999 resultados para Bem-estar psicológico
Resumo:
O presente estudo teve como objectivos caracterizar do ponto de vista da saúde mental a população idosa da Região Autónoma da Madeira (RAM); determinar as prevalências das situações de saúde mental positiva e negativa e avaliar a influência positiva (protectora) ou negativa (de risco) de certos factores pessoais e do meio na saúde mental. Foi um estudo de natureza psicossocial,transversal, probabilístico, com uma componente descritiva e outra inferencial. A amostra (N=342) representativa das pessoas com 65 e mais anos, residentes na comunidade, foi estratificada por concelhos, por géneros e por classes etárias. A selecção foi feita da base de dados do Cartão de Utente do Serviço Regional de Saúde Empresa Pública Empresarial. As pessoas idosas foram entrevistadas pelas enfermeiras dos Centros de Saúde, que utilizaram para tal um questionário estruturado. Na avaliação das variáveis utilizaram-se diversos instrumentos alguns dos quais amplamente usados em outros estudos com população idosa. A saúde mental foi avaliada utilizando-se o Mental Health Inventory - MHI (Ware & Veit, 1983; Ribeiro, 2000), que contempla uma dimensão mais positiva o bem-estar psicológico e outra mais negativa o distress psicológico. Nas variáveis independentes (pessoais e do meio ambiente) utilizaram-se: para a classe social a Classificação Social de Graffar (Graffar, 1956); para a rede social a Lubben Social Network Scale - LSNS (Lubben, 1988); para a autonomia nas actividades instrumentais da vida diária a IADL (Lawton & Brody, 1969; Botelho, 2000); para a capacidade funcional (ABVD) o Índice de Katz (Katz et al., 1963; Cantera, 2000). As restantes variáveis, nomeadamente as de caracterização demográfica bem como as auto-percepções relativas ao rendimento, à habitação, de controlo, a ocupação do tempo, os acontecimentos de vida significativos, a autonomia física, a percepção relacionada com a saúde, as queixas de saúde ou doenças, os apoios de saúde e sociais, foram avaliadas através de questões formuladas para o efeito. No tratamento de dados, procedeu-se à análise descritiva das diferentes variáveis obtendo-se uma primeira caracterização da saúde mental das pessoas inquiridas. A fim de determinar as prevalências das situações de saúde mental mais positiva e mais negativa, recorreu-se à análise com três clusters. Para determinar a associação entre as variáveis pessoais e do meio e a saúde mental, usaram-se dois modelos de regressão logística (MRL). Num 1º MRL o enfoque colocou-se na relação das capacidades físicas e na percepção de saúde detidas pelas pessoas idosas, na disponibilidade de apoios específicos e a saúde mental. O 2º MRL focalizou-se na interacção entre a percepção de controlo detida pelas pessoas idosas, as condições sócio-económicas e a saúde mental. Resumem-se os resultados: na amostra identificou-se uma percentagem superior de mulheres (66,4%) face aos homens. A classe etária dos 65–74 anos incluiu maior número de idosos (64,9%). A maioria de (55,6%) residiam fora do Funchal. Os reformados eram prevalentes (78,1%) bem como os que detinham 1 a 11 anos de escolaridade (58,2%). As mulheres (65,2%) eram mais analfabetas do que os homens (48,7%). Dos idosos 44,4% pertenciam à classe social V (muito baixa) sendo a maioria mulheres (53,3%). A idade mínima da amostra foi 65 anos e a máxima 89 anos. A idade X =72,6 anos com umS =5,77. Foram encontrados níveis mais positivos nas diferentes dimensões da saúde mental. Prevalências: saúde mental positiva 67,0%, bem-estar psicológico elevado 24,3%. Apenas 3,2% apresentaram distress psicológico mais elevado. Com depressão maior identificaram-se 0,3% dos idosos. Num 1º MRL com as possíveis variáveis explicativas ajustadas, verificou-se que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era cerca de 0,3 vezes inferior nas mulheres, nos idosos com redes sociais muito limitadas e nos que percepcionavam a saúde própria como razoável ou pior. Era menor 0,5 vezes quando não sabiam ou percepcionavam a saúde como pior comparativamente aos pares, e 0,3 vezes quando referiram o mesmo, comparando-a com há um ano atrás. Era ainda 0,1 vez inferior quando possuíam limitações físicas para satisfazer as necessidades próprias. A probabilidade de ser mais positiva era 2,5 vezes superior quando as pessoas possuíam 1 a 11 anos de escolaridade. A variância no nível de saúde mental, explicada com base no 1º modelo foi 44,2%, valor estimado através do Nagelkerke R Square. Os resultados do 2º MRL com variáveis ajustadas, permitem afirmar que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era 0,3 vezes menor nas mulheres, 0,1 vez inferior nos idosos que percepcionavam o rendimento auferido como razoável ou fraco e 0,4 vezes menor quando tinham uma rede social muito limitada. Ter limitações físicas deslocando-se na rua apenas com apoio diminuía 0,3 vezes a probabilidade de saúde mental mais positiva, verificando-se o mesmo nos que auferiam apoio dos serviços sociais. Uma probabilidade 2,4 vezes superior da saúde mental ser mais positiva foi encontrada nos idosos com 1 a 11 anos de escolaridade quando comparada com os analfabetos. O Nagelkerke R Square = 37,3%, foi menor do que o obtido no modelo prévio, pelo que a variação ao nível da saúde mental explicada por este modelo é inferior. A evidência de que as pessoas idosas possuíam maioritariamente um nível superior de saúde mental, comprovou que a velhice não é sinónimo de doença. Foi também superior a percentagem daqueles que possuíam redes sociais menos limitadas. O nível mais elevado de distress psicológico surgiu com uma prevalência de 3,2% e apenas 0,3% das pessoas idosas estavam mais deprimidas o que evidenciou a necessidade de serem providenciadas respostas na comunidade para o seu tratamento. Dos inquiridos 8,8% apresentavam um nível médio de depressão, sugerindo a pertinência de serem efectuados às pessoas nessa situação, diagnósticos clínicos mais precisos. As limitações na capacidade física para a satisfação de necessidades diárias e a percepção de saúde mais negativa emergiram como factores significativos para a pior saúde mental confirmando resultados de pesquisas prévias. No 2º MRL a percepção pelos idosos de que o rendimento mensal auferido era fraco aumentou também a probabilidade da saúde mental ser pior. Nos dois modelos verificaram-se influências positivas quando os idosos possuíam 1 a 11 anos de escolaridade comparativamente aos analfabetos, o que pode ser considerado um factor protector para a saúde mental. Sublinhamos como principais conclusões deste estudo: O protocolo e os instrumentos de avaliação foram adequados para atingir os objectivos. Da avaliação à saúde mental concluiu-se que as pessoas idosas possuíam situações mais positivas e favoráveis. Dos três factores utilizadas na estratificação da amostra apenas o género feminino estava associado significativamente à pior saúde mental. Sugere-se a replicação deste estudo para acompanhar a evolução da saúde mental da população idosa da RAM. Os resultados deverão ser divulgados à comunidade científica e técnica bem como aos decisores políticos e aos gestores dos serviços de saúde, sociais, educativos e com acção directa sobre a vida dos idosos a fim de serem extraídas ilações, favoráveis à adopção de políticas e programas promotores da saúde mental que passem pelo aumento da escolaridade e por medidas/acções que reduzam a maior susceptibilidade de saúde mental negativa associada ao género feminino, promovam o reforço das redes sociais das pessoas idosas, a autonomia física necessária à satisfação das necessidades próprias bem como as auto - percepções positivas relacionadas com a saúde e com os rendimentos auferidos. Deverão serlhes facultadas também oportunidades de participação activa na comunidade a que pertencem.
Resumo:
Objetivou-se avaliar os aspectos sociais e de saúde e a percepção diante do diagnóstico de indivíduos com a coinfecção HIV/tuberculose. Estudo descritivo, com abordagem quantiqualitativa, realizado em hospital de referência em Fortaleza, Ceará, de janeiro a abril de 2009, utilizando-se entrevista semiestruturada em ambiente privativo. Os dados foram analisados de modo descritivo e por análise de conteúdo. Participaram 16 pacientes com coinfecção HIV/tuberculose, 56,25% do sexo masculino, com faixa etária predominante entre 31 a 39 anos (43,75%), com pouca escolaridade e renda familiar mensal de aproximadamente um salário mínimo. A forma predominante da apresentação da tuberculose foi a pulmonar (62,50%). A percepção sobre a descoberta da coinfecção foi demonstrada por duas categorias: Medo e angústia face ao diagnóstico e Mudanças nos hábitos de saúde e no estilo de vida. Urge, diante dos achados, a promoção do bem-estar psicológico e físico desses pacientes, por meio de ações políticas e de saúde
Resumo:
The importance of identifying the consequence of the hours worked on people in society has been well recognized within Organizational and Work Psychology. From this point of view, the present research had the objective of analysing the effects of work regimes on the mental health of petroleum operators of Petrobrás. The sample totaled 144 subjects, corresponding to 27% of the work population. The mental health of the participants was evaluated using the following instruments of measurement: QSG-12, Scale of self-esteem, Scale of Positive and Negative Affections and the Scale of Valuable Attributes of IMST, each representing an empirical factor used to indicate and measure the five dimensions of mental health. The subjects perceptions of their work regime and the rest of their conditions of work were evaluated using scales of descriptive attributes of IMST, by applying a semi-structured questionnaire and by use of interviews. A socio-demographic file was used to collect information related to the biographical and socio-occupational profile of the worker sample. The answers to the questionnaire were inserted into the data bank of SPSS (Statistical Package for Social Science), for statistical analysis, and the interviews were analised based on the technique of Contents Analysis recommended by Bardin (1995). The main results revealed that one third of the worker sample were tense; however, the mental health of the majority was preserved. Cluster Analysis applied to the group of seven factors which measured the five dimensions of mental health identified four profiles of psychological well-being shared between members of the sample. It was observed that the people working in the system of Continuous Shift Alternation (TIR) and in the system of Pre-advising tended to present balanced and satisfactory profiles, while the ones which worked in the Administrative Field tended to present anxious and oscillating profiles, and thus were more affected psychologically. These were also the ones that also perceived the more negative aspects of their laborious conditions (reduced chances of self-improvement, physically stressful and financial resources below expectations with which to supply family and personal necessities. In agreement with the ecological model formulated by Warr (1987), the present study concluded that the positive and negative effects on the psychological well-being tended to occur as a consequence of the perceptions the petrol operators developed to face their work conditions
Resumo:
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O conhecimento de indicadores de qualidade de vida (QV) relacionados à saúde bucal é especialmente relevante para a Odontologia considerando o impacto que as condições bucais podem provocar no bem estar psicológico e social. Estudos sobre aspectos psicossociais contribuem para maior integração da conduta clínica e assistencial, preocupação compartilhada com profissionais da saúde. Integrar as áreas de Psicologia e Odontologia quebrando paradigmas interdisciplinares e o interesse em conhecer os aspectos psicológicos dos pacientes, motivou a realização deste estudo. O objetivo deste estudo foi avaliar a QV dos pacientes com disfunção temporomandibular e/ou dor orofacial. MÉTODO: Foi aplicado o Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida - Medical Outcomes Study 36 - Item Short Health Survey (SF-36) a 91 pacientes, que buscaram atendimento por apresentarem sinais e/ou sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF). O SF-36 avalia 8 domínios: capacidade funcional (CF), aspectos físicos (AF), dor, estado geral de saúde (EGS), saúde mental (SM), aspectos emocionais (AE), aspectos sociais (AS) e vitalidade (V). RESULTADOS: A análise estatística descritiva e inferencial pela Correlação de Pearson (p-valor < 0,05) demonstrou, com exceção da capacidade funcional (73,2), valores médios entre 50 e 64 para os demais domínios: AF - 57,6; Dor - 50; EGS - 54,5; V - 53,4; AS - 63,6; AE - 51,8; SM - 58. Considerando-se que a pontuação varia de 0 a 100, ou seja, do pior para o melhor estado de saúde, os valores médios foram baixos. Verificou-se correlação entre CF e EGS (p-valor 0,01), tendência de significância para dor e EGS (p-valor 0,07). CONCLUSÃO: Os aspectos dor e capacidade funcional interferem no estado geral de saúde; os pacientes com DTM e DOF sofreram impacto negativo na qualidade de vida pelo prejuízo dos aspectos físicos e mentais.
Resumo:
Este trabalho investigou a qualidade de sono de mulheres com câncer de mama e suas relações com qualidade de vida e depressão. Cinqüenta mulheres com câncer de mama (grupo clínico) e cinqüenta controles responderam um questionário médico-demográfico e ao instrumento Pittsburgh Sleep Quality Index. O grupo clínico também respondeu aos instrumentos Quality of Life Cancer-Survivor e Brief Zung Self-Rating Depression Scale. Verificou-se que mulheres com câncer tinham significativamente mais queixas de nictúria, calor e despertares noturnos. O grupo clínico com má qualidade do sono apresentou comprometimento na qualidade de vida e mais sintomas de depressão. em geral, a qualidade de sono em mulheres com câncer de mama pode predizer a qualidade de vida e o bem estar psicológico.
Resumo:
O psicólogo angolano Felizardo Tchiengo Bartolomeu Costa, que atua na formação de professores em seu país, compara neste livro o modo como os professores de Angola pensam sua profissão com a forma como a percebem os professores do Brasil. E também promove uma ampla discussão sobre a subjetividade e o trabalho no mundo atual, a partir das experiências desses docentes. A obra busca entender o significado do trabalho para professores da rede pública dos dois países, analisando fatores relacionados ao propósito social, aspectos morais, oportunidade de desenvolvimento de potencialidades pessoais, autonomia, centralidade do trabalho, bem-estar psicológico e reconhecimento. Foram escolhidas classes do primeiro ciclo do ensino primário de duas escolas de ensino fundamental e médio, uma do município paulista de Assis e outra do município dos Gambos, na província de Huíla. De acordo com Costa, a inclusão da escola angolana no estudo deve-se à sua experiência como professor de ensino fundamental em Angola e a seu interesse em abrir um campo de pesquisas sobre o significado do trabalho naquele país que contextualizasse seus aspectos socioculturais, políticos e econômicos. Com o livro, Costa busca suprir a falta de estudos estratégicos para o desenvolvimento de Angola, escassos como reflexo, ainda, dos trinta anos de guerra civil, conflito que encerrado em 2002
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar a associação entre música e atividade física no que diz respeito ao bem-estar psicológico e o estado de ânimo de participantes de esportes coletivos. Confirmam os estudos, que os benefícios da prática de atividade física juntamente com a música são muitos e inegáveis. Os participantes de esporte coletivo, por estarem sempre em contato com muitas outras pessoas e sempre sofrendo muitas influências de todos os lados (meio e pessoal), foram os escolhidos para o estudo. A literatura disponível e estudada apóia a idéia de que uma pessoa que esteja na presença de uma música de seu gosto, se estruturando de forma correta, pode se sentir mais motivada e psicologicamente preparada. A diferenciação dada nesse estudo foi à idéia de colocar a música “preferida” e “nãopreferida”, assim conseguimos avaliar a influência positiva e também a negativa dada pela música. Por meio de questionários passados pré e pós a atividade física, fizemos a análise, e a conclusão foi o que os estudos já diziam, de que existe uma clara influência da música tanto nos aspectos do humor, quanto nos psicológicos, positivamente e também negativamente. Considerando tudo isso, a idéia de existirem mais trabalhos para o aprimoramento de treinamentos com a presença da música ideal é o foco do estudo.
Resumo:
A prática do ioga tem se tornado cada vez mais popular, não apenas pelos benefícios físicos, mas principalmente pelo bem-estar psicológico trazido pela sua prática. Um dos componentes do ioga é o Prãnãyama, ou controle da respiração. A atenção e a respiração são dois mecanismos fisiológicos e involuntários requeridos para a execução do Prãnãyama. O principal objetivo desse estudo foi verificar se variáveis contínuas do EEG (potência de diferentes faixas que o compõem) seriam moduladas pelo controle respiratório, comparando-se separadamente as duas fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), na situação de respiração espontânea e controlada. Fizeram parte do estudo 19 sujeitos (7 homens/12 mulheres, idade média de 36,89 e DP = ± 14,46) que foram convidados a participar da pesquisa nas dependências da Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Para o registro do eletroencefalograma foi utilizado um sistema de posicionamento de cinco eletrodos Ag AgCl (FPz, Fz, Cz, Pz e Oz) fixados a uma touca de posicionamento rápido (Quick-Cap, Neuromedical Supplies®), em sistema 10-20. Foram obtidos valores de máxima amplitude de potência (espectro de potência no domínio da frequência) nas frequências teta, alfa e beta e delta e calculada a razão teta/beta nas diferentes fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), separadamente, nas condições de respiração espontânea e de controle respiratório. Para o registro do ciclo respiratório, foi utilizada uma cinta de esforço respiratório M01 (Pletismógrafo). Os resultados mostram diferenças significativas entre as condições de respiração espontânea e de controle com valores das médias da razão teta/beta menores na respiração controlada do que na respiração espontânea e valores de média da potência alfa sempre maiores no controle respiratório. Diferenças significativas foram encontradas na comparação entre inspiração e expiração da respiração controlada com diminuição dos valores das médias da razão teta/beta na inspiração e aumento nos valores das médias da potência alfa, sobretudo na expiração. Os achados deste estudo trazem evidências de que o controle respiratório modula variáveis eletrofisiológicas relativas à atenção refletindo um estado de alerta, porém mais relaxado do que na situação de respiração espontânea.
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A prática do ioga tem se tornado cada vez mais popular, não apenas pelos benefícios físicos, mas principalmente pelo bem-estar psicológico trazido pela sua prática. Um dos componentes do ioga é o Prãnãyama, ou controle da respiração. A atenção e a respiração são dois mecanismos fisiológicos e involuntários requeridos para a execução do Prãnãyama. O principal objetivo desse estudo foi verificar se variáveis contínuas do EEG (potência de diferentes faixas que o compõem) seriam moduladas pelo controle respiratório, comparando-se separadamente as duas fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), na situação de respiração espontânea e controlada. Fizeram parte do estudo 19 sujeitos (7 homens/12 mulheres, idade média de 36,89 e DP = ± 14,46) que foram convidados a participar da pesquisa nas dependências da Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Para o registro do eletroencefalograma foi utilizado um sistema de posicionamento de cinco eletrodos Ag AgCl (FPz, Fz, Cz, Pz e Oz) fixados a uma touca de posicionamento rápido (Quick-Cap, Neuromedical Supplies®), em sistema 10-20. Foram obtidos valores de máxima amplitude de potência (espectro de potência no domínio da frequência) nas frequências teta, alfa e beta e delta e calculada a razão teta/beta nas diferentes fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), separadamente, nas condições de respiração espontânea e de controle respiratório. Para o registro do ciclo respiratório, foi utilizada uma cinta de esforço respiratório M01 (Pletismógrafo). Os resultados mostram diferenças significativas entre as condições de respiração espontânea e de controle com valores das médias da razão teta/beta menores na respiração controlada do que na respiração espontânea e valores de média da potência alfa sempre maiores no controle respiratório. Diferenças significativas foram encontradas na comparação entre inspiração e expiração da respiração controlada com diminuição dos valores das médias da razão teta/beta na inspiração e aumento nos valores das médias da potência alfa, sobretudo na expiração. Os achados deste estudo trazem evidências de que o controle respiratório modula variáveis eletrofisiológicas relativas à atenção refletindo um estado de alerta, porém mais relaxado do que na situação de respiração espontânea.
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Ostomy is an open surgical origin, when it is necessary to deviate temporarily or permanently, the normal transit of food and / or deletions. The patient with ostomy disposal is faced with changes in their physiology, also emerging on the need to care collection bag. This study aimed to analyze the quality of life (QOL) of people living with ostomy Intestinal (EI), who attended the Pediatric and Adult Rehabilitation Center of Rio Grande do Norte (CRI / CRA-RN). It is an analytical study with cross-sectional design and quantitative approach, accomplished with 89 people who had EI. The study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte (CEP / UFRN), CAAE: 19866413.3.0000.5537. Held data collection in the period January-March 2015 using two instruments: an adapted general questionnaire covering socio-demographic, clinical and self-care and a specific instrument for assessing QOL of people with stoma titled as City of Hope Quality of Life - Ostomy Questionnaire (COH-QOL-Q), validated and adapted to Portuguese in 2010, composed of four areas, namely: Welfare Body (BEF), Welfare Psychological (BEP), Welfare (BES ) and Spiritual Well-Being (BEE). The collected data were entered into a database in Microsoft Excel 2007 spreadsheet application and processed in computerized software for descriptive and inferential analysis. The results showed that 83.1% had a colostomy and ileostomy 16.9%. Sociodemographic characteristics prevailed in males (57.3%), over 50 (57.3%), mulatto (46.1%), with presence of companion / a (57.3%), retired / beneficiaries (50.5%), monthly income above the minimum wage (68.5%) and who have studied up to elementary school (67.4%). Regarding clinical aspects, it was observed that the main cause that led to the making of the stoma was the neoplasm (59.6%) followed by trauma (21.3%). The sample showed people with stoma for more than six months (79.8%) of permanently (57.3%), in use sink equipment piece drainable (68.5%) of flat base (82.0%). With respect to self-care, 93.3% emptied and washed the bag alone (care related to hygiene) and 75.3% fixed the new exchange on the skin during the exchange (care related to the stock). Patients with more than six months of ostomy and had no partner (a) had higher averages of self-care related hygiene and purse. The average of respondents QoL scores was 68.90% for General QOL; 68.03% for the BEF; 68.38% for the BEP; 66.46% for BES and 75.41% for BEE. Among the aspects that influenced QOL included: physical strength, pain, suffering and gases (physical domain); appearance, care of the stoma and adaptation to new condition (psychological domain); isolation, interference in personal relationships and social activities (social domain) and going to church or synagogue, spiritual activities and positive change after ostomy (spiritual realm). Based on these results, it is concluded that this was a predominantly adult sample / elderly (between 50 and 70 years), with low education and the cause motivating the stoma, neoplasms. However, such findings did not pass at low percentage levels on the self-care capacity to deliver even at low QOL scores.
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Ostomy is an open surgical origin, when it is necessary to deviate temporarily or permanently, the normal transit of food and / or deletions. The patient with ostomy disposal is faced with changes in their physiology, also emerging on the need to care collection bag. This study aimed to analyze the quality of life (QOL) of people living with ostomy Intestinal (EI), who attended the Pediatric and Adult Rehabilitation Center of Rio Grande do Norte (CRI / CRA-RN). It is an analytical study with cross-sectional design and quantitative approach, accomplished with 89 people who had EI. The study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte (CEP / UFRN), CAAE: 19866413.3.0000.5537. Held data collection in the period January-March 2015 using two instruments: an adapted general questionnaire covering socio-demographic, clinical and self-care and a specific instrument for assessing QOL of people with stoma titled as City of Hope Quality of Life - Ostomy Questionnaire (COH-QOL-Q), validated and adapted to Portuguese in 2010, composed of four areas, namely: Welfare Body (BEF), Welfare Psychological (BEP), Welfare (BES ) and Spiritual Well-Being (BEE). The collected data were entered into a database in Microsoft Excel 2007 spreadsheet application and processed in computerized software for descriptive and inferential analysis. The results showed that 83.1% had a colostomy and ileostomy 16.9%. Sociodemographic characteristics prevailed in males (57.3%), over 50 (57.3%), mulatto (46.1%), with presence of companion / a (57.3%), retired / beneficiaries (50.5%), monthly income above the minimum wage (68.5%) and who have studied up to elementary school (67.4%). Regarding clinical aspects, it was observed that the main cause that led to the making of the stoma was the neoplasm (59.6%) followed by trauma (21.3%). The sample showed people with stoma for more than six months (79.8%) of permanently (57.3%), in use sink equipment piece drainable (68.5%) of flat base (82.0%). With respect to self-care, 93.3% emptied and washed the bag alone (care related to hygiene) and 75.3% fixed the new exchange on the skin during the exchange (care related to the stock). Patients with more than six months of ostomy and had no partner (a) had higher averages of self-care related hygiene and purse. The average of respondents QoL scores was 68.90% for General QOL; 68.03% for the BEF; 68.38% for the BEP; 66.46% for BES and 75.41% for BEE. Among the aspects that influenced QOL included: physical strength, pain, suffering and gases (physical domain); appearance, care of the stoma and adaptation to new condition (psychological domain); isolation, interference in personal relationships and social activities (social domain) and going to church or synagogue, spiritual activities and positive change after ostomy (spiritual realm). Based on these results, it is concluded that this was a predominantly adult sample / elderly (between 50 and 70 years), with low education and the cause motivating the stoma, neoplasms. However, such findings did not pass at low percentage levels on the self-care capacity to deliver even at low QOL scores.
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Objetivos: O presente estudo tem como objetivos gerais analisar a perceção que as mães de famílias monoparentais têm das suas forças familiares, do suporte social e da sua saúde mental, segundo algumas características sociodemográficas. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, de análise univariada, com uma amostra de 43 mães de famílias monoparentais. Na recolha dos dados utilizámos o Questionário das Forças Familiares (QFF) (Melo & Alarcão, 2011) para avaliar as forças e processos de resiliência familiar; a Escala de Apoio Social (EAS) (Matos & Ferreira, 2000) para avaliar o apoio social percebido; o Mental Health Inventory (MHI5) (Ribeiro, 2001) para avaliar a perceção de saúde mental e ainda um questionário para a caracterização sociodemográfica da amostra. Participantes: A nossa amostra é constituída por 43 mães de famílias monoparentais femininas, tendo em média 38 anos de idade, solteira ou divorciada/separada, vivendo nesta situação há aproximadamente 4 anos. As participantes apresentam um nível de escolaridade do ensino secundário (41,9%) e do ensino superior (46,5%) e, maioritariamente encontram-se empregadas (81,4%). A maioria das mães tem apenas 1 filho (62,8%) e a situação mais comum de agregado doméstico é apenas viverem com os seu(s) filho(s) (72,1%). Resultados: De um modo geral estas mulheres apresentam uma boa perceção, tanto das suas forças familiares (M = 109,84), como do suporte social (M = 58,33) bem como da sua saúde mental (M = 20,05), sendo que estas variáveis se correlacionam entre si de uma forma positiva e significativa. As mães com menor número de filhos e aquelas que apresentam um provável bem-estar psicológico revelam uma melhor perceção das forças familiares, quando comparadas com as que têm mais filhos e as que apresentam provável sofrimento psicológico, respetivamente. Conclusões: A nossa investigação revela que as mães de famílias monoparentais femininas têm capacidades para percecionar forças na sua família e também para percecionar um bom suporte social e um bem-estar positivo, estando todos estes fatores interligados. Porém, torna-se pertinente promover e desenvolver iniciativas que de alguma forma ajudem estas famílias a potenciarem as suas próprias competências, devendo ser sinalizadas para acompanhamento psicológico as situações em que se verificam algumas dificuldades de adaptação.
Resumo:
O estudo do mindfulness tem sido alvo de um crescente interesse no domínio da Psicologia, pela sua importância no aumento de bem-estar e redução de sintomatologia psicopatológica. Os estudos realizados acerca da forma como o mindfulness assume um papel preponderante no bem-estar psicológico dos indivíduos, tendo por base um conjunto de competências ou aptidões que podem ser aprendidas e praticadas, favorece uma melhoria da saúde e do bem-estar dos indivíduos. Deste modo, com o objectivo de contribuir para o conhecimento da relação entre mindfulness, auto-compaixão, vergonha e psicopatologia em praticantes e não praticantes de meditação/yoga, realizou-se um conjunto de estudos numa amostra constituída por 121 sujeitos, em que 53 integram uma população praticante de meditação/yoga e 68 pertencem à população geral não praticante de meditação/yoga. Os resultados revelam que indivíduos praticantes de meditação/yoga registam valores significativamente mais elevados nas facetas observar e não reagir da escala de mindfulness. Por sua vez, sujeitos com maiores índices de traço de mindfulness apresentam níveis mais baixos de vergonha externa e interna. Para além disto, indivíduos com elevado traço de mindfulness distinguem-se significativamente dos indivíduos com baixo traço de mindfulness ao apresentarem níveis mais elevados de auto-compaixão e níveis mais baixos de depressão, ansiedade e stress. / The study of mindfulness has been the target of a growing interest in the field of psychology because of its importance in increasing welfare and lessening of psychopathological symptoms. Studies on how mindfulness plays a central role in psychological well-being of individuals, based on a set of competencies or skills that can be learned and practiced, promotes improved health and well-being of individuals. Thus, in order to contribute to the knowledge of the relationship between mindfulness, self-pity, shame and psychopathology in non-practitioners and practitioners of meditation / yoga, it was held a series of studies on a sample of 121 subjects, in which 53 were part of a population practicing meditation / yoga and 68 belong to the general population not practicing meditation / yoga. The results show that individuals who practice meditation / yoga recorded significantly higher values in the watch and not react aspects of mindfulness scale. In turn, subjects with higher trait mindfulness have lower levels of external and internal shame. In addition, individuals with higher trait mindfulness differ significantly from individuals with low trait mindfulness of the present higher levels of self-pity and lower levels of depression, anxiety and stress.
Resumo:
A família continua a ser considerada a principal fonte de suporte dos idosos, sendo neste sistema que encontramos a maioria dos cuidadores informais. Cuidar é um processo complexo e exige muito tempo e dedicação, sendo que muitos cuidadores consideram-no como algo gratificante, no entanto é incontestável que também acarreta consequências negativas. Assim, o presente estudo tem como objectivo analisar o impacte pessoal, profissional e socioeconómico nos cuidadores informais de idosos que se encontram em centro de dia ou em serviço de apoio domiciliário, em instituições situadas na zona do Baixo Mondego. Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados um inquérito por questionário para a caracterização sociodemográfica dos cuidadores e a versão portuguesa do MHI-5 (Mental Health Inventory) para avaliar o distress e o bem-estar psicológico dos cuidadores dos idosos. A amostra é constituída por 60 cuidadores sendo, na sua maioria mulheres (65%). Mais de metade da amostra dos cuidadores são casados (76,7%), predominantemente com idades entre os 56 e os 65 anos de idade, sendo estes, na generalidade, filhos (48,7%) e cônjuges dos idosos (21,7%). A amostra deste estudo vive na mesma casa (56,7%) ou perto do idoso de quem cuida, tendo metade uma actividade profissional (50%), sendo o número de horas diárias que dispensa na prestação de cuidados ao idoso entre 1 a 4 horas. Constatou-se que os cuidadores informais destes idosos sentem um impacte baixo a moderado principalmente nas áreas do trabalho e da saúde, no entanto, as mulheres inquiridas consideram que o maior impacte é ao nível económico pelas despesas feitas com o idoso, principalmente com os medicamentos. A maioria dos cuidadores apontam que um dos motivos pelos quais decidiram cuidar do idoso foi por amor e ternura, já o motivo que menos pesou para os cuidadores foi a possibilidade de herdar mais. Sendo os cuidadores informais um grupo importante na prestação de cuidados, é necessário reflectir sobre as políticas de cuidados existentes e políticas sociais, assim como sobre a sua informação e formação, considerando ser fundamental definir estratégias de assegurar-lhes direitos sociais associados à missão que assumem e capacitá-los para prevenirem impactes negativos e o seu agravamento eventual.
Resumo:
Objetivou-se avaliar os aspectos sociais e de saúde e a percepção diante do diagnóstico de indivíduos com a coinfecção HIV/tuberculose. Estudo descritivo, com abordagem quantiqualitativa, realizado em hospital de referência em Fortaleza, Ceará, de janeiro a abril de 2009, utilizando-se entrevista semiestruturada em ambiente privativo. Os dados foram analisados de modo descritivo e por análise de conteúdo. Participaram 16 pacientes com coinfecção HIV/tuberculose, 56,25% do sexo masculino, com faixa etária predominante entre 31 a 39 anos (43,75%), com pouca escolaridade e renda familiar mensal de aproximadamente um salário mínimo. A forma predominante da apresentação da tuberculose foi a pulmonar (62,50%). A percepção sobre a descoberta da coinfecção foi demonstrada por duas categorias: Medo e angústia face ao diagnóstico e Mudanças nos hábitos de saúde e no estilo de vida. Urge, diante dos achados, a promoção do bem-estar psicológico e físico desses pacientes, por meio de ações políticas e de saúde