969 resultados para forças produtivas


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A obra de Karl Marx é um complexo orgânico cuja a categoria central é o trabalho. O trabalho funda o ser social e estabelece mediações que remetem para além de si, num desenvolvimento contínuo que impulsiona a humanidade a um desenvolvimento omnilateral, isto é, em todas as suas dimensões, um desenvolvimento que abrange todas as necessidades reais do ser humano. O desenvolvimento do complexo de relações geradas pelo trabalho, designadas como forças produtivas, foi exponencialmente ampliado pelo modo de produção do capital, no entanto, o capital dissocia o trabalhador de seus meios de produção, de maneira que a evolução das forças produtivas não reflete o desenvolvimento das propriedades verdadeiramente humanas. Isto acontece porque o capital possui como necessidade sociometabólica acumular-se e expandir-se initerruptamente, fenômeno só alcançado com a extração do sobretrabalho do trabalhador, que consiste no prolongamento da duração da jornada de um mesmo processo de trabalho, ou seja, um dispêndio excessivo da força de trabalho, uma exploração do trabalhador, denominado de mais-valia. É este movimento que gera um excedente sobre o valor original investido pelo capitalista, que altera na esfera da circulação a grandeza de seu valor. O trabalho excedente ou sobretrabalho que produz a maisvalia é um imperativo ou uma imposição objetiva do capital, sem esta não há continuidade no ciclo capitalista de produção. A produção da riqueza, sob o regime do capital, revela sempre seu par, a produção da miséria absoluta para a maioria esmagadora da humanidade. Enquanto as relações de produção forem mediadas pelo imperativo da extração da mais-valia, o capital resiste e contraria todas as teses a respeito de um “capitalismo humanitário”, pois a mais-valia é a essência da exploração, da dominação e da opulência do capital às custas do trabalhador. Portanto, só poderá haver uma verdadeira satisfação das necessidades humanas com a superação da mais-valia que garante a valorização do capital, isto significa que se para o capital é imperativo a apropriação constante da mais-valia, para a humanidade é imperativo a emancipação do capital, isto significa, uma radical transcendência da divisão hierárquica do trabalho e a superação completa de todas as relações do capital.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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A armadilha posta pelo capitalismo para seus críticos, de defender o emprego da força de trabalho pelo capital como um direito, assume atualmente importante especificidade: o retorno histórico da substituição dos homens por máquinas, mediante a automação de base eletrônica, significa a superação do taylorismo-fordismo. Essa forma de produzir significou uma mediocrização do capitalismo quanto ao desenvolvimento das forças produtivas, dado que lastreava a produção no trabalho vivo. Por ter gerado um círculo virtuoso capital/trabalho, com fortalecimento dos sindicatos e elevação de salários, o fim histórico do taylorismo-fordismo é lamentado por muitos. Na verdade, o capitalismo voltou a ser brilhante quanto ao desenvolvimento das forças produtivas, o que tenderá a marcar de forma cada vez mais nítida sua mediocridade como forma social. Será então possível (e necessário) superar a vinculação empobrecida entre trabalho e cidadania, típica do fordismo, em direção a uma vinculação enriquecida entre os dois conceitos.

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O texto tem como proposta o questionamento de uma suposta neutralidade atribuída à organização do processo de trabalho capitalista. Com este questionamento busca-se recuperar, como proposta política, a prática de resistência operária que se exerce no âmbito mesmo da fábrica.

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Nos últimos anos, verifica-se que a ação do Estado no tocante à pequena agricultura tem sido no sentido de integrá-la ao capitalismo industrial dominante. Neste ontexto, há um rearranjo das forças produtivas e relações de trabalho, imprimindo uma nova face ao chamado “trabalho familiar”.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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The goal of this paper is to critically analyze the practices developed by Solidarity Economy and to merge them with social technologies, aiming to achieve social transformation of popular groups. This transformation consists in the empowerment of those groups in means of work organization, considering their self-management and also the development of techniques and technologies utilized. Based on the understanding that technical development has no neutral character and it follows linearity within society, a discussion around the forms and uses of technology is conducted here, aiming at the perspective of changes in technologies’ development and also assigning social character to them. To think of social technology requires us to consider the space in which it is inserted, once it refers to a collective demand that belongs to self-managed groups. Therefore, to intent beyond self-management work, new productive forces are discussed here, and also the analysis and adhesion of an alternative technology for popular cooperatives

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This monograph object of analysis is the agriculture modernization in Brazil between 1960 and 1980, highlighting the discussion of the economic and politic ideas around the Brazilian agrarian question. The first parte presents an introduction about this issue and the theoretical positions, as well as social and economic implications for the development of the productive forces on rural areas. Nevertheless, reflections of its development to the economy as a whole, highlighting the way the income distribution and concentration was realized. On the second part its presented the agriculture modernization Project on the centralized militar government point of view, by the propositions of that time Agriculture Minister, Antônio Delfim Netto. The approach is made through the proposals precreeded by the Rural Worker Statute and the Land Statute, before the Military Coup, with its news counterpoints settled in law by the Agriculture Modernization Project installed in 1964; the concessions of funding grants and subsidized credits; the relationship between the authoritarian State and the militarization of the land conflicts. The third part deals with the salary dinamics, income and profit on the modernized rural economy created by the agroindustrial productions system. Lastly the conclusion cross the economic and social results of the agrarian question evolution, to the Brazilian agriculture modernization on income distribution

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This paper explores the contradictions between models conflicting today in Brazilian universities. The conglomeration of isolated institutions, integrated and multifunctional university and university-enterprise, service provider. This last model attempts to integrate higher education institutions to supply chains dominated by capital. Public universities were designed to provide innovative services and train staff researchers for such activity. The training of skilled workforce would be fundamentally task of private universities. But in any case, the onus would be on this training students. This model has been driven from the 1990s, with "instruction manuals" of the World Bank, and in 2000, with the IMF recommendations and, in the case of Latin American universities, Fundación Universia, sponsored by the Santander Bank. The question remains: the university will be able to organize the productive forces which have around research goals and staff training for independent development.

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Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC

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Pós-graduação em Educação Escolar - FCLAR

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O trabalho analisa a história da produção do edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, projetado por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) em 1961 e concluído em 1969. Mais especificamente, o artigo se volta aos materiais do edifício, oferecendo insumos para uma discussão sobre o papel do chamado “brutalismo paulista” na década de 1960. O edifício da FAUUSP, como se sabe, é um marco na arquitetura moderna brasileira. Seu caráter paradigmático consiste na síntese das posições programáticas de Artigas, tanto em relação ao ensino de arquitetura como em relação à poética moderna, que ultrapassa o limite autoral e constitui uma escola. São características dessa escola – por vezes chamada de “paulista”, “brutalista” ou “artiguista” – alguns princípios como a continuidade espacial, o elogio das formas estruturais, a verdade dos materiais e o desenvolvimento das forças produtivas através da superação tecnológica. Esses princípios respondiam a algumas das questões mais urgentes da arquitetura moderna brasileira naquele período, deslocando a nova monumentalidade para uma dimensão construtiva. A nova poética, claramente exposta no projeto da FAUUSP, coincide com o surgimento de uma estética que atribuiu um novo valor político e crítico à produção. Passam a ser frequentes, por exemplo, interpretações do concreto armado brasileiro como síntese do subdesenvolvimento, por suas marcas de feitura artesanal e seus recordes tecnológicos. O objetivo deste artigo é contribuir com esse debate caracterizando em detalhe a produção do edifício em seus materiais: o concreto armado, a esquadria, os materiais de acabamento e os componentes industriais. O exame de aspectos históricos da produção do edifício, recolhidos em documentos originais e depoimentos, permite verificarmos de que modo a poética arquitetônica participa das decisões da obra e qual o seu impacto na economia do edifício e em sua forma de produção. Aprendemos, por exemplo, que o concreto armado apresenta manifestações visuais distintas e independentes de seu modo de produção (que foram pelo menos três: moldado in loco, protendido, e com agregados leves, sem função estrutural); que a empena da fachada exigiu uma fundação própria para seu cimbramento; que a modulação dos caixilhos não correspondia à modulação da estrutura; que a resina epóxi foi usada de modo pioneiro e experimental; que as fôrmas foram produzidas por um hábil carpinteiro português, mas as relações de trabalho eram precárias; que a contratação do projeto básico previa o detalhamento durante a obra pelo Escritório Técnico do Fundo para a Construção da Cidade Universitária. Essa noção ampla de material, entendida como a matéria mais o trabalho social que a define historicamente, nos permite tratar, simultaneamente, de aspectos técnicos, econômicos e artísticos da obra e assim compreender com maior exatidão dos termos do debate acerca da produção na arquitetura “brutalista” e seu papel político.

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Tese de doutoramento, Direito (Ciências Jurídico-Políticas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Direito, 2016