1000 resultados para |Atitudes


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O objetivo desta pesquisa foi desvelar o entendimento dos enfermeiros que atuam em uma Unidade Bsica de Sade acerca da depresso puerperal. Foram entrevistados os cinco enfermeiros da Unidade entre outubro e dezembro de 2003, utilizando-se de entrevistas individuais, roteirizadas, semi-estruturadas. Os discursos produzidos foram analisados segundo a tcnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados revelaram que apesar de os sujeitos compreenderem seu papel no reconhecimento dos sintomas depressivos nas mulheres, so cnscios de sua inexperincia e desconhecimento acerca do assunto e generalizam essas lacunas para o universo da doena mental. Colocam como principal responsabilidade encaminhar a paciente para outro profissional de sade. Ainda que difusamente, percebem que o encaminhamento poderia ser apenas um dos elementos teraputicos no processo de reabilitao destas mulheres

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Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre mtodos anticoncepcionais em mulheres no puerprio, bem como analisar a escolha e seu uso efetivo decorrido seis meses do parto. Mtodo: Estudo prospectivo, transversal, realizado por entrevistas no puerprio precoce e aps seis meses, com 107 mulheres internadas que aceitaram participar do estudo aps a leitura do consentimento livre e esclarecido. Avaliaram-se os indicadores socioeconmicos, o conhecimento em anticoncepo, a orientao recebida, a oferta e uso de contraceptivos aps seis meses do parto. Resultados: Os mtodos anticoncepcionais mais conhecidos de forma espontnea foram a plula (89%) e o condom masculino (65%). O DIU com hormnio foi o menos lembrado espontaneamente. Perto de 95% das purperas referiram desejar evitar nova gravidez. Os mtodos mais escolhidos foram a plula (24%) e a ligadura tubria (18%). Ao se perguntar sobre o interesse em outros mtodos contraceptivos aps o questionrio, 48% demonstraram interesse, sendo o mais citado o DIU (26%). Apenas um quarto das mulheres que disseram conhecer o DIU, faria a opo pelo mtodo. Aps seis meses, apenas 47 mulheres foram contatadas, e somente 31 delas haviam recebido orientao sobre anticoncepo (em mdia sobre trs mtodos diferentes). Houve apenas uma insero de DIU de cobre, e trs mulheres estavam grvidas naquele momento. Concluses: O conhecimento da anticoncepo pelas mulheres no puerprio foi alto e melhorou aps a estimulao. A avaliao dos resultados parece indicar que a simples leitura dos mtodos anticoncepcionais disponveis contribui para a escolha por mtodos no relatados espontaneamente

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A comunicao sempre uma ao que acontece num contexto ou quadro social ou psicossocial,defi nido, entre outros atributos, por apresentarem um idioma de representaes sociais que os indivduos acessam para estabelecerem contatos uns com os outros. No campo da Sade Coletiva, a tarefa de fazer com que os habitantes de determinadas sociedades, coletividades ou grupos contatem e acolham ideias e/ou prticas que permitam avanos no enfrentamento das diversas facetas do adoecer humano uma busca constante. Neste artigo, procuramos demonstrar como o Discurso do Sujeito Coletivo, como tcnica de pesquisa emprica para a recuperao do pensamento de coletividades, permite iluminar o campo social pesquisado, resgatando nele o universo das diferenas e semelhanas entre as diferentes concepes e vises sobre eventos de sade e doena dos atores sociais ou sujeitos coletivos que o habitam. Assim, a comunicao em sade deve trabalhar num contexto de tenso constante entre o semelhante e o diferente, considerando que o comunicador, educador ou promotor de sade, para entender os indivduos com os quais interage, precisa ter em mente que eles aderem s representaes sociais por instinto gregrio, por necessidade de identificao coletiva e por interesses objetivos

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Atualmente, as padarias caracterizam-se por serem estabelecimentos comerciais de grande movimento e de enorme variedade de produtos, os quais quando em condies adversas de conservao e manipulao podem ser responsveis por DTAs. No presente estudo, foram visitadas 30 padarias, observando-se: manipuladores, estrutura fsica, higiene ambiental, condies da distribuio dos produtos e atitudes dos consumidores. Utilizou-se um check list e os pesquisadores atuaram como consumidores comuns destes estabelecimentos. Os resultados obtidos permitiram verificar que todos os estabelecimentos visitados apresentavam falhas em algum critrio da legislao vigente, destacando-se a ausncia de proteo dos cabelos, falta de higienizao das mos, piso sujo e conservao em temperaturas abusivas. Dessa forma, as condutas relacionadas conservao dos alimentos merecem ateno dos rgos de vigilncia sanitria e o treinamento dos manipuladores deve ser enfatizado, pois as no conformidades encontradas podem vir a constituir perigo para a sade dos consumidores. Sugere-se, tambm, que os responsveis pelas padarias utilizem um check list como instrumento de garantia da qualidade dos produtos comercializados

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Este artigo foi redigido com parte dos resultados da pesquisa de dissertao de mestrado sobre o trabalho multiprofissional no Servio Pblico de Sade no municpio de Bandeirantes- Paran. Foram entrevistados 44 profissionais de sade de nvel superior, com 4 questes abertas que abordaram aspectos de interesse para o tema. O presente estudo se prope retratar uma das figuras metodolgicas do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) que a Ancoragem e analisar as representaes sociais dos profissionais de sade. A anlise e a discusso as Ancoragens ressaltam a sua utilidade para o resgate das representaes sociais. Quanto a seu contedo, estas representaes revelam que os profissionais de sade entrevistados consideram seu trabalho como um atendimento vocacionado. Destacam ainda que o servio pblico para pobre e que todo funcionrio do setor pblico sobrecarregado. Estes resultados, por refletirem a realidade da totalidade de profissionais de um municpio de pequeno porte, e por sua amostra ser composta de profissionais de sade de nvel superior, subsidiaro o gestor em futuras decises sobre a conduta e abordagem dos profissionais de nvel superior. E se profissionais puderem tomar suas prprias concepes como objeto de reflexo e distinguir os elementos que compem seus " ideais" para consolidao do SUS, podero compreender a funo que cumprem na sociedade e trabalhar na construo de novos valores

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OBJETIVO:Avaliar mudanas em conhecimentos, atitudes e acesso/utilizao de servios odontolgicos decorrentes de um programa de promoo da sade bucal com agentes comunitrios de sade. MTODOS:Um projeto de capacitao combinando ensino-aprendizagem, apoio e superviso, foi desenvolvido entre os meses de julho de 2003 a agosto de 2004. As mudanas foram avaliadas por meio de entrevistas estruturadas em que participaram 36 agentes comunitrios de sade e uma amostra de 91 mulheres e mes, representativa de donas de casa com 25 a 39 anos de idade, alfabetizadas e residentes em domiclios de trs a seis cmodos no municpio de Rio Grande da Serra (SP). Foram colhidos dados sobre conhecimentos de sade-doena bucal, prticas e capacidades auto-referidas em relao ao auto-exame, higiene bucal, nmero de residentes e de escovas dentais individuais e coletivas em cada domiclio e acesso e uso de servios odontolgicos. Por meio do teste t de Student pareado, foram comparadas as mdias dos valores obtidos antes e depois do programa para cada um dos grupos estudados. As respostas foram analisadas adotando-se um nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Foram observadas diferenas estatisticamente significativas para questes relativas ao conhecimento de sade bucal entre os agentes e entre as mulheres antes e depois da capacitao (p<0,05). Desequilbrio entre o nmero de escovas e de indivduos em cada famlia diminuiu. A freqncia da escovao e do uso do fio dental se elevou depois da atuao dos agentes. Os valores de auto-avaliao da higiene bucal aumentaram. Modificao nas prticas e capacidades auto-referidas mostrou significativa elevao da auto-confiana. O acesso ao servio foi mais fcil (p<0,000) e seu uso mais regular (p<0,000) entre mulheres. CONCLUSES: Houve mudanas positivas na percepo em relao a aspectos de sade bucal, na auto-confiana e no acesso e uso de servios odontolgicos. Tais mudanas po

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Objetivo: identificar as representaes sociais de mes de crianas da faixa etria de zero a cinco anos de idade do Ncleo de Sade da Famlia IV, em Ribeiro Preto-SP, procurando saber o que pensam sobre sade bucal e tratamento odontolgico. Mtodo: trata-se de pesquisa qualitativa, sendo utilizada a entrevista semi-estruturada para a coleta dos dados e a anlise de contedo. Resultados: constatou-se grande dificuldade das mes em se expressar a respeito do que , para elas, sade. Para essas mes a sade bucal est relacionada com normas de higiene e dietticas e tambm com a ida ao dentista, restringindo-se na preocupao com a esttica e pouco com a funo. J em relao ao tratamento odontolgico, a grande maioria demonstrou apresentar medo, causado pela sua experincia anterior com o tratamento. A assistncia particular est associada pontualidade e ao atendimento da maneira desejada enquanto o tratamento oferecido pelo setor pblico demora e falta de equipamentos e materiais. A humanizao no atendimento e competncia do profissional emergiram como dois aspectos importantes, e podem estar determinando a deciso de ir ou no ao dentista. Concluses: A expresso sade bucal foi associada assistncia odontolgica. O atendimento pelo setor privado foi referido como o que mais se aproxima do tipo ideal de assistncia odontolgica

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O relat??rio, que teve sua publica????o apoiada pela Canad?? School of Public Service, apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a dificuldade de acesso de mulheres e negros aos cargos superiores da administra????o p??blica federal, bem como os conhecimentos, habilidades e atitudes necess??rios para o desempenho de cargos de dire????o desses segmentos

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O Hospital Universit??rio da Universidade Federal de Santa Maria oferece, entre v??rios outros, o Servi??o de Hemato-Oncologia. Inicialmente, o servi??o tinha como meta priorit??ria apenas a perfei????o cl??nica. Hoje, entende que o tratamento terap??utico deve-se acompanhar de uma proposta de bem-estar social e psicol??gico. Para isto, criou-se, na Sala de Atendimento Pedag??gico, um espa??o de forma????o cultural b??sico, onde se desenvolvem oficinas para pacientes agrupados em turmas, conforme os est??gios de desenvolvimento do pensamento segundo Piaget. Observam-se mudan??as comportamentais dos pacientes que v??o desde a aceita????o das consultas m??dicas at?? manifesta????es de prazer com a vida, criatividade e socializa????o, atitudes de organiza????o, disciplina e participa????o, desenvolvimento intelectual e motor e interesse pela vida escolar

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As garrafas PET, utilizadas para embalar refrigerantes, bebidas e outros produtos, t??m uma decomposi????o extremamente demorada, de 100 a 400 anos. Ao serem descartadas, muitas dessas garrafas acabam sendo despejadas em rios e mares, contaminando de forma excessiva as ??guas naturais. Muitas aves e animais que vivem nessas ??guas ou pr??ximos a elas, no entanto, acabam confundindo as garrafas e tampinhas com peixes e alimentos, ingerindo-as. Assim, muitos animais marinhos na regi??o pr??xima a Itaja??, Santa Catarina, acabaram sendo levados ?? morte por conta da contamina????o com esses detritos. Um servidor p??blico se compadeceu da situa????o e decidiu tomar atitudes para evitar futuros danos. No entanto, o servidor encontrou in??meros impedimentos por conta de acordos entre governos e empresas que fazem uso de garrafas PET em seus produtos

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O presente ensaio traz ?? discuss??o a gest??o por compet??ncias como atributo elementar para o desempenho organizacional, considerando o impacto que altera????es sociais e econ??micas t??m no trabalho. O objetivo deste ?? contribuir para reflex??es por parte de gestores, colaboradores e pesquisadores sobre a gest??o por compet??ncias enquanto parte de uma gest??o estrat??gica de pessoas, com uma vis??o mais abrangente. Para tanto, fez-se uma revis??o bibliogr??fica que evidenciou a import??ncia da gest??o por compet??ncias no desempenho organizacional e na gest??o estrat??gica de pessoas. O estudo aponta que o caminho ainda ?? vasto e impreciso nas empresas p??blicas pela complexidade cultural e pol??tica envolvida. O sucesso no desenvolvimento da gest??o por compet??ncias (individual e organizacional) est?? em reconhecer que, por ser uma abordagem com foco nas pessoas, se trata de um processo evolucion??rio com eventos planejados e espont??neos que visam transformar comportamentos e atitudes, o que leva tempo e exige paci??ncia ao longo das a????es organizacionais do dia a dia.

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A partir da segunda metade do sculo XX, mudanas no modo de produo capitalista comearam a afetar a relao que as empresas estabeleciam com o trabalhador. Diante de um mercado imprevisvel, a carreira tradicional, marcada, entre outros aspectos, por empregos duradouros e com possibilidade de ascenso na hierarquia da organizao, tornou-se menos recorrente. Paralelamente, comearam a despontar novas concepes sobre carreira, tendo a maioria um enfoque individualista. Dentre as novas proposies, o presente estudo tomou como referncia a concepo de carreira proteana. Esse modelo, de origem norte-americana, tem como ideia central a noo de uma carreira que gerida pelo indivduo, e tem como meta o alcance do sucesso psicolgico. Desta forma, ancora-se em duas principais dimenses: autogerenciamento e direcionamento para valores. Considerando os diversos estudos que descrevem as dificuldades enfrentadas por estudantes na transio da universidade para o mercado de trabalho, esta pesquisa objetivou compreender aspectos do gerenciamento proteano de carreira entre universitrios brasileiros que j tinham concludo, pelo menos, a primeira metade do curso de graduao. Para tanto, o estudo foi dividido em dois artigos. O primeiro foi destinado ao desenvolvimento e validao da Escala de Atitudes de Carreira Proteana para universitrios, tendo sido realizado com uma amostra de 1016 estudantes de 37 cursos diferentes, com idade variando entre 18 e 65 anos, e mdia de 24,52 (DP = 6,69 anos). O instrumento, denominado neste estudo de Escala de Gerenciamento Proteano de Carreira para Universitrios (EGPC-U) atestou a estrutura de duas dimenses, evidenciada tambm na verso original da medida. Os ndices de confiabilidade foram satisfatrios e superiores a 12 0,61, tendo o instrumento a possibilidade de ser utilizado em servios de orientao profissional ou de carreira. O segundo artigo objetivou compreender como as dimenses do modelo proteano se relacionam com variveis sciodemogrficas e com construtos psicossociais: personalidade, lcus de controle, sade e satisfao com a vida, e envolveu alunos de duas reas de conhecimento: humanas e exatas. A amostra foi composta por 525 alunos, sendo 245 da rea de humanas e 280 de exatas, sendo 52% do sexo masculino. A idade dos participantes variou entre 18 e 30 anos e mdia de 22,59 anos (DP = 2,66 anos). A partir dos resultados do estudo 2, constatou-se que alunos da rea de humanas, quando comparados a estudantes de exatas, tendem a apresentar mdia superior na dimenso de direcionamento para valores. Verificou-se ainda que os aspectos de conscienciosidade e lcus de controle interno so preditores significativos do autogerenciamento tanto entre alunos de humanas como de exatas e que a adoo de atitudes proteanas tende a impactar positivamente aspectos da sade e da satisfao com a vida do indivduo. O estudo, de um modo geral, permitiu verificar a existncia de caractersticas proteanas entre universitrios, como tambm possibilitou conhecer variveis relacionadas s atitudes de autogerenciamento e direcionamento para valores. Destaca-se, porm, a necessidade de pesquisas complementares com a explorao de outras variveis psicossociais que possam estar relacionadas ao gerenciamento proteano entre graduandos.

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Ao longo dos ltimos trinta anos, os profissionais da Psicologia tm buscado conhecer suas prticas profissionais. Tem-se feito estudos e discusses referentes aos paradigmas que sustentam a profisso, s prticas e crenas sobre o psiclogo e sua prtica. Dentre eles, percebe-se a relevncia e a importncia da psicologia clnica, entretanto, poucos so os estudos realizados com os profissionais inseridos nessa rea. A pesquisa teve por objetivo investigar e analisar a representao social de prtica profissional para psiclogos clnicos da Grande Vitria/ES. Foi utilizada a Anlise Dimensional e Dinmica das Representaes Sociais (Teoria das Representaes Sociais) para investigar as noes que compem a prtica. Foram entrevistados 18 psiclogos clnicos atuantes em consultrio. Utilizou-se o software ALCESTE na anlise. Trabalhou-se com os elementos das classes identificadas pelo Alceste para compor as dimenses da representao social. Constatou-se que os entrevistados construram informaes sobre a psicologia clnica e sua prtica antes da entrada no curso ou cedo na formao. As teorias utilizadas na clnica so aspectos importantes nessa aproximao. As atitudes frente prtica so extremamente favorveis, sendo desfavorveis quando comparadas s crenas da populao ou s prticas mdicas, tocando em aspectos identitrios. Quanto ao campo, reconheceu-se uma imagem dividida em duas: 1) Imagem das atribuies e da prtica clssicas do psiclogo clnico; 2) Imagem dos problemas, das mudanas e das dificuldades. Foi possvel identificar a representao social de prtica profissional para os psiclogos clnicos, levantando questes importantes para a rea da psicologia clnica e para a teoria das representaes sociais.

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Este estudo sistematiza e aborda a temtica da formao de educadores desenvolvida nas inter-relaes entre universidades brasileiras e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, especificamente nos cursos de graduao em Histria na Universidade Federal da Paraba e de Engenharia Agronmica na Universidade Federal de Sergipe, no perodo de 2004 a 2008. Tal processo desenvolve-se em um contexto difcil e complexo da luta pela reforma agrria no Brasil, principalmente pelas transformaes ocorridas nos ltimos anos oriundas da ampliao das lgicas de produo do agronegcio. Esta condio leva o MST a discutir e propor uma nova concepo de reforma agrria que a designa de popular em substituio proposta de reforma agrria clssica. Por outro lado, apresenta uma viso das universidades brasileiras e dos projetos que so construdos e implementados nos ltimos anos, inclusive, observando coincidncias com as polticas econmicas gerais para a sociedade. Apresenta uma concepo de formao que vem sendo construda no interior das prticas do MST que tambm procura as universidades para firmar convnios e desenvolver processos de escolarizao/formao de seus militantes educadores. Dentre as dimenses desse processo educativo/formativo, destacam-se: vnculo permanente com os processos orgnicos; a formao como um processo tico, esttico, mstico que trata das atitudes/comportamentos e como um processo dialgico, crtico e articulado que contempla saberes, experincias, em uma interao que busca superar as monoculturas. Captura por intermdio da pesquisa de campo: estranhamentos, entraves, sentidos da ocupao pedaggica e coletiva, alternativas, legados que permanecem tanto no MST como na universidade e apresenta o resultado do envolvimento e atuao dos egressos de ambos os cursos na atualidade. Aponta tambm para desafios, possibilidades outras de enfrentar a difcil mas necessria tarefa de formar educadores, militantes capazes de coletivamente levar adiante a luta por um mundo mais justo, solidrio e democrtico, em que a terra e o conhecimento, juntamente com os demais bens econmicos e culturais sejam profundamente democratizados. Pretende ser uma contribuio para o debate acerca da relevncia dessas inter-relaes entre universidade e movimentos sociais, em que essas experincias demarcam novas possibilidades de abertura e avanos democrticos e menos elitista da universidade e novos patamares de escolarizao/formao para integrantes do Movimento dos Sem Terra.