991 resultados para Utopia or Bust
Resumo:
A protagonista do presente trabalho, a Utopia, a arte do pensar-contra, foi apresentada e definida, nas sendas da Filosofia da Esperança de Ernst Bloch, como uma consciência antecipadora que não se conforma com o está-aí das coisas, com a realidade fática; e como um logos, linguagem-ação que cria furos no tempo saltando para-adiante, para o topos-outro. Negativa e Esperançosa, ela representa a verdade-de-fora: não é o irreal, pois existe. E a existência do topos de fora, o topos-outro, se justifica pelo fato de que a vida e o mundo não são sistemas fechados, porque seus horizontes estão em aberto: atravessados por possibilidades, ainda-não-são. Contra o que é estático, o que é fatal e fático, se posiciona o sonho utópico, abrindo espaços no fluxo do mesmo. Ao fazê-lo, cria duas frentes reciprocamente reais: o aqui-e-agora de quem sonha e o aqui-e-agora do sonho, o u-topos. Assim, tanto seu caráter de projeção ao porvir quanto, na sua base, o descontentamento com o atual, revelam seu comprometimento com o presente. Negando e afirmando a história, transformou-se em conteúdo e, sobretudo, forma, de Morus a Fourrier, de Marx a Orwell. E é por comprometer-se com o futuro, o presente e o passado, que, nos tempos sombrios do início do século XX, ela subverte a si mesma e faz vir ao mundo sua versão pessimista: a Distopia. Articulando e fazendo dialogarem as obras distópicas de Orwell, Aldous Huxley e Jerome K. Jerome com os pensamentos de Adorno, Marcuse, Horkheimer, Hannah Arendt, Karl Kraus e Walter Benjamin, tentamos encaminhar a pergunta originária da nossa pesquisa: é possível uma utopia pessimista? Será este pessimismo, ainda, uma Utopia?
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O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise crítica sobre a questão da liberdade de comunicação nos dias atuais. Busca-se refletir especificamente sobre o lugar que a liberdade de comunicação aplicada às publicidades destinadas ao público infantil ocupa na realidade brasileira. A discussão dessa temática será iniciada através de uma reflexão teórica sobre a utopia da comunicação, teoria elaborada por Norbert Wiener que enfatiza a necessidade de eliminação de todos os entraves ao livre fluxo de informação. Para tanto, serão abordados estudos de Philipe Breton, Serge Proulx e do próprio Norbert Wiener, além das análise críticas feitas por Karl Mannheim e Riceour sobre utopia e ideologia. Após, será abordada especificamente a questão da liberdade de expressão relacionada às publicidades infantis. Essa discussão será realizada a partir da análise de inúmeras pesquisas teóricas e empíricas sobre a estrutura dessas publicidades, a sua influência no público-alvo, os diversos cenários políticos e sociais brasileiros da liberdade de expressão e, especificamente, o cenário atual, enfatizando os movimentos sociais relacionados à liberdade de expressão e o atrelamento dessa liberdade à responsabilidade, retomando a noção existencialista formulada por Jean Paul Sartre.
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Este trabalho discute, como questão central, a importância da formação de movimentos sociais anticapitalistas de resistência à barbárie desta forma social, no momento em que o capitalismo atinge os seus limites lógicos e entra em dissolução, num processo em que não há definições quanto ao futuro, em especial, o futuro das massas de ―sujeitos monetários sem dinheiro‖. Dado que, nos anos 1980, a constituição do Partido dos Trabalhadores (PT) significou a possibilidade de construção de um partido revolucionário no Brasil; e dada a importância que teve a reafirmação das bandeiras reformistas na trajetória do PT, nestas incluída a da reforma urbana, o fio condutor dessa análise foi o projeto da Reforma Urbana no Brasil. Do horizonte globalizante do mundo, discute-se os modos pelos quais se criaram certos tipos de expectativas em relação ao vir-a-ser da luta urbana e da sua particular configuração nesse projeto. Dessa realidade periférica que reserva para os pobres urbanos a desumanidade da modernidade burguesa e a ―forma mercadoria‖ como seu núcleo socializador, discute-se como os sujeitos sociais organizados na luta por moradia no Brasil resistem à especulação e à acumulação capitalista por espoliação, sob a violência do Estado e buscando superar esta realidade no campo do fetiche da institucionalidade e do direito burguês e da Reforma Urbana. Esta análise abrange as ideias nucleares desse projeto, a constituição do Movimento Nacional da Reforma Urbana (MNRU) no processo Constituinte e a atuação do Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU), perante a objetividade da luta urbana e diante das limitações conjunturais e estruturais da luta por direitos. Numa concepção dialética não progressiva do capitalismo no Brasil, como cenário sócio-histórico e econômico da formação do PT e da Reforma Urbana, discute-se a influência que esse campo político-intelectual exerce diante dos problemas urbanos resultantes das injustiças e desigualdades inerentes à produção capitalista das cidades. Aponta-se a constituição do vínculo entre o FNRU e o PT e a conversão do capital simbólico deste último como estruturante dessa trajetória comum: de sua formação aos dias atuais, quando o partido assume a Presidência da República e o FNRU, no âmbito das políticas urbanas, assume junto ao governo, o papel de gerenciar a crise social no vazio da política. Defende-se que a institucionalização e a profissionalização do projeto da Reforma Urbana são os meios de efetivação da conversão de seu ideário às possibilidades do desenvolvimento das forças produtivas do mercado capitalista periférico. Essa despolitização da reforma urbana se insere no movimento de desrradicalização do pensamento de uma geração intelectual de esquerda ao se deparar com o processo de profundas transformações sociais e com o desaparecimento do horizonte revolucionário no contexto das modificações econômicas da reestruturação capitalista. Aponta-se que o horizonte histórico desta sociedade coloca para a humanidade o desafio de cumprir e realizar as formas de organização e de atuação cognitiva que possam produzir sua emancipação. Se não vierem a se formar movimentos sociais de resistência com capacidade de autocompreensão desta condição, o futuro será vivido de modo inconsciente como um processo naturalizado de autodestruição.
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O trabalho tem por objetivo articular uma defesa da teoria de justiça distributiva de John Rawls, considerando-se, para tal, as mudanças que o autor efetuou em sua teoria de justiça como equidade. Assim, a pesquisa tomará como base não somente o critério de justiça distributiva que se consolidou em Uma Teoria de Justiça, através do princípio da diferença, mas também avaliará de que forma este ideal continua presente nos textos posteriores do autor: O Liberalismo Político e O Direito dos Povos. Para tal, o estudo retomará as críticas cosmopolitas à proposta de internacionalização da teoria de justiça como equidade e, à luz destas, apresentará uma defesa do projeto de Rawls, evidenciando elementos do mesmo que estão alinhados ao projeto de justiça distributiva e sugerindo que sua proposta teórica é coerente com as premissas de Uma Teoria de Justiça, apesar de o princípio da diferença não estar presente entre os princípios fundamentais que devem ser estabelecidos entre os povos. Logo, trata-se também de uma proposta interpretativa que se vincula à compreensão (minoritária) de que as mudanças teóricas efetuadas por Rawls em sua teoria não a tornaram incompatível com seu projeto originário estabelecido em Uma Teoria de Justiça.
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Esta pesquisa discorre, através das obras do artista Carlos Zílio, sobre pontos ora divergentes, ora complementares, tais como utopias, heterotopias, estética e política, pensamento utópico e pós-modernidade. Este artista foi selecionado levando em consideração o período de elaboração de suas obras, no qual havia uma profunda modificação na estrutura política do Brasil. As décadas de 1960/70, período de análise das obras, foram marcadas pelo Regime Militar brasileiro, que dentre das muitas ações, perseguiu aqueles que eram contrários às novas imposições governamentais. Tendo em vista essa datação das obras, as análises partem do engajamento político para o engajamento estético, fazendo uma comparação entre esses dois campos, discutindo as relações da arte com a política. Outro ponto de discussão das obras de Zílio é sua função utópica, após uma reavaliação deste conceito, que perde sua força onírica para se tornar um conceito relacionado a impulsos transformadores e políticos. Ao analisar obras deste período faz-se necessário a análise do conceito de pós-modernidade e o entrelaçamento com as utopias, considerados pensamentos antagônicos. Após as comparações entre todos os conceitos podemos intitular as obras e ações de Zílio como vida artista, conceito foucaultniano, que relaciona arte e vida dos artistas como uma ação inseparável. Zílio faz de sua vida uma ação estética
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Following an unprecedented boom, since 2008 Ireland has experienced a severe economic crisis. Considerable debate persists as to where the heaviest burden of the recession has fallen. Conventional measures of income poverty and inequality have a limited capacity to answer this question. Our analysis, which focuses on economic stress and the mediating role of material deprivation, provides no evidence for individualization or class polarization. Instead we find that while economic stress level are highly stratified in income class and social class terms in both boom and bust periods, the changing impact of class is contingent on life course stage. The affluent income class remained largely insulated from the experience of economic stress. However, it saw its relative advantage overthe income poor class decline at the earlier stage of the life-course. At the other end of the hierarchy, the income poor experienced a relative improvement in their situation in the early life course phases. The precarious income class experienced some improvement in its situation at the earlier life course stages while the outcomes for the middle classes remain unchanged. In the mid-life course stages the precarious and lower middle classes experienced disproportionate increase in their stress levels while at the later life-cycle stage it is the combined middle classes that lost out. Additional effects over time relating to social class are restricted to the deteriorating situation of the petit bourgeoisie at the middle stage of the life-course. The pattern is clearly a good deal more complex that suggested by conventional notions of ‘middle class squeeze’ and points to the distinctive challenges relating to welfare and taxation policy faced by governments in the Great Recession.
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In Le Guin's Earthsea Quartet, knowledge of the name of a thing or person guarantees control over their destiny. In a world where light and darkness co-exist and where dragons are an extension of humans, a name is the means with which one can achieve one's vision of the world. If utopia is the individual projection of a supposedly collective ideal, then knowledge of names is the vehicle for the realization of one's own utopia, which may well come into conflict with the utopias of others. However, Earthsea is not simply a series of battles between individual utopists. Earthsea itself constitutes a precarious and non-traditional utopia, where antithetical sides co-exist and neither prevails forever. As its name denotes, “earth” and “sea,” darkness and light, tombs and open seas, tiny islands and eternal journeys operate together to produce the setting for the novels and enable the chase of an ever-elusive knowledge. For as the utopists in Earthsea find out, knowledge can only be complete if it also comprises its Jungian opposite, namely ignorance. In an attempt to explore the relation between utopia, knowledge, and ignorance, this article employs psychology and linguistics, and constructs a description of a “just” world which remains necessarily utopian.
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The institutionalization of Utopia Studies in the last decade is premised upon a specifically aesthetic reception of Ernst Bloch’s theory of the “utopian impulse” during the 1980s and 1990s. A postmodern uneasiness to both left and right formulations of the "End of History" during this period imposes a resistance to concepts of historical and political closure or totality, resulting in a "Utopianism without Utopia". For all the attractiveness of this pan-utopianism, its failure to consider the relation between historical representation and fulfillment renders it consummate with liberalism as a merely inverted conservatism. In contrast to this specific recuperation of a Bloch, the continuing importance of Walter Benjamin’s theory of the dialectical image and the speculative concept of historical experience which underlies it becomes apparent. The intrusion of the historical Absolute is coded throughout Benjamin’s thought as the eruptive and mortuary figure of catastrophe, which stands as the dialectical counterpart to the utopian wish images of the collective dream. Indeed, the motto under which the Arcades Project was to be constructed derives from Adorno: “Each epoch dreams of itself as annihilated by catastrophe”.
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En ce qui concerne la littérature féministe, il s’y trouve un chevauchement important et intéressant entre le manifesto en tant que forme littéraire et la fiction utopique. Les deux se servent d’une image imaginée de l'avenir ou d'un meilleur état futur pour critiquer et dénoncer tant les conditions actuelles que celles du passée qui ont donné naissance à celles-là. Cette thèse aborde à la fois le manifesto et la fiction utopique / dystopique pour élaborer les conditions de l’espace essentiel des femmes et du féminin. Ce lieu utopique se veut plus qu'un endroit où aller ; il exprime les origines du féminin, lesquelles vont au-delà de ce qui est masculin en visant un épanouissement du féminin en dehors et au-delà de la stricte dichotomie masculin-féminin de la société patriarcale. J'examine d'abord les termes en usage puis je discute du manifesto comme une forme littéraire d'un intérêt particulier pour les écrivains féministes. Je passe ensuite en revue des théories de fiction utopique, lesquelles me conduisent à des possibilités fructueuses du langage pour assurer une voix aux femmes ainsi que l’expression du féminin. Je prends comme exemple le livre The Activist de Renée Gladman pour appuyer mes arguments concernant le pouvoir performatif du manifesto comme une forme qui s’empiète sur la fiction utopique dans le but d'imaginer l'espace du féminin. Dans la deuxième partie de la thèse, j’entre dans une utopie fictive dans le cadre d'une exploration personnelle de ce qu’est le féminin et son expression. Le récit emmène le lecteur au pays de Cwenaland. A chaque étape de la narration d’autres voix percent et découpent le texte. Certaines sont sous la forme d'une image ou d'un portrait, d'autres sont des cris ou des gémissements qui dérangent la voix narrative. Ces voix en tangente et en diagonale enracinent mon utopie fictive dans la diversité d'expérience et d'expression féminine.
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El presente proyecto tiene como objeto identificar cuáles son los conceptos de salud, enfermedad, epidemiología y riesgo aplicables a las empresas del sector de extracción de petróleo y gas natural en Colombia. Dado, el bajo nivel de predicción de los análisis financieros tradicionales y su insuficiencia, en términos de inversión y toma de decisiones a largo plazo, además de no considerar variables como el riesgo y las expectativas de futuro, surge la necesidad de abordar diferentes perspectivas y modelos integradores. Esta apreciación es pertinente dentro del sector de extracción de petróleo y gas natural, debido a la creciente inversión extranjera que ha reportado, US$2.862 millones en el 2010, cifra mayor a diez veces su valor en el año 2003. Así pues, se podrían desarrollar modelos multi-dimensional, con base en los conceptos de salud financiera, epidemiológicos y estadísticos. El termino de salud y su adopción en el sector empresarial, resulta útil y mantiene una coherencia conceptual, evidenciando una presencia de diferentes subsistemas o factores interactuantes e interconectados. Es necesario mencionar también, que un modelo multidimensional (multi-stage) debe tener en cuenta el riesgo y el análisis epidemiológico ha demostrado ser útil al momento de determinarlo e integrarlo en el sistema junto a otros conceptos, como la razón de riesgo y riesgo relativo. Esto se analizará mediante un estudio teórico-conceptual, que complementa un estudio previo, para contribuir al proyecto de finanzas corporativas de la línea de investigación en Gerencia.
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O turismo em São Tomé e Príncipe foi eleito como objecto de estudo desta investigação que tem como intenção principal explorar como este sector tem vindo a responder aos actuais desafios propostos pela Organização Mundial do Turismo – OMT, no que respeita à melhoria da qualidade de vida da população. Os resultados demonstram que os sectores implicados, quer públicos, quer privados, têm a concepção da importância do turismo, mas apresentam dificuldades na operacionalização do mesmo, muito particularmente o Estado. Além da falta de informação e de apoio, o Estado não possui instrumentos de gestão que incentivem o desenvolvimento harmonioso do turismo no país, apesar de esta questão estar presente nas suas directrizes estratégicas. Sendo assim, a pesquisa demonstrou uma grande distância entre o discurso e a prática na procura pelo turismo. Percebe-se que os sectores públicos têm vindo a praticar acções pontuais que resultam em pouco ou nenhum desenvolvimento do turismo e em pouca visibilidade na mudança das condições de bem-estar das comunidades são-tomenses. Pode dizer-se que o país ainda não conta com o turismo para alcançar o desenvolvimento, não apresenta uma actuação que possa ser caracterizada como bem sucedida no que se refere às dimensões social, cultural e económica. ABSTRACT: Tourism in Sao Tome and Principe was chosen as the subject of this research, which explore how this sector are responding to current challenges posed by the World Tourism Organization - WTO, with regard to improving the quality of life. The results show that the sectors involved, both public and private, have the conception of the importance of tourism, but have difficulties in operating the same, particularly the state. Besides the lack of information and support, the state lacks management tools that promote the harmonious development of tourism in the country, although this issue is present in its strategic guidelines. Thus, the survey showed a big gap between discourse and practice in the pursuit of tourism. It is perceived that public sectors have been practicing off actions that result in little or no development of tourism and little visibility on the changing conditions of well-being of Sao Tome. It can be said that the country still relies on tourism for development, does not present an action that could be characterized as successful in relation to social, cultural and economic.
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New Worlds Reflected provides a significant contribution both to the history of utopian literature and travel, and to the wider cultural and intellectual history of the time, assembling original essays from scholars interested in representations of the globe and new and ideal worlds in the period from the sixteenth to eighteenth centuries, and in the imaginative reciprocal responsiveness of utopian and travel writing. Chapter 7 looks at the influence of Salomon’s House in Francis Bacon’s New Atlantis (1627) on later seventeenth-century educational utopias.
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Utopia Ltd. explores the relationship between utopian ideas and commodification, bringing together artwork by Blaise Drummond, Brendan Earley, Pil and Galia Kollectiv, David Mabb, Lizi Sanchez and Mary-Ruth Walsh. The seven artists’ work opens up a debate on the utopian within painting, sculpture, architecture, design and video.The works in Utopia Ltd. represent modernist architecture and design in its various mutations within a spectacularised, commodified 20th century consumer society. In these works, the utopian dream seems to burst through again and again, despite rather than because of the permutations of commodity culture. By picturing the past, present and possible future, the works destabilize fixed linear time. By rescuing, reclaiming and re-picturing, Utopia Ltd. suggests that utopian ideas persist in contemporary art, making a provocative demand on the viewer’s capacity to produce utopian dreams of their own. The exhibition’s title Utopia Ltd. is a satirical echo of an operetta by Gilbert and Sullivan, Utopia (Limited) or, The Flowers of Progress (1893), in which a utopian colony is turned into a joint stock company.
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The chapter conducts close analysis of the film Midnight (O primeiro dia) in the light of Brazilian history and Brazilian film history