by the data. The third hypothesis gains the most support: measures of disadvantage and deprivation account for almost one-third of the class differential in smoking. The results suggest that smoking cessation policy should reflect the importance of social and economic context in quitting behaviour.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

As Laver (1992) notes, people who write about Irish politics frequently describe Ireland as a rather peculiar place. One aspect of this peculiarity is that voters in the Republic of Ireland do not behave like their European counterparts. In particular, Irish voting patterns appear to be only weakly structured by social class. Recent contributions to the debate employing a more sophisticated categorisation of classes have led to some qualification of the 'politics without social bases' description, but still lead to the broad conclusion that any relationship which does exist between social divisions, on the one hand, and party preference, on the other, is, at most, quite marginal. In this paper we draw on data from the 1990 European Values Study to re-examine this issue. We apply a variety of models to the data, including logit regression and diagonal reference models (Sobel 1981, 1984) to explore the complex fashion in which class and political preferences are related in Ireland. We argue that the relationship between such preferences and social divisions are, in fact, greater than has been hitherto thought. In particular, we show the importance of taking into account not only social class but also class origins and class mobility in understanding the nature of political partisanship in the Republic of Ireland.