887 resultados para Romance-language literature
Resumo:
A presente dissertação tem como objetivo apresentar duas influentes autoras afro-americanas do século XIX, Frances E. W. Harper e Pauline E. Hopkins. Ambas as autoras, através de seus romances Iola Leroy, or, Shadows Uplifted (1892) e Contending Forces: a Romance Illustrative of Negro Life North and South (1900) respectivamente, entrelaçam ficção e história com o propósito de criar novas alternativas de discurso, afastando-se, portanto, do oficial. Ademais, o presente trabalho propõe demonstrar como Frances Harper e Pauline Hopkins fazem uso do espaço literário com a finalidade de escrever a história do oprimido, permitindo, principalmente, que as mulheres afro-americanas dessem voz as suas experiências e as suas próprias histórias. Assim sendo, a literatura produzida por Frances e Harper e Pauline Hopkins será analisada como forma de empoderamento da comunidade afro-americana, principalmente como forma de aquisição de poder para as Mulheres Afro-Americanas.
Resumo:
O objetivo desta dissertação é discutir o lugar que o fazer literário ocupa no processo de resistência à poderes hegemônicos. Como fontes primárias centrais, foram escolhidos o romance histórico The Farming of Bones (1998) e a narrativa autobiográfica Brother, Im Dying (2007), ambos escritos pela autora haitiana-americana Edwidge Danticat. Em The Farming of Bones, Danticat reconstrói ficcionalmente o trágico e obscuro episódio ocorrido em 1937 quando o então ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, ordenou o extermínio de todos os haitianos que residiam e trabalhavam em cidades dominicanas próximas à fronteira com o Haiti. O silêncio por parte dos governos de ambos os países em torno do massacre ainda perdura. A publicação do romance histórico de Danticat 61 anos após tal ato de terrorismo de Estado se torna, desta forma, exemplo de como o fazer literário e o fazer histórico podem fundir-se. Em Brother, Im Dying, Danticat narra a história da vida e da morte de suas duas figuras paternas, seu pai Andre (Mira) Dantica e seu tio Joseph Dantica (que a criou dos 4 aos 12 anos, no Haiti). Joseph, sobrevivente de um câncer de laringe, foi pastor batista e fundador de uma igreja e uma escola no Haiti. Morreu dois dias depois de pedir asilo político nos EUA e ser detido na prisão Krome, em Miami. Mira, que migrara no início da ditadura de François Duvalier para os EUA, onde trabalhou como taxista, morreu vítima de fibrose pulmonar poucos meses depois de seu irmão mais velho. Edwidge Danticat recebeu a notícia de que o quadro de seu pai era irreversível no mesmo dia em que descobriu que está grávida de sua primeira filha. Com uma escrita que abrange tanto a narrativa de si quanto a narrativa do outro, além das esferas públicas e privadas, Danticat cria em Brother, Im Dying um locus de fazer auto/biográfico que dialoga com questões de diáspora, identidade cultural e memória. Os ensaios publicados em Create Dangerously (2010) e as várias entrevistas concedidas por Danticat também reforçam meu argumento que Edwidge Danticat exerce seu papel de artista engajada através de seu fazer principalmente, mas não exclusivamente literário. Desta forma, a autora constrói uma possibilidade de resistência ao discurso hegemônico que opera tanto em seu país de origem quanto em seu país de residência.
Resumo:
Esta pesquisa analisa os romances A paixão segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector e Malina (1971), de Ingeborg Bachmann, detendo-se nos conceitos de narração e identidade, procurando estabelecer um ponto de contato entre os dois, visto que é através da consciência do ato narrativo que as personagens-narradoras dos dois romances podem dispor de elementos que as ajude a construir sua identidade. Os romances serão analisados como sendo exemplos de romance de formação do século XX, assumindo então que o caminho percorrido pelas personagens G.H. e Eu seria uma trajetória formativa na qual conscientizam-se de si mesmas e amadurecem através do enfrentamento de conflitos existenciais. Os corpora desta dissertação foram escritas em um período limítrofe entre a literatura Modernista e Pós-Moderna, agregando em si características de ambas as épocas, destacados por um enredo denso e repleto de artifícios de linguagem que explicitam a consciência narrativa das personagens-narradoras do romance. O objetivo desta dissertação é, portanto, analisar a importância da consciência da narrativa de G.H. e Eu durante o seu processo formativo e porque a narração cede lugar ao silêncio nas obras de ambas as escritoras, ainda que de maneira distinta
Resumo:
Desde que foi publicado, em 1975, Lavoura arcaica vem intrigando os leitores com a sua dessemelhança. Em meio a livros que absorviam a violência do regime militar brasileiro, Raduan Nassar surgiu com uma obra estranha, que se nutria de uma linguagem poética profundamente ressonante, do pensamento monoteísta mediterrâneo, da herança cultural árabe, da subversão pela via da sexualidade. O tempo passou, o escritor abandonou a literatura, muita coisa interessante foi dita sobre o romance, mas seus enigmas são ainda sementes lançadas em solo fértil. Lavoura arcaica é mais uma releitura da prolífica parábola do filho pródigo, presente no Evangelho de Lucas e reelaborada inúmeras vezes ao longo dos seus dois mil anos de existência. A história do jovem rebelde que decide romper os laços com a família para se lançar no mundo tem se mostrado generosa para com a imaginação de muitos autores, que se dispuseram a reescrevê-la com o filtro de suas óticas particulares. Alguns deles estão no presente trabalho: Gide, Kipling, Kafka, Rilke, Dalton Trevisan, Lúcio Cardoso e também o teólogo católico Henri Nouwen. Apesar das variações, a volta para casa ocupa em todas as narrativas um lugar privilegiado. Essa é uma história, afinal, sobre os motivos que levam o sujeito a ir embora e, mais ainda, sobre as razões que fazem com que regresse. Arrependimento, recomeço, fraqueza, derrota, amor? A despeito das muitas antíteses que encontramos no texto de Raduan, elas não exigem que façamos uma escolha entre o arcaico e o moderno, entre ficar ou partir, entre o individual e o coletivo, entre a contenção e a entrega. Essa é a questão: Lavoura arcaica não é um livro sobre a luta do bem contra o mal, da liberdade contra a opressão, mas um painel que mostra como tudo isso se mistura na mesma paisagem ou, parafraseando o personagem André, como as coisas só se unem se desunindo
Resumo:
Vidas Secas, de Graciliano Ramos é considerada uma obra prima da ficção regional da Literatura Brasileira da Geração de 30. O romance é um documento sobre a vida miserável de uma família de retirantes nordestinos, que sofrem as consequências da seca no sertão. O estudo do vocabulário que permeia a trajetória dessa família gerou as bases para elaboração deste trabalho que tem como objetivo principal a formação de um glossário de termos regionais nordestinos presentes na obra em estudo, a fim de contribuir com um dicionário da ficção do referido autor. Para isso, faz-se necessário discorrer sobre a linguagem literária no Brasil a partir do Romantismo até o Modernismo. Expor a curva evolutiva da tradição regionalista brasileira, na ficção, do Romantismo até o Modernismo, enfatizando autores e obras que participaram do processo de criação e evolução do gênero em foco
Resumo:
Esta dissertação investiga tendências pronominais encontradas na obra O Tronco do Ipê (1871), de José de Alencar, situando o romance no contexto literário em que se insere o autor o Romantismo. Também utilizamos o romance Sonhos dOuro (1872) em situações em que foram necessários contrapontos. O primeiro elemento pronominal analisado foi a frequência e a deriva gramatical da construção a gente, típica da variedade americana da língua portuguesa e etapa final do processo da gramaticalização, que a tornou equivalente a nós. Quanto ao a gente, nossa finalidade foi averiguar em que medida esse recurso da língua coloquial foi incorporado pelo ilustre prosador brasileiro. O segundo elemento analisado foi a colocação pronominal, largamente mencionada tanto por críticos contemporâneos ao autor cearense quanto por aqueles estudiosos do legado alencariano e romântico para a expressão linguística na literatura. Para a colocação pronominal, levantamos dados diversos que possam confirmar ou questionar os estudos já existentes. Por fim, estudamos ainda o significado do aparecimento/ausência do pronome reto como acusativo ou como acusativo-sujeito na língua literária de Alencar. Esta pesquisa pretende ser uma contribuição a um capítulo da história do português escrito no Brasil
Resumo:
Ao trazer registros de como a cultura árabe ou o imigrante árabe foi representado pela literatura brasileira desde os escritos coloniais, pretendemos refletir sobre a ficção brasileira contemporânea, que, diferentemente dos períodos anteriores, lança um olhar profundo sobre a imigração árabe para o Brasil, o que possibilita uma releitura do processo de inserção do imigrante na sociedade brasileira, principalmente para os descendentes de primeira e segunda geração. O corpus escolhido é composto por duas narrativas: o romance Dois irmãos (2000), de Milton Assi Hatoum, escritor manaura, nascido em 1950, filho de imigrantes árabes sírio-libaneses; e a narrativa O enigma de Qaf (2004), de Alberto Mussa, carioca, nascido em 1961, neto de imigrantes árabes. Nossa pesquisa busca demonstrar que as obras ficcionais de escritores descendentes de imigrantes permitem uma reflexão densa sobre os conflitos da condição migrante, porém numa perspectiva diferente da visão estereotipada ou mesmo de uma tematização preconceituosa. Entendemos ser a literatura um espaço privilegiado para trazer à tona outras visões sobre a cultura árabe, deixando de lado, consequentemente, a única história já delineada pelo colonizador europeu, aquela contida nos livros didáticos, divulgada nos grandes meios de comunicação de massa e na história universal, segundo a qual os árabes são terroristas, fundamentalistas, desumanos, opressores da mulher, o turco da prestação, o vendedor ambulante. Trata-se, assim, de adotar um viés pós-colonial, segundo os estudos de Eloína Patri dos Santos (2005), na medida em que, sob tal viés, o colonizado pode relatar a sua experiência, de acordo com a sua própria versão, com a sua voz. A análise é elaborada por meio de três eixos: o ethos identitário, o pathos do exílio e o logos da memória. Com a abordagem desses eixos, buscamos enfatizar a construção, nos dois romances, de um espaço de enriquecimento cultural por meio de personagens despidos de exageros folclóricos, de uma ambientação sem exotismos, da tematização de ritos árabes sem estereótipos, e, principalmente, do maior legado da cultura árabe para a humanidade: a língua árabe. Buscamos, dessa forma, contribuir para uma maior compreensão da ficção brasileira contemporânea, além de colaborar com as pesquisas que tratam das representações e figurações do árabe produzidas no Brasil
Resumo:
Eco-innovations, eco-efficiency and corporate social responsibility practices define much of the current industrial sustainability agenda. While important, they are insufficient in themselves to deliver the holistic changes necessary to achieve long-term social and environmental sustainability. How can we encourage corporate innovation that significantly changes the way companies operate to ensure greater sustainability? Sustainable business models (SBM) incorporate a triple bottom line approach and consider a wide range of stakeholder interests, including environment and society. They are important in driving and implementing corporate innovation for sustainability, can help embed sustainability into business purpose and processes, and serve as a key driver of competitive advantage. Many innovative approaches may contribute to delivering sustainability through business models, but have not been collated under a unifying theme of business model innovation. The literature and business practice review has identified a wide range of examples of mechanisms and solutions that can contribute to business model innovation for sustainability. The examples were collated and analysed to identify defining patterns and attributes that might facilitate categorisation. Sustainable business model archetypes are introduced to describe groupings of mechanisms and solutions that may contribute to building up the business model for sustainability. The aim of these archetypes is to develop a common language that can be used to accelerate the development of sustainable business models in research and practice. The archetypes are: Maximise material and energy efficiency; Create value from 'waste'; Substitute with renewables and natural processes; Deliver functionality rather than ownership; Adopt a stewardship role; Encourage sufficiency; Re-purpose the business for society/environment; and Develop scale-up solutions. © 2014 The Authors. Published by Elsevier Ltd. All rights reserved.
Resumo:
This dissertation investigates how social issues can be explored through process drama projects in the Japanese university English as a Foreign Language classroom context. The trajectory of this dissertation moves along a traditional Noh three part macro-continuum, called Jo-Ha-Kyu, interpreted as enticement, crux and consolidation. Within these three parts, there are six further divisions. Part I consists of three sections: Section I, the introduction, sets the backdrop for the entire dissertation, that of Japan, and aims to draw the reader into its culturally unique and specific world. This section outlines the rationale for placing the ethnographer at the centre of the research, and presents Japan through the eyes of the writer. Section II outlines relevant Japanese cultural norms, mores and values, the English educational landscape of Japan and an overview of theatre in Japan and its possible influences on the Japanese university student today. Section III provides three literature reviews: second language acquisition, drama in education to process drama, and Content Language Integrated Learning. In Part 2, Sections IV and V respectively consist of the research methodology and the action research at the core of this dissertation. Section IV describes the case of Kwansei Gakuin University, then explains the design of the process drama curricula. Section V details the three-process drama projects based around the three social issues at the centre of this dissertation. There is also a description of an extra project that of the guest lecturer project. The ultimate goals of all four projects were to change motivation through English in a CLIL context, to develop linguistic spontaneity and to deepen emotional engagement with the themes. Part 3 serves to reflect upon the viability of using process drama in the Japanese university curriculum, and to critically self-reflect on the project as a whole.
Resumo:
The thesis examines Milton's strategic use of romance in Paradise Lost, arguing that such a handling of romance is a provocative realignment of its values according to the poet’s Christian focus. The thesis argues that Milton's use of romance is not simply the importation of a tradition into the poem; it entails a backward judgement on that tradition, defining its idealising tendencies as fundamentally misplaced. The thesis also examines the Caroline uses of romance and chivalry in the 1630s to provide a vision of British unification, and Milton's reaction to this political agenda.
Resumo:
In order to present visual art as a paradigm for philosophy, Merleau-Ponty investigated the creative processes of artists whose work corresponded closely with his philosophical ideas. His essays on art are widely valued for emphasising process over product, and for challenging the primacy of the written word in all spheres of human expression. While it is clear that he initially favoured painting, Merleau-Ponty began to develop a much deeper understanding of the complexities of how art is made in his late work in parallel with his advancement of a new ontology. Although his ontology remains unfinished and only exists as working notes and a manuscript entitled The Visible and Invisible, Merleau-Ponty had begun to appreciate the fundamental role drawing plays in the making of art and the creation of a language of expression that is as vital as the written or spoken word. Through an examination of Merleau-Ponty’s unfinished manuscript and working notes my thesis will investigate his working methods and use of materials and also explore how he processed his ideas by using my own art practice as the basis of my research. This research will take the form of an inquiry into how the unfinished and incomplete nature of text and artworks, while they are still ‘works in progress’, can often reveal the more human and carnal components of creative processes. Applying my experience as a practitioner and a teacher in an art school, I focus on the significance of drawing practice for Merleau-Ponty’s later work, in order to rebalance an overemphasis on painting in the literature. Understanding the differences between these two art forms, and how they are taught, can offer an alternative engagement with Merleau-Ponty’s later work and his struggle to find a language to express his developing new ontology. In addition, by re-reading his work through the language of drawing, I believe we gain new insights which reaffirm Merleau-Ponty's relevance to contemporary art making and aesthetics.
Resumo:
BACKGROUND: Disclosure of authors' financial interests has been proposed as a strategy for protecting the integrity of the biomedical literature. We examined whether authors' financial interests were disclosed consistently in articles on coronary stents published in 2006. METHODOLOGY/PRINCIPAL FINDINGS: We searched PubMed for English-language articles published in 2006 that provided evidence or guidance regarding the use of coronary artery stents. We recorded article characteristics, including information about authors' financial disclosures. The main outcome measures were the prevalence, nature, and consistency of financial disclosures. There were 746 articles, 2985 authors, and 135 journals in the database. Eighty-three percent of the articles did not contain disclosure statements for any author (including declarations of no interests). Only 6% of authors had an article with a disclosure statement. In comparisons between articles by the same author, the types of disagreement were as follows: no disclosure statements vs declarations of no interests (64%); specific disclosures vs no disclosure statements (34%); and specific disclosures vs declarations of no interests (2%). Among the 75 authors who disclosed at least 1 relationship with an organization, there were 2 cases (3%) in which the organization was disclosed in every article the author wrote. CONCLUSIONS/SIGNIFICANCE: In the rare instances when financial interests were disclosed, they were not disclosed consistently, suggesting that there are problems with transparency in an area of the literature that has important implications for patient care. Our findings suggest that the inconsistencies we observed are due to both the policies of journals and the behavior of some authors.
Resumo:
The word 'impromptu' began to appear in music literature in the early 19th century, specifically as title for a relatively short composition written for solo piano. The first impromptus appear to have been named so by the publishers. However, the composers themselves soon embraced the title to indicate, for the most part, fairly short character pieces. Impromptus do not follow any specific structural pattern, although many are cast in ternary form. The formal design ranges from strict compound ternary in the early impromptus to through-composed and variation forms. The peak of impromptu's popularity undoubtedly came during the middle and late19th century. However, they are still being composed today, albeit much less frequently. Although there have been many variants of impromptus in relation to formal design and harmonic language over the years, the essence of impromptu remains the same: it is still a short character piece with a general feeling of spontaneity. Overall, impromptus may be categorized into several different groups: some appear as part of a larger cycle, such as Dvorak's G minor Impromptu from his Piano Pieces, B. 110; many others use an element of an additional genre that enhances the character ofthe impromptu, such as Liszt's Valse-Impromptu and Antonio Bibalo's Tango Impromptu; yet another group consists of works based on opera themes, such as Liszt's Impromptu Brillant sur des themes de Rossini et Spontini and Czerny's Impromptus et variations sur Oberon, Op. 134. My recording project includes well-known impromptus, such as Schubert's Op. 142 and the four by Chopin, as well as lesser known works that have not been performed or recorded often. There are four impromptus that have been recorded here for the first time, including those written by Leopold Godowsky, Antonio Bibalo, Altin Volaj, and Nikolay Mazhara. I personally requested the two last named composers to contribute impromptus to this project. My selection represents works by twenty composers and reflects the different types of impromptus that have been encountered through almost three hundred years of the genre's existence, from approximately 1817 (VoriSek) to 2008 (Volaj and Mazhara).
Resumo:
This dissertation looks at the connection between Heliodorus's fifth-century prose romance, An Aethiopian History, certain Renaissance texts, and how these texts helped influence an alternate representation of Africans in the early modern world. Through their portrayals of Africans, early modern English playwrights frequently give the impression that Africans, especially black Africans, were people without accomplishments, without culture. Previously, however, this was not the case. Africans were depicted with dignity, as a tradition existed for this kind of representation--and Renaissance Europe had long been acquainted with the achievements of Africans, dating back to antiquity. As the source of several lost plays, the Aethiopica is instrumental in dramatizing Africans favorably, especially on the early modern stage, and helped shape a stage tradition that runs alongside the stereotyping of Africans. This Heliodoran tradition can be seen in works of Greene, Heywood, Jonson, Shakespeare, and others in the motifs of crosscultural and transracial romance, male and female chastity, racial metamorphosis, lost or abandoned babies, wandering heroes, and bold heroines. In Jonson's Masque of Blackness and Masque of Beauty, I establish a connection between these two masques and Heliodorus's Aethiopica and argue for a Heliodoran stage tradition implicit in both masques through the conceit of blanching. In The English Moore, I explore how Richard Brome uses the Heliodoran and Jonsonian materials to create a negative quality of blackness that participates in the dramatic tradition of the degenerate African on the English Renaissance stage. With Othello, I contend that it is a drama that can be seen in the Heliodoran tradition by stressing certain motifs found in the play that derives from the Aethiopica. Reading Othello this way provides us with a more layered and historicized interpretation of Shakespeare's protagonists. Othello's nationality and faith make his exalted position in Venice and the Venetian army credible and logical. His nobility and heroic status become more sharply defined, giving us a fuller understanding of the emphasis he places on chastity--both for himself and for Desdemona. Instead of a traditional, compliant, and submissive Desdemona, a courageous, resourceful, witty, and pure heroine emerges--one who lives by the dictates of her conscience than by the constraints of societal norms. Recovering the tradition of positive portrayal of Africans that originated from the Aethiopica necessitated an examination of eleven plays that I contend helped to frame the dramatic tradition under investigation. Six of these plays are continental dramas, and five are English. Although three of the English plays are lost and the other two are seventeenth-century dramas, their titles and names of their protagonists, like those of the six extant continental plays, share the names of Heliodorus's hero and heroine, making an exploration of the continental plays imperative to facilitate their use as paradigms in reconstructing the three lost English plays. These continental dramas show that plays whose titles derive from the Aethiopica itself or reflect the names of its major characters follow Heliodorus's text closely, enabling an investigation of the Heliodoran tradition on the early modern English stage. Recovering the Heliodoran tradition adds to the exploration of racial politics and the understanding of the dramatic tradition that constrained and enabled Renaissance playwrights' representation of race and gender.